Clareira Central

Lançando um olhar discreto ao redor, verificando se alguém mais dava atenção a eles, o que parecia bem pouco provável, Grace confidencia a seus irmãos em voz baixa.
- Foi pouco antes dos uivo de convocação, eu estava do lado de fora do Templo da Justiça. Eu vi… eu e Asa Solitária em um grande campo, coberto de névoa. Um Wendigo tinha um dos membros arrancados por um Falcão, não dava pra distinguir qual em meio a névoa. E havia um Cervo, acuado pelo maior Lobo que eu já vi na vida. Foi uma visão intensa, assustadora...

A caçada tem início e Coração Valente, ao contrário das expectativas, assume uma postura de combate. A Fianna sente a Fúria da Lua de Prata agitar seu peito, e rosna, remoendo os insultos que o Presas de Prata lançara à Anciã de sua Tribo. Estrela da Manhã havia errado, mas era sua irmã, e seu sangue começava a ferver com as ofensas à líder. Porém, sabia que não era sua hora de lutar, nem deveria.

Isaak era forte, tinha uma arma poderosa, e não era preciso ser vidente para prever que Garous morreriam ali, ainda mais com os aliados que ele iria ter. Lança um breve olhar a Kiba, que parecia determinado, com uma das águias de sua Tribo em seu ombro. 
"Parece que mais uma vez eu vou ter que temer que o Falcão exija sua vida..."

Estavam todos a postos, e seria uma batalha feia. Garous contra Garous em solo sagrado. O tipo de história que se conta com melancolia e vergonha. Vira-se para seus parceiros theurges, sugerindo.
- Podemor ir pela Trilha Sul buscar nossa oferenda. Ficar fora do fogo cruzado, mas não muito longe dele. Muitos irmãos precisarão de cura...

Forma - Crinos

Ao menos sua tribo não ia entrar na matança, mas tinham um serviço a ser feito, ele acena para a líder da tribo concordando. Ele sentia a Fúria crescer dentro de si, ele mesmo não sabia o quanto em controle estava, e sentia os ânimos se agitarem, sabia que os Filhos de Gaia que o acompanhavam sentiam o mesmo.

Então fala para Olhos do Corvo e Coração Justo.

"- Acalmem seus corações irmãos, hoje Gaia pede para que cuidemos de nossos irmãos, vou pedir para os pássaros observarem a caçada, iremos onde eles nos apontarem, vocês separam possíveis brigas, eu cuido dos feridos."

O Garou então começa a invocar um espírito pássaro, que já o conhecia e sempre cantava em seu ouvido.

OFF - Tento invocar um dos espíritos da Rede Espiritual.

E subitamente, o Ahroun lhe dera a melhor ideia possível para sair daquela situação sem desobedecer ninguém e sem incitar a insubordinação:

- Eu sou um ótimo rastreador... - William fala com toda a confiança de alguém com lábia 5 - e conheço o ritual da Pedra Caçadora, se houvesse tempo para fazê-lo, mas não devemos precisar. Eu irei em quatro patas como guia.

Ele abre olha para o Ahroun e sorri, o fetiche gravado em sua pele se acendendo com um brilho  que reluz nos olhos muito verdes do jovem Fianna. Se antes o jovem parecia atrativo e contagiante além do humanamente concebível, a imagem do Cervo prateado em seu peito parece evocar uma imagem ainda mais vibrante e magnético (Carisma 7). Ele ouve o discurso de um cara que ele nem conhecia, mas não estava nem perto de parecer tão feliz ou tão tranquilo quanto ele... William crescera em uma família Garou, sabia o quanto aquele ritual era sério e os motivos que o levaram a ser convocado não pareciam ser dignos o suficiente da desgraça que seria uma falha...ou da tristeza que seria tê-lo bem sucedido. Quando a lua de prata surge no céu, o peito do Galliard infla de fúria e ele troca um olhar cúmplice  com o líder da tribo, pedindo permissão silenciosamente para falar à seus irmãos, pois sentia a necessidade de deixar sua emoção vazar através de suas palavras....e assim o faz, após a despedida daquele à ser caçado ao embrenhar-se na mata, indo à frente da tribo um jovem desconhecido com a Raça-pura dos antigos heróis Fianna, tomando o centro das atenções e dizendo em sua voz melodiosamente bela para todos ali:

- Filhos do Gamo, do povo de Ceridwen e de Cernunnos, guerreiros de Gaia, meus irmãos.... eu sou Coração-da-Tempestade, Lua Gibosa de nossa tribo. Sob a luz da Lua de Prata eu vejo em muitos de seus olhos a mesma angústia que assombra meu coração, vejo o receio da infâmia e a incerteza da injustiça. Eu vejo em vocês esta angústia...e eu também a sinto, mas devemos enfrentar esta sombra juntos. Um dia poderá vir no qual a coragem falte em nossos corações, quando esqueceremos nossos amigos e quebraremos nossas promessas, mas não será hoje. Não deixemos que a incerteza que aperta nosso coração faça nossas mãos vacilarem e que o sangue de nossos irmãos seja derramado pela vaidade e pela imprudência de nenhum Garou, seja ele sozinho ou seja uma tribo inteira... Chegará o dia no qual as histórias refletirão em glória, honra e sabedoria as decisões individuais de cada um, mas que elas jamais digam que esta noite corremos como menos do que irmãos.

