[Vargem Grande] Sítio Rio Verde

Degan vai embora sem responder se aceitava sua sugestão ou não, o que deixa Grace embasbacada, mas dá de ombros. Certificando-se de que não estava esquecendo nada, sai da casa e entra no carro, sentando-se no banco do passageiro.

- Sangue dos Quatro Ventos foi pegar prata para o Luno. Olhos de Gaia ainda está dialogando com o espírito do Urubu.

Forma - Lupino

Ele estava ficando descuidado ou falando muito com humanos, os espíritos tinham parado de entender ele, frustrado, ele apenas fala novamente para o Urubu.

"- Os caçadores estão na mata em volta da casa, naquela direção."

Olhos de Gaia aponta na direção relativa que Helenna e Sangue-Sobre-a-Neve tinham ido.

Ao notar que Grace vinha na direção do carro, Kiba libera a porta do passageiro para que ela pudesse entrar e a observa para ver se ela tinha algo a dizer sobre os outros.

Quanto ao fato de Olhos de Gaia estar dialogando com o espírito o Presa de Prata não tinha nada a questionar, mas Degan não podia esperar outra hora para ver a questão da prata?

- Hmmmm.... Ok....

Resmunga o Ahroun sem querer que seu incomodo se tornasse um debate. Ele então olha para o relógio novamente e depois questiona a Fianna em tom de preocupação.

- Ta se sentindo melhor?

Forma - Lupino

O Filho de Gaia acena para o espírito, e então vai para o carro onde seus companheiros estavam, ele dá uma farejada no veículo, como sempre não gostando de estar dentro de tanto metal, mas depois se acomoda no banco de trás e deita a cabeça e com um pequeno latido avisa sua chegada.

Deganawida mexe no móvel que sua colega havia indicado, buscando a prata. Durante sua breve passagem no quarto da Furia Negra, não pode deixar de notar a ausência de equipamentos da Weaver e o esmero com que havia decorado e honrado os espíritos de sua tribo, algo honrado e louvável para o Wendigo.

Então é que ele nota os nomes em um canto. Seriam parentes? Suspeitas de colaborar com a Wyrm? Degan não iria entrar em detalhes com ela, nem ficar mexendo ali, mas, talvez o fato de serem todas mulheres indicava alguma ligação com a linhagem do Pégaso...

Hmm... Talvez ela esteja em uma situação parecida com a minha. Não custa pedir um conselho para ela sobre como lidar com os Parentes por aqui...

Degan então confere uma ultima vez as embalagens com a prata e retorna até seus aliados. Como não havia ninguém no cômodo, ele segue para a garagem.

" - Dei o recado para as duas sobre o Urubu, elas estao na forma lupus investigando ao redor do sitio, aproveitei e peguei a prata. Desculpem a demora... Sobre pagar o espírito no Caern, eu não sei, nosso caminho até lá está seguro? O que pensa Olhos-de-Gaia?"

O Wendigo sabe da urgência de estar no Caern, mas graças à carnificina que aqueles malditos vampiros tinham propagado na última noite, todo cuidado era pouco enquanto circulavam por lá à noite.

Forma - Lupino

O Lupino percebe a chegada do Wendigo e estavam prontos pra ir, porém, as preocupações do Philodox chegam ao seus ouvidos, e ele late uma resposta, modificando sua garganta para tal.

"- Aqui caçadores, lata fede a Weaver.. Caern mais seguro pros espíritos."

Então ele late duas vezees olhando para a janela, não sabia como tirar aquele vidro dali.

Degan assente com a cabeça diante da resposta do amigo Lua Crescente. O Wendigo entra no carro e, percebendo o incômodo do Lupino com a janela, ele a abre deixando o ar entrar no veículo.

" - Certo..."

Diz ele, se ajeitando no banco, finalmente, pronto.

Forma - Lupino

Olhos de Gaia queria muito ver a estrada e o caminho, mas sabia que um lobo em um carro seria um pouco suspeito depois do que acontecera com o Fianna nessa tarde, então, ele se deita no chão do veículo e apenas olha para a janela pro céu, esperando um vislumbre da Lua, sabendo que em breve estaria falando com um de seus filhos e se deslumbra com o quanto ser Garou o excitava.

Então, sentindo a brisa de Gaia entrar pela janela, respira seu ar profundamente treze vezes, realizando o rito do Hálito de Gaia, todos notam finalmente que o Lupino parecia bem tranquilo, apesar da grande Fúria que tinha dentro de si, e das cicatrizes que cobriam seu torso.

O olhar distraído de Grace vira-se de uma vez para Kiba com a pergunta dele. Por um instante seus olhos refletem algo de doloroso e triste, mas logo em seguida, lhe dá um leve sorriso.
- Estou sim. Obrigada.

Abre a porta e dá espaço para Olhos de Gaia entrar no carro. Degan chega pouco depois, e apesar de seus receios, é convencido a fazer sua oferenda ao Luno no Caern. Vendo que o lupino continuava em sua forma racial, Grace faz gentilmente um afago na cabeça dele, sugerindo com delicadeza.
- Acho melhor você passar para a forma hominídea... sei que é desconfortável, mas é mais seguro...

