As Ruas da Zona Oeste

O Índio-lobo continuava a observar a Umbra quando escuta de seu irmão de matilha que o local foi purificado.

" - Ele continua aqui, não mudou nada." responde o lobo com tom de preocupação em sua voz.

Kiba caminhava junto a Grace em direção ao tal sobrado. Não tinha certeza se estava sendo observado ou não, mas tentava se manter atento a sua volta.

Notou que os Ragabashs conversavam intensamente algo, mas mantinham um tom de privacidade. O olhar sobre Jéssica, que até então se mantinha em lupino, se perdura por mais tempo do que gostaria. Estava ficando irritado e precisava se acalmar para que aquilo não pesasse em suas palavras.

Felizmente quando Grace pede para que ela segurasse o Peregrino, Jéssica assume a forma glabro. Kiba decide então seguir sem comentar nada, apenas entrando no sobrado a frente de sua matilha.

O olhar se mantinha atento e caminha com cautela até onde estavam as roupas rasgadas de Thiago. Ele abaixa próximo a elas e as examina. Estavam rasgadas, mas ainda enganariam se precisassem pegar um táxi.

Com um movimento de mão rápido Kiba lança o bolo de roupas na direção de Tomás e diz para o Andarilho do Asfalto.

- Ajuda o Thiago a se vestir e coloquem ele deitado um pouco...

Off:

Zero, solicito um teste de investigação para ver se noto algo estranho no local. Se puder descrever com mais detalhes o ambiente, agradeço.

Tomás também altera sua forma para Glabro quando a matilha se dirige para o prédio, ele fica por último na matilha se mantendo na retaguarda acompanhando 99-Centavos e Tarek caso fosse necessário. Ele ouve e entende a moça e enquanto estão avançando de volta para o sobrado resolve responder a ela, só que tomando mais cautela já que Thiago se fazia presente. "-Ainda assim estamos em missão a menos de três horas, não se sinta condenada nem uma desgraça pela sua tribo, você tem capacidade e sinceramente, eles são Garous de mentalidade atrasada. Eles seguem os padrões de visão de seus antepassados sem ao menos tentarem pensar de forma diferente, eu não conheço o mundo garou com tanta experiência quanto vocês, então como eu poderia julgar os Roedores inferiores? Sua tribo abrange mais da metade da população carioca, o conhecimento das ruas pertencem a vocês. Sim, as outras tribos não irão valorizar vocês porque em muitos dos casos são oportunistas arrogantes e orgulhosos... E pelo menos você tem honra, um motivo para lutar, algo para honrar. Eu estou aqui no máximo pelo entretenimento.-"

Kiba então lança de maneira um tanto grosseira as roupas de Tarek para Tomás é assim Brilho-dos-Sonhos deduz que isto era um cala a boca, a partir disto ajuda o Peregrino se vestir com 99-Centavos.

Grace tenta dar um sorriso de incentivo para Jessica depois que ela segura Tarek em seus braços. A Roedora precisava de um pouco de motivação, ou não conseguiria superar os grandes baques daquela noite e provar seu valor, que sabia que a Ragabash ainda seria capaz de demonstrar. 
- É bom ter alguém capaz de abrir fechaduras com tanta facilidade. Podemos precisar novamente dessa e de outras de suas habilidades - diz baixinho para ela. 

Assim que Kiba entra no sobrado, Grace pega seu arco novamente e encaixa uma flecha, mas sem levantá-lo, nem puxar a corda. Apenas se mantém atenta para qualquer sinal de ameaça.

Spybot - Narração

Ao chegar na faculdade o Andarilho se depara com um cenário que não estava em seus cálculos, o horário já não era favorável para sua entrada. Os universitários já estavam saindo e a administração já estava praticamente fechada. O Ragabash começa a pensar numa linha diferente de abordagem enquanto estacionava o carro.

Após encontrar uma vaga e estacionar em uma das ruas na proximidade, o jovem garoupa pega sua mochila e segue para os bares onde se concentravam os alunos, primeiro tentaria pegar informações com os jovens e depois iria partir para a invasão da instituição de ensino, esperava que a umbra no local fosse segura, não queria ter problemas ali.

