Clareira Central

Forma atual: Crinos

O Lobo continua em silêncio e presta atenção na fala de Sentinela-da-Sombras para a matilha. Depois de outros Garous se manifestarem, um deles relatando cada lei da litania quebrada pelo Fianna e o Uktena olha com profundo despreza para o acusado. 

Um dos pedidos que choca também é o pedido que deixem ele vivo e arranquem suas garras e presas. 

*Que serventia ele teria? Inteligente obviamente ele não é... Também não é um grande galliard. Isso tornaria ele apenas um fardo maior.*


Outros pontos que chamam a atenção do lobo são o ódio Spybot e a atitude altruísta de Pantaneiro para defender sua matilha. 

*Pobre Pantaneiro... Situação difícil e eu entendo bem, algumas horas atrás talvez fosse eu em seu lugar...*

E então vem a manifestação do acusado e o lobo não consegue sentir pena alguma. 

*Deixá-lo ir? Para a Wyrm transformá-lo em seu escravo ou para que ele destrua ainda mais o véu? Esse realmente merece morrer...*

Forma atual: Crinos

O Uktena assiste ao final do julgamento de Ronaldo e concorda mentalmente com o veredito dato ao Garou, mas não a matilha. As chamas sagradas do Boitatá consomem lentamente a carne do Garou e aquilo ficaria marcado para sempre na mente do lobo como destino cruel para os que falham com seus deveres sagrados. Algo sombrio dentro do Uktena também se deliciava com aquela destruição... Era mais um para o abismo. 

O Totem da Seita após devorar o Fianna pede por mais e o lobo estremece por um segundo e fala para os membros da sua matilha que não entendem a língua dos espíritos: 

"- Ele quer mais..."

O lobo automaticamente pensa em Garous que ele não se importaria em sacrificar ao totem e assume uma expressão maliciosa no olhar enquanto imagina possibilidades.

Ian estava até tonto perante o desenrolar do julgamento. Entendia que Ronaldo merecia uma punição, até mesmo a morte, mas aquilo estava muito real até mesmo para ele. O cheiro de carne queimada e os gritos estavam gravados de vez na sua mente.

O que mais assustava Ian é que ele entendia Ronaldo em muitos pontos do que ele falou. Ele foi tragado do seu mundo seguro, com sua família e seus inofensivos amigos imaginários e levado para outro mundo insano, depois levado para um mundo mais insano ainda que é o que estava agora.

* Caralho.. Esses caras estão tão acostumados com isso que já nem ligam mais.. Viraram máquinas de morte...*

Olha para Ronaldo em chamas e se entristece de forma sincera pela cena.

Ao escutar seu Alfa dizer que o Totem pedia por mais sente um arrepio na espinha e tem a sensação que talvez estejam fazendo tudo de forma errada...

Olha em volta, depois volta a olhar para Ronaldo e diz sem se importar que sua matilha escutasse:

"-Eu não quero terminar assim..."

Ian não estava falando de Ronaldo.

Ronaldo fala inutilmente. Precisaria ser um mestre da retórica para conseguir se safar daquela e ele obviamente não o era.

Victor assiste placidamente enquanto os Juízes o condenam à morte pelo fogo, e acompanha com olhar sereno o queimar da carne e do espírito daquele garou.

A fala do Totem pedindo por 'Mais', faz com que o Philodox troque um olhar rápido com seu alfa e perceba sua expressão sádica.

*Tem algo de muito estranho nesse Lobo.*

Tirado de seu pensamento pela fala de Ian, Victor fala em tom sereno e levemente reconfortante:

'-Siga as nossas leis e controle sua fúria que eu garanto que nada assim irá acontecer a você.' - O Philodox oferece um breve sorriso amigável e volta a sua atenção novamente para a continuação do julgamento.

Ian sente até uma certa pena do Juíz que tenta trazer um pouco de conforto ao Fianna.

* Eles já estão tão envolvidos com isso tudo que não conseguem nem entender o que tá acontecendo.. *

Ian responde ao Juíz, olhando para o local onde Ronaldo foi consumido de forma triste e desanimada apenas diz:

"-Eu não tava falando do Grito-de-Guerra..."