William olha de um para o outro, deixando suas palavras pousarem. Ele sabia em seu íntimo que provavelmente seria odiado pela líder do Caern por aquilo, por sugerir que discordava de seus motivos, mas ele não podia evitar fazer o que achava que era certo: Se não havia como impedir aqueles Garou de caçarem uns aos outros, ao menos podia tentar evitar que vidas fossem perdidas apelando para que eles se mantivessem unidos.

- Eu ainda vi muito pouco desta terra e conheço ainda menos as armadilhas da Corruptora, mas sei que uma corrente só é forte enquanto perdura a união de seus elos... Se divididos somos fracos,  juntos somos mais do que mil, somos um. Esta noite, quando vinha para este Caern, eu tive a visão de um grande lobo devorando um cervo no horizonte desta cidade... Eu peço a Gaia para que não seja um agouro, mas sim uma lembrança para todos nós de nossa própria vulnerabilidade. E que esta lembrança nos ajude a proteger aqueles que correrão ao nosso lado como se fossemos um só, pois nosso sangue se misturará no campo de batalha... Não nos comparemos às outras tribos, pois não somos iguais à eles. Nós somos Fianna. E como Fianna, partamos juntos para nosso destino!

E puxa então, um uivo longo e profundo  que se transforma aos poucos em uma canção simples e repetitiva, na língua Garou, para seus irmãos de tribo possam dividir com ele aquele momento:

 A atualização Fianna continuará ao final da ronda das outras tribos.

Grace acena em concordância para Visões de Arcádia. 
- Fazemos isso depois, então.

A Galliard aprecia os discursos de seus dois irmãos de Augúrio. Era bom que estivessem inspirados para motivar a Tribo. Estrela da Manhã começa a tocar seu tambor, e Grace sente seu coração batendo em sintonia com ele, na bela música que é composta pelos dois Fianna Galliard ao mesmo tempo. Por um instante se lembrou de sua parceria, voz e instrumento, com Sussurros da Noite, e a lembraça lhe dá uma alegria melancólica, ao mesmo tempo que era uma boa memória, acentuava a perda do irmão de Matilha Peregrino. Isso reforçava a importância de aproveitarem momentos como aquele entre os irmão de Tribo.   

Permite-se, por um momento, se encher com aquela energia vibrante, afastandos os maus pressentimentos que pesavam seu coração, e haviam enevoado sua própria inspiração.  
Ao final, dá um uivo de aprovação. 

A bela voz de Estrela da Manhã ao fazer seu discurso também encanta Grace, apesar das palavras tão duras proferidas. A Anciã fala bem, mas Grace sente em seu coração a incerteza sobre a união das Tribos clamada pela líder do Caern.
O uivo de guerra volta a deixá-la tensa, não apenas pelo iminente combate, mas pelas inquietações que voltam ao espírito da Galliard, e infelizmente elas não demoram a se concretizarem.

Arregala os olhos com um pavor incrédulo ao ver a líder da Seita ser abatida tão rapidamente pelo Ancião dos Fenris. 
- Estrela...! - a voz fica presa na garganta da Garou, que inclina seu peito e avança um passo no impulso de correr ao auxílio de sua irmão de Tribo, mas a razão a detém a tempo. A humilhação que o Fenris faz com a líder estremece os nervos da Fianna, que grunhe de revolta a indignação enquanto ele vai embora. 

- Grrr... grrrr... grrrr...
"Go mbrise an diabhal do chnámha" pragueja, tentando reunir alguma calma para agir como deveria.

Bardo Forjador age rapidamente, e assim que recebe a ordem, Grace tambem não hesita em correr até a Anciã desmaiada. Vê o líder Fianna partindo atrás de Temido como Vulcões, e conhecendo a habilidade dele, sabia que o Ragabash tinha condições de enfrentá-lo.
"Luna ilumine sua lança, meu líder!" ora, enquanto se agaicha ao lado de Estrela da Manhã, esperando pela atuação dos theurges.

Forma atual: Crinos 

O lupino assiste ao começo da caçada e o Uivo da líder era belo e inspirador e todos já se preparam para executar seus planos. Rapidamente o lupino toca o outro Theurge e quando estavam indo para a Umbra eles ainda tem tempo de assistir a cena dantesca do Ancião Fenrir esmurrando Estrela-da-Manhã. 

*O que diabos ele pensa que está fazendo? Atacar a líder do Caern dessa forma... Que desonrado!*

Mas o rapidamente eles completam a transição antes que qualquer outra coisa aconteça. 

Off Game: Continua em Penumbra.

