A Umbra Rasa (Penumbra)

'- Ensinar um Ritual leva tempo, Dark-Moon. Você não aprenderá o Rito em poucos minutos.' - alerta Lucinda, estranhando a ideia do Senhor das Sombras.

Paciência não era uma virtude que o Wendigo possuía em excesso. Apenas o treinamento árduo de seu campo o faziam conter o ímpeto de transformar aquela matilha em uma grande centopéia garou enfiando a cabeça de uns nós cus dos outros. Mesmo a voz de Lucinha, de tão calma e reconfortante começava a incomodar.

O Wendigo respirava fundo mantendo sua fúria e o seu ímpeto sob controle, mesmo diante daquela verborragia inútil.

*Pai, por favor, congele os meus tímpanos ou devore meu coração, qualquer coisa é melhor do que aturar esse bando de estrangeiros.*

A prece era silenciosa, e ele sabia que Wendigo não seria assim benevolente, mas nada nuca está ruim ao ponto de não poder piorar...

A Filho de Gaia acha que aquele era o momento propício para uma brincadeira e decide tirar com a cara do Wendigo...

Hinun respira fundo, olha para baixo encarando a filha do unicórnio e fala como primeiro e último aviso com sua voz fria:

'- Lua Cheia faria bem em ficar calada para a língua permanecer onde está. Mais sábio deixar o veneno e o sarcasmo para o augúrio da Lua Nova.'

Ele mais uma vez suspira mantendo o seu parco controle sobre a fúria e, se dirigindo ao Alfa diz por entre dentes semi cerrados:

'- Podemos encerrar esse circo de sentimentos e seguir para a missão? Caso não, peço que me libere para cuidar da minha vida.'

Andrej escuta as palavras do Cria de Fenris com o seu sorriso habitual. O Theurge não estava disposto a admitir o erro e seguia culpando outros fatores por suas atitudes acusando até mesmo o ragabash de agir com más intenções. 

*Nunca pensei que sentiria saudades de Lobo-do-Vento em tão pouco tempo. Não prevejo uma liderança bem fadada ao Theurge dos Crias de Fenris ou longa...*

Dark-Moon concorda com o que lhe foi imposto e mãe Lucinda se explica que precisa ser em outro momento. Anitta faz mais uma vez uma piada sobre abraço e o ragabash começa a rir baixinho e até se prepara para abrir os braços, mas a resposta bruta do Wendigo faz com ele se cale. 

Apenas observando o funcionamento da matilha, o Presas de Prata fica calado sorrindo como sempre esperando as novas ordens. Quando é abordado pela Portadora da Luz Interior sobre uma conversa futura ele apenas fala:

"- Quando quiser irmã."

Com a resposta positiva de Dark-Moon, Balder já tinha o que precisava. A proposta do Senhor das Sombras, inclusive, o agradara, já que poderia acompanhar de perto o entendimento entre ele e Hrafn.

Presságio-de-Heimdall se aproximou do galliard e pousou a mão em seu ombro. 

'- Como a Mãe-Lucinda explicou, aprender o ritual não é algo tão rápido assim. Mas faço gosto da tua disposição em resolver isso rápido, e faço questão de ajudar. Assim que a gente tiver a primeira folga, tu te aplica em aprender como executar o rito, eu o conjuro e tu te conserta com o Corvo, daí. Ok?'

Com um sorriso terno, o alfa deu o assunto por encerrado, ao menos momentaneamente. Virou-se, então, para a matilha.

'- Agora, podemos voltar. Temos um plano a refazer, considerando as baixas e incluindo os reforços que recebemos.'

Balder, então, mais uma vez, se colocou pronto a atravessar a matilha.

A lua cheia olhava o wendigo ficar pistola com a filha de Gaia e a mesma só achar graça, achava interessante o senso de humor da Filho de Gaia. Olhava para o beta quando ele lhe respondia e apenas sorria, apesar do que tinha para falar não fosse engraçado, na verdade era mais uma dúvida e uma preocupação que tinha.

Via as coisas se desenrolarem e logo se aproximava de Annita tocando o ombro dela para a travessia

Calado, o Wendigo toca no ombro do Alfa e aguarda a travessia.

O Beta toca no ombro da Filho de Gaia esperando a travessia.

Martin apenas concorda com a cabeça  e coloca a mão  no ombro do alfa, aguardando a travessia.

Com todos prontos, Balder atravessou a matilha de volta para o mundo físico.

Continua em: Alojamentos

O Fianna atravessa a película junto com seus irmãos.

Forma atual - Lupino

Já na sombra mais profunda das grutas, o Peregrino completa sua travessia e considera que sua forma era a mais apropriada à ter com um dos lobos de luna. 

Então, com a garra desenhando na pedra o glifo da meia lua, o Peregrino começa então mais uma de suas absurdas jornadas..

*Um Ragabash Conjurando um lobo de um Philodox... a piada já vem pronta...*

Parecendo imbuído pela adrenalina do próprio disparate, Hadrian executa com maestria a Conjuração e punha-se a aguardar o avatar do totem de Anupo.

Off: 05 sucessos na conjuração, 04 sucessos na harmonização. Um de fdv usado
Na harmonização.

Forma Atual - Lupino

Hadrian conhecia um pouco de Anupo pela convivência com Sentinela das sombras, mas, a chegada do mesmo daquela forma, e, a franqueza de suas constatações não conseguiam não divertir o Ragabash..

*HA..Realmente é o fim dos tempos..*

..Mas, sua missão era diametralmente oposta ao divertimento, e, rapidamente o Peregrino toma o controle de seus pensamentos e emoções, afinal, a similaridade do lobo com o próprio Anúbis era uma pontada na alma de Hadrian por tudo que passara e, a todos que decepcionara no caminho..

