As 7 Jóias da Coroa de Gaia
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Clareira Central - Página 35 Empty ESPÍRITO TRANQUILO (crinos) - SEITA / NARRAÇÃO

Mensagem por Evan Ballmer 11.05.18 18:37

Escutava ali com calma a sequência da assembléia. É logo ouve o nome que tinha ouvido antes pelos Presas de Prata. Justica-do-Predador, agora Sentinela-das-Sombras, era aquele jovem no centro da clareira e ia ser julgado.
 A cabeça do impuro se eleva um pouco olhando o garou, mas logo volta a se baixar e olhar na direção do totem, mas não sem antes acabar por sem querer elevar a voz na surpresa do que via.

 "-Que?"


 *Ele era o confiável... Mas... O que acontece aqui... Tantos crimes, desrespeito e mortes... Presas de Prata foram exilados... Mas pareciam ser muito dignos e não venenosos... Foram enganados? É tudo confuso de mais...*

 Ouvia as acusações e recordava de tudo que Alef tinha lhe dito. Coisas não encaixavam para além de ter tido uma guerra entre tribos. Mas logo a lembrança de uma das falas de Alef o faz olhar novamente ao ventre de Corda-Trêmulas. 


 *Ele disse que era Fianna a mãe da mítica impura perfeita... Ela falou sobre ser mãe de um impuro... Seria coincidência? Gaia nos proteja, e qu eu realmente esteja pronto para estes fardos e não ser mais peso aos outros...*
 
 Volta a olhar para a assembléia antes que fosse notado. Era preciso manter discrição. 
 Contudo que é falado, um quadro começa a se formar em sua mente.


 * Muitas brigas... Exílios... Disputa de poder... Mortes... Pelo jeito aqui ninguém confia em ninguém... Ninguém é confiável... E assim, nós já perdemos e nos derrotados... É triste... Preciso falar com irmãos e espírito, entender isso direito, me aconselhar e ver se ainda temos tempo de reverter tanta amargura e desconfiança... São laços que nos fazem forte...*

 Suspira ali com ar meio abatido com tudo o que via.
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Clareira Central - Página 35 Empty Cólera-de-Balder - Matilha Olhos da Tempestade

Mensagem por NarraDiva 11.05.18 20:36

*Fiannas...* - pensa Siegfried que simplesmente se movimenta por toda a assembleia até uma das mesas de bebida. O Fenris pega quatro garrafas de Hidromel e volta para junto de sua matilha, entregando a primeira ao lobo, uma para o recém-chegado, uma para Ian e ficando com uma para si.

'- Que o nosso filho da puta sobreviva. Só a gente pode bater nele.' - diz o Fenris abrindo a garrafa e começando a beber.
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Clareira Central - Página 35 Empty Re: Clareira Central

Mensagem por Victor Montenegro 11.05.18 22:11

Toda a tensão pré julgamento não existia mais. Nada ali do que era falado era surpresa alguma para o Philodox. Ele tinha convicção de suas ações e não seria uma acusação barata que lhe tiraria dos eixos.

De forma absolutamente serena, Victor escuta os três acusadores e, ao final das palavras de Bardo Forjador, pede, com tranquilidade o Osso e fala em um tom impressionantemente calmo:

'- Nobres Juízes, esta corte está aqui para julgar crimes e não para afagar egos feridos e corações partidos. - Olha para Bardo Forjador, depois volta-se para a corte e continua:

'- O ex-líder Fianna aparentemente tem sentimentos muito fortes contra mim uma vez que, pela terceira vez, quer me ver punido pelos mesmos atos. Por virar as costas na apresentação que enaltecia os feitos daqueles que haviam acabado de conceber um dos Arautos do apocalipse e que louvavam o desrespeito de seu alfa ao ancião Fenris, eu já fui punido, tanto por mim, quanto por Sombra-da-Justiça, quanto por Coração da Verdade. Por abandonar irmãos de matilha, eu também já fui punido por Coração da Verdade e, me perdoem a franqueza, não devo ser novamente julgado por esse atos. O Ragabash busca vendeta e não justiça, e peço que desconsiderem suas alegações iniciais e que seja julgado apenas o crime que fantasiam existir assim como minha efetiva, ou não, participação nele. Quanto ao devaneio quasi-cômico de Bardo Forjador sobre essa minha cruzada contra os Fianna, sobre articular a guerra civil que se desenrolou, tramar a destruição do nome de um Filho do Cervo e a amputação dolosa de outra, eu digo aqui, sob o julgo da Verdade de Gaia, que todas estas acusações são mentirosa.' - O semblante de Victor permanecia inquietantemente calmo e seu timbre era inalterado e desprovido de qualquer emoção:

'- Ainda sob o Julgo afirmo, categoricamente, que nunca tramei contra a tribo Fianna, que não articulei ou tive participação na articulação de qualquer golpe ou que tive qualquer intenção maliciosa ou intentei arrancar o braço de minha adversária.' - Olha mais uma vez para Bardo Forjador. Passa então seu olhar por Pantaneiro e volta a se dirigir aos juízes:

'- Em relação a essa tentativa de destruir o nome de um jovem Ahroun, o qual só posso assumir que ele se refere a Pantaneiro, o mesmo que ele me acusa de ter abandonado, eu gostaria de deixar claro para essa corte e para todos os membros do Caern que eu sou a única razão pela qual aquele Ahroun ainda possui um semblante de nome e pelo que sua cabeça ainda repousa sobre seu pescoço, Já que fui eu quem impediu um conflito bem central e público entre ele e as Fúrias Negras, após seu repente de vaquejada, fui eu quem acordou com Sussurros de Bran para que ela não destruísse seu nome logo na primeira reunião da tribo dos Fiannas, fui eu quem impediu que ele matasse, não 1, mas 3 membros de matilha em seus frenesis e fui eu quem o impediu, não por uma, mas por duas vezes que ele dilacerasse o véu no Centro do Cidade. Eu poderia aqui continuar a interminável lista de vezes que eu salvei a vida e a reputação daquele Garou, mas não vem ao caso. O fato é que o nome dele não está destruído por minha causa, pois acreditem, eu sempre peguei muito leve ao tratar da falhas de Pantaneiro junto aos outros Garous da seita que não os de minha matilha. - Victor faz uma breve pausa, limpa o pigarro da garganta e segue falando no mesmo tom:

'- Quanto à acusação pelas mortes ocorridas em virtude do ritual realizado, eu também me declaro inocente. - Victor se mantém didático e explica:

'- Entendam, nobres julgadores, antes de adentrar no mérito do ritual em si, é importante que fique clara a minha irrelevância na realização deste. Como Sombra da Justiça disse, eu não conheço o rito e seria incapaz de performá-lo. A minha participação nele foi meramente didática, imputar a mim teórica culpa em sua participação seria como culpar o coroinha pelo sermão do Papa. Nao faz sentido. A acusação tece frágeis argumentos alegando que inexiste inocência de minha parte, que participei do ritual assumindo seus riscos e pedem pela pena capital ou pela renúncia de meu augúrio... mas por que, exatamente? Por ter participado de um ritual que causou a morte de Garous sem questioná-lo? Se for esse o parâmetro eu faço aqui uma acusação formal contra todos os Garous da seita que seguiram o Ritual da Caçada da Lua de Prata e peço que a eles seja dada a mesma punição que for direcionada a mim, afinal, já restou bem estabelecido e é consenso que este foi invocado injustamente e por uma Garou que se encontrava possuída por uma força externa. - Olha para Bardo Forjador e comenta:

'- Essa é a linha de defesa dos Fianna para Estrela da Manhã, não é mesmo?' - Volta-se para o trio antes da resposta e continua:

'- Pois bem, se já está estabelecido que o ritual foi convocado por uma líder possuída, esse ritual já nasce maculado. Entretanto, a gosto ou contra gosto, a maior parte do Caern seguiu o Ritual convocado e atacou sem restrições os garous que se recusaram a segui-lo. Ora, esse Ritual, sim, é que foi a verdadeira causa da guerra que ontem se instaurou. E se os Garous decidiram por segui-lo cegamente, o fizeram cumprindo os designios de uma força externa que controlava a Líder do Caern e não os verdadeiros desígnios desta. Tenho certeza que se perguntarem agora para Estrela da Manhã se a verdadeira vontade dela enquanto antiga líder dessa seita era ou é a conclamação daquele ritual e a caçada ao Presas de Prata, ela dirá que não. Se não era a real vontade dela, nao podemos ser julgados ou acusados por desobedecer a ordem da líder, uma vez que o que desobedecemos foram os comandos desvairados de uma força externa e por isso não podem nos culpar. Diante disso, os Garous que seguiram a ordem do ritual e o fizeram de forma inconteste, ou não, apenas obedecendo as ordens da sua suposta liderança, da mesma forma que eu fiz, também devem ser julgados com o mesmo rigor e receber as mesmas punições que eu enquanto partícipes de teórico ritual injusto e desmedido que veio a acarretar a morte de Garou.' - Faz mais uma breve pausa para deixar os juízes digerirem e finaliza sua defesa inicial:

'- Estas são minhas exposições iniciais. Reservo-me ao direito de futura explicações após o pronunciamento de Sombra da Justiça sobre o Ritual invocado.


