Templo da Justiça de Gaia

O Wendigo havia sido julgado no Templo da Justiça, então conseguia chegar até lá facilmente. Degan sempre prestava atenção nos passos de Ronaldo, para garantir que ele estava lhe seguindo. Ao deixarem as Montanhas do Caern seu semblante era tristeza pura. 

O engraçado é que ele ficou assim só depois que eu lhe dei a punição. Nem a consciência de que havia matado 17 pessoas e entregado sua alma na boca da Wyrm o comoveu... Tsc. Essa sociedade de estrangeiros da Wyrm é muito materialista...


Degan fica de frente para a entrada do Templo e eleva a sua voz, fazendo-se ouvir em seu interior:

" - Eu, Sangue-dos-Quatro-Ventos, Meia Lua, nascido dos humanos e filho do Grande Wendigo, Fostern da Asas da Esperança solicito a entrada neste Templo para tratar de assuntos da punição de um dos integrantes de minha Matilha."


O Wendigo estava até calmo depois de tudo o que ocorreu até ali. Ele aguarda a resposta do responsável pelo Templo.

Hmmm... Está vazio. Tudo bem, vou pegar uma das coroas e depois comunico minhas intenções ao novo Juiz da Seita...


O Wendigo adentra o recinto e vê várias coroas de ferro sobre uma grande estante. Ele pega uma delas e faz uma reverência aos espíritos dos antigos juízes que habitavam aquele lugar sagrado. 

Então ele deixa o Templo e vai em direção a Ronaldo:

" - Receba, de minhas mãos, a Coroa de Ferro... Que seu juízo siga os ensinamentos de Gaia e Luna, como lhe foi ordenado, caso contrário, que a Coroa de Ferro aja sobre você sempre que agir com impaciência, ou de modo contrário ao de teu augúrio, desunindo sua matilha, desrespeitando os seus, ou se deixando levar pela Fúria. Desafie a coroa, e ela o vencerá. Tenha prudência, Lua Gibosa, e teu totem irá lhe acolher e em breve, a coroa lhe será retirada..."


Com essas palavras, Degan coroa o Fianna, esperando, sinceramente, que melhores dias o aguardem.

Ronaldo avompanha Degan de perto e na sua velocidade. Pelo caminho vinha pensando em como reverter aquela situação, o "cárcere" que se via. Momentos que pensava em fugir dali e abandonar sua vida garou, retomar seu sonho e mandar todo mundo pra pqp, em outros aquela voz sensata lhe dizia para aceitar tudo de forma honrada, ter calma e sabedoria.

Calma, sabedoria, honra...

"Me rebaixaram a um filhote, vou andar por ai com uma merda de coroa, como se não bastasse, minha voz está horrivel, tenho um mês para provar que mereço ser fianna..."

Desce uma lágrima no rosto de Ronaldo, lágrima de raiva, ódio, se sentia humilhado e tinha tido seu sonho destruído. Provavelmente seria rebaixado, ele já se via sendo expurgado para oa roedores de ossos e ganhando um nome medíocre, sendo motivo de chacota eterno.

"Era melhor terem me setenciado a morte."

Ronaldo abaixa a cabeça e sente ser colocada a coroa, fecha os olhos e pensa rapidsmente na sua vida. Abre e vê o philodix, Ronaldo não se move, espera agora Degan dizer o que fará.

O uivo de Victor é escutado:


'-SALDADO SEJA SUSSURROS-SOLITÁRIOS, LUPINO, CLIATH, THEURGE DOS UKTENA E NOVO ALFA DA OLHOS DA TEMPESTADE.'

Depois de colocar a coroa no Fianna, Degan diz para o garoto:

" - Vamos voltar para ver como estão os outros. Vou pedir à Pantaneiro e à Cordas-Trêmulas que o acompanhem quando você precisar de conselhos sobre sua herança nos dias que virão."

Deganawida não podia imaginar perder sua herança tribal. Afinal, era sua própria família, sua mãe e seu pai, no norte: Ele era um Wendigo, mas também era um Oneida, e as tradições da tribo "humana" se mesclavam tanto à cultura do Grande Wendigo que mal era possível dizer onde uma começava ou a outra terminava. Da mesma forma, sabia que Grito-de-Guerra não tinha uma relação tão íntima com os seus. Era melhor fazer com que passasse a ter...

O Wendigo começa a se colocar para voltar para as montanhas quando escuta o uivo proclamando Sussurros o novo alfa da Olhos-da-Tempestade. 

Degan fica feliz, na medida do possível, sem demonstrar externamente... E aquilo também explicava a presença do Senhor das Sombras rondando a sua matilha. 