A fase do torneio acaba e uma sensação pesada brota sob todos que ali estavam. Estava na hora do julgamento do assassino de Garous. Os Garous, que até pouco tempo bradavam os nomes de seus heróis, agora acompanhavam qual seria o destino do mal-afamado Fianna, ali acorrentado. Um burburinho inicial no Alto Conselho prenuncia o início, dado por Bit-coins, líder dos Andarilhos que haviam perdido um estimável membro. A Mestre de Cerimônias também ecoa a sua voz e pede um pronunciamento oficial da Tribo.

*Caralho, velho! O moleque tomou no cu bonito, agora!*

Bardo-Forjador repugna o jovem Cliath e o dar apenas duas opções: ou a morte ou a renúncia de Tribo. Infelizmente, para ele, não seria o seu papel decidir isso, mas o dos três juízes chamados para montar juri. Flor-de-Lótus inicia o pronunciamento em favor do réu... bem, ela não era muito favorável ao jovem Garou, na verdade. A Portadora sugeria que ele fosse queimado em honra ao Totem e que seu espírito espiasse todos os pecados e acalmasse o Boitatá. Bit-coins ainda acrescenta um pedido de punição para a matilha.

*Pesado, mané!*

O próximo a se pronunciar era Spybot, um dos Garous feridos por Ronaldo em seu ato descontrolado. As palavras do Ragabash são recheadas de raiva... o que era o mínimo esperado, afinal o mané havia quase levado ele junto pro mundo dos mortos! De fato, o Galliard era um problema grande demais para todos. Mas seria a pena de morte o melhor resultado? Skullhead não era um Philodox, preferia não se meter em assuntos de meia-lua. Ele próprio queria surrar a cara do Fianna por ter eliminado Tyler e ele nem sequer havia o conhecido! O procuraria para pedir tutelaria, evidentemente, mas não o conhecia... começava a acreditar que aquele era com certeza um sentimento levado pelas emoções. Aedo-Campeão, que toma a palavra logo a seguir, afirma justamente isso e o Theurge estava levemente tentado a concordar com o Charach, não fossem as palavras seguintes de Spyware. O Ragabash lembra das chances que foram ceifadas das mãos de Oráculo-Digital, de como ele havia perdido a chance de ser tão promissor para aquela Seita. Perder um Garou era triste, mas perder um irmão de Tribo era pior ainda.

As palavras de seu líder de Campo são substituídas pelas de Pantaneiro, Alpha da matilha agora julgada. O lua crescente fecha a cara diante das palavras do outro Fianna, ainda estava puto com ele. Ele propõe que o julgo contra a matilha fosse dado apenas a ele, o que parecia ser uma atitude louvável para alguém que quisesse mostrar auxílio aos seus. Ele entretanto corria em auxílio dos outros e chutava o outro Fianna num precipício sem fim. De fato, ninguém iria interceder pelo acusado. Skullhead registra isso em sua mente antes de ouvir mais um Garou, o segundo num número grande, a falar em favor do réu. Logo depois, Degan toma a palavra e expõe todos os pecados de Ronaldo. 

Skullhead, que também havia acabado de assassinar pessoas diante de sua fúria, fica perplexo com o erro colossal de Ronaldo ao se submeter a uma situação tão perigosa como aquela. Assassinar pessoas diante de câmeras era um grande elefante branco para toda a Seita! Era uma merda das boas e que já configurava um crime hediondo em si... isso vindo de um Garou que havia cometido o mesmo crime em escala reduzida! Entretanto, pelas palavras do Wendigo, havia uma diferença colossal entra o Andarilho e o Fianna. E isso parece acalmar o pobre coração calejado do Theurge, que estava perdendo a crença em si próprio naquela noite. Diferente dele, Ronaldo parecia não aceitar seus erros e o julgamento dado por aqueles que haviam nascido para julgar... o grande erro dele estava aí! Ao não aceitar suas penas, o lua gibosa foi se afundando em erros e mais erros até culminar na morte de um irmão!

*É, filho, tu vai pra forca mesmo... ninguém vai limpar tua bunda dessa vez não!*

Com isso em mente, o Theurge escuta as palavras dos outros membros da Fortaleza de Gaia que anulam o pedido de Pantaneiro e solicitam que caso houvesse uma pena conjunta, que ela fosse dada a outros. Nesse mesmo tempo, ele começa a acompanhar uma conversa no seio de seu matilha. Hadrian levanta um ponto interessante que é acordado por Ian. Estranhamente os dois estavam concordando... o que era bom, por Gaia! A desgraça de fato une irmãos. O lobo os responde de imediato, sendo seguido por Victor, que dá a opinião de quem compartilhava o augúrio dos juízes. Nesse meio tempo de conversa interna, Temido-como-Vulcões repreende alguns Garous que falavam como sendo juízes e Sagittarius toma a palavra e expõe todos os erros de Ronaldo.