Última edição por Victor Montenegro em 11.05.18 22:23, editado 2 vez(es)
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Clareira Central - Página 35 Empty Pantaneiro ( Crinos ) - Assembléia / Fortaleza de Gaia / Todos

Mensagem por Convidado 11.05.18 22:13

Tudo corria tranquilo até que uma Ponte da Lua brota bem no meio da Assembléia. Pantaneiro rapidamente estranha aquilo e o causa era bem óbvio: havia chegado os reforços. Eram três Garous, sendo um deles bem forte e com cara de respeito. Outro Albino o que era um tanto quanto incomum e outro ruivo. Nem tem tempo de ter maiores conclusões porque simplesmente o Ruivo toma a palavra e nesse momento Pantaneiro abaixa a cabeça escutando tudo e pensa...

"Puta merda... O cara chegou metendo o pé na porta e mandando a sogra servir o jantar..."

Pantaneiro tava estarrecido com o relato do Fianna. Não só pelas informações importantes que continha nele, mas pela audácia de fazer uma apresentação daquela maneira. Já se preocupava se Rob faria parte da Fortaleza de Gaia ou não. Dava arrepios só de lembrar em um Galliard descontrolado como Ronaldo. Claramente Uivo-Flamenjante era impulsivo e não media as palavras, assim como Ronaldo. 

"Caralho... Se os Fiannas sincronizassem seu poder em fazer merda na mesma proporção contra a Wyrm, já teríamos derrotado essa maldita..."

Era incrível que como os Fiannas haviam caído tanto o nível de uma hora para outra. Tinha consciência que era um dos grandes causadores dessa péssima imagem dos Fiannas, mas olha, a tribo inteira estava de parabéns. Quase todos os Fiannas tinham feito um bom trabalho em manchar o nome da tribo. O resultado não poderia ser outro. Garras-do-Trovão pega pesado com o falador e descarrega uma responsabilidade gigante de ter uma boa segunda impressão. 

"Eu também precisava ter causado uma boa segunda impressão... uma boa terceira... uma boa quarta... quinta...sexta... e aqui estou depois da Pedra do Escárnio..."

Para sua surpresa, cada Garou é designado para uma matilha. Para sua, vem o mais forte e musculoso. Definitivamente ele não era um Galliard. Seu porte físico era avantajado e rapidamente se remete as palavras de sua Juíza. Era pra vir mais reforços e só um havia chegado? Algo de errado não estava certo. 

O recém-chegado ao se aproximar emanava uma grande quantidade de Raça Pura. Carregava em seu nome o peso dos grandes Fenris. Sua expressão era séria e cumprimento era firme. Pantaneiro, do mesmo modo, respeitoso, firme e sério respondeu estendendo sua única mão:

- Seja bem vindo à Fortaleza de Gaia, Pavor-de-Jormungandr. Agradeço sua lealdade, sua vontade e tamém suas garras. Seu reforço será de muita importância pra nóis. Eu sou Yorick McAllister, "Pantaneiro", Cliath Ahroun dos Fiannas da Irmandade de Herne e Alpha dessa matilha.

Acenou com a cabeça para o Ahroun recém-chegado e completou:

- Nóis esperava mais reforço junto com você. O que houve?


Talvez estivesse atrasados ou por algum motivo chegariam logo mais. As visões de Padmatavi não estavam erradas. Já sabia que dos três que viria um tinha fugido como um cachorro, mas faltava mais um. Olhou para o restante da matilha e disse antes que o Fenris pudesse responder sua pergunta.

- Sintam-se à vontade para se apresentarem. 


Nota que Antonio é o primeiro a fazer sua apresentação. Um a um iria fazer de modo discreto. Dessa maneira, prestando atenção em ambas situações, Pantaneiro acompanhava a Assembléia. Nota equipes serem designadas para investigarem a morte de Garous e depois, para seu deleite, um julgamento para Victor. Em meio ao mar de merda que nadava, Pantaneiro se alegra em pensar que Victor poderia ter o que merecia.

"Tomara que arranquem suas pregas com uma pinça cega, seu arrombado filho de uma puta!..."

Era o mais profundo desejo de Pantaneiro, que se fodesse com bastante força. Era o que ele merecia por ser um tremendo filho de uma puta. O primeiro a discursar é Uivo-Voraz e rapidamente ele retira sua acusação concordando que eram heróis. 

"Heróis é a cabeça da minha rola..."

E então a Fúria Negra começa e como era bom ouvir aquilo. Com poucas palavras arrebenta com a moral daqueles que defendiam os Senhores das Sombras como heróis. Sombra-da-Justiça até tenta defender seu filhote, porém, Hit-Mark não deixa que seu discurso seja impactante porque o Andarilho era fenomenal em suas acusações. No final de suas palavras, era pedido a cabeça dos dois Senhores das Sombras e Pantaneiro chega a sonhar com esse momento. Tinha tanto prazer em imaginar Victor pagar pelos suas falcatruas que quase teve um orgasmo.

"Ele merecia, com toda certeza... Como seria bom..."

E então vem a cereja do bolo. Bardo-Forjador toma a palavra. Porra! Como ele falava bem. Com poucas palavras traceja a caminhada de merda de Victor e resumia bem o que ele era. Coloca no patamar onde os dois Senhores das Sombras mereciam estar, na desonra, na falta de confiança, na culpa e na necessidade de serem punidos duramente. Escutar aquelas verdades era muito bom. Tão bom que Pantaneiro sente até vontade de beber. Olha para Antonio e diz:

- Antonio, por gentileza, pegue umas garrafas de Hidromel pra gente.

Olhando para o julgamento e aguardando qual seria o próximo passo dele, disse sem ninguém em especifico. 

- É um bom momento para beber.


Se Victor olhasse nesse momento para Pantaneiro, iria vê-lo com um pequeno sorriso em seu rosto torcendo para que uma sucuri da grossura de um poste entrasse em seu cu sem nenhum tipo de lubrificante. Nota que Victor até tenta se manifestar usando dá sua lábia como sua maior arma. Talvez o Juíz tivesse se esquecendo que contra fatos não há argumentos. Para Pantaneiro, todo aquele falatório do Senhor das Sombras era balela.


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Clareira Central - Página 35 Empty ASSEMBLEIA XLI | Julgamentos | Sombra-da-Justiça e Sentinela-das-Sombras

Mensagem por NarraDiva 11.05.18 22:20

Fúria-Justa-de-Esteno segue até Tolerância-Zero e comenta algo com a Juíza. Ambas olham na direção de Grace e Helenna volta para junto da matilha.
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Clareira Central - Página 35 Empty Flor-de-Lótus - Matilha Fortaleza de Gaia

Mensagem por NarraDiva 11.05.18 22:23

Flor-de-Lótus se apresenta para o recém-chegado:

'- Padmatavi Mithras, Flor-de-Lótus. Forsten Philodox dos Portadores da Luz Interior.'

Cumprimenta o recém-chegado mas se choca com o que ouvia vindo da assembleia. Recorre a seus dons para atestar veracidade. Olha para Victor, em seguida para Pantaneiro e, respira fundo em seguida. Ainda nem tinha conversado com o Wendigo, mas pelo visto teria outro Juiz com quem precisaria conversar sobre o passado recente dos membros da matilha.
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Clareira Central - Página 35 Empty Re: Clareira Central

Mensagem por Convidado 11.05.18 22:24

Rob estava confuso com o julgamento. Percebera que o lider da seita havia mudado nessa guerra. Não sabia em quem deveria confiar. Ainda estava com o gosto ruim da cerveja brasileira *Que merda de cerveja fazem aqui, meu mijo tem mais alcool que essa merda aguada* Então o cria Colera de Balder pega quatro garrafas de hidromel e entrega uma a Rob.

-Acho que não vão dar a pena capital pra ele. Afinal Temido como vulcão o indicou a liderança de uma investigação, não sei quem ele é mas aqui todos o respeitam e qualquer juiz que o condene a morte estaria questionando sua sabedoria. Mas sim brindo ao nosso filho da puta. -Rob comenta baixo para somente quem estivesse perto ouvisse. E após o brinde ele derrama um pouco no chão e toma todo o hidromel quase que virando. Ele estava com sede e raciocinava melhor com alcool no sangue.

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Mensagem por Convidado 11.05.18 22:42

Antonio Xavier ouve as palavras de Pantaneiro e presta bastante atenção no julgamento dos Senhores das sombras que acontece.
O Portador da luz caminha rapidamente e pega garrafas de hidromel, que distribui para os membros da matilha, como um "seja bem vindo" para Hagen.
Sereno-trovão percebe a inteligência que Sentinela-das-sombras tem ao manejar as palavras em sua defesa. Não sabe bem o que pensar sobre tudo o que aconteceu: "Qual é a verdade de tudo isso?"

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Clareira Central - Página 35 Empty Flagelo-da-Wyrm - Assembléia | Sangue-Forte-de-Luna

Mensagem por Convidado 11.05.18 22:52

Crinos


O Senhor das Sombras continua as picuinhas tribais, responde ponto a ponto as acusações a ele feitas.


