Clareira Central

.te a chegada de sua matilha.

O lobo caminha em silêncio pelo Caern até chegar a Clareira Central tento farejar alguém da sua matilha e observando quem se encontra lá. Muita coisa aconteceu enquanto Hélios banhava o mundo mortal e nada seria como antes.

O Lobo olha para cima e enxerga Luna que agora se encontra em sua fase crescente. O sorriso discreto que ilumina os mistérios da natureza se encontra nos céus e quando o lobo a enxerga pela primeira em seu augúrio sente o coração se encher de fúria e uiva para céus.






Após uivar o lobo procura um lugar nas sombras, próximo a clareira de modo a enxergar o que se passa no local e se deitada esperando tranquilamente a chegada de sua matilha.

O Lobo aproveita que a matilha ainda não chegou e resolve ir na umbra conversar com os espíritos dos pássaros, espíritos com os quais tinha uma forte ligação herdada de sua mentora Sabedoria-da-Mãe-Cobra.

O Lobo se concentra e sente a película entre os dois mundos se rompendo aos poucos e força a sua passagem para o mundo dos espelhos.

OFF GAME: Continua na penumbra.

O Lobo volta ao mundo físico com a cabeça cheia de informações e idéias. Foi um dia bastante intenso para o lupino e ele agora se deitava na grama enquanto fica de olho para ver se encontra alguém da sua matilha e da matilha Asas da Esperança, precisava de mais informações.




*Eu lembro que na apresentação de ontem eles falaram que eram abençoados como Matilha pelo Uirapuru. Preciso saber como eles lembraram deste espírito...*

O Lobo observa de longe uma briga começando entre dois hominídeos. Primeiramente pensa que é como uma das brigas que costumam acontecer entre membros de matilha para estabelecer dominação, mas logo percebe que é algo mais sério.

*Malditos macacos burros! Com tanta coisa acontecendo nessa cidade amaldiçoada e eles acham que essa é a melhor hora para brigar?* Pensa o lobo enquanto se aproxima velozmente da briga e busca com o olhar algum philodox para apartar os macacos burros.

*Ninguém trabalha nessa porra? Ninguém leva a sério a vida garou e maldita da litania? * Pensa o lobo sentindo a fúria da lua de seu augúrio que está no céu.

A Roedora de Ossos chega à Clareira Central vinda da trilha que levava aos Alojamentos. Antes de seguir para a Forjaria do Caern, ela passa os olhos pelo ambiente, para ver se algum conhecido estava presente. Também busca os filhotes que roubaram estavam bêbados na noite anterior.

O Lobo assiste ao final da briga sendo apartada pela juíza do caern. Continua procurando por membros da sua matilha e da Asas da Esperança.

OFF GAME: Eu reconheço a Jéssica como membro da Asas da Esperança?

O Lobo segue em direção daquela que ele suspeita ser a roedora de ossos que foi apresentada na noite anterior pelo Galliard da matilha. A encara com cuiriosidade e pergunta:

"- Você é da Matilha Asas da Esperança abençoada pelo Uirapuru? Eu sou Sussurros-Solitários, lupino, cliath, Theurge dos Uktena e da matilha olhos da tempestade, abençoada pelo Elefante "

Não encontrou os filhotes da noite anterior. O que era uma pena. Deixaria esse assunto para depois. Começa a caminhar na direção da trilha que levava até a Forjaria quando é abordada por outro garou. Não o reconhece e pensa que poderia ser o lupino que iria fazer parte da Asas da Esperança, mas se engana.

Simpática, Jessica responde o lupino:

"-Boa noite Sussurros Solitários. Sou da Asas da Esperança. Jessica dos Anjos, 99-Centavos, Hominídea, Cliath, Ragabash dos Roedores de Ossos do campo dos Frankweillers, abençoada pelo Uirapuru."

Ela para sua caminhada e continua:

"-Posso ajudar em alguma coisa?"

Era bastante carismática, apesar de não ter certeza se isso faria alguma diferença para o lupino.

O Lobo escuta a resposta afirmativa da garou e pergunta:

"- Eu preciso saber um pouco mais sobre o seu totem. O Uirapuru faz parte da ninhada do Uktena, mas era um totem esquecido. Como vocês decidiram procurá-lo como totem?"

A pergunta do Uktena intriga um pouco a Ragabash. Orgulhosa de seu totem ela responde ao Lupino:

"-O Galliard Peregrino Silencioso de nossa matilha nos fez relembrar desse espírito através de uma lenda indígena daqui do Brasil."

