A Umbra Rasa (Penumbra)

O Corvo rapidamente atendeu ao chamado do theurge e se empoleirou num galho de uma árvore próxima. Balder, então, se aproximou do pé da árvore e olhou pra cima, contemplando o espírito com um ar satisfeito. Não existia um tipo de espírito com o qual o Fenris se sentisse mais familiar do que com os filhos de Hrafn.

'- Ei, tudo bem?' - disse, fitando o espírito, num tom amigável.

Martin nunca foi de muitas palavras. Quem sabe se por pouco de uso da fala, acabava falando merdas desnecessárias, quando abria a boca. Agora como Galliard, ele teria que mudar esse histórico. Ainda assim, ele ia se manter calado por enquanto. Ainda tem um bom caminho a percorrer, antes de se tornar um Galliard. E esse não era o melhor momento para começar.

" Então vamos ver qual vai ser a desse corvo ai. "

'- Estar bem, porque me chamar?' - responde sem hostilidades, o corvo.


Lucinda apenas olha para o Beta com curiosidade.

'- Muito bem...' - respondeu.

O Cria olhou para trás, checando sua matilha rapidamente, e prosseguiu, devolvendo a atenção ao Corvo.

'- Aqueles ali atrás, eles são minha matilha agora. E eu precisava de um favor teu, daí. A gente queria aprender a Sentir a Wyrm. Então, teria como tu ensinar a gente, Corvo?' - perguntou, num tom amistoso.

Balder deu uma piscadela e assentiu, satisfeito com as condições, para seu pai/irmão.

O chiminage pedido por Hrafn era, no mínimo, curioso. Talvez ele soubesse de algo que o próprio Fenris ainda não sabia, mas Presságio-de-Heimdall não contrariaria a sabedoria do seu pai espiritual.

Então, se virou para a matilha.

'- O Corvo vai ensinar a todos os que desejarem aprender o dom. Seu único pedido é que, aqueles que quiserem, jurem lealdade à mim, com ele como testemunha.' - informou à matilha, de forma casual.

"Talvez ele só esteja mesmo querendo ver o circo pegar fogo. Hrafn, Hrafn..." - pensou, divertindo-se de forma condescendente com a possibilidade.

A Portadora não gostava nenhum pouco da forma como o fenris respondeu sua pergunta, porém ele era o alfa e não questionaria a forma como este falava, até porque não era sua função de lua. Com sua expressão calma, ficou calada esperando os próximos acontecimentos. Via ele chamar o Espírito do corvo e acho super estranho o pedido dele.

* - Mas... Ele é o alfa porque não seríamos leais a ele? *

Não conseguia entender o porquê daquele pedido e até olhava confusa para o espírito e para o cria, mas logo fazia uma reverencia oriental de respeito para com o espírito e em seu costumeiro tom calmo falava:

- Eu, Íris Shimizu, Ira-de-Kalli, Cliath dos Portadora da Luz Interior, nascida sob as bênçãos da lua cheia entre os homens, juro lealdade a Presságio-de-Heimdall.

* - Até porque eu seria leal de qualquer forma... *

Martin tinha interesse em aprender o dom, mas o preço era algo que ele não sabia se poderia pagar. Jurar lealdade a um Cria de Fenris como Chiminage, não estava lhe agradando.

" Hoje temos os mesmos interesses, mas e amanhã ? "

O Senhor das Sombras aguarda para ver o que seus companheiros vão fazer, enquanto pensa sobre o assunto.

Andrej fica surpreso com a escolha do Cria de Fenris em conjurar um corvo enquanto haviam dois totens ali manifestos que poderiam facilmente fazer o mesmo ensinamento. 

O Beta fica ainda mais surpreso quando o espírito conjurado negocia o dom em troca de juramentos de lealdade. 

*Então esse era o plano dele? Interessante... Precisarei prestar bastante atenção no novo alfa. Ele já esqueceu do Wendigo também...*

Como não pretendia aprender o dom, o Presa de Prata dá um passo respeito para trás e troca olhares com a nova philodox. Estava curioso por saber sua posição com relação aquilo tudo.

Hinun observa, um pouco surpreso por agora conseguir entender a língua dos espíritos, quando o corvo pede juras de lealdade ao Fenris em troca do dom.

*Mais fácil eu arrancar e devorar seu coração, portador da Wyrm.