*Honra em assumir as próprias condutas era algo raro para essa Tribo, sempre querem um jeitinho de não serem culpados e ainda ganhar algo.*


Olhava para os demais membros da Matilha para ver sua reação Réquiem, Espólio-Cyberpunk, um a um passava seu olhar até chegar a Sangue-Sobre-a-Neve que deveria estar mais feliz como um pinguim em praia carioca com todo esse lenga lenga.


*Mas é inegável que esse filha da puta fala bem. - Pensa enquanto retorna o olhar ao Philodox.

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Clareira Central - Página 35 Empty ASSEMBLEIA XLI | Julgamentos | Sombra-da-Justiça e Sentinela-das-Sombras

Mensagem por NarraDiva 11.05.18 23:30

Adam estava tranquilo. Já havia enxergado todos os tentáculos que agiam ali contra si. Olha para o líder da Seita, passa o olhar pelo Porta-Voz, olha Bardo-Forjador, busca com seu olhar Duas-Caras. Por fim, olha para Uivo-Voraz, e lembraria do Roedor em hora oportuna. Dá dois tapas no ombro de Victor e comenta com o Philodox:

'- Eu não sei como isso vai acabar, mas eu vou jogar alto garoto. Se o pior acontecer, você se salva e faz o que tem que ser feito.'

Sabia que Victor entenderia. Desde a chegada do juiz, Sombra-da-Justiça teceu planos para ele. Ainda pensava em executá-los, mas o Juiz sabia que havia muito mais por trás daquilo que ele taxava de enorme teatro. Pega o osso após seu irmão de tribo e vai ao centro. Não se dirige aos juízes, se dirige à clareira:

'- Eu não vou fazer uma defesa, eu vou trazer a tona a verdade sobre o que aconteceu na noite passada e quando eu terminar, todos vocês terão que reconhecer que devem este Caern aos Senhores das Sombras e à Avô Trovão. Não há outro caminho senão o de reconhecer nosso heroísmo e o sucesso de meu plano.'

O Philodox tinha uma profunda convicção de suas palavras e transparecia isso com sua fala. O juiz seguia falando:

'- Para que uma história seja bem contada, no entanto, eu queria convidar para assumir o osso, Língua-Afiada, Galliard de minha tribo, apresentasse os réus devidamente ao público.'

A Forsten segue ao centro e o burburinho começa. Porque um Athro chamaria uma Forsten para falar por si? As respostas começavam quando Língua-Afiada se prepara para falar. E que porte tinha a Galliard. Com sua presença incrível, a Lua Gibosa em pouco tempo era o centro das atenções da clareira. Todos, sem exceção, sentiam-se presos à sua majestade. Sua voz era um bálsamo que invadia mentes e tocava os corações, fazendo com que cada um conseguisse, pelo menos naquele momento, enxergar as coisas conforme ela narrava:

'- A história de Sentinela-das-Sombras mudou quando a Olhos da Tempestade, dividida, descobriu sobre a ação dos vampiros. Sentinela-das-Sombras, em meio a uma missão, ordenou e por intermédio daquele que não podemos nomear por estar em Ostracismo, a seita foi avisada do tsunami da Wyrm que invadiria essa cidade. Sentinela-das-Sombras era um garou jovem. Estava aqui há poucas luas. Chamava atenção por indisciplina em repúdios justificáveis por qualquer um que fosse portador de maturidade e tivesse um mínimo de respeito pela Litania. Eu também virei de costas quando aquele que desrespeita anciões fora exaltado. Eu também viraria de costas para um Garou que é um perigo para si mesmo e para todos à sua volta. Ele chegou Cliath e feitos que corrigiram os erros daquele a quem ele virou as costas já o levaram para Forsten. Cedo demais, porém, competente demais. Competente para se punir e a defender sua matilha em julgamento. Competente para se embrenhar em um ritual que nem sabia o que era por ser o avatar da lealdade e respeitar seu líder verdadeiro em tempos de guerra. Enquanto todos corriam por uma falsa líder, Sentinela-das-Sombras seguia seu líder verdadeiro. Seu renome precisa ser respeitado. Seu nome precisa ser cantado. E esta seita precisa aprender a lidar com quem lhe traz verdades. Ouvir verdades é o primeiro passo para evoluir e todos precisamos evoluir.'

A Senhor das Sombras respira fundo e apresenta:

'- Sombra-da-Justiça tem um renome que fala por si. Liderou a tribo e nunca se furtou a dialogar com a liderança Fianna quando esta o chamou a dialogar. Bardo-Forjador é testemunha, em que momento importante para esse Caern Sombra-da-Justiça lhe faltou? Em que momento importante para essa seita, Sombra-da-Justiça não se fez presente? Sua história é repleta de glórias, seus julgamentos, um marco de honra. Foi Sombra-da-Justiça quem empossou Estrela-da-Manhã sob protestos quando seu concorrente morreu no desafio pela liderança. Foi ele quem atestou que o espírito desconhecido era da Wyld e que nossa antiga líder não tinha culpa. Foi ele quem por vezes convenceu os Fenris a não desafiarem a líder para manter a estabilidade do Caern e que trabalhou nos bastidores pela manutenção da liderança Fianna enquanto Estrela-da-Manhã era uma boa líder. E foi ele quem primeiro notou que havia algo errado. Sombra-da-Justiça sempre perseguiu a verdade e, agora, mais uma vez, irá trazer a verdade para todos vocês.'

A Galliard entrega o osso à Sombra-da-Justiça e fala para ele ao entregar:

'- Estou ao seu lado, meu líder.'

O Philodox sabia daquilo e toma seu lugar:

'- Eu notei que havia algo de errado quando Coração-Valente queria ir combater vampiros e ela não quis deixar. Estrela-da-Manhã fez de tudo para impedir que ele fosse, até fazer a ameaça da caçada. Senti que algo estava errado e que precisava agir, mas como juiz, eu precisava de provas. Eu precisava colocar Estrela-da-Manhã contra a parede. E eu a chamei para uma conversa junto com Segredo-das-Quebradas, que todos sabem, era meu maior aliado. Colocamos a Fianna contra a parede mas em dado momento senti que não era com ela que eu falava. Havia algo de errado. Segredo-das-Quebradas não notara nada e eu fingi que nada vi. Não sabia com o que estava lidando. Passei a mapear a Penumbra e vi uma nuvem escura que me chamou atenção. Eu precisava do Trovão para trazer a verdade. Somente os espíritos podiam nos trazer a verdade.'

O Senhor das Sombras olha para todos e continua:

'- E todos sabem que deu certo. E todos comemoram que deu certo mesmo se não admitem. Perdemos muitos, perdas inestimáveis. Mas quantos já não perdemos pelos desmandos de uma líder controlada por uma força hostil? Sentinela-das-Sombras aqui já lembrou, a defesa dos Fiannas se baseia que ela é uma vítima de um inimigo. Nós nos erguemos contra a deliberação de um inimigo e expulsamos o inimigo de nossa casa e vocês nos colocam em julgamento!'

O Philodox falava com vigor e seguia:

'- Eu procurei Temido-Como-Vulcões e falei sobre a caçada de Coração-Valente. Usei meus dons. Fui convincente e acendi a chama no coração do Fenris que se uniu aos Presas de Prata. Eu tinha a resistência necessária para trazer um julgamento superior a todos. Chamei as três irmãs falecidas. Dei a elas a missão de despertar os espíritos dessa terra e chamá-los pelo Caern, pela nossa Seita. Mandei nossos guerreiros enfrentar os Garous e eles foram honrados e não mataram. E chamei a justiça. A Tempestade da Honra do Trovão que recai sob aqueles que agem ou carregam desonras.'

Tolerância-Zero arranca o osso da mão de Sombra-da-Justiça e fala:

'- E foi nesta palhaçada que ninguém lhe pediu, Senhor das Sombras, que quase que a estrela rubra brilha no céu pela segunda vez com os ataques à Cordas-Trêmulas.'

O Senhor das Sombras pega o osso e fala:

'- Postura, Fúria Negra, é a minha fala. Respeite.'

Adam olha para Cordas-Trêmulas e apontando o osso à ela, diz:

'- A portadora da Impura das Profecias saiu em missão contra servos da Wyrm cumprindo seu dever de Litania. Poderia ter morrido. Não morreu. Ouvi histórias de que até um Frenesi da Wyrm sofreu. Alguns passarinhos me contaram. Na missão em que ela foi, vários voltaram mortos. Ontem, aqui, mais uma vez quase morreu, pois sua desonra trouxe os raios da justiça de Avô Trovão. Se ela é incapaz de se manter viva que a prendamos em uma masmorra longe de riscos até que a criança nasça. Se ela morrer e a estrela rubra vir, Tolerância-Zero, a culpa não será de quem ou do que a matou, mas apenas dela e do ex-presas de prata que usaram do rio sagrado do Caern para violar a Litania e ainda desrespeitaram o atual juiz dessa seita em seu julgamento. Não ignore isso. A violação da Litania é a causa do mal profético que sequer sabemos se é possível de se evitar. Mas, prosseguindo...'