Isso a fez lembrar da profecia que estava pairando sobre a Asas da Esperança e que tinha sido dita pelo próprio Uirapuru. Estremece um pouco ao lembrar-se disso.

"-Conhece essa lenda, Sussurros Solitários?"

O Uktena presta bastante atenção nas palavras da ragabash e fala:

"- Não conheço. Você poderia me contar?"

O lobo estava bastante intrigado com aquela situação e a curiosidade do Uktena precisava ser saciada.

"-Espero que meu relato seja bom o bastante para te contar a história. Contar histórias não faz parte do meu augúrio, mas farei o melhor que puder."

Jessica tenta lembrar a história contada por Tarek sobre o pássaro e começa seu relato:

"-A lenda faz parte da região da Amazônia. De acordo com o que foi contado pelo Peregrino, Uirapuru tinha sido um jovem guerreiro índio, chamado Quaraçá, pertencente a uma nação indígena da floresta amazônica. Quaraçá adorava passear pelas matas tocando sua flauta de bambu. Ele era apaixonado por uma bela índia chamada Anahí, que era casada com o cacique da tribo. Sofrendo muito pelo amor impossível, o jovem índio resolveu entrar no meio da floresta para buscar a ajuda do deus Tupã. Entendendo o sofrimento de Quaraçá, Tupã resolveu transformá-lo num pequeno pássaro vermelho e amarelo com asas pretas, para assim livrá-lo do sofrimento."

Apesar da história ser um pouco triste, devido ao amor impossível de Quaraça e Anahí, era uma linda história.

"-Quaraçá, que ganhou o nome de Uirapuru, voou pela floresta com seu forte e lindo canto. Toda vez que via Anahí, pousava e cantava para a jovem índia, que ficava maravilhada com o som daquele pequeno e lindo pássaro. O cacique da tribo também ficou encantado com o canto do pássaro e, com o objetivo de aprisioná-lo, se perdeu na floresta e nunca mais voltou. Sozinha, restava a Anahí ouvir o canto de seu pássaro favorito. E ao jovem índio, agora transformado em pássaro, restava que a índia amada descobrisse quem ele era para desfazer o encanto."

Essa era a história do Uirapuru, pelo menos o que ela sabia. Poderia ter deixado alguma coisa para trás, mas fez seu melhor contando essa história.

"-Sussurros Solitários...essa é a história do Uirapuru passada pelo Galliard Peregrino de minha matilha. Pode ser que eu tenha esquecido algum detalhe, mas acredito que não. Depois, se quiser, posso verificar com o Peregrino e te repassar qualquer informação que minha memória tenha falhado em lembrar."

Mas uma coisa deixava a Roedora curiosa.

"-Algum motivo especial em saber essa história? Além...é claro, do Uirapuru ser parte da ninhada do Uktena? Faço essa pergunta porque gosto bastante de aprender com outras tribos. Tive uma reunião pela manhã com o Wendigo Sangue dos Quatro Ventos e com o Andarilho do Asfalto Brilho dos Sonhos, que também fazem parte da minha matilha, e aprendi muito com eles sobre suas tribos."

O lobo escuta o conto da ragabash sobre a lenda do Uirapuru. Lendas humanas, mesmo as indígenas muitas vezes são baseados em eventos sobrenaturais do passado. Precisava entender mais sobre essa lenda e os fatos por detrás dela.

"- Obrigado pela história 99-Centavos. Eu descobri muitas coisas e acredito que o Uirapuru será um dos segredos para derrotarmos o Apocalipse. Eu quero falar com o Galliard que ouviu essa história, você pode me ajudar?" Fala o lobo com seriedade para a Roedora de Ossos.

O lobo não gostava de dever favores e por isso decide tirar isso logo da frente:

"- Posso ajudar você com algo? Algo que queira saber?" Pergunta o lobo para a ragabash.

Ela fica satisfeita que tenha saciado algumas dúvidas sobre o Uirapuru. Mesmo que Sussurros Solitários não fizesse parte de sua matilha, ele era dos Uktenas, a tribo que fazia parte da aliança política do Caern da qual os Roedores também participavam. Arregala os olhos quando ouve sobre o Uirapuru:

"-Isso é novidade para mim. Eu não tinha ideia de quão importante o Uirapuru pode ser no Apocalipse. Gostaria de te ajudar em suas pesquisas, se não for incomodar. O Galliard Peregrino Silencioso se chama Tarek, mais conhecido como Sussurros da Noite. Tenho quase certeza que ele esteja no Ponto de Encontro da minha matilha, na região Oeste da cidade, mas vamos nos encontrar no Caern em breve para uma missão contra um vampiro. Posso avisá-lo que você o procura para falar sobre o Uirapuru."