*O filho da puta fez quase um check-list da Litania... porra...*

O Philodox reunía mais acusações e pedia a absolvição da matilha. Assim, chegava a vez do réu se pronunciar... e ele faz uma cagada maior ainda.

*Esse mané podia mostrar que tava arrependido, mas pelo visto ele não quer mais viver mesmo não...*

Ele cospe na cara dos seus irmãos de matilha, xinga a todos de burros e o caralho a quatro, fala que queria ser um homenzinho normal e no final ainda pede pra deixarem ele partir.

*Ele fumou maconha estragada, só pode...*

Não tinha jeito. O juri dá a sentença e o Garou é encaminhado para a fogueira. Skullhead acompanha a procissão que o leva ao fogo do Boitatá. As chamas aumentam ao se alimentarem do corpo e espírito do Garou. Era uma cena difícil de manter o olho, mas que era necessário olhar... o Theurge não se furta do momento. Ele sabia que se não fosse melhor, poderia acabar daquele jeito.

*Isso não acontecerá!*

Skullhead também escuta as palavras sedentas do Totem e olha pro Alpha e o restante da matilha. Ele percebe o olhar sádico do Uktena e aquilo estremece o Garou.

*A porra do outro Uktena deve tá certo... Esse lobo é do capeta, casado de véu e tudo com o filho da puta!*

Camilo olha para Victor e depois para Ian, que faz um comentário e é respondido pelo Philodox. O Fianna finaliza com uma frase reflexiva; realmente Fiannas era sentimentais demais... Depois de muito tempo quieto, o Andarilho faz um comentário:

'- É pesado, mas é nossa realidade, meu irmão... os Garous vivem assim desde o início dos tempos.'

Não seria um bando de Cliaths que mudariam uma tradição milenar de criaturas monstruosas como os Garous. Muita coisa já havia mudado, mas pedir por aquilo era demais. Ele olha mais uma vez para o fogo e logo depois lança um olhar cúmplice para o seu companheiro Fianna... apesar de achá-lo sentimental demais, ele sabia de onde vinha aquele sentimento. Infelizmente, ele teria que neutralizar aquele tipo de ideia, ou ele não duraria muito tempo na Seita.

Sereno-trovão ouve as palavras de Ronaldo e prevê que não há salvação para ele.

Logo depois os juízes se manifestam e materializam os pensamentos de Antonio.

No momento que Ronaldo é levado até as chamas, Sereno-trovão vira de costas para cena e apenas ouve os gritos e sente o cheiro de queimado: uma pequena lágrima escorre dos olhos do garou.

"Esse garoto não teve sorte. Isso aqui não era pra ele. O destino às vezes é difícil de compreender."

Quando Estrela-da-manhã segue em direção à fogueira, Antonio Xavier prevê o pior, pois o Totem pede por mais.

Skullhead esperava que a conversa entre seus irmãos continuasse, mas aparentemente algo acontecia próximo ao Totem. O Totem parecia querer partir para cima da matilha de Pantaneiro e o Mestre de Rituais da Seita parecia tentar apaziguá-lo. Estrela-da-Manhã, porém, parece querer interceder na situação e se aproxima.

'- Ela vai se sacrificar, é isso?'

A matilha havia chegado a conclusão que Estrela da Manhã tinha que ficar viva para apaziguar o Totem, mas agora ela poderia ser usada como sacrifício. Ela, porém, se aproxima para conversar com o Totem.

'-... parece que ela tá tentando apaziguar o Totem.'

Estrela da Manhã era muito próxima do Totem... talvez ela estivesse apenas tentando acalmá-lo. Esperava para ver a reação dos irmãos enquanto observava a cena. Notoriamente havia tido mais um pequeno conflito dentro do Conselho: o Juiz Fenrir não queria a aproximação da Galliard, o líder da Seita, porém, deu a a permissão.

Aparentemente o totem queria mais e queria agora. Victor percebe a seriedade da situação quando Estrela da Manhã pede para interceder e é impedida pelo juiz, o que acaba por irritar ainda mais o totem.