Jukebox, Galliard dos Andarilhos do Asfalto, nessa hora levanta a mão e pede para falar. Sombra-da-Justiça estranha mas entrega a ele o osso. O Lua Gibosa diz:

'- Sobre os riscos da criança impura perfeita, se quiserem, podemos desenvolver uma técnica de gestação in vitro, retirar todo o útero da hospedeira e garantir que ela nasça saudável e sem riscos.'

Todos se chocam com a proposta mas Adam não se abala. O Senhor das Sombras pega o osso e volta a argumentar:

'- Com todos com suas tarefas delineadas eu me dediquei ao meu plano, trazer a justiça de um poderoso totem. Aquele que enxerga a mácula da Wyrm e a desonra onde nem todos conseguem enxergar e cuja tempestuosa fúria é capaz de varrer a profanadora. Chamei Sentinela-das-Sombras para me ajudar, mais para aprendizado dele do que para qualquer coisa, mas não expliquei detalhes do Rito. E foi graças a isso que o mal foi descoberto. E foi graças a isso que o mal foi erradicado. E foi graças a isso que os Senhores das Sombras, com a ajuda de Sangue-dos-Quatro-Ventos e de Sussurros-Solitários, este último, de forma mais do que central conjurando um Incarnae para ajudar Avô Trovão, que libertamos essa seita. Foi meu plano, para o bem e para o mal, que salvou essa seita. Eu exijo o meu reconhecimento em renome e a retirada das acusações. Se querem mesmo salvar este totem, se querem mesmo retomar o caminho dessa seita, reconheçam o papel dos Senhores das Sombras e permitam a si mesmos algum nível de coerência para não matar a ex-líder desse Caern no próximo julgamento. Não se tratava de algo que podia esperar, essa Seita já ia caçar um ancião e deixava a Wyrm matar mais de 3 mil sem nada fazer. Não se tratava de algo que pudesse consultar, eu assumi o risco para o bem e para o mal e estava certo. Se tratou de livrar esse Caern de nossos inimigos. De libertar uma anciã, de libertar um totem, de libertar e salvar toda essa Seita.'
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Clareira Central - Página 35 Empty Black-Hat | Fúria-Justa-de-Esteno - Guardiões da Canção Ancestral

Mensagem por NarraDiva 11.05.18 23:41

Diante do comentário do Andarilho e ainda meio chocada e sem saber o que pensar diante de tudo que ouviu, Helenna diz para Grace:

'- Se aquele louco chegar perto de você e do seu útero, deixo ele com menos braços que o Pantaneiro.'

Referia-se à Jukebox e sua ideia de retirar o útero da Fianna, algo que a Lua Cheia jamais permitiria.
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Clareira Central - Página 35 Empty Re: Clareira Central

Mensagem por Convidado 11.05.18 23:54

Sereno-trovão ouve espantado a narrativa feita pelos dois membros dos Senhores das Sombras. Era difícil negar a qualidade dos fatos narrados, a força de cada argumento empregado.

O Portador da luz tinha alguns.motivos para compreender o ato de questionar como uma qualidade importante. As verdades não são absolutas, para crescer é preciso estar sempre disposto ao aprendizado e são somente o questionamento e a atenção que podem ser vistos como respostas.

A fala final que possibilita a sobrevivência de Estrela da manhã conquista os pensamentos de Antonio, que era a favor de novas oportunidades.

"Não acho que o orgulho deste discurso baseado no Ethos aristotélico seja admirável: a humildade é admirável, mas não acredito que mereçam punição. Qual será a decisão dos juízes?"

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Mensagem por Ossos-de-Carvalho 12.05.18 0:40

Ian escuta Rob comentar que não tinha bebida mas que beberiam depois, faz um sinal afirmativo com a cabeça e dá um sorriso.

" - Então estamos acertados. "

* Esse é maluco, mas parece ser boa gente *

Ian observa Cólera-de-Balder sair de perto da matilha.

* Lá vai ele esbarrar em todo mundo pra mostrar que tem o pau maior *

O Fianna observa a trajetória do Fenris e vê que ele vai até um local, pega algumas garrafas de bebida e começa a falar sozinho.

" - Porra, a gente podia pegar aquela bebida? vou lá buscar também. Espero que ele deixe alguma lá."

Ian se levanta para ir na direção quando percebe que o Fenris na verdade trouxe a bebida para todos, abre um largo sorriso.

* Ta aí um cara que não cansa de me surpreender *

" - Meu amigo... você é brabo, mas tenho que admitir que você é um ótimo líder já que sabe a hora certa de motivar sua matilha. Na próxima, deixa que eu pego pra gente."

Levanta a garrafa e toma um grande gole, deixando escorrer um pouco pela barba.

Ao ouvir que talvez devessem prender a Grace numa masmorra até nascer a impura, balança a cabeça e pensa:

* Faz sentido *

Mas quando escuta a sugestão de criar um bebê in-vitro faz uma cara de nojo vira para Skullhead e diz: 

" -Sério... Vocês falam essas coisas só pra chocar não é? "

Por fim complementa falando para si mesmo, mas deixando a matilha ouvir.

" -Agora tão com medo dela morrer? Na hora de lutar, tudo bem... Eu disse que ela não devia lutar.. "


Última edição por Ossos-de-Carvalho em 12.05.18 9:05, editado 2 vez(es)
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Clareira Central - Página 35 Empty Sangue-dos-Quatro-Ventos (crinos) - Juízes, julgados, demais

Mensagem por Deganawida "Degan" Oneida 12.05.18 2:51

Degan parece satisfeito quando o juiz dos Presas de Prata e Temido-como-Vulcões concordam com suas observações para o caso das mortes sem solução. Ele não havia falado com a intenção de condenar o Mestre de Rituais a qualquer coisa, apenas gostaria de saber os efeitos da coroa e que, como não investigariam a morte das Garou que se sacrificaram, que a coroa de fogo e seus efeitos fossem apurados, mas no fim das contas, ele se dá por satisfeito. 

Daí em diante ele escuta as acusações trazidas por Bardo-Forjador, Tolerância-Zero e Hit-Mark. Eram ponderações pesadas, mas Degan sabia que aquele monte de palavras emboladas sobre a fama dos Garou não explicava muito sobre seus atos. Ele ainda teria que ouvir a defesa para ponderar a verdade. 

Para sua surpresa, o primeiro a tentar se defender é o Senhor das Sombras que falou contra Degan antes. O sujeito usa palavras emboladas e difíceis, devia achar que estava em um tribunal humano, e questiona todo o julgamento e tudo o que estava sendo feito até ali, tendo em vista a possessão de Estrela-da-Manhã, que, por sinal, era a próxima a ser julgada. O Wendigo respira fundo, mas continua escutando. 

Esses caras estão querendo fazer desse tribunal um circo. E pensar que era esse Philodox quem dizia que as decisões daqui seriam paradigmas para a posteridade...

É só o tempo do pensamento atravessar a mente do Wendigo que um Galliard vai falar em nome do Senhor das Sombras. Aquilo ia de mal a pior e o Philodox já começa a se mostrar irritado e incomodado. Degan escuta toda a descrição da "jornada do herói" e vai buscar o osso. 

Esse cara realmente escondeu um segredo desse tipo de Garou aliados, agiu sozinho, matou 5, quase matou a mãe da Impura Perfeita, e eu devo agir como se ele tivesse me feito um favor?

" - Primeiro, eu quero dizer que todos os envolvidos no ritual de ontem, que entraram em combate foram julgados, aliás, a própria antiga líder do Caern será. Todos aqueles que mataram e tiveram participação na morte de Garous ontem, contra ou a favor do ritual foram julgados, o mesmo deve ser para os Senhores das Sombras. Então já afasto a defesa de que todos não estão sendo julgados com rigor. E para apurar a responsabilidade de Sentinela-das-Sombras, eu entendo que embora sua participação no ritual tenha sido "didática", mesmo quem realiza um papel cerimonial, pode fortalecer ou enfraquecer o totem com sua presença ou conduta. Desejo saber se esse foi o caso de Sentinela-das-Sombras, e em que medida ele contribuiu."

Depois de terminar suas primeiras considerações, Degan segue para argumentar com o Philodox. 

" - Sua história é impressionante. Mas depois de ouvi-la, me pergunto, por quê não informou a nenhum Theurge do que tinha visto? E quando eu estava na Umbra com Sussurros-Solitários, eu vi o Avô Trovão. Ele atingiu dois de meus companheiros, que não participavam da caçada, e os deixou inertes. Poderiam ter tido as vidas ceifadas. Não conheço nada desse ritual, mas eu vi o Avô Trovão lutar contra a criatura que atacou o Boitatá... E vi que ele não conseguiu vencê-la."

Degan falava a verdade. Ele se deixa observar as reações de todos à sua volta por um momento. 