O lobo oferece ajuda para a Roedora e ela aceita de bom grado.

"-Gostaria de aprender um pouco sobre sua tribo, se você puder contar um pouco sobre ela. E quem sabe me ajudar a me harmonizar melhor com meu lado lobo e com a Wyld. Em troca eu posso lhe ensinar alguma coisa. Você sabe ler?"

Muitos lupinos não sabiam ler e Jessica queria mudar um pouco isso. Pelo menos naquele Caern. Também tinha a intenção de ensinar os Impuros do Caern. Os dois são abordados por duas garous que aparentemente estavam esperando o Alfa da matilha de Sussurros Solitários. Elas não pareciam muito contentes com a espera. Ela meneia a cabeça em cumprimento para as duas Fúrias Negras.

O Lobo observa a aproximação de duas mulheres que se apresentam como Fúrias Negras e que estão aguardando o restante da matilha. Após a resposta de Jéssica o lobo fala:

"- Muito bem. Podemos nos encontrar amanhã e lhe falo sobre a tribo, a Wyld e a vida de lobo. Não preciso ler, a escrita faz parte da Weaver e eu não gosto da Weaver."

O Lobo responde as Fúrias:

"- Eu sou Sussurros-Solitários, lupino, cliath, theurge dos Uktena. Eu acabei de voltar de uma jornada umbral, também estou esperando a matilha chegar."

*Então o Alfa conseguiu Fúrias para nos acompanhar na caçada de hoje. Muito bem...*

"- Até Amanhã 99-Centavos, preciso ter com as Fúrias sozinho." fala o lobo para a ragabash e começa a se afastar fazendo menção para que as Fúrias o sigam para um local mais isolado na Clareira em que pudessem conversar em particular.

"- Posso já lhes contar o que descobri sobre o que vamos enfrentar hoje. Assim já começamos a caçada." Fala o lobo para as fúrias e espera uma resposta antes de continuar.

Jessica acha a resposta do lupino bem ríspida, mas lupinos não costumavam serem os gênios da educação e do carisma. Infelizmente ele não dera nenhuma resposta sobre Tarek, então ela supõe que ele poderia procurar o Uktena depois. Provavelmente Jessica acompanharia o Peregrino.

"-Até amanhã Sussurros Solitários."

Se despede do lupino e das Fúrias com um aceno de cabeça. A Roedora segue seu rumo em direção à Forjaria.

O lobo é seguido pelas fúrias até um lugar um pouco mais afastado. De longe ele observa a Roedora de Ossos se afastando. Assim que estão com mais privacidade o lobo começa a falar.

"- Ontem nossa primeira missão foi descobrir o motivo de um assassinato ritual de 3 macacos machos. Descobrimos que no lugar cada assassinato havia uma mácula da Wyrm corrompendo espíritos para que os malditos se alimentassem ficando mais fortes e quando possuindo humanos, criando fomoris mais fortes também."

"- Durante a corrida descobrimos que existe uma Viúva Negra de nome Eva controlando um espectro conhecido como Mulher-de-Branco." Fala o lobo tomando cuidado quando fala sobre a Viúva Negra.

"- Com minha tribo descobri que no passado uma bruxa daqui já havia invocado a Mulher-de-Branco antes. Ela usa um pedaço do corpo de uma humana fêmea que sofreu nas mãos de macho para controlar o Espectro. O Espectro está matando outros machos que atormentam fêmeas, mas quando eles morrem tudo que toca o seu sangue quente é maculado e começa a corromper os espíritos ao seu redor." Fala o lobo enquanto observa a reação das Fúrias negras.

"- O espectro não pode ser aprisionado e só pode ser destruído se o seu corpo for queimado e purificado ao mesmo tempo em que destruímos o espectro na Umbra. Meus irmãos de matilha salvaram algumas mulheres ontem, as coisas dos machos atraem malditos. O Estranho era que havia uma planta santificada* que protegia as mulheres por um tempo. Vocês acham que Eva pode ainda ser salva?" Continua o lobo com a sua história, terminando com uma pergunta sincera. Se pudessem salvar a Fúria seria melhor, toda ajuda naquele momento era bem vinda.

*Santificação é o termo correto para despertar o espírito de uma planta. Uma planta com o espírito desperto funciona basicamente como um amuleto.