Garras do trovão intercede e a Fianna, junto ao presas de prata, vai dialogar com o totem.

O clima é de tensão em toda assembléia, e Victor observa toda a cena com atençao e minúcia.

Mais calma, depois das turbulentas emoçoes, Grace assiste as esperadas lutas do torneio Ahoun Adren, impressionado-se com as habilidades da Furia Negra e da Wendigo, sem tirar os olhos da luta exceto quando o vento a derruba. Até na névoa repara fixamente, achando do que a Fúria Negra venceria, como havia sua irmã Tribal que usara o mesmo dom, mas Presas de Inverno se revela uma guerreira mais preparada. Repara no brilho prateado de Wolfhere, algo semelhante ao que vira em Kiba, e nas garras alongadas. Se pergunta se sua adversária Presas de Prata poderia ter alguma habilidade parecida.

Quando Gannicus vai lutar, ela uiva vigorsamente, apreciando os movimentos performaticos do irmao de Tribo, e vibra quando ele vence. A luta de um Fenris com um Garras nao lhe interessava tanto, mas era feroz, como era de se esperar. Nota que Gannicus e o Fenris tinham uma relação aparentemente cordial, apesar das diferenças entre suas Tribos.

O julgamento do Ronaldo começa, e o Galliard parecia condenado antes mesmo da sentença. Em outras circunstancias, ate poderia ter tentado defende-lo, mas depois dele te-la ofendido publicamente, seu pouco apreço por ele caira por terra. Alem disso, precisava proteger sua reputação, tão duramente defendida pelos irmaos de Matilha, e para isso era melhor nao se expor com esse assunto tao tenso. Ate Bardo Forjador se abstem, e a partir desse momento, Grace deixa de considera-lo um irmao.

Aedo Campeao até tenta defende-lo, o que ela considera nobre da parte do Filho de Gaia, mas como previsto, suas palavras não encontram solo fértil. Outros Garous tentam sugerir penas que Grace até acha interessantes, mas como Temido como Vulcões os lembra, isso não cabia a eles.

E aqueles a quem cabia pareciam convergir na proposta de Flor de Lótus. A única dúvida era se a Matilha seria punida  também ou não. Sagittarius mostra-se um Philodox sábio ao numerar todas as violações de Ronaldo, e compreensivo ao interceder pela Matilha, e a Fianna torce para que sua sugestão seja acolhida.

Ronaldo, na única chance que tinha que tentar melhorar sua situação, parece apenas abraçar a morte e se conformar com ela, apesar de suas súplicas, e o resultado era o que todos já esperavam. Grace se força a ver Ronaldo consumido pelas chamas. A cena é terrível, e enquanto ele agoniza sente dó dele, até um pouco de remorso por não ter feito nada para impedir essa tortura, mas sua compaixão logo dá lugar ao arrepio de susto ao ouvir o Boitatá pedindo mais.

Fica tensa, os músculos contraídos enquanto a liderança pensa em como resolver a situação. Quando Estrela da Manhã fala, de início entende que ela estava se oferecendo como sacrifício.
“Lana, não!”

Mas sua intenção era acalmar o Boitatá, o que ela parece fazer com todo o sucesso possível naquela situação, e deixa a Fortaleza de Gaia com uma dívida a pagar, mas apazigua a fome da serpente por vidas Garous.

Os juízes são dispensados e ela recebe Degan de volta com um aceno cúmplice. O debate começa inevitavelmente com o Totem da Seita como tema, e quando Fênix de Prata pede a todas as Matilhas oferendas regulares ao Boitatá, ela olha fixamente para toda a caça que Olhos de Gaia havia trazido.

Invocador, aquele peçonhento, tenta mais uma vez saber sobre os espíritos ancestrais, e ela olha para Luke, tentando ver pelo seu semblante o que ele estaria pensando. Conhecia a lenda do Uirapuru e acreditava que poderia fazer um belo trabalho apresentando-a na Assembleia, mas não tinha como achar isso seguro.

Crinos


Flagelo assiste o início do julgamento de Grito-da-Guerra, seria a primeira vez que assiste a um julgamento deste porte então estava prestando bastante atenção. Observa a chegada dos três juízes mas de longe era Temido-Como-Vulcões que imponha mais respeito, além do porte físico impressionante ele também já tinha dado algumas demonstrações de como todo o Caern lhe respeitava.