O Ahroun nota a chegada de Olhos de Gaia e o observa pelo retrovisor. Não demora muito tempo era Degan que se juntava a eles. Agora, finalmente, estavam todos juntos e prontos para partir. Ao menos era isso que Kiba pensava.

O pedido de Degan de realizar a convocação do Luno dentro do carro surpreende o Presa de Prata. Ele esperava ter entendido aquilo errado, mas independente de sim ou não o Theurge encerra o assunto falando para realizarem aquilo no Caern.

- Se segurem ai... Estamos com pouco tempo e eu vou ter que acelerar ou vamos chegar atrasados no Caern.

O Presa de Prata então acelera o carro, começando a sair do sitio e já pegando a estrada principal que era uma linha reta por algum tempo. Tinham pouco tempo e por isso deixaria que a matilha continuasse aquela ou outra conversa que quisessem ter no caminho para o Caern.

Off: Segue no tópico ruas Zona Oeste.

Guilherme voltou para o sítio logo após o ritual. Ele se acomodou no sótão, onde ficava a parafernalha tecnológica e ficou até tarde da noite efetuando reparos e atualizações. No outro dia, pela manha, foi resolver as contas da casa, passando tudo para o nome de uma empresa de prateleira e realizando os devidos pagamentos e religações de urgência.

Como tudo o que carece de um mínimo de burocracia no rio de janeiro... isso levou horas e, ao final da tarde, o mirrado andarilho voltava para o ponto de encontro da matilha, que voltava a ter energia, internet e água encanada dentre outras amenidades.

Ele entra na sala sem cerimonias, parecendo já bem à vontade no local quando avista Cristiano.

'E ai, chefe, beleza?'

Kalf acordou mas não queria sair da cama. Era dia de Assembléia e ele não estava nem um pouco empolgado com isso. No entanto, estava impossível continuar na cama com o calor que estava fazendo. Era Outono no Rio, mas a temperatura estava muito alta. Muito contrariado ele se levanta, vai até o banheiro, joga uma água no corpo, veste sua roupa e sai em busca de algo para comer. 

" Agora entendo porque a cerveja tem que ser sempre muito gelada. Como conseguem viver com essa temperatura de forja ? " 


Chegando na cozinha, ele prepara um sanduíche, procura pelas cervejas que tinha deixado no dia anterior, pega duas e abre. A primeira ele bebe de uma vez, como se não bebesse nada a semanas. Agora que aliviou o calor, ele pega seu sanduíche com a segunda cerveja e parte para a sala, onde encontra Cristiano e Guilherme. Sem fazer cerimonias ele entra e senta em sua poltrona preferida.

' - Boa tarde senhores ! Como se sentem morando dentro da forja dos anões de Nidavellir ? ' Dando um gole na cerveja, para ajudar a descer o sanduíche, ele olha para V8 e continua. ' - Então, algum plano para hoje a noite ? Teremos outra noite longa e precisamos estar preparados. '

No sítio, Alek descansava em seu quarto após o dia cheio que tivera junto a sua matilha. O clima na cidade era quente, mas calor era algo que o Presas já estava bem acostumado. No silêncio, concentrava-se em meditar, preparando-se mental e espiritualmente para a noite que viria.

O movimento já começava pela casa e o theurge julgou que era hora de tomar suas últimas medidas. Era uma noite de lua cheia, e ele tinha que deixar sua fúria em cheque para quando Luna apontasse no céu.

Colocando uma roupa confortável, Aleksandr desceu as escadas e entrou na sala, onde já estavam Guilherme, Cristiano e Kalf.


'- Oi.' - disse, cumprimentando os presentes.

FORMA: Lupina

Romina saia de seu canto no sítio, ainda muito ferida com o ritual, passava esse tempo lambendo as feridas para se recompor. Era dia e a lupina se dirigia ao sítio onde seus irmãos provavelmente estavam, lembrava que Presa-Soturna queria falar com ela e iria ver com Guilherme sobre o cumprimento de seus chiminagens já que agora era uma filhote, precisaria ter a companhia de algum outro Garou para suas ações futuras.

Ciente que era dia de assembleia, Caçadora-Lunar não estava muito feliz, na verdade ela estava temerosa do que poderia acontecer, mas deixou seus sentimentos e pensamentos para si, e assim que chegava a casa adentrava vendo algumas pessoas ali, escutando a pergunta do Imgram, aproximava-se do mesmo e dos demais, cumprimentando-os com um aceno de cabeça.

'- Ter chiminage com lobo, vim falar sobre isso. - Respondia Imgram depois olhava para os outros. - Crypto-Virus ter como ajudar? Querer começar a pagar.'

Após o ritual satírico voltando para a casa, a Uktena fez o rito de Saudação à Lua, de manhã bem cedo fez o de Saudação ao Sol. Ela tentava manter uma rotina, seguindo as orientações do Galliard de posto mais alto.

