[Vargem Grande] Sítio Rio Verde

Com a chegada de Imgram, Alek fez uma menção com a cabeça e direcionou um sorriso amistoso ao Fianna.

'- Boa, Imgram.'

No entanto, a fala do ahroun que se seguiu fez o Presas vincar a testa, passando o olhar em Guilherme, em seguida para Cristiano e, por último, para Kalf, que saboreava um sanduíche ao custo do seu chiminage com o Lobo. Miranda parecia ter razões para pedir a Alek para cuidar do cumprimento dos chiminages da matilha, e a primeira delas já se mostrava logo após a reunião.

Cumprimentou Victoria, assim que ela chegou e, antes que dissesse qualquer coisa sobre o assunto, Romina também adentrou a sala dizendo ter ela um chiminage a cumprir com o Lobo, pedindo ajuda ao Mestre de Rituais para retribuí-lo.

"Pelo menos ela está buscando cumprir sua dívida." - pensou, enquanto checava se Kalf continuava a saborear seu sanduíche, mesmo depois dessa conversa.

Imediatamente, as palavras da Caçadora da Verdade fizeram eco na memória de Aleksandr e o fizeram piscar algumas vezes, inspirando mais profundamente.

'- Sua atitude é boa, Romina.' - disse, num tom afirmativo para a Fúria Negra. Infelizmente, não podia dizer o mesmo para o Cria de Fenris.

Guilherme não se fez de rogado e rebateu as desculpas de Kalf. Alek não poderia ter dito o contrário. Apenas complementou.

'- Sobre os chiminages, eu queria lembrar a matilha que existe uma recomendação direta da Caçadora da Verdade sobre isso. Adquirir dons e favores dos espíritos pode parecer uma fonte ilimitada de poder com fácil acesso, mas não é tão simples assim. Dívidas se acumulam e, se forem negligenciadas, vocês podem comprometer não apenas suas próprias vidas, mas a da matilha inteira.'

O Presas falava para a matilha.

'- Para a situação não sair completamente do controle e termos problemas com os espíritos e com a seita, sugiro que se crie o hábito de consultar previamente o Mestre de Rituais antes de adquirir novos chiminages. Como a pessoa responsável pela saúde espiritual dessa matilha, ele terá o melhor conselho.' - encerrou, olhando para Guilherme.

'- Batuque-de-Thor fugir... nos atacar para que não contar a Presas de Prata... ele ir pro Oeste... em direção de nuvens de corrupção, gritar por Glória... Urso ajudar ele a fugir e nos atacar...' - sussurrava, no ouvido de Aleksandr, o Vento do Sul, aliado do Presas de Prata.


A última vez que Kalf tinha visto Bjorn era há pouco mais de 1 hora, quando deixou o Galliard indo tomar banho para dormir um pouco antes da assembleia.

Enquanto espíritos falavam com Aleksandr, Victoria lançava um olhar de desgosto na direção do Cria de Fenris, Imgram tentava diminuir o climão:


'- É Kalf, você nem devia ter bebido o Uísque durante o chiminage. Agora é arcar com as consequências... mas pra além de constrição com o lobo, o que temos na agenda?' - indaga o carismático Lua Cheia.

Alek ouviu o sussurro do vento, e sua expressão automaticamente se fechou. Em gratidão ao serviço leal do espírito, o Presas doou-lhe parte de sua gnose.

'- Obrigado.' - sussurrou de volta, na língua dos espíritos.

Então, voltou-se para o outro Cria de Fenris.

'- Kalf, onde está Batuque-de-Thor?' - inquiriu o ahroun.

"Como assim aonde está o fardo?..

Ethan cruza os braços esperando a resposta de Kalf, era só o que faltava, o fardo ter sumido...

"Nós temos que caçar esse maluco..."

Guilherme explica o tamanho do problema que Kalf se meteu, com sua forma diferente de falar. Em outto momento, o Lua Cheia acharia graça, mas a merda que ele se meteu, tira todo o seu humor.

" Caralho, pelo menos dois meses sem um gole de nada ? Acho que isso ficou caro. "

Mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa. Alek pergunta sobre Bjorn.

' Acabei de deixar ele dormindo no quarto. '

Aleksandr encarou o Cria.

'- Parece que ele não estava com muito sono.' - respondeu, num tom ácido.

'- Na verdade, pelo que me consta, ele está, nesse momento, se encaminhando para nuvem de corrupção que está surgindo no Oeste, tentando se redimir de maneira estúpida da punição ou simplesmente fugindo dela, enquanto você está falhando na sua única tarefa de vigiá-lo em tempo integral.' - completou, impaciente.