Preciso parabenizar meu irmão pela conquista... Pelo menos boas notícias nessa noite... No entanto... Significa um Senhor das Sombras a mais com que lidar. Tsc. 

Ele se põe a caminhar para encontrar sua matilha, com Ronaldo junto de si.

Off: Continua nas Montanhas do Caern.

Ronaldo escuta o anúncio através do uivo e ignora, evita fitar Degan e apenas o acompanha de perto.

O jovem Philodox acompanha os dois Filhos de Gaia até o Templo da Justiça, conforme havia sido ordenado por Fúria-das-Tempestades. Ele estava curioso com o que os dois Theurges haviam testemunhado, mas prefere se manter em silêncio, eles já teriam muito o que responder...

Pelo menos, Uirapuru parece estar bem e nada aconteceu com Cordas-Trêmulas, nem com Okwanada...


Ele observa em volta para ver se havia alguém já esperando pelo trio.

Segue o beta até o local, olhando de foram curiosas, era escuro mas interessante. Começava a conhecer o Caern das terras do Rio de Janeiro.
 Estava em silêncio completo, pensando sobre o que lhe seria questionado e o que falaria. Não se sentia nada confortável com situação.
 Espera ali o líder do Caern e quem mais fosse participar daquilo se manifestar.

Forma - Hominídea

O Filho de Gaia chega acompanhando a dupla de sua matilha, mantinha a mesma expressão séria e assim como Sangue-dos-Quatro-Ventos, observava se mais alguém estava ali.

Forma - Hominídeo
 
Olhos de Gaia observa o Caçador da Verdade e o Protetor do Caern chegando no templo para os acompanharem, o Fenris olha para o trio e pergunta o que havia acontecido, no entanto, esse momento é interrompido pelos passos de Orgulho-Renascido, que chega sem ser convocado, no entanto, quando diz estar presente para defender os membros de sua tribo, o Lupino lhe lança um olhar firme, antes de respirar fundo para responder a curiosa questão.
 
“- Olhos de Gaia estava cuidando do chiminage de nosso totem, apresentar Espírito-Tranquilo ao Uirapuru precisava. Chamar por totem, cantar canto de Uirapuru, então terra tremer... o barulho alto demais, o verme sair da terra, fedendo a morte e corrupção e o que mais todos sentir e matar na Clareira Central.”
 
Aquela era a verdade completa, não tinha ideia do que tinha dado errado, não poderia saber, tinha feito aquele ritual quase uma dezena de vezes, e nada perto daquilo acontecera.

Forma - Hominídea

Ele escuta o questionamento sobre seus métodos e sobre ele ter errado e ser um Cliath, lança um olhar sério para Orgulho-Renascido, não gostara do dedo apontado para si, ele então olha diretamente para o juiz Fenris e diz.

"- Olhos de Gaia fazer Rito de Conjuração várias vezes... Nenhuma vez um espírito errado veio. Ter certeza que fazer tudo certo."


Ele parecia certo de que não tinha errado, apoiava-se nas cicatrizes em seu rosto e nos relatos sobre a matilha na Assembléia, que só falavam bem de si, mas afinal, era apenas um Cliath, poderia ter feito algo errado?

Estava ali em silêncio. Se sentia um tanto quanto intimidado com a presença de Temido-como-Vulcões e Fúria-da-Tempestade. Se sentindo mais aliviado ali ao chegar de um garou que disse que estaria ali por eles como irmão tribal. Porém estranhou que foi falado sobre não ser casa de Charach ao garou, dando indiretas ali.


 *Charach?*

 Não teve muito tempo para pensar sobre aquilo, logo vê o juiz questionando Olhos-de-Gaia que responde rapidamente.
 Allen não tinha muito ideia sobre o que iria fazer ali. Queria confirmar as informações de Olhos-de-Gaia. Era aquilo mesmo, eles colocaram frutas, conversaram, ele assoviou e em seguida sentiu aquela sensação ruim e surgiu aquele verme. Não tinha intenções ruins vindas do lupino.
 Esperava seu momento em ser questionado, mas os garous mais experientes apenas questionavam Olhos-de-Gaia e discutiam entre si. Por fim, o juiz fenris fala sobre mentira ser um hábito da matilha, e falava que Olhos-de-Gaia não tinha reais certezas ali. O albino se questionava ali se alguém conseguiria manter certezas ali sendo questionado por aquele garou. A presença intimidadora dele provavelmente criaria dúvidas em muitos sobre tudo. E se questionava sobre isso de matilha ter habito de mentir. Parecia estranho, eles não pareciam mentir, pareciam bons.
 O questionamento é dado por finalizado, e Temido-como-Vulcões pede para Deganawiga tomar providências quanto a punições por rasgar o véu e colocar outros garous em perigo e sai para informar o líder do caern junto com Fúria-da-Tempestade. 
Restando o Filho-de-Gaia, que coloca a mão sobre o ombro do lupino e questiona o Wendigo juiz da matilha sobre cultura punitiva e sobre a boa índole do theurge cliath.
 Balança a cabeça de forma positiva ali em concordância com o Ahroun e olha para Deganawiga esperando a reação dele. E tentando tomar alguma atitude, afinal esteve o tempo todo ali parado em silêncio sem fazer nada, se posiciona do outro lado do lupino e coloca a mão sobre o outro ombro dele tentando dar algum apoio também ao irmão.