O julgamento já começa com os Fiannas repudiando o Galliard, nesse momento ele ficava cada vez mais isolado e isso é mostrado como nunca quando a Juíza de sua Matilha solicita a sentença de Purificação Pelo Fogo da Honra, que levaria ele a uma morte dolorosa na fogueira.


*Os Garous realmente parecem ainda viver na idade medieval.*


Os olhares se voltam para Bit-Coins e em uma narrativa ele enche de Honra, mais que merecidamente, o Oráculo-Digital que morrerá salvando a vida de seu irmão de Tribo e Matilha e em seguida Spybot toma a palavra falando sobre seu pouco tempo na Seita e como o Fianna já tinha feito tanta merda.


*Esse cara tá fadado a morte, muita gente querendo a cabeça dele e ninguém querendo proteger.


O Cria estava enganado, em seguida Aedo Campeão pede o osso e toma a palavra em defesa da vida do Cliath mas é rebatido em seguida por Spyware, todos os Andarilhos estavam indignados e tinham razão com isso.


*Um irmão tribal deles teve sua vida ceifada covardemente e totalmente compreensível o posicionamento deles.


Agora o osso era conduzido para o Fianna falastrão, na mesma hora o semblante do Fenrir fecha, Pantaneiro era o nome dele e era Alfa da Matilha do transgressor. O seu discurso está carregado de vergonha e culpa mas obviamente ele tenta tirar o rabo da reta se fazendo de vítima com um discursinho de "não nós faça carregar uma pedra maior que aguentamos...".


*Está mostrando quem é o verdadeiro covarde. Fianna insolente.


Em sua Matilha ocorria uma conversa paralela sobre Fúria entre a Alfa e o Portador mas sabia que no atual momento isso não era uma preocupação pra ele mas não seria interessante ver sua Alfa entrando em Frenesi ali, então qualquer assunto delicado com ela deveria ser tratado com cuidado.


Sua atenção volta para o julgamento e mais uma vez um Filho de Gaia toma a palavra, já imaginava que a ideia seria poupar a vida mas dessa vez tinha um preço e era arrancar as garras e presas.


*Caralho... Não sei mas acho que ele iria preferir a morte.


O osso vai para a mão do juiz que o puniu com a coroa, Sangue-dos-Quatro-Ventos, ele deixa bem claro os crimes já praticados e assusta em saber que o véu encontrava-se rasgado de uma forma tão estrondosa.


*A visão de um Crinos pode ser destrutora para os humanos... Sei bem disso.


Agora outros membros da Matilha tomam a palavra e defendem tanto sua Matilha como pedem a não-morte do criminoso, o que obviamente era de se esperar. Em seguida Saggitarius toma a voz e deixa claro que forem destroçados 6 versos da Litania, o espanto surge nos olhos do Fenrir, não tinha feito as contas das transgressões.


6 versos, ele literalmente rasgou a Litania em um território de outra Matilha.


Agora estava com a palavra o Grito-da-Guerra, que começa de uma forma verdadeiramente arrogante, quanto mais falava mais de soltava e mais demonstrava acreditar que estava com toda a razão.


*Esse cara é louco, Temido-Como-Vulcões vai matar ele ali mesmo se continuar assim.


Mas seu discurso toca o Modi em um momento, ele fala sobre o que sonhava na vida e que não queria estar ali, só queria voltar a sua vida... Só queria acordar no outro dia e ver que tudo foi um sonho ruim...


*Agora eu entendo sua dor... De todo o meu coração eu entendo sua dor.


Era quase impossível não lembrar de seu passado recente e de como sua vida foi virada de ponta cabeça, não... De como sua vida não existia mais.


*Também só queria acordar e descobrir que isso foi um pesadelo longo e ruim.


Toda aquela cena não comove nem um pouco Temido-Como-Vulcões, o que era mais do que normal, Fenris não costumavam demonstrar compaixão principalmente por erros aonde eles acreditam que você é o culpado, também sabia disso mais do que ninguém. O julgamento vai chegando ao fim, Ronaldo estava prestes a ser decretado a morte e com ele todos os seus sonhos humanos já que o Garou Grito-da-Guerra parece realmente nunca ter existido, os Fiannas são mais uma vez humilhados, mas isso não lhe causava nenhuma compaixão, e então a hora da execução chega.


