Alojamentos

Allen faz um aceno de cabeça agradecendo as palavras e incentivo de Renly, e já esperava nenhuma reação de Yanni lembrando como ele era e a forma que agiu na reunião de tribo, era provável que estivesse pensando que ele era mais um idealista de miolo e coração mole, o que não estava tão longe da verdade. Mas sabia como Yanni era também um protetor, apesar das poucas palavras.
 Olhou para Cordas-Trêmulas, vendo ela não ter nenhuma reação. Suspirou. Talvez ela precisasse de mais tempo para processar tudo. Era difícil, ele entendia.

 *Espero ter ajudado em algo... O trabalho de um Theurges e curar o corpo e alma... E Grace precisa agora de cura para a alma... Espero que encontre força e paz logo...*

 Apertou um pouco a mochila nas mãos, olhou para porta.

 "- Renly, Yanni... Se importam se eu deixar a mochila aqui e pegar depois? Não q-quero molhar tudo na chuva... E-e, preciso fazer uma coisa... Aliás, v-vou deixar meu sobretudo aqui também..."
 
 Coloca a mochila num cantinho para pegar depois e onde não fosse atrapalhar a circulação pela cabana. Remove a o sobretudo e a camiseta e os coloca junto a mochila e segue para porta.


 "- Muito obrigado, Renly e Yanni... Cuidem dela... E vocês são muito gentis..."

 Dá um sorriso tímido a eles, e segue para o exterior para o meio da tempestade que caia, tentando ficar num ponto discreto da area dos alojamebtos, se molhando por completo, deixa do a água fria bater na pele branca como papel. Abre os braços e dá início a uma oração na linguagem dos espíritos.
 Um passo para o que fora pedido por Fênix-de-Prata.


 "- A tempestade é domínio do Avô Trovão, relâmpagos e trovões assustam, deixam alertas, a tempestade tem fúria e muitas vezes destrói, mas ela também renova e nos lembra de estar alertas. Que seja essa tempestade agora um renovar de forças... A tempestade é domínio do Avô Trovão, e a ele meu respeito, mas a tempestade também é formada da água, essa que me banha, refresca, e traz vida. Água limpa e purifica... Que a água que cai aqui nos limpe de manchas de ódio do passado. Que lágrimas se tornem como chuva que adentra o solo alimentando a beleza das plantas... Que floresçamos... Que ciclo seja renovado... Eu agradeço a chuva que cai, agradeco ao Avô Trovão, e agradeco a água. Que nos lavem e purifiquem, nos alertem e nos dêem forças para seguir. Água traz o verde da natureza, a água segue o fluxo mesmo nas profundezas da terra e alimenta as plantas e faz a floresta surgir, as plantas nos abrigam e nos dão força, e esse é o início do ciclo da vida que agradeço aqui... Que sigamos como a água, sigamos o fluxo sem nos entregar e parar, que lágrimas se tornem força e vida para florescer novamente... Que cresçamos e morremos como plantas um abrigo a quem precisa... Obrigado espíritos por lembrar as antigas lições sobre o existir e viver... Obrigado mãe Gaia... Que sejamos como água a fluir..."

 Termina a oração, juntando as mãos contra o peito e fazendo um momento de silêncio.

A mudança na intensidade da chuva faz o Theurges concluir que os espíritos aceitaram bem suas preces. 
Com um sorriso e calmo, andando parecendo se incomodar em nada com a chuva, segue para a clareira central. Apenas sendo discreto. De forma a evitar problemas.

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OFF: continua na Clareira Central

Grace escuta a história de Espírito Tranquilo, a princípio com interesse e compaixão, em seguida com um nó no estômago conforme a trajetória dele se torna mais trágica, e ele vai traçando paralelos entre a situação dele e a dela.

Contudo, falar da filha dela era como pisar em uma ferida aberta, e a Fianna se encolhe escondendo a cabeça atrás dos joelhos e chorando. Ele estava certo, ela amava sua filha, e era bom que alguém reconhecesse isso. Contudo, isso também era uma dor que ela não conseguia mais suportar.

Quando enfim ela ergue os olhos o theurge não está mais lá. O casal de Filhos de Gaia conversava sobre algum assunto que ela não dá atenção. A vida se esvaíra dos olhos da Fianna, e apenas o nada restava. Reine suas poucas forças para se levantar e da cabana sair.

Assim, para um destino incerto ela caminha.

Chegando aos alojamentos, Victor se dirige à cabana onde havia passado a noite anterior e deixado as suas coisas.

'- Não me demoro.' - Diz para a lupina.

O Philodox retorna à forma humana e adentra nas acomodações buscando por sua mochila, retira dela seda e parte de um rolo de fumo e "bola" uns 12 cigarros rapidamente, acendendo o primeiro logo que fica pronto e dando uma bela e longa tragada.

*Obrigado, Senhor!*

O meia lua coloca os demais cigarros no bolso e sai da cabana fumando o que havia aceso com um semblante de satisfação.