O Presas deu um suspiro profundo. Tinha um baixo limiar de tolerância à falhas e estar naquela matilha estava sendo uma verdeiro teste.

Então, voltou-se para o Mestre de Rituais.

'- Guilherme, os espíritos me disseram que ele fugiu com a ajuda o Urso, que chegou a atacar meus espíritos aliados. Bjorn me parecia bastante próximo dele e, embora os filhos do Urso já sejam vistos como pouco confiáveis, seria sábio nos certificarmos que não estamos lidando com a corrupção de outro espírito.'

Prático e assertivo, o theurge se dirigiu ao alfa.

'- O resto é com você, Cristiano.'

Só observava tudo, se aproximando e tomando posição discreta ali no grupo. Sabia que uma frase ali bem colocada sobre Kalf beber na cara do mestre de rituais, mesmo sendo advertido sobre e como agora deixava posição para ir tomar um lanchinho com cerveja, poderiam piorar bastante os ânimos para com Cria, mas decide ficar quieto. Na real estava até com pena do coitado.

Ao ouvir o relato de Alek só Bjorn e duas coisas lhe ocorreram. Uma que era bom tomar cuidado com o Presa de Prata que parecia ser bastante curioso sobre vida alheia. A segunda era que Bjorn era bem maluco achando que pular no olho do furacão iria resolver algo. Até entendia o lado do ex-Cria de Fenris, sobre preferir morrer em batalha, mas sabia que era bem capaz dele se corromper e retornar como uma força inimiga. Era só menos por isso que entendia que a sentença era a morte. Era mais temível a seita que ele se tornasse mais uma força a Wyrm. 

E aparentemente a seita na sua vontade de poder e controle, talvez medo também, garantia cada vez mais isso, sem nem perceber.

Suspira pesado, esperando qual seria ação e decisão do alfa. Uma tentativa louca e suicida de buscar Bjorn? Um deixar para lá a sua própria sorte e ver o que o futuro revelaria?

V8 estava estarrecido com as notícias e visivelmente irritado.

*Como é possível ser tão burro!*

Visivelmente controlando a raiva que sentia no peito falava:

‘- Nem mesmo consegue realizar um chiminage simples desse que até eu que passo tanto tempo na cidade consigo resolver sem transformar isso num drama... o Mestre de Rituais lhe alertou, Alek o alertou... por falta de aviso e pior... isso é básico, já deveria saber.’ - Terminava olhando rapidamente para Romina.

Levantava e se colocava a andar de um lado para o outro.

‘- Além disso! Você tinha um trabalho Montanha de Skadi, apenas um maldito trabalho!’

Passava o olhar para Alek por um momento e voltando a manter Kalf no seu raio de visão continua:

‘- Se não era capaz de realizar esse trabalho que tivesse deixado todos da matilha realizassem, já se tinha até mesmo um cronograma, mas você destrói ainda mais a minha ilusão quanto a sua viabilidade do mesmo jeito que aquele pária destruiu.’

‘-Você não falhou apenas para comigo que fiz o primeiro julgamento, falhou com sua matilha, tribo e seita... A punição daquele pária está agendada para ocorrer na assembleia... você fará a matilha passar por mais essa situação vexatória e nos coloca em mais perigo do que já temos!’

‘- A condenação pela execução daquele pária foi dada pelo Mestre de Desafio... terei que comunicar o fato à Caçadora da Verdade...’ – V8 engolia seco quando terminava tendo um frio passando pela espinha. ‘- Na condição de alfa no final é minha responsabilidade.’ - Parecendo momentaneamente desolado para o nada.

‘- A única pergunta que tenho a você é se desejou que Bjorn fugisse ou deliberadamente deixou que isso acontecesse?’ – Voltando ana direção de Kalf eram claramente visível um desprezo que nunca expressou para quem lidava com ele desde a sua chegada no Rio de Janeiro.

‘- Só posso acreditar que de alguma forma compactuou para que aquele pária tivesse alguma oportunidade de chegar a algum tipo de uma morte gloriosa que passava pela cabeça daquele inútil... mas é  provável que aquele imbecil se volte contra nós no final... ele sabe demais.’

Voltava a atenção para Victória:

‘- Existe alguma chance que interceptemos o pária antes que atinja a nuvem de malditos e em tempo hábil de leva-lo para que seja cumprida a condenação?'