Ronaldo é enviado para as chamas e lentamente sua carne é consumida pelo fogo, ele gritava desesperadamente em desespero mas a plateia que lhe assistia não iria fazer nada...


Nesse momento como aprenderá no quartel estava a esquerda de sua Alfa, então fala com ela, de forma bem baixa e num tom totalmente diferente da agressividade e fúria costumeira, nesse momento soava uma voz tranquila como se a chama também lhe purificasse.


-Não escolhemos estar aqui, não escolhermos nascer como somos. - faz uma pequena pausa com uma respiração bem leve - Mas somos o que somos, não podemos mudar isso nunca mas podemos moldar o nosso destino.


*Tenho certeza que não quero o mesmo destino de Ronaldo, tenho meus objetivos a serem conquistados, então não posso me dar ao luxo de começar falhas... Não vou morrer enquanto não resolver a minha vida... Se é que posso chamar de vida... Não, é a vida que me resta.*


Continuava a observar o corpo queimar até se reduzir a cinzas...


Estrela-da-Manhã ergue a mão e cria uma tensão entre alguns, parecia muito que ela iria também dar seu corpo em sacrifício ao sedento totem mas felizmente a cota de corpos naquele dia estava esgotada, pelo menos por enquanto. Temido-Como-Vulcões ergue novamente o osso e com a palavra absolve a Matilha mas a dívida ainda seria cobrada pelo Espírito de fogo e 20 corpos deveriam ser queimados em sua honra.


Finalmente com o término do julgamento inicia-se um debate, a Guerra Civil novamente vem a tona e mais uma vez é dito que Boitatá estava irritado, precisava de oferendas de todas as Matilhas periodicamente para aplacar sua ira, principalmente de um irmão que deveria ser encontrado.


-Irmão?!?!?! - dirigia a palavra novamente a Alfa, só que dessa vez em um tom normal.


Não estava a par da maioria dos acontecimentos do Caern, havia chegado ali a 1 hora e estava cada vez mais confuso com a quantidade de informações que era bombardeado. O Uktena solicita o osso novamente e para seu espanto ele fala sobre Naurú, obviamente o Modi não sabia o que fazer naquela situação, espíritos não era uma de suas habilidades, ele direciona o olhar atônito para Réquiem e Anda-Com-Espíritos, esperava que um dos dois soubesse o que fazer.

Forma - Crinos

O Garou escuta a fala de Ronaldo, ele dizia não querer estar ali, querer ter esquecido quem eles eram, talvez sofrer do Delírio e voltar a sua vida humana... Mas a vida tinha consequências, e, sem nem ao menos deixar uma Anciã falar, o Garou é condenado ao fogo, e arde na frente de Olhos de Gaia, ele olha para o fogo, e para o espírito da guerra, e sente, no fundo da sua alma um peso muito grande, não gostava de ser responsável por mortes, aquilo não podia ser bom, não podia ser o caminho de Gaia.

Então a tensão do pedido do totem por mais, ele olha o Boitatá nos olhos, era um espírito furioso, faminto e assustador, não era por menos que a Wyrm o quisesse, ele devia ser um inimigo temido até pelos Malditos de Malfeas.

A dinâmica com a Anciã dos Fianna e o Totem é percebida pelo Filho de Gaia, se o julgamento dela seguisse o mesmo caminho de Grito-de-Guerra não sabia o que pensar quanto ao Totem. 

Quando os debates finalmente são abertos, o assunto dos Totens perdidos tinha sido levantado, Boitatá, Uirapuru e Nauru, esse último ainda não ouvira falar, porém, a pergunta sobre o Uirapuru deixa a Matilha com a palavra no ar, ele aproxima a cabeça dos seus colegas de matilha, entre Degan e Grace, se espichando na direção de Luke para sussurrar.

"- O gosto do Boitatá por sangue Garou arrepiar minha espinha, matilha ter cuidado com o que contar."

O Wendigo assiste ao juiz dos Presas de Prata pedir uma punição pesada para a Matilha de Kiba e Pantaneiro... Até que a Portadora da Luz intercede por eles. Ela clama por clemência e Degan sente simpatia por ela estar naquela situação. 

Tsc... Poderia ser eu a ter de suportar uma pena desse tamanho pela desonra ao totem... Mas o pior, é que o Boitatá tem todos os motivos para estar desse jeito...