Deganawida assiste a todo o julgamento incrédulo. Ele troca olhares com seu tio, e o Ancião pode ver que seu sobrinho está uma mistura do desapontamento com a frustração, sob a carranca de Wendigo que lhe era natural.

Mas até você... Tsc...

Sangue-dos-Quatro-Ventos conhecia os Lupinos e os respeitava. Eles tinham a ligação com a Wyld que faltava ao mundo, que não mais se equilibrava como a Meia Lua. E ele também achava os nascidos em quatro patas bons juízes de carater, por não mentirem. Mas o que era aquilo? Degan não tem outra reação que não lamentar depois da fala de Temido-Como-Vulcoes.

" - Todos serão melhores, Ancião... Traremos honra à Seita e ao Uirapuru..."


O jovem Philodox realmente acreditava naquilo em seu íntimo, mas sua voz sai um filete quando diz. Não era um bom momento. Degan troca um último olhar com seu tio e escuta as palavras de Orgulho-Renascido. Era muito estranho ter um violador contumaz da Litania como apoio naquele momento. Mesmo assim ele tinha certa razão. Olhos-de-Gaia era um bom Garou e provavelmente um dos melhores amigos de Degan na matilha. Okwanada parecia ter visto isso também, quando intercedeu no julgamento. E isso era algo a se levar em conta. 

O Wendigo cruza os braços sério. 

" - Nossa Matilha precisa de nós. Mas acho que esse é um bom lugar para o veredito. Estamos em presença de Gaia e sob a bênção da Meia Lua para julgar Olhos-de-Gaia, Theurge dos Filhos de Gaia, nascido sob as quatro patas. O Caçador da Verdade já conduziu as perguntas e temos a resposta de que precisamos. Olhos-de-Gaia... Suas violações foram muitas e pesadas. Você provocou uma profanação neste Caern, mostrou problemas em exercer teu augurio e ofendeu os espíritos dessa terra, colocando todos em risco. Eu tive uma visão no início desse ataque, que mostrava o Protetor do Caern caindo para a criatura que você invocou. Além disso tudo, o véu foi erguido pelo monstro, quando ultrapassou as arvores, e todo o Caern terá problemas se ele não for reparado logo." 


Degan faz uma pausa.

" - Não serás fardo para teu povo, Não erguerás o véu e Não causarás a violação de um Caern. Essas foram as leis que você quebrou. As consequências ainda serão sentidas. E por fim, ao ser chamado pelo Caçador da Verdade dessa Seita, você faltou com a verdade. Não por querer mentir, mas por insegurança."


Ele olha para Orgulho-Renascido, para Espírito Tranquilo e de novo para Olhos-de-Gaia e prossegue:

" - Mesmo assim eu o conheço, e o que Orgulho-Renascido disse é verdade. Cliaths erram, e você estava apenas tentando cumprir com seu augúrio quando aconteceu. Não teve a intenção deliberada de agir, e isso pesa a seu favor. Mas eu preciso dizer a você: não esconda o que sente. Insegurança e fraqueza em admitir o que sabe ou não podem custar muito a um Garou nesses tempos de guerra, em que a Wyrm se fortalece: ela se alimenta de seu medo, e a insegurança é o caminho para o medo."


Degan respira fundo.