" - Sussurros-Solitários chamou o Grande Uktena. Ele também passou a atacar aquilo que ameaçava o totem. Fez isso sem ameaçar Garou algum... Mesmo aquele que sofreu o ritual do Ostracismo e foi declarado indigno de confiança... A batalha contra aquela coisa só foi encerrada quando Velho Eusébio foi até a Umbra e se sacrificou, levando inúmeros espíritos de Gaia para a luta. Eu entendo e reconheço o papel de vocês. E eu o valorizo. Mas não concordo com  suas escolhas, e, como disse, todos devem ser chamados a responder pelos seus atos. E o Avô Trovão matou cinco Garou, e vocês assumiram os riscos de matarem muitos outros mais, inclusive a mãe da Impura Perfeita. Depois de responderem minhas perguntas, darei o veredito."


Toda a narrativa dos Senhores das Sombras omitiu Velho Eusébio e, se não fosse por ele, ninguém teria conseguido sobreviver à última noite... Isso tudo é feio, muito feio, Sombra-da-Justiça...
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Clareira Central - Página 35 Empty Grace(Crinos) - Todos

Mensagem por Convidado 12.05.18 3:39

As sugestões de Deganawida e o veredicto final no caso das mortes sem acusados pareciam sábias e agradam Grace. O unico inconveniente era ser colocada para trabalhar em mais um grupo com um Senhor das Sombras. 
"Logo os dois que, além de serem dessa Tribo, me deram motivos pessoais para não gostar deles. Gaia me ajude e que os outros companheiros sejam bons Garous.

Garras do Trovão e Legado do Trovão, apesar de Senhores das Sombras, haviam se mostraram Garous dignos. Bem diferentes daqueles dois ardilosos que se apresentavam para julgamento. Surpreende-se que os Roedoes de Ossos comprem a narrativa de heroísmo e se retirem da acusação. Porem, Tolerância-Zero, Hit-Mark e Bardo Forjador são incisivos nas acusações. Particularmente, achava que a melhor das propostas era a de Bardo Forjdor, exigindo as renúncias de Augúrio.
      
Entre uma defesa e outra, Helenna resolve falar algo em particular para a juíza das Fúrias Negras, e ambas olham para ela. Grace as olha de volta.
"Será que é o que eu estou pensando?"

E era. Após o discurso bem conduzido de Língua Afiada, que, tinha que admitir, era uma boa Galliard, recebendo toda a atenção e até a admiração de Grace naquele momento, fazendo-a refletir em algumas opiniões sobre os Senhores das Sombras. Durante a defesa que Sombra da Justiça tenta fazer de seus atos, Tolerância Zero acrescenta às acusações o fato que sua irmã de Tribo havia lhe revelado. A açao dos Senhores das Sombras quase apressara o Apocalipse ao atentar contra sua vida. 

Mantém-se firme enquanto Adam lhe aponta o osso e tenta culpá-la pelos ataques que sofrera, e ainda propor aquela odiosa sugestão de a prenderem. Já ouvira a mesma coisa de Zvanna e talvez fosse uma forma de pensar da maioria dos Senhores das Sombras. Contudo, o mais inesperado e chocante é a proposta de Jukebox. Arregala os olhos, horrorizada, cruzando os braços sobre o ventre, defensiva. Contudo, nenhuma das duas ideias parece receber qualquer apoio, e isso é um certo alívio. 
"Ninguém vai me tirar meu útero ou minha filha! Uirapuru me disse que eu ainda devo ter mais duas filhas, e essa profecia será cumprida!"
- Obrigada, Helenna. Eu ataquerei suas bolas, para parar de se meter nos orgãos reprodutores alheios.

Deganawida responde com clareza e agudez os argumentos dos Senhores das Sombras. Tinha cada vez mais orgulho de seu irmão de Matilha. Conhecia a história que ele havia testemunhado na Umbra e o feito que Sussurros Solitários tinha realizado era impressionante.  
"Um Cliath invocou sozinho um grande Totem Tribal. Se a Matilha de Sussurros Solitários tiver um bom Galliard, o renome dele pode ir às alturas..." 

Grace pede o osso e apesar de um momento de hesitação, começa a falar. 
- Eu sobrevivi à todas as tentativas de me matar, parte por minha própria habilidade, sobre a qual já cantei nessa Assembleia, mas devo fazer um reconhecimento justo aos que contribuíram para manter minha vida. Fúria Justa de Esteno, que além de minha protetora, ajudou a aprimorar essas mesmas habilidades. Visões de Arcádia, que ao ver o raio direcionado a mim, me tirou de seu alcance, sem se importar com sua própria vida ou segurança, recebendo em cheio o ataque que era direcionado a mim. Lembro também de Olhos de Gaia que já me curou quando precisei, e que tantos feridos curou nessa noite, honrando sua Tribo e seu Augúrio.

- Estou viva também porque o grande Avô Trovão resolveu me poupar. Durante a caçada, eu dirigi aos céus uma prece a ele, pedindo que, se fosse me atingir, que não machucasse minha filha... - a lembrança ainda trás emoção à Grace, cujo lábio treme um pouco - eu fui atendida, e nenhum outro raio caiu em cima de mim. 

- Minhas ações contra a Litania foram julgadas e punidas. Assim como entendo que tenham sido as ações desonrosas dos que foram atacados pelos raios. Devo assim entender fomos duplamente julgados e condenados? Por uma decisão dos dois Senhores das Sombras que optaram por esse Ritual ao invés do Ritual de Conjuração, como o Theurge Cliath dos Uktena, Sussurros Solitários, tão brilhantemente fez? Entender que assumiram o risco de matar Garous porque eles não tiveram tempo de limparem seus nomes?

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Mensagem por Victor Montenegro 12.05.18 8:52

Victor escuta as palavras de Sombra da Justiça e assente afirmativamente dizendo:

'- Estamos juntos.'

Escuta as palavras de língua afiada e não deixa de ficar feliz com o que escuta. Era bom nao ser visto sempre como um grande vilão. O Pronunciamento de Sombra da Justiça que segue é forte e dá o tom da linha a ser seguida. Victor escuta com atenção o que é dito e aguarda os primeiros pronunciamentos.

Com o mesmo semblante sereno, Victor escuta as palavras de Degan e Grace e, quando está última termina o seu relato, cordialmente, pede o osso de volta e, olhando para os juízes, mais diretamente para Degan, fala:

'- Bem, começarei pelo que foi falado pelo juiz Wendigo. Sangue dos Quatro Ventos, me desculpe, mas ou você está confuso ou não entendeu o que eu falei. Deixe-me explicar melhor. Primeiramente, todos àqueles que tiveram participação na morte de outros Garous, mas que participavam do ritual, foram julgados e absolvidos pelo simples fato de que eles seguiam o Ritual. O ritual da Caçada aqui convocado ja foi dito como injusto e convocado por uma líder possuida e, por isso, Estrela da Manhã será julgada, mas os outros Garous que participaram dele, matando alguém ou não, não serão imputados. Eu já lhe disse aqui, sob o Julgo da Verdade de Gaia, que eu não realizei o Ritual que chamou Avô Trovão. Funcionei apenas como mero participante, sem ter real capacidade de influenciar o Ritual para mais ou para menos, já que o desconheço. Ainda assim, pedem a minha cabeça por participar do sagrado ritual, dito por injusto pelos acusadores, pelo fato de eu apoia-lo e estar lá a auxiliar meu Líder.' - Victor faz uma pequena pausa para ver se o Wendigo acompanhava o raciocínio e continua:

'- Ora, temos aqui dois rituais ditos por injustos, em que pese eu discordar, temos que ambos foram conjurados por líderes, e que ambos ocasionaram mortes. Entretanto a minha cabeça é pedida pela participação no segundo enquanto, pelo primeiro, toda a responsabilidade está a recair sobre as costas de Estrela da Manhã, escudando os demais membros da seita, e assim não pode ser.- Victor olha para Sombra da Justiça é segue seu raciocínio de forma absolutamente fria:

'- Se a acusação que impende sobre mim é de ter participado de ritual injusto que ceifou a vida de garous e, se a linha de raciocínio a ser adotada é a de que tenho culpa por ter participado, mesmo que irrisoriamente, eu, neste momento, faço uma acusação formal a TODOS os Garous que participaram em prol da caçada, pois essa sim estava sabidamente maculada, foi injusta, foi a verdadeira causa da guerra e foi a responsável por tantas mortes. Conquanto o Ritual da Caçada da Lua de Prata clama por toda a seita para a caçada de um objeto comum, todos aqueles que participam são responsáveis por ela. Tanto é verdade, que o renome pela caçada falha ou bem sucedida não diferencia qualidade ou efetividade da participação, de modo que são todos igualmente responsáveis. Se todos seguiram a caçada malfadada, que sobre todos recaiam as penas que forem dadas a mim, pois o nosso crime foi o mesmo.' - Fala Victor sem nem tremer a cara e segue:

'- Quanto ao que Sussurros Solitários fez, por favor, deixemos de ser simplórios. Sem desmerecer em uma vírgula o grande feito de meu alfa, mas vamos convir que é muito mais fácil parar uma hemorragia interna depois que o corpo já está aberto é a ferida exposta. Avô Trovão foi que com sua força mostrou e lutou contra o mal que nos assolava. Com sua força e seus raios impediu que a caçada, que viria a fortalecer ainda mais um totem dominado e, por consequência, seu poder de influência sobre a Líder do Caern, se concluisse. Algum de vocês já ponderou isso? Quão mais difícil seria desfazer o domínio que recaia sobre o totem e sobre a Fianna tivesse a caçada sido bem sucedida e o Totem fortalecido? Avô Trovão agiu eu todas a frentes e são deles todas as glórias. Se essa caçada fosse bem sucedida, não tivesse o Trovão sido invocado, quem aqui pode dizer quão mais forte não seria o domínio, quanto mais mortes aconteceriam enquanto continuariamos a seguir uma líder controlada, quão mais próxima estaria a nossa verdadeira queda. Por favor. Deixem seus preconceitos de lado e encarem a realidade. Temos uma seita livre de domínio e um totem em Gaia graças ao Ritual conjurado por Sombra da Justiça e à força do Avô Trovão. Dói tanto em vocês admitir isso? Reconheçam a importância, a glória, a honra e a sabedoria do nosso totem e do nosso papel e simplesmente parem com esse julgamento sem sentido.'