Henker sente seu sangue correr, inflamar em suas veias a média que seu líder fala... E aquilo era bom, mas perigoso, a besta estava muito próxima da superfície, ele podia sentir, e sabia que não podia deixar ela tão próxima e por isso enquanto ouvia ele começa a afiar suas garras, como quem afia lâminas...

A ordem era de não matar, mas que bem havia em garous fracos em tempos de guerra?!

E tão logo ela está pronta, todos gritam, e uivam e ele se junto ao coro sentindo o júbilo que se anunciava... Não havia prisões, não haveria ressentimento, ele tinha ordens de derrubar, e sabia que implícito estava o abater... Todos eram alvos e o garou iria atrás dos seus.

Assim que a ordem é dada, o garou se lança para sua missao, queria correr, iria gastar aquela fúria e iria pra cima de qm quer q fosse.

Temido como Vulcões inicia os trabalhos e logo segue para a trilha, ouve o grito ensandecido e desvairado do orgulho ferido fianna.

* patéticos*

Tinha suas ordens, e iria tirar delas prazer.

OFF

Henker estava com 9 de fúria

Gastou 1 de fúria para ativar o dom garras afiadas.

Fúria atual 8

Kiba olha na direção de Axl assim que ele se aproxima e lhe dirige a palavra. O Ahroun estava tenso, mas ainda assim consegue esboçar um sorriso para o primo que, mesmo mal conhecendo, se provava um grande companheiro.

- A honra é toda minha primo...

Alguns Garous teciam palavras para suas tribos para tentar inspira-los. Outros apenas escolhiam manter-se em silencio, provavelmente em consideração a Coração Valente, mas quando Estrela da Manhã toma a palavra o semblante de Kiba fica mais sério do que nunca.

Ainda era difícil para ele acreditar que a mesma Garou que havia sido tão generosa com ele quando contaram sobre a gravidez de Grace estava agora condenando um Ancião ao ritual de caçada.

O Ahroun esperava que fosse dada a largada e quando ela é feita Kiba já começa a correr, mas não rápido o bastante para perder a visão do poderoso golpe que Temido Como Vulcões desferia em Estrela da Manhã.

Aquilo lhe incomodava, fato, mas era o único jeito de conseguirem salvar Isaack. Então, sem perder mais tempo, Kiba parte a toda velocidade na direção da Trilha Oeste, onde defenderia a passagem com sua vida se fosse preciso.

Off:

Segue para o tópico Zona Oeste.

O Ahroun consegue ver Kiba correr em disparada para oeste e em contas simples entende que ali seria um local onde teria muito o que fazer e sem cerimônia segue o alfa de sua matilha, era boa coisa saber que não estariam em lados opostos.

De forma simples decidira que sua matilha consistia apenas entre ele e Kiba, todo o resto estaria sob o risco de suas garras.

OFF

segue para o tópico zona oeste.

Victor sente os olhares descrentes sobre si após as palavras de Legado do Trovão, mas nao demonstra consternação.

*Quando se está na lama, humildade e discrição são as nossas melhores armas, Legado do Trovão. Você precisa aprender...*


O Philodox, calado, olha brevemente para Luke e dá dois leves tapas no ombro do Ahroun como quem diz: "Ja foi falado o suficiente." Logo quando faz isso, o Uivo de Estrela da Manhã ecoa anunciando o início da caçada. 

*Que esse seja o início de nossa longa redenção.*


Mal a caçada é aberta, Temido Como Vulcões avança na direção da Líder do Caern e a nocauteia com dois poderosos golpes.

*Fenris... um alvo e uma ordem. Simples assim.*

As demais Tribos começam a se movimentar. Justiça do Predador encara Sombra da Justiça e diz de maneira afirmativa:

- Às suas ordens.

Ao ouvir o sinal, Deganawida segue seus irmãos para a Umbra, tão logo eles rompem a película. Ele nota a agitação dos Fenris contra a líder do Caern, mas não fica para ver a conclusão do evento.

Tsc. Fiannas...


Continua na Umbra.

Forma - Crinos

O Theurge se surpreende com a atitude de seu companheiro de matilha, assim que é interrompido, sente a Fúria em si e rosna para ele, mas rapidamente o rosnado é interrompido e substituído por um olhar de desaprovação por ser interrompido, no entanto, não deixa isso o segurar mais tempo, a caçada começara, e os Crias de Fenris tinham começado o jogo mortal.

"- Teremos trabalho com os Fianna e os Crias... Vou ver o que posso fazer para evitar um derramamento de sangue."

Então o lobo apenas segue o mais rápido possível para o grupo de Fianna que se reuniam atrás de sua líder desmaiada.

Ele uiva, chamando Grace, e diz para a Galliard.

"- Eu sei que sua Fúria e a Honra de sua tribo clamam por sangue. Mas pelo amor de Gaia, não transforme o Caern num campo de batalha...
Lembre-se da nossa história... Das tribos perdidas. Não podemos lutar entre nós...
Por favor Cordas-Trêmulas, eu confio em você."