*Prefiro queimar um corpo de pária sem vida do que não queimar pária algum.*

Voltava a atenção para Alek:

‘- Não consigo entender porque um espírito de Gaia iria ajudar aquele pária depois de tudo que ele fez... É possível existir algo que leve a corrupção. Você e Guilherme estão autorizados a tratar da matéria. Mas primeiro quero saber se temos alguma chance de capturar o fugitivo antes da assembleia.'

Olhava pra matilha em busca de respostas antes de continuar a falar.

Metal-Bone não expressava nenhuma fala no momento, estava apenas estarrecido com a ineficácia de Kalf, que tinha apenas uma tarefa, que tinha tirado essa tarefa da matilha e a pegou para si e mesmo assim falhou miseravelmente, com um rito marcado para a assembleia.

"Essa matilha faz seus próprios problemas, não basta a guerra contra a wyrm..."

Via o alfa puto com aquele acontecido, então se vira para o que a ragabash poderia dizer.

Quando Alek noticiou a fulga de Bjorn, o primeiro impulso foi de correr para o quarto, mas ele se conteve. Sabia que a notícia era verdade, e que não adiantaria nada ir até o quatro.

Quando V8 toma a palavra, o Ahroum não sabe onde enfiar a cabeça. Sua vergonha era tanta, que ele não sabia e não tinha o que falar. Então ele apenas escuta calado, para não piorar sua situação já tão castigada.

" Puta que pariu, entrei numa espiral da desgraça
que quando acho que vou começar a subir, é quando eu mergulho mais fundo."

Sem saber mais o que falar para Kalf, V8 apela para o restante da matilha, buscando ajuda para saber se ainda conseguem alcançar o Galliard. A idéia da uma ponta de esperança em Kalf. Não que ele ache que isso vai resolver seus erros, mas ao menos vai caçar o filho da puta traidor.

Iara acena com a cabeça para os demais, mas logo seu rosto se fecha quando sabe que Bjorn saiu da casa, debaixo do olhar de Kalf. Quando tudo parecia está começando a andar para a matilha, algo acontecia e desiquilibrava mais uma vez. A Uktena olhou para o chão e depois para o teto quando tentando extrair forças e controle emoção para aquela situação.

Alek tinha sido ácido com as palavras ao Cria, Cristiano parecia dar ainda uma chance a Kalf pela falta dele. Os de posto mais alto esperavam uma decisão do Alfa enquanto o mesmo perguntou sobre se poderiam capturar o fugitivo.

A Galliard olha para o Cria e depois para os demais membros e fala:

‘- Se não conseguimos captura-lo, talvez seja melhor o Kalf se sacrificar ou achamos algo para oferecer como sacrifício?  Sabendo que deveria ser o Bjorn e oferecendo outro ou outra coisa em troca podemos ainda ser mal vistos. ’

Iara fica olhando os membros da matilha e vendo a reação de cada um.

Pela primeira vez, Alek via Cristiano se destemperar. Era bom saber que ele poderia abandonar sua pose de bom moço quando uma atitude mais enérgica fosse necessária.

O alfa perguntou à Victoria se havia algum meio de rastrear o fugitivo antes que saísse da área de ação da matilha, mas o Presas duvidava que fosse possível.

Por fim, Aleksandr achou por bem esclarecer o pedido que fizera a Guilherme, depois que V8 tocou no assunto.

'- Antes que se tome o Urso como um inimigo ou agente da Wyrm, quero esclarecer que os espíritos têm seus próprios desígnios e não estão sujeitos às nossas leis, mesmo que todos sejamos parte da Mãe. O Urso é pai dos párias e enjeitados, e talvez por isso Bjorn tenha se aproximado tanto dele. Só fiz o alerta ao nosso Mestre de Rituais por precaução, já que recentemente nossa matilha foi a protagonista na queda de um espírito, e eu não gostaria de ter mais um na nossa conta.'

Fez uma pausa, checando se o que falava era entendido por todo o grupo.

'- E, no mais, com a dianteira que ele já tem, e também a cobertura espiritual, acho pouco provável que a gente consiga interceptá-lo antes de entrar no território de alguma outra matilha ou mesmo de outra seita. E isso demanda burocracia que consumiria um tempo que não temos.'

Presa-Soturna seguiu.

'- Mas, se esse for realmente o direcionamento, posso usar o que está ao meu alcance para tentar encontrá-lo.'

Iara decidiu se pronunciar e as palavras da Uktena deixaram o theurge sem reação por um momento, com uma visível expressão de perplexidade.

"Será que ela sofreu algum tipo de dano cerebral? Não é possível que alguém seja tão descolado da realidade desse jeito!" - pensou, exasperado.