Calmo e tranquilo, Derek caminha até o balcão do bar mais cheio que havia ali, pede apenas uma long neck de Budweiser e se vira para observar os alunos que ali bebiam, procurando alguém para um bate papo tranquilo e esclarecedor.

A conversa vai ficando séria e o peregrino tenta se focar ali apesar do cansaço e sono que sentia ali. Cada momento ouve um ali afirmar de novo que teria sido um vampiro que teria bagunçado a cabeça dele é o teria usado. Mas ele fiscaliza a memória e nada, só temos encontro com a travesti. O comentário dá juíza sobre ele ter desaparecido em frente aos olhos da matilha o assista. Estavam muito sério aquilo podia ser real de verdade. E se fosse...
Ele balança a cabeça num misto de negação e tentar tirar ideias ruins dela. E no fundo do obra do prazer e de ter uma necessidade de mais. Então é decidido que vão fiscalizar o sobrado e que fica a cargo de Jéssica o carregar já no momento dor no corpo e moleza não deixavam andar de direito.
Ouve a Roedora pedir desculpa e aproveita a posição que estava para falar baixo a ela.
"- Eu só estou cansado, já falei... Só uma noite intensa... Vergonha estou eu de estar sendo carregado assim... Desculpa se eu tiver pesado... Jéssica... E se não fui que teve memória bagunçada mas vocês? Eu só estava com a travesti... Sexo intenso e as informações do tal vampiro sem sombra e sem reflexo... Eu não..."
Não terminou de falar e parou quieto. Não podia ser verdade. Ele não sentia aquilo assim é ele saberia se tivesse acontecido, ele teria que saber.
Nota Brilho dos Sonhos perto deles e ele conversava com Jéssica mas de forma a o deixar fora do assunto. 
Adentram o sobrado e logo vê Tomás receber suas roupas que foram jogadas a ele e a ordem de ajudar a vestir o Peregrino com Jéssica.
Com a ajuda dos dois, servindo de apoio para ficar em pé direito e se movimentar, corpo doía, braços dói ao ser levantados com se tivesse muito esforço antes, sentia dor pra sentar, pernas estavam meio bambas pela exaustão. Se sentia um pouco deprimente ali de estar recebendo aquela ajuda e tratado como doente coitado por... Balança a cabeça de novo cortando os pensamentos. Não podia ser o que falavam. E mesmo assim ficava o pequeno sorriso na cara da sensação de satisfação e prazer e de querer mais.
"- Desculpa o trabalho aí..." 
Falou meio baixo aos dois ragabash.

* Luke ia pelas sombras do beco até sua entrada onde vê que a ameaça nada mais era do que seus irmãos de matilha. Um misto de alivio e irritação toma conta do Ahroun ao ver Pantaneiro descer do carro e Victor caminhar para a entrada do beco depois de uma chegada tão espalhafatosa. Espera o Philodox se aproximar alguns passos e então deixa sua grande silhueta aparecer na esquina de entrada do beco, deixando nítido que estava ali observando-os. Ainda era possível sentir a aura predatória do Alfa quando diz em seu tom laconico habitual: *
 
- Chegando desse jeito, se eu fosse o inimigo vocês tavam mortos.
 
* Desvia seu olhar até o carro e vê Pantaneiro parado na porta de trás. Completa em um tom de maior urgência ao perceber que algo estava fora do lugar: *
 
- O que aconteceu?!

O Philodox apenas arqueia a sobrancelha para o comentário de Luke sobre "se fosse o inimigo..." e fala:

"-Alef foi baleado. Do jeito que ele está é inútil para a missão. Onde está o filho de Gaia?"

O Índio-lobo continua com o olhar fixo no mundo espiritual observando a agitação do esguio enquanto houve a conversa ao ser redor no mundo fixo. Era confuso estar daquele jeito, observando um lugar e ouvindo outro.

"- O maldito está procurando algo. Vamos agir ou não?"