A punição acaba indo para os Fiannas, infelizmente, como se Ronaldo tivesse concluído as punições da coroa e recebido o Ritual Satírico. E então... Grito-de-Guerra arde no fogo do Boitatá. 

Eu sinto... Diferente... Não é como se fosse o peta owihankeshne... É... estranho...

Degan escuta o pedido do totem... "MAIS". 

Algo então corta sua memória. Ele se lembra de uma coisa das conversas com Morte-no-fim... E sua mente viaja até aquele momento e os momentos e lembranças mais recentes e ele olha para o Boitatá e a Tartaruga do seu lado. E se... A Corruptora quisesse aquilo? 

A Devoradora de Almas.

O semblante do Wendigo fica sério. Ele balança a cabeça por um instante e observa em volta, a tempo de ver Estrela-da-Manhã, dos Fiannas, se aproximar do Boitatá, como se o acalmasse. Degan presta bastante atenção àquele gesto... 

Ela tem uma ligação especial com ele... Isso é muito importante para o julgamento...

E então, Fortaleza de Gaia recebe uma sanção do próprio Boitatá. Deveriam queimar 20 corpos para a serpente de chamas, o que não era algo necessariamente fácil de fazer.

Depois disso, o Wendigo é dispensado pelo juiz dos Fenris. Ele cumprimenta o Ancião com uma reverência e, por sua vez, recebe o cumprimento do juiz dos Presas de Prata... Era curioso estar no meio daqueles brancos, mas Degan age com educação e cortesia. 

Eu nunca pensei que faria parte de um julgamento como esse... Talvez seja o momento de conversar com meu irmão do Aro Sagrado...

Certamente, eles poderiam pensar em algo para expandir seu séquito naquela Seita. Morte-no-fim ficaria feliz com o gesto. 

O Wendigo retorna para seu lugar com sua matilha, mas dá uma boa olhada no Boitatá durante seu caminho. É Fênix-de-Prata quem toma a palavra e começa o momento dos debates, alertando a todos sobre o estado crítico do Boitatá. Degan fica feliz que uma providência está sendo tomada, e Invocador parece querer manter segredos sobre aquilo...

Irmão Mais Velho sempre foi criticado sobre manter segredos... Mas não nessa noite. Não podemos arriscar entregar esse conhecimento a figuras como Invocador-do-Abismo...

E é o próprio quem toma o osso e pede por mais informações, sobre o Uirapuru e um tal Nauru. Degan respira fundo. 

Tsc. Ele está ignorando tudo o que foi decidido anteriormente... O Mestre de Rituais deveria interceder. 

Degan olha para Sussurros Solitários, para tentar captar alguma emoção do lupino. Sua matilha teria de decidir rápido. Olhos-de-Gaia mostra o descontentamento e o temor daquelas revelações, e Deganawida se vira para Legado-do-Trovão. 

" - Você pode tentar voltar a palavra sobre o Uirapuru a Fênix-de-Prata, já que esse assunto ficou sob a responsabilidade dele. Se tivermos realmente que nos manifestar..."

Ele olha para Cordas-Trêmulas. 

" - Teremos de ser criativos..."

Esses espíritos dormem. Não conhecemos sua história, nem a história desse lugar... Mas acredito que Invocador ou outros Uktena conheçam. Tsc, talvez esse cretino só esteja esperando uma confirmação de nós...

O Wendigo aguarda uma manifestação de Legado-do-Trovão e de Cordas-Trêmulas. Definitivamente, não seria nada bom deixar que aquele assunto caísse na boca da Seita, como ocorreu com o Impuro Perfeito...

Sereno-trovão ouve, inicialmente, que sua matilha tinha sido absolvida, mas logo em seguida há uma punição que não fica muito clara para ele.

O garou falou baixo para que só os membros de sua matilha ouçam:

"Não entendi bem a causa da punição, alguém me explica. Como vamos fazer para cumprir com a queima dos corpos?"

Depois, o juiz pega o osso e diz que todos os cliaths devem caçar pelo menos um alimento, mais uma tradição, pensa. O Portador não deixa seus pensamentos fluirem e se cala até por dentro.

