As Ruas da Zona Oeste

 Próximo post deve ser feito no tópico da Entrada Oeste do Caern.

O Theurge percebe os olhares, seriam normais diante do pulsar frenético do seu coração furioso. O rito da caçada da lua de prata havia inflamado o coração do Theurge de uma maneira formidável, somado a lua crescente. Não era à toa que ele havia sucumbido aos desejos da Profanadora tão facilmente! Aqueles pensamentos e o gosto amargo voltavam a sua boca. Ele estava realmente pra baixo.

Depois do caos, as coisas pareciam se normalizar pelas ruas de Guaratiba. Os mortais começavam a perambular mais uma vez pelas ruas, muitos deles olhando com desconfiança para o Andarilho. Skull-head vai tomando seu caminho a pé, evitando grandes movimentações nas ruas e até mesmo a presença de policiais. Ele procurava algum carrinho de sanduíche que estivesse em alguma esquina, ou alguma lanchonete. Algum lugar com comida gordurosa e saborosa. Ele sabia exatamente o que oferecer para espírito totêmico de sua Tribo como oferenda, mas também tinha em mente uma forma de aumentar mais ainda o seu agrado a ele.

Skull-head encontra logo de cara uma lanchonete chinesa... não tinha as melhores qualidades, o que com certeza poderia entrar nos padrões que o Theurge estava procurando. Ele entra na lanchonete e vai direto pro balcão. Quando pudesse fazer o pedido, seria direto:

‘- Eu quero cinco yakisobas, por favor... pra viagem...’

Ele faz uma pausa.

‘- ... Melhor! Me veja logo seis... no capricho, por favor!’

Ele tinha que caprichar nos seus presentes para o rito, mas a fome estava se aproximando e ele ainda não tinha jantado. O Theurge espera o pedido, querendo ir logo embora, para adiantar o que precisava fazer. Sabia que a Fúria era um chamariz de problemas, por isso tenta ser rápido. Assim que tem os seus pedidos, ele paga e sai da lanchonete.

Do lado de fora, se tudo desse certo, ele continuaria a andar. Ele procuraria um local inóspito, sem nenhuma movimentação. Talvez como aqueles becos da primeira noite, seria o ideal.

O Theurge sente um frio perpassar a sua espinha, sentindo a energia espiritual sendo canalizada ali, na fenda do Véu. Entretanto, ele logo percebe que a energia era grande demais e que, diante de seus olhos, estava a própria Barata. O Andarilho engole a seco ao experimentar a presença do Totem de sua Tribo; estava diante de um impasse, afinal poderia ficar feliz em ter conseguido êxito para invocar um espírito tão grandioso, mas ter a possibilidade de um rasgo do Véu o deixa preocupado. O beco era escuro, mas se o espírito saísse dali poderia ser trágico.

*Preciso ser rápido!*

Diante do silêncio sepulcral instalado no pequeno beco, o Theurge inicia uma conversa com o seu Totem na língua dos espíritos, aproveitando o momento para começar o ritual. Ele se prosta diante do espírito de maneira solene, ficando de bruços no chão, como se estivesse rezando. E de certa forma estava; uma verdadeira oração de penitência que precisaria dar certo:

'- Sábia Barata, eu te invoquei aqui pois pequei contigo enquanto filho teu... eu fui fraco o suficiente e me deixei levar pelas forças da Profanadora...'

Ele olhava nos prováveis olhos da entidade por vezes, dedicando o resto de suas forças para se prostar diante do espírito, rastejando sob suas patas:

'- ... Rogo pelo perdão diante de minha fraqueza que acabou por matar muitas de suas filhas... por isso lhe dedico esse presente que trago para ti e para suas filhas... Mas não é só isso...'

Ele, ainda rastejando sob aquelas patas, continua o seu ritual:

'- ... Eu me ofereço, como filho teu e protetor de sua linhagem, para me lançar contra e destruir uma dedetizadora, a fim que a força ameaçadora dela, que extermina suas filhas, seja eliminada e diminuída com minhas ações...'

Ele olha o Totem e esperava uma reação do mesmo... era um momento de tensão e ele realmente queria que aquilo desse certo.


OFFGAME: Execução do ritual de contrição.

Se Skullhead estivesse numa forma com orelhas mais sensíveis, elas com certeza estariam cabisbaixa em claro sinal de decepção; decepção para consigo mesmo e tudo o que havia ocorrido. O sermão da Barata acerta em cheio a já-baixa-autoestima do Theurge que concordava com cada palavra que ela falava. Havia sido fraco e isso havia causado a morte de muitas filhas de seu próprio Totem!

Mas o Totem queria mais do que Skullhead havia lhe oferecido... a Barata queria a expansão de seus espaços dentro do território da Olhos da Tempestade. Era algo que ele não poderia negar para o Incarna.

Concordando com a cabeça, ele responde:

O Theurge concorda com a cabeça, mostrando que havia entendido o recado. A lembrança do chiminage esperado do Uktena faz lembrar da provável richa que havia sido criada depois dos acontecimentos da manhã. O lobo com certeza não estaria feliz com aquela obrigação.

*O lobo deve tá querendo arrancar a minha pele e usar de cobertor!*

O pensamento vem logo depois que a Barata se desmaterializa diante dos olhos do lua crescente. Para uma experiência com o Incarna de seu próprio Totem, aquela havia sido uma cena vergonhosa, mas que poderia esta marcando um reinício de tempos melhores para o Garou.

Ainda meio cabisbaixo, ele pega sua mochila e o pacote de yakisoba restante. Estava faminto. Ele abre o mesmo e começa a comer o conteúdo com o garfo de plástico enquanto ele deixava o pequeno beco escuro.

Procurava o caminho de volta para o Caern, afinal as horas passavam e haveria uma Cerimônia para os Falecidos da última noite.

O Presa de Prata dirigia apressado pelas ruas do Rio. Teriam tempo para conversar sobre aquele atraso, mas aquela não era a hora. Sua atenção estava toda focada no transito que tentava evitar com toda sua habilidade como motorista.

Off:

Solicito liberação para postar no tópico do Caern.

Forma - Lupino

O Garou não tivera tempo de responder Grace e já estavam saindo do sítio, ele não a responde com palavras, mas sim com sua cabeça Lupina, que fica apoiada nas pernas da Fianna depois que ela afaga sua cabeça, esperando mais, durante o caminho.

O Ahroun acelerava o máximo que podia, mas nem mesmo ele podia voltar no tempo. Quando o relógio do rádio acusa que são 19h ele chega a desacelerar um pouco o carro.

Kiba respira longamente, mas decide manter seu silencio. Não sabia como iria começar aquela conversa, mas teria que conversar com a matilha muito em breve.

Passam-se mais alguns minutos até que finalmente a Asas da Esperança começa a chegar na região do Caern.

Off:
Segue no tópico Entrada do Caern – Zona Oeste.

O Andarilho caminha pelas ruas de Guaratiba mais uma vez. De casaco, com as mãos no bolso. Ele olhava para os lados, evitando mais uma vez grandes movimentações. O Garou saca seu Umbrafone, procurando uma oficina de carro. Ele queria comprar bateria de carro... não apenas uma, na verdade.

Ele caminhava, seguindo a rota de sua busca. Em sua mente, apenas uma coisa passava.

*Eu tô indo batê um papo com vocês, espíritos da eletricidade! Por favor, maneirem na zoeira aí, vai lá...*

Andava a passos rápidos. Não queria atrasar para saber quem colocaria ordem naquela matilha de uma vez.