"-Tens tu razão no que dizes sábio Anupo, e, esta é uma demonstração da necessidade que os tempos finais trazem aos filhos de Gaia, abençoados por luna e amigos dos espíritos.. - Ele fazia sua abertura tentando de maneira educada manter o interesse do espírito - .. Sou Caminha-com-Anúbis, Hominídeo, Fostern, Sem Lua dos Peregrinos silenciosos, amigo da morte .. - Hadrian não ousaria mentir em frente ao lobo do Philodox - .. ainda que a morte não me considere mais um amigo, e, preciso de tua ajuda para cumprir com a promessa e destino que o próprio Anúbis me imputara, preciso de tua ajuda para mediar um acordo com a morte para que possamos por fim a uma guerra sem sentido"

'- E por que Filho da Coruja achar que Anupo ter forças pra mediar acordo com Morte? Anupo achar que Caminha-com-Anúbis andar com Anúbis e ninguém ser melhor que Anúbis pra falar com própria morte. Anúbis ou aqueles a quem a Morte já confiar seu segredo um dia...' - fala o lobo.

Balder atravessou com o grupo para a Umbra.

O Cria deu uma boa olhada ao redor, tentando sentir alguma emanação da Wyrm que pudesse ser seu foco inicial de atenção.

'- Fiquem atentos. Vamos dar uma geral por aqui.'




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OFF: Balder usou Sentir a Wyrm

Forma Atual - Lupino

O Ragabash escutava as palavras de Anupo com atenção, afinal aquele lobo sempre fora ávido por conhecimento, e, como uma barragem, qualquer vez que o mesmo abria sua boca para falar, conhecimento jorrava por ali..

*Anúbis.. Ou um certo alguém..*

.. A mente do Peregrino vagueia pelas mais diversas possíbilidades, em especial a um certo livro encontrado nas dependências da lenda caída na noite em que o Peregrino chegara ao Caern..

*É meu velho, você parece que como eu, tinha um envolvimento em tudo..*

..algumas linhas começavam a aparecer para que o Peregrino começasse a puxar, mas, ele não desejava encerrar aquela conversa ainda..

"-Sábio Anupo, teu conhecimento é uma inestimável ajuda que pavimenta tal acordo.. - Um pouco de bajulação nunca fez mal a ninguem - .. e, se conhecimento é poder, creio que poucos são tão poderosos quanto tu, que sempre tem sede por este.. - Agora, algo que o valha - .. e, no saber gostaria que me disesse, antes que eu vá ter com Anúbis, falas de Justiça-de-Helios? Como não poderia ser diferente, estou disposto a fazer a justa troca pela informação"

Balder ergueu as duas sobrancelhas diante da visão inesperada.

"Bah, como assim não tem nada?" - pensou, surpreso.

'- Olha, acho que vocês já perceberam que tem algo bem mais errado do que o que a gente tava esperando aqui, né?' - disse para a matilha em tom cauteloso.

'- Mesmo se esse entrevero todo tenha começado agora, era pra ter algum tipo de reflexo espiritual aqui.' - continuou, enquanto começou a caminhar na direção do que, supostamente, deveria ser a igreja.

Balder parecia um pouco absorto em seus pensamentos, enquanto olhava ao redor, tentando encontrar qualquer coisa que lhe desse uma pista do que poderia ter acontecido, um qualquer airth de um espírito que lhe pudesse contar o que acontecera ali.

'- Só existir uma tribo a quem a morte confiar seu segredo. Essa tribo não ser tribo de Caminha-com-Anúbis. E Ragabash precisar buscar nas tradições de seu povo, respostas. Anupo não poder revelar, Morte jamais perdoar Anupo se revelar.' - fala o Lobo.


Como que por um presságio, Hadrian nota que sua conversa era observada por diversos espíritos-ave dos mais variados. O Peregrino nunca viu tantos espíritos-ave à sua volta antes.

'- E o que a gente faz?' - indaga Anitta.

Balder olhava com os olhos apertados, tentando encontrar qualquer detalhe que pudesse revelar o que havia acontecido com aquele lugar. A situação definitivamente mexera com a curiosidade do Fenris.

'- Vocês vem comigo, oras.' - respondeu, quase cochichando, mas alto o bastante para que ouvissem, como se não quisesse 'assustar' a pista que estava procurando.

Forma Atual - Lupino

*Nas tradições de minha tribo... obrigado Anupo..*

As migalhas que o lobo sedento de conhecimento deixava cair eram suficientes para alimentar os famintos, e, naquele momento Hadrian estava completamente esfomeado.

Antes que viesse a abrir a boca novamente, percebia duas coisas não usuais, a primeira era a presença de espíritos de aves dentro de uma profunda e sombria caverna, e, como se isso não fosse estranho o suficiente, o seu mero número era assombroso independente do local.



*Não são corujas.... huuum... Interessante.. talvez nem só a coruja tenha tido com a morte*

Sabendo que não poderia alongar muito mais qualquer conversa que envolvesse a negociação com a morte o  Peregrino tinha pelo menos esperança em obter informações em benefício de gaia..

"-Uma ultima pergunta sábio Anupo, pois isto apenas tem o fito de defender Gaia e os Caerns, sabes se a morte firmara algum pacto com os dançarinos da colmeia do Fogo Corrompido para que estes não viessem a morrer?"

'- Não saber sobre isso, mas não duvidar. Morte ser traída, não ter porque ser leal.' - fala o espírito.