" - Considerando tudo isso, eu, Sangue-dos-Quatro-Ventos o condeno a, enquanto perdurarem as punições, que você não ocupe o cargo de Mestre de Rituais da Matilha. Eu o condeno a reparar o véu erguido na noite de hoje, pela ocasião de sua invocação falha. Busque os Uktena que tentaram proteger o véu, ou mesmo os Andarilhos do Asfalto que poderão dizer com mais autoridade se uma das máquinas dos humanos pôde ver a criatura. Eu o condeno a limpar e restaurar o Caern onde a criatura maculou, purificando áreas e servindo à Seita até que os túneis e áreas por onde a criatura passou estejam fechados e puros, como essa terra sempre foi. Você também deverá buscar os espíritos Elementais dessa terra e cumprir-lhes um chiminage, para que não virem as costas para Gaia, consumidos pela fúria da violação de seu lar. Para isso, busque a orientação do instrutor de Theurges, Invocador, ou a Anciã de sua tribo. Dou como sugestão que você pratique com eles sempre que puderem atende-lo, para que não falhe mais. Por fim... Você mentiu para um juiz, Olhos-de-Gaia, e sua honra e sabedoria estão comprometidas. Você é um Lupino, e precisa das antigas tradições mais do que nunca. Eu o condeno à perda de 4 pontos de Glória, 4 pontos de Honra e 4 pontos de sabedoria, é uma punição dobrada em sua honra, contando da próxima noite até que termine seu chiminage com os espíritos Elementais."


Degan encerra sua punição. Ele olha para todos e diz:


" - Eu aproveito a presença de Orgulho-Renascido e Espírito Tranquilo para dar uma última sugestão: busque o Unicornio. Ele é o espírito da pureza, e este Caern precisa dele mais do que nunca para se recuperar."


Ele descruza os braços, ainda sem mudar muito a expressao e diz:

" - É melhor irmos até nossa Matilha. Eles precisam saber sobre o que aconteceu, e precisamos planejar como faremos."

Forma - Hominídea

Olhos de Gaia escuta as duras palavras de Sangue-dos-Quatro-Ventos pensando em como não sabia nada, não sabia nem que tinha o poder de errar tão feio.

Assim que o Juiz termina, o Lupino apenas complementa.

"- Aceitar minhas punições sem discordar. O que causar não existir perdão, a fogueira do Boitatá seria pouco. Ser um Cliath mas não ser um flhote que não entender o que faz."

Ele abaixa a cabeça e concorda internamente com as palavras do Wendigo, devia ter mais certezas, e a certeza que tinha é a de que não sabia nada.

Decide por manter o silêncio e se recolher à seu lugar, como um Cliath e um violador de Caern.

As palavras do juiz eram pesadas. E de certa forma o albino sentia ali para si o peso delas, especialmente as ligadas a insegurança e esconder coisas, em pouco tempo, mais uma vez ouvia sobre aquilo. E suspira um pouco pensativo.
 Ao menos o juiz parecia não ser do tipo sedento por sangue, como fora advertido anteriormente pelo Filho de Gaia. Allen acabava por concordar com punição dada.
 O lupino aceita sua punição e fica em silêncio. O típico silêncio de quem acata o que lhe é dado.
 Allen remove lentamente a mão do ombro do companheiro de matilha e observa o irmão tribal que não conhecia e que foi interceder por eles no momento em que o juiz os aconselha sobre o Unicórnio.
 Após uma troca de olhares com o garou, se volta ao juiz.

 "- Sim... O-obrigado pelo conselho, juiz..."

 E logo Deganawiga sugere de retornar. Entendia os motivos do juiz, era necessário informar a matilha mas considera o momento bom para resolver pendências suas também. 


 "- D-Deg... Se-senhor Sangue-dos-Quatro-Ventos... É..."  - faz uma pequena pausa se voltando um pouco ao superior de sua tribo, se aproveitabdo para uma discreta apresentação - "Espirito-Tranquilo, Allen Norson, impuro, cliath, theurge dos filhos de Gaia..." - volta mais o olhar ao juiz da matilha - "T-tenho as pendências quanto a minha chegada... Como Beta e philodox, talvez seja bom momento para meu relato e punição sobre ocorridos de minha chegada... E... Q-queria pedir para que me permita ajudar Olhos-de-Gaia em seus deveres, afinal ele chamou Uirapuru em minha causa, logo, sou também responsável pela situação..."

 Abaixa a cabeça ali esperando o posicionamento do juiz.

Não esperava aquela mão no ombro e nem aquela pergunta. Eleva a cabeça olhando o irmão tribal, depois o juiz e por fim o lupino, gastando um tempo maior sobre Degan. Então volta a abaixar a cabeça e suspira.
 
 "- E-então... Re-resumidamente... F-focando em meu erros apenas agora... A-atraso para assembleia, ocorreu por causa de ataque de vampiros no aeroporto logo em nossa chegada... M-meus erros ali envolvem o chamado e desrespeito a Espírito Solar... Preciso fazer constrição a Hélios, Solaris garantiu que eu teria fúria de Helios sobre mim e minha matilha, não é só questão de litânia, em não ser fardo a matilha e caern, eu não quero que outros garous se machuquem por minha causa... E-eu já sou um fardo só em existir..." - olha suas mão e braços sem cor ali de cabeça baixa - "O Solaris se foi, botando o aeroporto em chamas em sua fúria contra mim... É provável que o véu tenha sido rasgado com isso, e sou responsável por incêndio e destruição do aeroporto, parte do terreno protegido de alguma matilha... E esses são meus crimes... E preciso ser julgado por isso... Não era parte desse Caern oficialmente, mas ainda assim, assumo minhas responsabilidades com garous e nação..."