Victor então vira-se para Grace e finaliza no mesmo tom austero, mas com palavras nada agradaveis:

'- Quanto à você, que bom que há tantas pessoas dispostas a darem suas vidas honradas pelo pecado que você carrega. E, quanto ao ritual, sugiro que fique calada para não falar asneiras sobre algo que desconhece. Você não é digna de por o nome do totem de minha tribo em sua boca e, muito menos, como símbolo da vergonha que és, de questionar a sabedoria e a honra de um totem de Respeito quando este determina como e quem deve ser julgado.'


Última edição por Victor Montenegro em 12.05.18 10:34, editado 2 vez(es)
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Clareira Central - Página 35 Empty Re: Clareira Central

Mensagem por Sussurros Solitários 12.05.18 9:31

Forma atual: Crinos

O Uktena ouve as acusações e defesa do julgamento dos senhores das sombras com muito interesse. O primeiro ponto que o deixa feliz é o fato de Sentinela-das-Sombras ter falado a verdade. Se o juiz ancião Fenris não o matou por mentir, significa que ele não mentiu e que toda aquela fama no fundo é fofoca por conta de erros tolos. 

O garou assistia com tranquilidade por que confiava na defesa de seu Philodox até o momento que macacos burros começam a falar sobre coisas que não entendem para tentar condenar a morte um garou que apenas é mal falado mas obviamente não fez nada de errado ou malicioso como já foi provado nesse julgamento. Não satisfeitos tentam entender as ações de um totem de honra como o Avô Trovão como erradas, um totem que foi fundamental na libertação do Caern e aquilo causa fúria no Uktena. 

*Chega! Esses macacos são burros demais*


O lobo então pede o osso e fala:

“- Como único lua crescente que realmente testemunhou tudo que aconteceu na Umbra com conhecimento sobre os espíritos preciso esclarecer algumas coisas que foram ditas nessa assembleia. Primeiro, vocês realmente acham que um totem de honra, totem de uma das 13 tribos da nação garou, um totem gaiano como o Avô Trovão poderia ser enganado ou comandado ou mesmo persuadido a simplesmente atacar garous inocentes no meio de uma caçada? Isso é ridículo e é um desrespeito profundo ao totem que foi tão fundamental na defesa deste Caern. Foi o Avô Trovão que primeiro me mostrou que o haviam inimigos ocultos e que o Totem havia sido controlado, foi só então que chamei pelo Grande Uktena e com os esforços conjuntos do Avô Trovão, Uktena, Tartaruga e Justiça-de-Hélios que o Boitatá e este Caern que inclui todos vocês foram salvos! Então eu exijo mais respeito para com os espíritos! Sugiro ainda que quem foi atingido pelos raios do Avô Trovão busque a sabedoria dos Corvos da Tempestade para saber como reparar sua honra manchada e se responsabilize por seus próprios atos. Nem mesmo Sombra-da-Justiça teria poder para sequer pedir para que o Avô Trovão aja de maneira errada. O que eu vejo aqui é uma sede de ver o sangue derramado desses garous e na minha opinião já derramamos sangue inocente o suficiente. Olhe a situação em que estamos? Podemos nos dar ao luxo de matar garous por que não gostamos da maneira como eles agem? Se assim fosse jamais teríamos a nação garou com as treze tribos que temos aqui. Peço aos juízes que julguem minhas palavras e vejam a verdade no que falo: É impossível que o Avô Trovão tenha feito algo de errado é isso reflete nos garous que o conjuraram. E sem ele nós ainda estaríamos sobre o controle do inimigo e em situação ainda pior. E eu agradeço a Sombra-da-Justiça, a Sentinela-das-Sombras e ao Avô Trovão por nos salvarem.”

O lobo então faz uma reverência em agradecimento aos dois senhores da sombra e a representação do Avô Trovão.
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Clareira Central - Página 35 Empty Black-Hat | Fúria-Justa-de-Esteno - Guardiões da Canção Ancestral

Mensagem por NarraDiva 12.05.18 10:22

Black-Hat vê a troca de palavras entre Helenna e Grace e balança a cabeça negativamente. A Ragabash sussurra com sua matilha:

'- Jukebox é um bom amigo e posso garantir que jamais faria algo contra sua vontade. Ele apresentou uma solução para o problema dos riscos à gestação. Se não quer ouvir coisas do gênero e nem que questionem se você pode cumprir normalmente qualquer tarefa da sua matilha, não se mostre vulnerável.'

E, dirigindo-se à Helenna fala:

'- E o erro foi teu, Fúria Negra. Você que expôs a Galliard. O discurso dos riscos dos raios especialmente à Cordas-Trêmulas não devia existir dentro da matilha, muito menos fora dela.'

Helenna respira fundo e apenas fala com Grace:

'- Perdão, Cordas-Trêmulas. Eu pensei que era um argumento forte o bastante. Mas se nem mesmo todas as mulheres entendem, quem dirá essa seita recheada de machos.'
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Mensagem por Convidado 12.05.18 11:01

A recepção do seu alfa era boa, Hagen o reverencia respeitosamente apertando a sua mão e se coloca ali já próximo para prestar atenção na assembleia. Logo Pantaneiro lhe faz uma questão sobre outros garous.


' - Sim, éramos seis garous, uma Fianna fugiu em covardia, um outro fianna covarde que abandonou a batalha desaparecera e a Fenrir decidira vir sozinha ao caern, pelo visto não chegou.



"Siggy, que Fenrir a traga e seja honrada ou que vá para o inferno!"


Hagen então cumprimenta além de Antonio, Padmatavi, esticando a mão para um apertoem cada um e assim permanece calado. Logo aceita a garrafa de Hidromel que Sereno-Trovão traz e agradece, ainda não a bebe esperando um brinde puxado pelo alfa.

O fenrir vai escutando o discurso do Sentinela-das-Sombras. Não sabia o que pensar ou formar uma opinião, mas estava atento a o que estava sendo falado em sua defesa. Logo entravam outros garous dos senhores das sombras em defesa, com o discurso da galliard que impressionava , mas o que chama mais a atenção foi a sugestão do andarilho de fazer algo bem macabro com a gestação da impura perfeita. Hagen ficara surpreso com tal ideia.

"Que absurdo, o garou tem que ficar no ventre da mãe!!!! Coloquem logo essa pária na masmorra presa e só a soltem quando o bebê nascer!!


Alguns pegam os ossos até que a curiosidade do Fenrir fora saciada, a identidade da mãe da impura perfeita, falando que fora protegida e poupada por avô trovão.

"Por mim trancavam essa garou numa masmorra, o que são alguns meses? Tem que estar segura, deve ficar fora de contato e perigo... nota-se que não tem força para se proteger, depende dos outros para tal."


Assim Justiça-do-predador se defende do outro juiz que parecia ser um wendigo, sua defesa era boa e continha palavras impactantes, no final o mesmo chama a progenitora de impuros de indigna.

"Que comecem as ofensas.. já estava demorando pra acontecer..."

Hagen assistia aquilo com surpresas, chegara no caern dentro ainda de uma guerra civil e as consequências de tudo estavam ali, nos julgamentos. Estava curioso para saber o que iria acontecer.

Por fim tinha a fala do outro lobo que aparentemente havia conjurado o Uktena e sai em defesa do Sentinela-das-Sombras. Qual seria o veredicto, pensa o nórdico.








Última edição por Hagen Bernhardt em 12.05.18 11:22, editado 1 vez(es)

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Mensagem por NarraDiva 12.05.18 11:04

Adam estava absolutamente tranquilo. Nenhum julgado tinha tanta tranquilidade aparente em seu semblante enquanto ele. Parecia ler os juízes enquanto eles falavam. Parecia ler a todos sempre que por si, os olhos do Filho de Avô Trovão passavam. Sombra-da-Justiça perseguia a todos com seu olhar, e parecia implacável leitor.