Hinun odiava os brancos. Os ensinamentos do seu campo lhe mostraram o caminho da temperança. Da tolerância. Mas, da jura de lealdade? Aquilo era demais.

A vontade de Coração da Tempestade era mandar o lua crescente e o espírito tomarem no cu... Ou Talvez enfiar o espírito no cu do Cria de Fenris... Mas ele iria se conter.

Com cara ainda mais fechada, Hinun apenas balança a cabeça em negativa para o aprendizado do Dom,. Afinal, naquela terra, ele não precisava de dom para saber onde estava a Wyrm...

Forma: Glabro

Guilherme atravessa a película junto a Kalf.

Assim que chegam do outro lado da película,  Kalf passa para sua forma de batalha e se coloca de prontidão.  

' - Faça logo o que tem que fazer Mirrado.  Detestaria ter que entregar outro corpo para o caern.  '  

Guilherme era grato às aranhas por manterem certa distância mesmo com a guerra, mas sabia que velocidade era a chave. Por isso, rápido como quem rouba, o pequeno theurge começa a digitar e fazer símbolos no ar, chamando à presença um Jagling do Som.

Off: 5 sucessos na conjuração, 4 sucessos na hamonizaçao (3+1fv)

As aranhas estão visivelmente incomodadas com a presença deles ali. Não que Kalf estivesse feliz, já que ele queria entrar na casa dos Sanguessugas com  todas as suas forças.  Mas um aquecimento não seria de todo mal. Pensando nisso, Kalf ativa mais um dom. 

" Será que o Mirrado vai se borrar,  quando elas atacarem ? " 


OFF GAME: 
1 FDV E 1 Fúria para ativar Vigor de Urso

Martin percebe que a matilha não ficou satisfeita com a proposta. Como ele não pretendia aceitar e não  queria fazer daquilo motivo pra virar um drama.   Ele puxa assunto. 

' - Então Alfa, vai tentar um plano B, para que todos aprendam o dom ou já temos membros suficientes que sabem, e podemos seguir para a missão? ' 

*Eita, deu bom, viado!!!*

Terminando os símbolos e encantamentos rapidamente, com um estrondo o Som se manifesta para os garous.

'- Glorioso Som, sou Guilherme Pinheiro, Crypto Virus, hominideo, Cliath, theurge dos Andarilhos do Asfalto. Eu e minha matilha, Arautos da Fúria de Gaia - filho de Tupã - vamos atacar um covil de vampiros agora. Preciso que os barulhos que forem feitos fiquem restritos às casas que vamos invadir, sem denunciar os nossos ataques ao exterior. Te ofereço como paga financiar 3 raves com o mais completo equipamento de som, para que tua presença e tua potência seja propagada a todos mesmo em redutos da Wyld onde prevalece a calma e o silêncio.' - Fala o pequeno andarilho que aguarda a resposta do espírito.

'- Tá fechado, chefia. Cinco Rave com participação especial da matilha pra honrar Vossa Senhoria.' - Responde o theurge que, logo depois faz uma reverência e recita em tom solene.

'-Em nome dos antigos costumes e tradições, na qualidade de mestre de rituais da matilha Arautos da Fúria de Gaia, eu firmo o compromisso de promover 5 raves para te honrar, nas quais a matilha comparecerá, em troca da benção requerida.'

Hinun tava longe de ser um Theurge, mas sabia muito bem que não se desrespeitava um manitou (Espírito) gratuitamente, mesmo um espírito sem qualquer afinidade com você.

Esse ensinamentos, entretanto, parecia não ser repassado para a escória dos filhos do Trovão.

*Tsc... Imbecil.*

O Ahroun respira fundo contendo o ímpeto de arrancar a língua do Senhor das Sombras e mais nada faz ou diz. Apenas permanece calado esperando o fim daquele circo.

Kalf não tirava os olhos das aranhas, até que o espírito exige 5 raves e o comparecimento da matilha. O Modi olha diretamente para seu Theurge, esperando que ele não aceitasse. Mas era óbvio que ele ia aceitar e nem tinham tempo para poder negociar. 

" VAI TOMAR NO CÚ !!! " 


Ele então volta sua atenção para as aranhas, mas dessa vez, ele estava torcendo para que elas atacassem. Ele precisava extravasar toda essa frustração que vinha acumulando. 

" Espíritos é  o caralho, esse filhos da puta estão tramando pra foder a minha vida. "