Ela ficava boa parte do seu tempo nas árvores próximas à casa da matilha, meditando. Quando o final da tarde chegou ela entrou na casa estava arrumando sua trouxa de roupas, em breve ela iria ficar no Caern para cumprir um dos seus chiminages. Ela via essa situação como algo que poderia tirar proveito, entender melhor como eram realmente as relações dos garous na seita.

Ela percebeu que a falação aumentou na casa, então foi ao encontro dos demais. Ficou parada quando viu Imgram, mesmo sendo o seu irmão de matilha, era inegável a beleza daquele homem, mas forçou- se a olhar e seguir para o lado da  lupina para manter a atenção no que estava m falando.

Quando Imgram chega falando sobre o espirito Lobo, Kalf já sabe que se tratava dele. Mas não tinha feito por mal. Apesar de saber que é sua responsabilidade resolver isso. Assim que acaba de comer seu sanduíche e beber sua cerveja. Ele se manifesta.

' - Olha, esse problema com o Espirito do Lobo, é comigo. Quando aceitei o Chiminage de só me alimentar do que eu caçasse, eu não imaginei que isso vetava bebidas alcoólicas. Ontem quando o Guilherme me avisou que eu não poderia beber. Eu vi que tinha feito tudo errado. Até cheguei a comentar com o Guilherme que precisava conversar com ele, mas não tivemos tempo ainda. Por isso ainda não resolvi. Depois de furar o Chiminage, acredito que não adianta simplesmente recomeçar e pronto. Meu plano era conversar com o Guilherme e confirmar se vou precisar oferecer uma compensação ao Espirito, e se for assim, irei atrás dele mais tarde no Caern, para resolver essa parte. Minha outra divida com ele, é para ser resolvida na Assembleia, então estou em dia com ela.  

'- Bom dia, gente.' - Responde o amigável andarilho a todos que se chegavam.

Quando aquele espetáculo de homem que era Imgram chega, todo molhado, perguntando sobre o espirito do lobo, Guilherme faz o sinal da santa cruz pedindo força e multiplicação.

*Minha nossa senhora da bicicletinha, dai-me força e equilíbrio.*

Já ia responder ao Fianna quando a Fúria Negra e o Fenris intervêm comentando das suas dívidas. Quando a Romina fala, Guilherme dá só um joinha pra ela e faz um expressão meio boba indicando que o caso dela ta de boas. Agora, quando Kalf comenta, Gui bota as duas mãozinhas na cintura e fala:

'- A senhora pare de querer chamar urubu de meu lôro. Eu lhe avisei ontem para começar a cumprir ontem e parar na hora de beber o uísque. O sinhozinho quis dá uma de filho da Xuxa, olhou pra mim com cara de periquito mal amado e virou o copo todo pimpão. Agora tomou no cu e botou no cu da matilha. Se tivesse feito o que eu falei pra fazer, tava agora de boas cumprindo teu chiminage, mas foi querer ser theurge e adivinhar oque era necessário ou não, o que devia fazer ou não... ta aí a merda. Você vai cumprir agora o Chiminage, vai cumprir em dobro, vai depois fazer uma contrição e vai aceitar o que o espirito pedir, porque até eu que sou andarilho sei que se tem dois tipos de espirito que você não quer puto com você são espíritos lobo e espíritos ancestrais.'

Desde o retorno ao sítio, Evan ficou perdido um pouco nos pensamentos sobre o que estava por vir, organizou as últimas coisas que faltava no quarto que tomara para si no sítio, xeretou de longe um pouco Guilherme o seu equipamento eletrônico, bastante interessando em alguns aparatos tecnológicos do theurge. Checou algumas coisas de seus projetos particulares paralelos, e por fim tentou dormir.
Não fora uma um sono tranquilo, o calor incomodava bastante, mas pode descansar. 
Do quarto ouviu som de motor se aproximando, um falatório que aumentava sem parar. Se arrumou e desceu para checar e ver qual o motivo da matilha parecer tão ativa ali. Imaginava que coisas estariam um pouco mais quietas após a noite anterior. Pelo menos ele ficaria mais quieto.
Caminha em direção ao grupo ficando um pouco atrás de Ethan, já ouvindo a voz de Guilherme dando bronca em alguém, e instintivamente levanta os braços para cima, em sinal de inocência como se tivesse sido pego aprontando, geralmente as broncas eram com ele, mas logo abaixa as mãos ao notar duas coisas, um que não era com ele aquela ralhação, e dois que aquela pose de mão na cinturinha, o vocabulário, entregava bastante o magricela.


"E agora, viramos super amiguinhos, ou é melhor manter longe antes que inventem coisas?"

Ia se situando, e se aproxima mais, cumprimentando todos


-Boa tarde galera.

Até que seus olhos caem sobre Imgram, um breve de arregalar os olhos, um breve olhar de cima a baixo, um engolir em seco, e logo um desviar de olhos, tentando se manter olhando o alfa. Daria a ideia de respeito a V8 e menores implicações depois.

"Gaia abençoa teus filhos... Que saúde! De repente nadar pareceu tão boa ideia."  

Desejava ali estar de óculos escuros para poder apreciar melhor Imgram discretamente.