Kiba dava uma geral no lugar enquanto os membros da matilha continuavam a conversar em particular. Aquilo era realmente necessário? O Ahroun se questionava o que eles tinham tanto para falar que não podiam falar diante de todos.

Aparentemente a Juiza tinha a mesma opinião. Depois de abrir a ultima porta que dava em um banheiro completamente entupido Kiba retorna com a mão ainda tapando o nariz e a boca para se proteger do fedor que havia atacado seu olfato.

- Tem nada aqui gente... Como esperávamos... O cara provavelmente planejou isso tudo e não ia deixar coisas pra trás. Agora que Thiago ta vestido vamos dar o fora daqui. Temos que ir pro Caern pra ele ser purificado.

Kiba joga as roupas rasgadas de Tarek para Tomás e pede, com certa ignorância, para que ele ajude o Peregrino se vestir. Sarah percebe a conversa entre Jess e Tomás e a Roedor prefere ficar quieta desta vez. Conversaria com o Andarilho depois. O elogio de Grace quanto ao sucesso da Roedor ao abrir o portão foi pontuado e possíveis outros sucessos. Jessica sorri rapidamente, mas não mantém contato visual com a Beta.

Tarek parecia bem confuso. Não se lembrava de absolutamente nada e isso era um perigo. 99 centavos só ouvira falar por alto que os vampiros tinham poderes que afetavam a mente, mas isso era tudo. Não sabia como funcionavam, como era feitos ou se tinham como ser revertidos. Era melhor assim. Sussurros não lembrar da violação que passara evitava bastantes traumas, mas ele teria que se vingar. A Roedor continua quieta e apenas meneia a cabeça em tom positivo ao irmão de matilha. Tentava ajudar Tomás a vestir Tarek da melhor forma possível.

A Roedor já imaginava que não haveriam pistas ali. Aquilo foi arquitetado pelo travesti vampiro que sequestrara Tarek para levá-los a destruir outro vampiro. Não deixaria pistas, a não ser para olhos treinados. E segundo o que Kiba tinha dito, ele tinha boas habilidades de investigação. Jess sabia pouco sobre investigação, então para não cometer outra falha com sua tribo, resolveu ficar bem quieta no seu canto. O objetivo agora era o Caern. Começou a falar com Tarek:

"-Sussurros....aqueles cem reais que Cordas Trêmulas lhe entregou ainda estão nos bolsos da sua calça? Podemos usá-lo para chegar ao Caern."

Meio que se encolheu um pouco ao dizer isso em voz alta. Mas o dinheiro era necessário e não sabia se Kiba tinha algum com ele.

A O Uktena confirma que o Esguio permanecia na Umbra, "com cara de paisagem. O Alpha, enquanto isso, se aproxima da entrada do beco e, em poucos minutos retorna. O outro grupo havia encontrado eles, mas estavam com um problema: Alef estava ferido, aparentemente baleado por alguém. O Galliard parecia levemente contrariado.

*Mano, o gibosa tá esquentado pra caralho! Deve ter rolado algum bagulho doido pra ele tá assim.*

Obviamente, aquela não era a hora de perguntar. Skull-Head se resume a balançar a cabeça negativamente quando questionado se possuía dons de cura. Essa era uma limitação que ele precisava vender logo. Felizmente o filho do Unicórnio possuía o dom, que era largamente explorado dentro de sua Tribo. Com o Presas curado, Luke joga a real na roda e o Andarilho apenas comenta:

"- Cara, se essa porra tá comendo os Malditos feito o pac-man, é melhor a gente dar um fim nela logo. Isso realmente não é normal; Esguio não anda sozinho nem fica grande comendo outros espíritos. A gente precisa ver isso depois, pode ser algo que tá acontecendo só por aqui."