'- Agora podemos ir.' - Fala em tom amigável para a ragabash enquanto vai caminhando rumo ao lago verde.

Hominídeo

Lineu salta da cama de modo brusco, sua respiração estava tão forte que era possível ver o movimento rápido do seu tórax, ele olhava em todas as direções, agora estava no alojamento. Sua cabeça ainda doia, ele percorre a mão pelos seus cabelos e lembra que tinha sido vergonhosamente derrotado por um Filho de Gaia. Tentava forçar site memória para lembrar dos acontecimentos então...

"Lobo... Lobo... Lobo..."

As vozes em coro na sua mente... O Caern estava sendo atacado, ele então sai em disparada na direção da porta.

Hominídeo


Flagelo-da-Wyrm fica parado alguns segundos sem entender muito bem o que ocorria mas o grito de dor do Galliard o chama atenção e o desperta. Lineu via a cagada que acabará de fazer imaginando a dor do Filho de Gaia já que poucas gotas que caíram em seu braço realmente estava muito quente.


- Aedo... Me desculpe... - o Lua Cheia tentava encontrar um pano para ajudar a limpar o rosto do Filho de Gaia, estava visível o quanto sem graça com toda situação e parecia uma barata tonta sem saber em qual caminho ir.

Hominídeo


Flagelo-da-Wyrm se acalma e adentra novamente a cabana, tentava se lembrar dos acontecimentos da batalha anterior.


- Eu me lembro de estar lutando... Ou tentando lutar contra o Portador da Luz traidor junto com minha matilha e nosso Caern ser atacado, nós conseguimos repelir o ataque? - o Fenris fica agitado novamente - E por que Garras-do-Trovão esta me mudando de matilha?


O Lua Cheia então se dirige pra sua cama e senta esperando que o Galliard fizesse o mesmo e lhe explicasse o que estava acontecendo.

Hominídeo


Lineu bebe a água e coloca o no chão entre seus pés, repousa seus cotovelos sobre os joelhos e suas mãos vão a sua cabeça deslizando pelos seus cabelos.


*40 Garous...*


Seu olhar se volta para o Galliard, ele ignora o fato de praticamente ter morrido na noite anterior e não se lembrar dos acontecimentos.


- O que aconteceu com a Sangue Forte de Luna? Quem foram esses Garous mortos? - A morte e a tragédia pareciam estar lhe perseguindo.

Hominídeo


Os braços do Modi se soltam de seus cabelos e ficam largados para baixo mas permanecendo com seus cotovelos nos joelhos mas agora sustentando todo peso de seu corpo, seu olhar vai em direção ao chão junto com sua cabeça que se abaixa.


- Eu falhei Aedo-Campeão, falhei novamente... Falhei com minha família, falhei com esse Caern, com minha matilha... Falhei com Gaia... - seu olhar se vai em direção ao Filho de Gaia com os olhos marejados - Eu falhei como Garou, deveria ter protegido minha Alfa como Beta e minha matilha e esse Caern como um Lua Cheia mas como sempre as pessoas no meu redor estão mortas. - sua cabeça recai novamente e uma lágrima pode ser vista se chocando ao chão.

Hominídeo


O barulho seco vem junto com o arder e a face do Cria ficando vermelha, seu olhar esta fixo em Aedo-Campeão, ele não acredita no que acabou de acontecer, não esperava a atitude do Filho de Gaia.


- E... - A boca do Fenrir se abre mas não saem palavras, sua mente estava estatelada.


Não havia o que falar, não havia o que contestar, o Galliard estava correto, um Cria de Fenris podia ser várias coisas mas não um covarde digno de pena, Lineu se levanta não havia mais lágrimas no seu olhar, no local estava um semblante sério.


Você tem razão Aedo-Campeão. - Seu tom de voz era sobreo, sua respiração firme e seu olhar fixo - Um Cria de Fenris não deve se portar de maneira tão indigna e muito menos ter que ouvir de um Filho de Gaia como deveria se postar, o mínimo que devo fazer é prestar um chiminage ao grande Fenris por toda essa baboseira que acabou de acontecer.

Hominídeo

O Fenris vê a reação do Filho de Gaia, apenas acena com a cabeça em afirmação e se dirige para a Clareira Central. Não havia mais muito o que falar sobre o que acontecia. Na verdade nem ele entendia o que realmente estava acontecendo em sua vida.

Continua na Clareira Central

Hominídeo


Flagelo-da-Wyrm caminha de volta para aparentemente de onde não deveria ter saído, ao chegar na porta da cabana de Aedo-Campeão, aguarda até que todos cheguem, para só então abrir a porta para que pudessem entrar.

A Cria de Fenris caminha ao lado de seu irmão de tribo e matilha, tendo absorvido novamente o Martelo de Guerra e aguardando o que quer que achassem que ela precisava fazer...

Território novo, regras novas.
Dione apenas segue Flagelo-da-Wyrm até a cabana.
Precisava saber das histórias.
Precisava saber como ajudar.

E mais ainda, aguardar a chegada de Legado-do-Trovão e sua futura nova família.