A primeira pergunta de Sangue-dos-Quatro-Ventos lhe arranca um discreto sorriso. Tudo saia como o planejado. A fala de Victor era um deleite e Sombra-da-Justiça faz questão de cumprimentar o jovem quando ele termina. O jogo havia virado. Independente de que o Wendigo dissesse, Sombra-da-Justiça estava convicto do jogo que havia jogado. E fica ainda mais com o que acontece em seguida.

Quando Sussurros-Solitários termina de falar, uma situação inusitada acontece perante toda a seita. Justiça-Cega e Spyware dos Andarilhos do Asfalto; todos os Crias de Fenris à exceção do Juiz da Seita; Sussurros-de-Bran e Estrela-da-Manhã dos Fiannas; todos os Filhos de Gaia; Alma-da-Bruxa das Fúrias Negras; todos os Garras Vermelhas; todos os Peregrinos Silenciosos; todos os Presas de Prata à exceção de Sopro-da-Justiça-de-Merlin; todos os Roedores de Ossos; todos os Uktenas; todos os Wendigos e o próprio Boitatá fazem a mesma reverência em agradecimento aos dois Senhores das Sombras.

Sombra-da-Justiça apenas diz:

'- Obrigado. Isso pra mim já vale muito mais que o Veredicto.'

Pega o osso e se prepara para seguir o embate:

'- Eu vou começar respondendo as perguntas do jovem Philodox dos Wendigos. Somente depois, e se ainda achar necessário e estiver disposto, farei os esclarecimentos que a Tribo dos Fiannas esqueceu de fazer à Cordas-Trêmulas.'

O Philodox, sempre com osso na mão respondia ao Wendigo:

'- Não há a menor chance das suspeitas de sua primeira pergunta serem concretas, Sangue-dos-Quatro-Ventos. Eu era o mestre ritualista, Sentinela-das-Sombras apenas fazia movimentos e me acompanhava. Era didático. O maior risco que corri foi dele me atrapalhar, o que não ocorreu pois é o jovem mais promissor desse Caern. Eu devo lhe pedir sinceras desculpas, talvez eu devesse pedir para que a Galliard de minha tribo fizesse toda minha defesa para que a história fosse contada em perfeição e sem contradições, mas tenho certeza que já atestou que digo a verdade a essa altura e, seguindo com a verdade, eu falei com uma Theurge sim. A mais poderosa dessa Seita à época. Aquela que comandou a segunda parte do plano, a parte que despertou os espíritos, a falecida Olhos-do-Caos, Lupina, Anciã, Theurge dos Senhores das Sombras. Creio que, com isso, respondi sua dúvida sobre Theurges.'

Faz uma pausa:

'- Você mente sobre dizer que Avô Trovão não venceu. Talvez por fanatismo, preconceito ou limitação, mas mente. Talvez nem saiba que mente e, espero que seja isso. Estrela-da-Manhã está livre, Boitatá está livre, o mal não mais nos prende. Como disse o lupino dos Uktenas, Avô Trovão foi quem descobriu o mal e sem ele nada teria sido feito. Respeite meu totem e seu papel. Respeite minha tribo e respeite a tua lua, Philodox. Não há veredicto a ser dado que não seja o do reconhecimento de nosso heroísmo, do papel de Estrela-da-Manhã como vítima desse inimigo que nossa ação repeliu e quanto aos riscos... risco correu seu tio que perdeu um braço numa caçada injusta lançada sob controle de um inimigo e que colocou os dois maiores Ahrouns dessa seita para lutarem um contra o outro. Esse risco que me preocupa. Se eu tiver que ser condenado por colocar em risco alguém de honra maculada que gesta a cria do apocalipse que a prendam em uma caixa de segurança, que façam a insanidade proposta pelo Andarilho do Asfalto, mas a protejam e não a deixem correr riscos. Retirem-na da vida em matilha. Isolem-na de obrigações com a Seita. Prendam-na nas selas do Templo da Justiça e mantenham-na vigiada 24 horas por dia. Somente se essa postura for adotada, existe lógica em querer transformar isso em tema de julgamento.'

A tensão fica explícita quando o Theurge reage à maneira como o Wendigo relata o fato. Os olhos de Sombra-da-Justiça olham na direção de Grace e o Senhor das Sombras diz:

'- Quanto à você, Avô Trovão não lhe ouviu. Ele estava ocupado concentrando forças no mal que havia finalmente detectado. Não se ache mais do que você é. Seu único grande feito é trazer o fim do mundo para mais perto e violar a sacralidade das águas desse Caern. Sua postura de vítima e todo seu coitadismo não me comovem. Foi julgada, mas se Avô Trovão lhe atacou, é porque sua honra segue manchada.'

Bardo-Forjador pega o osso e chama para si o assunto:

'- Cordas-Trêmulas já foi julgada, paga por seus erros e não é tema aqui. Ela é capaz de se defender e de sustentar sua gestação e nós, os Fiannas, iremos cuidar para que a profecia não se concretize.'

Temido-Como-Vulcões bate o martelo no chão e fala:

'- Bardo-Forjador, você não fala mais em nome dos Fiannas.'

O Fianna respira fundo e então passa a falar:

'- E não falo mais nesse julgamento, nobre Juiz. Se a Anciã de minha tribo agradece aos Senhores das Sombras, eu não irei mais acusá-los.'

Hit-Mark dos Andarilhos do Asfalto fica com o osso na mão e imediatamente passa para Tolerância-Zero. Mantinha-se como acusação mas não iria falar, deixava a Juíza fazer esse trabalho. E ela o fez:

'- É muito bonito tudo que ouvimos aqui, muito linda a demonstração de alguns Garous da Seita, mas eu me pergunto: quando foi que nós, servos do Pégasus, do Falcão, do Cervo, do Grifo, da Quimera, do Wendigo, decidimos que aceitaríamos o julgamento de Avô Trovão? Quem deu poder a esses Senhores das Sombras a jogar sob nós esse julgamento? Respeitamos os espíritos mas temos nossas leis, temos nossa justiça, temos nossa Litania. Aqueles Garous não passaram por um rito de julgamentos e foram punidos sem direito à defesa. Esses Garous precisam responder por isso. E responder de forma a que nunca mais alguém os copies. Devem pagar com a vida. E com suas vidas, honrarem nosso totem.'

Sombra-da-Justiça responde imediatamente:

'- Você não pode mudar a história, Tolerância-Zero. Nós salvamos esse Caern. E tal fato foi reconhecido em reunião de líderes tribais. Bit-Coins, Temido-como-Vulcões, Bardo-Forjador, Flor-de-Gaia, Júbilo-das-Górgonas, Rasga-Carne-da-Wyrm, Contos-de-Hélios, Equilíbrio-da-Vida, Fênix-de-Prata, Uivo-Voraz, Invocador e Presas do Inverno. Todos os líderes de tribo por unanimidade reconheceram o direito de Avô Trovão a esse Caern após ele ter sido o grande responsável por revelar o mal que nos atacava. Entregara à nossa tribo a liderança e nós conduzimos um dos nossos melhores, Garras-do-Trovão. Esse julgamento é mera ação política dos novos capítulos da disputa interna de poder dessa Seita. E se os nobres juízes não querem colocar a política acima da justiça de Gaia, é dever de vocês não apenas nos absolver mas reconhecer nosso heroísmo e o heroísmo de nossa tribo.'
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Clareira Central - Página 35 Empty Re: Clareira Central

Mensagem por Convidado 12.05.18 11:52

Forma - Crinos

Ainda com os olhos atentos ao novo irmão de matilha, o Lupino nota sua cabeça baixa e tímida, ou revelavam muita juventude ou medo em excesso, internamente rezava pelo primeiro.

O que se prossegue a seguir na Assembléia, no entanto, faz novamente o Lua Crescente se atentar aos discursos. Sangue-dos-Quatro ventos continua mantendo a inquisição e a busca pela verdade, e Olhos de Gaia o acompanhava mentalmente.

O segundo julgamento mais aguardado começa, e assim que são relatados os fatos, o Filho de Gaia se lembra daquela noite que raios caíam e feriam Garou por todos os lados, ele se recorda de como se sentira impotente, diante da Fúria do Avô Trovão, que quase ceifara a vida de Cordas-Trêmulas. Ele lança um olhar de canto de olho para a Galliard, como que checando se ela ainda estava ali realmente.

Agora era a vez dos Senhores das Sombras serem acusados pelo sofrimento que fizeram a Seita passar, ele nota o discurso inflamado dos acusadores, menos do Roedor de Ossos é claro, e concorda inicialmente, que segundo a lógica dos outros julgamentos eles já estavam punidos, só não sabia como.

No entanto, o que o surpreende é como os Senhores se apresentaram, como heróis. As peças dos quebra-cabeças vão sendo adicionadas na cabeça do Lupino, que ouvindo o discurso de Língua-Afiada, e a dança que Sombra-da-Justiça parecia criar em torno daquilo, começava a recriar as imagens da noite anterior em sua cabeça.

O que mais impressionava Olhos de Gaia, pelo menos no discurso de Sentinela-das-Sombras, era a quantidade de palavras que aquele duas-pernas conseguia juntar, que pareciam esconder mais seu real pensamento do que clarear suas idéias, tanto que Degan o torna imputável, mesmo assim.