Alek tinha, e muito, o que dizer, mas preferiu calar, momentaneamente. Deixaria Cristiano usar seu momento de inspiração para lidar com a proposta absurda da Uktena.

Guilherme não acreditava nas atrocidades que ia escutando a cada minuto. Não bastasse o chiminage com o lobo, agora o ex-fenris débil mental, que deveria estar sendo cuidado pelo ainda fenris com sérios problemas lógico-cognitivos, havia fugido, com auxílio do espirito urso, rumo a uma nuvem de corrupção a oeste, na vã tentativa de fazer sabe gaia o que.

O pobre lua crescente era um misto de choque e descrença e, quando ele acha que aquela putaria não podia piorar, a Pocahontas do Caos sugere fazer um escambo de sacrifício, um bom e velho "troca um pelo outro que ninguém vai perceber a diferença".

*Minhanossasenhoradocéu...*

Depois da sugestão de Yara, a pobre da bixa que já tava chocada, fica pretérita. Gui bota de novo as mãozinhas da revolta na cintura e olhando pra Galliard comenta.

'- Minha fia tá chupando picolé de cocô?'

Sem dá tempo praquela doida responder, ele se volta pro Alfa dizendo:

'- Chefia, depois a gente roda a baiana. Agora a gente tem uma merda pra resolver. O Alek ta certo em relação ao Urso, e, daqui, eu não tenho como saber se o espirito está ou não corrompido. E mesmo que esse espirito urso venha a ser corrompido, isso não significa que o incarna do Urso vá ser corrompido. Dá pra chamar o Incarna aqui e barganhar com ele pra que o urso que ta acompanhando Bjorn traga o fenris de volta a força... mas eu realmente não tava afim de conjurar um incarna pra uma merda dessa... sabe como é... poderes cósmicos e fenomenais e tal e benção.'

O agitado fedelho coça a cabeça tentando por as engrenagens pra funcionar.

'- Eu acho que a juíza tem que ser avisada e Garras do Trovão também... até pq tem essa nuvem das treva aí... e ai vc pode pedir diretamente pra ele liberdade de ação estrita nos outros territórios da ZO pra ir catar o cu cagado dos infernos.'

Romina escutava que não era só ela que estava devendo ao Espírito do lobo, e o pior de tudo que o Montanha de bosta ainda tinha descumprido o chiminagem. A pequena lupina erguia a sobrancelha com a cicatriz que tinha, questionando dentro de si a sanidade do lua cheia, talvez deva ser de tribo, a burrice. 


*Crias de fenri são burros mesmo, não estou surpresa.*


Ainda sentada, via Crypto-Vírus confirmar a ajuda e se sentia um pouco aliviada, queria logo cumprir suas dívidas espirituais, já que tinha uma lista, quanto mais rápido fizesse, mais rápido iria se livrar disso. No decorrer das conversas ela acabava se perdendo e sem entender o que diabos eles estavam falando, pelo tom talvez tivessem brigando com o lua cheia. A sem lua nem buscava entender. Depois do sermão do Alfa, e dos demais fala do, Romina apenas esperava os acontecimentos a seguir, mesmo que sua amiga tenha falado uma barbaridade, entendia que talvez fosse o rancor que ela sentia pelo Cria. 

Iara escuta os comentários dos irmãos de matilha após seu pronunciamento. O que fazia a Galliard pensar que eles preferiam focar no fato que ela falou sobre fato de sacrificar o outro Cria ao invés de quem deveria ser, do que achar outras formas de levar um novo sacrifício, como ela também tinha dito.

Sobre os comentários da Ragabash, Iara continua com o um semblante normal. Não esperaria o entendimento dela, de umas das tribos que foram responsáveis pela extinção de muitas das outras raças metamórficas.

Iara esperava a resolução de Cristiano.

Como se não fosse suficiente a fuga do fardo, a Uktena fala em trocar a oferenda pelo garou que ela obviamente não tinha tanto contato...

"Que péssima ideia..."

Alek dava uma explicação que era importante, o fato que mais chamou a atenção de Ethan de que espíritos tem suas motivações e não seguem códigos garous... aquela informação era valiosa demais para um ahroun que eu nada tinha que lidar com espiritos.

"De todas as baboseiras ditas, finalmente um ensinamento."

Os outros membros começam a falar de rastreamento, o que era mais efetivo do que pensar em sacrificar outro membro... Metal-Bone espera ainda o diálogo e ordens do que iriam fazer.

'- Chefia, será que não rola resolver isso com uma ligação não? Poupava tempo.' - Indaga guilherme quando Cristiano fala em ir ao Caern falar com membros do alto conselho.