O Roedor de Ossos ouvia as palavras de Ronaldo e sentia que aquelas eram as últimas que ouviria do Fianna. Realmente todos queriam uma vida mais fácil. Nenhum deles pediu pra nascer Garou, mas aquilo não era algo que você simplesmente pode abandonar.
 
Kiba realmente sentiu pena do Garou que estava ali prestes a ser condenado. Por mais que ele tivesse feito merda atrás de merda o coração do Roedor de Ossos não era tão cheio de fúria e ódio como ele demonstrava ser.
 
Ele até nota outra Garou chamada Flor de Gaia querendo interceder por Ronaldo, mas Temido Como Vulcões encerra as manifestações. A matilha quase é condenada a sofrer penalidades dobradas de honra e Kiba já estava prestes a preparar o KY.
 
“Com urso nos tirando 5 temporários toda vez, vamos perder 10.... Melhor nos transformar logo em filhotes primo...”
 
Pensa o Ahroun enquanto assiste Padme intercedendo pela matilha e aparentemente ganhando a disputa.
 
Ronaldo segue para ser queimado na fogueira e Kiba abaixa a cabeça quando vê o Fianna sendo consumido pelo fogo. Boitatá parecia ter ficado feliz com aquilo, mas o espírito do Caern queria mais. Mais oferendas em carne, espírito e sangue.
 
O Ahroun via o olhar do Totem e o encarava de volta com um semblante sério.
 
“Será que é melhor dar um fim nessa merda toda? Ninguém ia ligar pra essa porra mesmo...”
 
Kiba pensa em se oferecer, mas o pedido de Estrela da Manhã por interceder acaba tomando as atenções do julgamento e lhes dando algum tempo.
 
No fim das contas, a matilha foi realmente livrada de mais sacrifícios internos, mas tinham que se virar e arrumar 20 corpos para queimar em homenagem ao Boitatá.
 
“Puta que pariu... A pica só aumenta mais...”
 
Tudo ia dando continuidade e Kiba ainda estava tenso e sério. Ele permanecia calado até Antônio perguntar o que exatamente queriam dizer com o sacrifício. O Ahroun então responde se forma direta e irritada, mas visivelmente o Portador não era o alvo de sua irritação:
 
- Vamos ter que pegar 20 pobres coitados que não tem nada a ver com isso e tacar fogo neles para homenagear o Boitatá e acalmar sua fúria... O motivo é que nossa matilha pelo visto atraiu bastante a sede de sangue dele...
 
Kiba novamente fica pensando em silencio sobre o que aconteceu. Instantes depois de ter terminado de falar ele comenta com Pantaneiro, mas para que todos pudessem ouvir:
 
- Talvez seja eu que ele quer, Pantaneiro...
 
O Roedor de Ossos faz uma pausa dramática e então, quando ganha a atenção de seu Alfa, diz:
 
- Eu renunciei a Tribo, eu ofendi o totem quando gerei a impura perfeita nos rios do Caern e posso não lembrar, mas devo ter feito mais merdas aí pra entrar nesse somatório. Talvez seja melhor eu me oferecer pra acalmar a fúria do espírito. Peço sua permissão pra me manifestar.

- Arrepia a minha também, Olhos de Gaia - diz em voz baixa ao irmão lupino, concordando que deveriam ter cuidado.

Deganawida da uma sugestão para lidarem com o pedido de Invocador do Abismo, e ela lança-lhe um olhar confiante e firme quando ele lhe pede para ser criativa.
- Podem contar comigo

Laurel faz um importante alerta, e  Grace reflete a respeito. Fala em tom bom baixo para só a Matilha ouvir.
- Não precisamos respondê-lo, a não ser que o líder, o juiz, ou os mestres de Rituais e de Cerimônias nos solicitem, estou correta? Como Black Hat já disse, não precisamos cair no jogo dele. Se isso realmente entrar na pauta, talvez seja melhor não devolver a palavra. Se formos intimados, essa atitude só vai trazer mais desconfiança ao nosso relato, e não temos como saber como a Matilha do Nauru vai se manifestar. Acho que posso pensar em uma maneira de apresentar nosso Totem sem revelar seus maiores segredos...

Temido como Vulcões dá um chiminage a todos os Cliath. Particularmente, isso não a afeta tanto, pois já estava cumprindo um parecido. Apenas aproveita o momento para sugerir.
- Podíamos fazer essas caçadas em Matilha. E aproveitar para arranjar oferendas ao Boitatá.