 Mantém-se de cabeça baixa ali, resignado esperando reação dos outros. Esperando reações nada positivas sobre si, diferente do lupino ele não tinha muito o que mostrar de bons atos em contrapontos ali.

Quando o Wendigo pensa que vão tratar do assunto em matilha, eis que surge outro julgamento. Ele escuta o relato de Espirito Tranquilo e ergue a sobrancelha quando ele começa com a autopiedade. 

Tsc. O que há de errado com esses Filhos de Gaia, afinal?

Orgulho-Renascido tece algumas palavras. Mais uma vez, apoio, que Sangue-dos-Quatro-Ventos, embora possa entender, precisa contrapor. Ele mais uma vez cruzamos braços e se põe a falar:

" - Mesmo que a Litania tenha sido violada quando de sua concepção, não foi você quem a violou. E como Orgulho-Renascido disse, se dizer um fardo é algo sério, e cabe à Meia Lua apurar isso."

Fala o Wendigo, ainda um pouco desapontado e incomodado com os níveis das violações naquele lugar. Ele olha nos olhos do Theurge que confessava e o avisa:

" - O Metis que estava aqui até a pouco é meu tio, Ancião e Protetor desse Caern, e ele não é um fardo. Nascer Impuro não te torna um fardo, e você deve abandonar esse pensamento, ou a Corruptora vai usá-lo para enfraquecer seu espírito. A insegurança é o caminho do medo, que alimenta a Wyrm."

Repete Degan, com a voz firme. Esse havia sido o problema de Olhos-de-Gaia, e ele não deixaria se repetir. Sua Matilha orgulharia aquele Caern, como disse a Temido-Como-Vulcoes.

" - Toda nossa Matilha poderá ajudá-lo com missoes como o véu. Mas é importante que o Olhos-de-Gaia trilhe seu próprio caminho ao lidar com os espíritos dessa terra, mediando e lhes oferecendo seu melhor, só assim, os elementais o reconhecerão, e ele terá pago sua dívida."

Explica o Wendigo. Ele então se volta por um instante para a fala de Orgulho-Renascido:.

" - Eu reconheço seu papel, dando apoio ao recém-chegado de sua tribo, mas não puno por punir, Orgulho-Renascido. Como foi dito em toda a Assembleia, a Meia Lua tem um pacto com Luna de Guardar as Leis e tradições de nosso povo, para que possamos viver segundo a vontade de Gaia. É meu dever como Philodox julgar, mas também trazer os termos de paz. Cada pena carrega tanta punição quanto oportunidade para o aprendizado e para a redenção. Por isso, não veja apenas um dos lados."

A fala de Degan é pausada. É dever do Philodox ensinar sobre os caminhos e leis, e Degan sempre recorre à mediação ao invés de simplesmente apelar para seu augúrio nessas situações, como aprendeu com o Aro Sagrado. Ele prossegue:

" - Mas sua fala tem um ponto: não sabemos ainda, ao certo, o que aconteceu naquele lugar. Pode me dizer qual a Matilha responsável pelo território do aeroporto, Orgulho-Renascido? Houve bastante movimento aqui essa noite, talvez ainda não tiveram tempo de averiguar... Devemos falar com eles."

O Wendigo respira fundo mais uma vez e fala se dirigindo aos 3:

" - Temido-Como-Vulcoes nos mandou sair do Templo... É melhor continuarmos em outro lugar..."

Degan aguarda a manifestação dos demais para seguir para a Clareira Central.

Forma - Hominídeo


O Lupino escuta a história do erro de Espírito-Tranquilo e pensa consigo mesmo que o mundo espiritual estava muito agitado, uma área incendiada por um espírito, sua conjuração que trouxera um verme da Wyrm, tudo aquilo crescia dentro de si e os pensamentos começavam a serem sufocantes.

O outro Filho de Gaia se considerava um fardo por ser Impuro, mas o que fazia alguém ser um fardo eram suas ações, e as ações de Olhos de Gaia o faziam se sentir um fardo.

O pedido para saírem dali feito por Sangue-dos-Quatro-Ventos e Olhos de Gaia acena positivamente para a saída do Templo da Justiça, aguardando os demais.