As roupas estavam meio rasgadas e sujas,mas era melhor que nada. O Peregrino num momento normal até faria piada sobre aquilo e talvez de estar disfarçado de Roedor ou que tinha entradas de ventilação na roupa. Mas naquela hora fora o cansaço ele estava confuso de mais com aquilo de vampiro. Seguiu olhando o sobrado e só consegui se lembrar olhando os lugares da luxuria com a travesti. E pior sentia falta. Sem nem perceber abriu um sorriso ali de lembrar como foi bom.
Ficando mais sério de novo ao ouvir Jéssica.
"- Tenho..." - passa a mão no bolso da calça pegando as duas notas de 50 que Grace tinha dado a ele "- Eu disse que travesti não quis o dinheiro depois do trato que me deu... Ela falou que eu lindo de mais pra cobrar..."
Eram s memorias que ele tinha, e como todo peregrino que não tem contatos com antepassados é só com suas memórias e histórias que se pode contar.

Kiba terminava de se recompor e se reunir com a matilha quando Jess comenta sobre o dinheiro. O Ahroun tira sua mochila das costas e começa a revirar enquanto diz:

- Tenho certeza que ainda tenho cinquenta reais que o Henker me deu...

Após alguns segundos revirando tudo ele finalmente encontra a nota amassada no fundo da mochila e a mostra a todos enquanto volta a falar:

- Mesmo assim, vamos precisar de mais de um táxi.

O Philodox entrega Thiago à Roedor de Ossos e segue o resto do grupo. Ele também nota que os cochichos não pararam desde que a matilha havia se reagrupado.

O que há de tão secreto que não mereça ser compartilhado com o restante da matilha?

Kiba também nota isso e Âmago-de-Gunnr desaprova publicamente. A sensação de lidar com crianças sempre vinha à cabeça dele quando tinha de lidar com essas situações. Os brancos tinham formas estranhas de conviver uns com os outros: Eles guardavam segredos de seus irmãos e irmãs, atacavam pelas costas e gostavam de se vangloriar sobre irmãos caídos... 

" - Já basta disso..."

Rosna ele, mas em um tom diferente de antes, mais frustrado do que irritado e mais voltado ao Andarilho do que à Roedora.

O Wendigo escuta o Presa de Prata afirmar que não havia mais nada ali e a teoria se confirmar: foi tudo friamente calculado. 

" - Tsc..."

Ele precisaria ter uma conversa com o Peregrino quando ele acordasse, tanto para deixar claro que a vingança seria dele como porque não tirava da cabeça as roupas dos homens serpentes: espadas curvas e roupas do deserto, parecidas com o que ele viu mensageiros dos Silenciosos usarem.

" - Vamos sair daqui... Podemos ver isso no caminho."

Conpletou, diante de toda a questão do dinheiro.

Não existe nada de especial e diferente na casa abandonada, então após Tomás vestir Tarek e o resto da matilha demonstrar insatisfação com ele, o rapaz fica em silêncio acompanhando o resto do grupo meio afastado como de costume. Aparentemente agora pegariam um Taxi.

Grace acompanhava os passos de Kiba pelo prédio, com seu arco de prontidão, caso alguma criatura o atacasse. Porém, a única coisa que avança sobre os Garous é o cheiro fétido de merda dos banheiros, que faz Grace franzir o nariz, recuando um passo.  

Sai do prédio e guarda sua arma. Jessica lembra-se em boa hora do dinheiro que havia dado à Tarek e o Peregrino felizmente está lúcido o bastante para recuperá-lo das roupas. Ao seu dinheiro se soma os cinquenta que Henker havia doado. 

Durante o caminho, tenta pensar numa solução para o problema do táxi. 
- Podemos nos dividir em dois grupos, conforme augúrios. O primeiro vai com Tarek e cem reais até o Caern. O segundo, vai até onde o táxi aceitar ir por cinquenta reais. No primeiro grupo poderiam ir Kiba, Tarek, Sarah e Tomás. No segundo: eu, Deganawida e Jessica.

Tomás ao fundo revira os olhos ouvindo sobre o problema da matilha no que se refere a dinheiro, da bolsa ele tira a própria carteira e de dentro tira R$ 100,00, depois avança e coloca o dinheiro na mão de Grace, sem falar nada retorna para o fundo da matilha.