O mencionar da Impuro Perfeita e de Grace correr muitos perigos e quererem protegê-la, faz um rosnado natural começar a crescer em sua garganta, esse rosnado é claramente deixado sair quando por um segundo aquele seguidor da Weaver cogitara colocar suas patas metálicas na sua irmã de matilha.

Cordas-Trêmulas também toma a palavra para falar, e seu relato é revivido como se ao vivo pelo Filho de Gaia que impotente vira toda aquela cena, e mais que isso, soma aquele momento, a cena que acontecia no mundo espiritual, e que o Lua Crescente não presenciara, mas revivera através dos grandes Galliard que existiam naquela Seita.

Finalmente Sussurros-Solitários bota um fim em toda a discussão sobre o que aconteceu no mundo dos espíritos, vários totens se uniram para enfrentar um mal que poderia corromper todo o Caern, e por isso ele era grato, mas ele não era grato a uma tribo específica, ou a outra, era grato aos espíritos, era grato ao Garou que se sacrificou para vencer a batalha finalmente.

Quando todos prestam suas homenagens aos Senhores das Sombras diretamente, incluindo sua tribo e até mesmo a Anciã Estrela-da-Manhã, Olhos de Gaia não o faz, porém, acompanha metade Seita em reverência, mas internamente agradecia:

*Obrigado Avô Trovão. Obrigado Uktena. Obrigado Tartaruga. Obrigado Justiça de Hélios.*

Com um rápido olhar para o assustador totem Boitatá, o Lupino abaixa novamente a cabeça e completa.

*Obrigado Boitatá*


O Uktena tinha sido parcial em seus agradecimentos, e ele bufa levemente e comenta, baixo, para si mesmo, mas audível para sua matilha.

“- Na sede de proteger matilha, Uktena agradecer apenas as Sombras.”

Ele segue escutando o altivo ex-líder dos Senhor das Sombras, que ainda era tratado como líder por seus iguais.

*Tudo essa noite política, nenhum progresso. Queria estar com o Uirapuru.*

Apesar de Sangue-dos-Quatro-Ventos ainda ter o direito à sentenciar, sabia que os resultados tinham sido previstos por aquele Garou que tanto os fitava e media e calculava, deseja força a seu irmão de matilha.

Porém seus pensamentos se voltam novamente para a Anciã dos Fianna, apesar de tudo, ela parecia conhecer o Boitatá intimamente, e se tudo estava calculado antes, qual destino a aguardava?

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Mensagem por Convidado 12.05.18 12:17

De repente todos os Fenris saúdam  a dupla julgada, Hagen fica surpreso  pela ação  unânime  de sua tribo,  mesmo não  participando do acontecido  dentro da guerra  civil, o nórdico  reverencia os senhores das sombras julgados em sinal de respeito e atesta a veracidade de Alef, depois que os fenris em sua totalidade atestaram seus feitos e demonstravam  qual o lado certo da justiça, ali a opinião  do fenrir fora formada e Sentinela- das-Sombras era para ser respeitado.


"Não  há duvidas em quem confiar nesse caern e é bom ter uma liderança  em que há o respeito dos fenrir, se os senhores das sombras  seguravam os fenris para não  desafiar a liderança  fianna, era porque os filhos do cervo eram fracos. Essa garou devia se calar, gerar a impura perfeita já não  é vergonha demais para si mesma? além  de ser um fardo que deve ser protegido, fazendo com que outros garous perdessem suas vidas protegendo sua mácula  vergonhosa. Se eu fosse  o lider a prenderia até que essa criança viesse. Ainda é audaciosa em dizer  que orou para o totem da tribo dos senhores das sombras, imagino  se ela falasse isso do lobo Fenrir, o que o lobo avarento praguejaria para ela..."




Última edição por Hagen Bernhardt em 12.05.18 13:01, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Victor Montenegro 12.05.18 13:00

Quando a maior parte da seita reverencia a dupla de Senhores das Sombras, Victor dá um passo para trás e reverencia diretamente Sombra da Justiça em sinal do mais legítimo respeito e deferência.

Retornando ao seu local e reassumindo seu semblante sereno, Sentinela das Sombras escuta as palavras de Adam e assiste quando, um a um, os acusadores desistem de suas acusações com uma feição de absoluta calma e naturalidade.

A Fúria Negra ainda insiste no erro, mas o antigo líder dos Senhores das Sombras logo a rebate. Victor apenas assiste naquele momento e aguarda o pronunciamento dos Juízes.


Última edição por Victor Montenegro em 12.05.18 13:24, editado 1 vez(es)
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Clareira Central - Página 35 Empty ESPÍRITO TRANQUILO (crinos) - SEITA / NARRAÇÃO

Mensagem por Evan Ballmer 12.05.18 13:02

Quanto mais era falado, mais o cenário tomava forma, e mais fácil ficava relacionar o que Alef tinha dito.
 
* Chamaram um caçada, o caçado era Presa de Prata que não podíamos saber nada... E esse é o motivo, a caça continua, seja de forma justa ou não, o totem exige...*

 Ao ter a confirmação sobre a suspeita, que não queria que fosse real, a mãe do impuro perfeita era Cordas-Trêmulas. Suspira e olha novamente ao ventre dela e ao ouvir a ideias de lhe retirar o útero, ou a prender, um tom de absurdo lhe ganha o olhar.

 * Estão todos tomados por raiva e medo talvez... Em algumas versões da lenda, diz que não basta a criança sobreviver, ela precisa escolher lutar pelos garou... E isso só vai acontecer se ela for bem cuidada e tiver amor... Uma mãe forte gera um filho forte... Se olhares forem só de peso, culpa... Se a verem só como um objeto e arma... Se não tiver cuidados essa criança... Talvez... Eu sei bem... Ah! Unicórnio! Trazei teu amor e pureza, que me tomaram, a esses corações!*

 As falas continham e cada vez mais ele compreende coisas das relações ali entre todos. É não apreciava muito.

 *Justiça-do... Não, Sentinela-das-Sombras... Jovem prodizio, bom com palavras, e sabe guardar coisas para si... Entendo agora porque Alef o indicou... Só lhe vejo o problema de conseguir em todas falas atacar alguém... Mas talvez todos os ânimos estejam tão elevados aqui que eles só consiga se atacar... É triste... Nem são capazes de ver as coisas incríveis que fazem e que poderiam fazer juntos... Talvez seja aí a forma de argumentar para o futuro e os unir... Muitas feridas nesse Caern precisam ser curadas...*

 Continua ouvindo e logo seu olhar se vai sobre o alfa da outra matilha, Sussurro-Solitário esobre seu feito com espíritos. Dando uma encolhida de ombro.

 *Tenho muito a melhorar... Uktena fez algo incrível... Eu só trouxe irá de Helios...*
 
 Balança a cabeça num não, de repreenda a si mesmo e seus erros comparados aos feitos dos garous dessa seita. E quando os garous se curvão ao senhor da sombra ele faz uma meia reverência mas direcionada ao Boitatá, lhe fazendo uma pequena oração de agradecimento.


* Boitatá, espíritos que rodeiam, protegem e regem os garous, obrigado por tomar conta deles, obrigado por manter tantos vivos e por tentar trazer sensatez a onde a raiva e desconfiança se implantou. Por favor continuem a nós iluminar*

 Senhores das sombras continuavam a se proclamar heróis, e talvez fossem, mas heróis utilitarista, onde sacrificar um e nome de muitos é válido. E seriam mais heróicos se pontuassem seus feitos e reconhecessem o preço disso também.
 Ouve então seu irmão tribal comentar baixo.


 *Muito orgulho, muita raiva, muita divisão... Escondem coisas... Se vangloriam e se esquecem de outros, e só aumentam conflitos... Não agem como irmãos... Não partilham a caça e só geram mais conflitos...*

 Mas em meio a tudo aquilo, uma dúvida lhe toma. É talvez ainda fosse ser comentada ou já tinha sido. Ou talvez aqueles garous estivessem tão cegos em egos e raiva que nem vissem isso.
 Bem baixo, comenta com Olhos de Gaia.

 "- Olhos-de-Gaia, sabe como totem e ex líder foram maculados? E com isso esteve aqui no seio do Caern e não foi notado? Isso pode voltar a ocorrer?" 
Evan Ballmer
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Mensagem por Convidado 12.05.18 13:13

Forma - Crinos

Quando escuta a voz de seu novo companheiro de matilha ele torna seu olhar para o Garou, dessa vez não gaguejara e falava com uma curiosidade que agrada Olhos de Gaia.

Ele respira e começa seu relato breve, não era um Galliard, mas tentava explicar como entendera  

"- Caçada ter distraido os Garou da Seita. Wyrm atacar o Boitatá, Maldito forte. O Uktena disse, três totens de tribos surgiram, e junto com Justiça-De-Hélios, a lenda dos filhos da Coruja, Maldito derrotado foi."




O que preocupava o Filho de Gaia era o totem e Estrela-da-Manhã, o olhar do Lupino se dirige para estes e o Impuro pode claramente notar esse olhar. 


"- O futuro estar nas mãos dos Juízes."

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