Ele então escuta as palavras de Imgram e balança a cabeça concordando:

'- É uma boa. Eu consigo fazer o negocio das imagens do carro rapidinho e dá pra gente começar uma investigaçãozinha... agente ainda tem dois ragabashs afinal de contas, mesmo que sejam apenas filhotes. Se controlar o risco de exposição, da pra gente conseguir alguma coisa.'

Só acompanha tudo em silêncio, tentando manter a cara neutra. Mas tinha coisas ali que desafiavam manter a cara de nada. 

Várias coisas complicadas de se ver, umas vergonhas alheias, gente que aprecia ainda ter uns rancores e raivas internas, um magricela dando pinta pra caramba... Mas o ponto mais importante era, ele só confirmava a si como Cristiano e Aleksandr eram no fundo a mesma coisa.

Quando deram início ao encaminhar do que fazer, e ser citado indiretamente tomou a palavra com aquela voz esganiçada que tinha.

- Eu, posso ajudar o Guilherme, mesmo sendo filhote, ainda sou um bom hacker e temos internet de volta nesse sítio! Ah é, ser acharem que pode ser útil e se ele precisar de ajuda... Mas posso fazer outra coisa que pedirem, ou falar com Ethan de umas ideias que tenho para proteção daqui.

 Verdade que ele estava bastante interessando com o equipamento eletrônico do Andarilho. Queria ajudar mesmo geral sem muito saber o que poderia ali fazer agora já que qualquer tinha que ter um responsável sobre ele. Além de tentar fazer o papel do humilde e prestativo.

Imgram sugeriu que Alek liderasse alguma das missões enquanto o alfa estivesse fora, e a fala do Fianna fez o Presas olhar pra ele por um momento.

Guilherme interveio, ainda antes da resposta do alfa, afirmando que seria capaz de terminar a tarefa das placas com rapidez, o que daria tempo para que a matilha fizesse algo antes da assembléia.

'- Victoria é a responsável pela missão do Tarek e as informações que você coletar ainda vão ser insuficientes para localizar o esconderijo do necromante, pelo que eu me lembro do que você havia dito. Ao que me parece, a única missão que podemos adiantar é o reconhecimento espiritual do casarão, envolvendo os espíritos eslavos.'

Alek mantinha seu tom pragmático de sempre.

'- Se Cristiano precisar mesmo ir, eu posso ir à frente, já que essa missão é de nossa responsabilidade .' - concluiu, olhando para Guilherme e aguardando a resposta de V8.

" Como é ? Agora eu sou um traidor que preciso ser vigiado ?"

A desconfiança de Cristiano sobre a lealdade de Kalf , estava deixando o Lua Cheia louco. Ele fecha as mãos, e sua vontade é socar alguma coisa, e principalmente alguém. No entanto, ele sabe que o unico que precisa ser socado é ele mesmo, por tantas falhas em tão pouco tempo.

Com Certa dificuldade ele tenta se controlar e abre as mãos, para não dar vazão a fúria que insiste em tomar conta dele. Não vai dar mais esse gostinho aos seus inimigos. Então ele tenta prestar atenção nos planos que estão sendo propostos.

" Se acalme e preste atenção seu idiota. Sua cota de cagadas já foi preenchida por varias vidas."

Quando V8 aceita a idéia de Victoria ir sozinha atrás do fardo, ele se prepara para intervir, mas pensa duas vezes antes e desiste. Não queria que ninguém colocasse a vida em risco, por uma falha dele, mas alguém precisava trazer o fardo de volta para minimizar os estragos. E com certeza não permitiriam que ele fizesse isso, já que estavam suspeitando de sua lealdade. Então ele permanece em seu silencio.

Quando começam organizar uma missão para resolver as pendências no tempo livre até a Assembléia. Ele vê uma ótima oportunidade de mostrar que tem serventia e de estravasar aquela raiva que estava sentindo. Foi então que Alek sugere que a unica missão que eles podiam fazer naquele momento, era a do casarão. E isso quase fez o Modi rir.

" Mas é logico que a unica missão que podemos fazer é a unica que ele se acha o protagonista, e que tem interesse nos espíritos. Existem coisas que nunca vão mudar. "

Kalf não estava em posição de contestar qualquer coisa, então se mantem calado e espera que mais alguem perceba as intenções do Theurge. Assim como Alek tinha um nítido interesse naquela missão, Kalf achava que era a que ele teria menos serventia. Ele precisava de uma com mais ação para acalmar seu espírito.