[Alto Leblon] Mansão da Olhos da Tempestade

O Ya'pake olhava para a Cria de Fenris sem muita expressão, mas como era a nova dita responsável pela missão não fazia menção de contraia-la.

'- OK.' - Respondendo de maneira simples.

*Uma Theurge conduzindo uma demanda espiritual, finalmente algum sentido... mesmo assim...*

Koda já havia se preparado e como não sabia da Fúria Negra ia procura-la no quarto, sem entrar, batia na porta com educação.

'- Justina. Valkyria Negra irá liderar a próxima tarefa, disse para nos prepararmos pois devemos sair em pouco tempo. Vou estar esperando na sala.'

O Wendigo caminhava de volta para a sala.

*Um pouco de ar pur... grrrrr*

Faz uma reverência respeitosa logo que a névoa começa a brotar. Uma cobertura espessa o suficiente para que o chão sumisse debaixo dos seus pés, ela então olha para a figura que fluía suas feições e formas, lembrando-lhe um teste de Rorschach.

*Sim... se ela topar ajudar, podemos aumentar suas chances.* - pensa olhando para a mãe de Ian.

"- Sábio espírito, agradeço que tenha atendido meu chamado. Sou Valkyria Negra. Nascida mulher sob o nome de Magdalena. Theurge Cliath dos Crias de Fenris que corre com a Matilha Olhos da Tempestade e quero pedir a graça do seu auxílio."

Espera um instante para Hamingja absorver suas primeiras palavras e continua.

"- Esta humana foi aprisionada em sua própria mente de forma não natural. Fadas teceram a ela armadilhas em seu próprio sonhar, fazendo com que lá ela permaneça e sua casca aqui fora definhe a cada dia. És guia. És guardiã. Seus conselhos são preciosos..."

Passa a mão na testa da mulher.

"... e ela precisará de um farol nesse labirinto de escuridão que a prenderam. Podes acompanhá-la e guiá-la, indicando os caminhos mais seguros dentro destes pesadelos para que a mente dela não se perca para sempre? Enquanto a guiares, sei que ela estará no caminho certo até que possamos chegar a quem lhe lançou à um dos caminhos perdidos da mente humana através de magia."

*Uma Matilha funciona com seus membros focados, e Ian não estará pensando claramente se ela continuar assim.*

Faz então mais uma reverência ao espírito e aguarda sua resposta.

'- E o que eu ganhar com isso? Porque ajudar humana do sul que cultuar outros espíritos?' - pergunta o Espírito.

Koda que já começava a caminhar de volta pra sala para ao ouvir a voz de Justina de dentro de seu quarto momento que percebe uma névoa se espalhar pela casa estranhando o que seria, mas sem se alarmar já que a filha de Fenris disse que iria resolver algum assunto.

*Se for uma emergência com certeza iria ouvir... eles sempre são... sonoros... com problemas.*

Retornando sua atenção na direção do quarto da Fúria Negra quando fez os primeiros ruídos de abertura e mesmo ainda sendo visíveis os seus ferimentos aparentava estar bem menos agressivo do que quando estava interagindo com os outros membros da matilha.

‘- Meu descanso também não resolveu muita coisa.’ Dando de ombros continuava ‘-Finalmente uma Theurge conduzindo as tratativas com os espíritos.’

Observando a névoa que se espalhava respondia a última pergunta de Justina:

*Ela disse que ia acabar com a humana... se fosse o outro estrangeiro falando... pensaria no pior...*

‘- Acredito que esteja cuidando da humana e como essa névoa apareceu de forma inesperada, então imagino que deve estar buscando alguma espécie de auxílio dos espíritos, mas estou apenas supondo.’

Como Wendigo o jovem Lua Cheia tinha alguma afinidade com as interações envolvendo espíritos, mesmo que muito inferior à que seria de um Theurge típico, e por isso chegava aquelas conclusões, mas não se arriscava em acrescentar mais do que aquilo.

Forma Atual: Hominídeo

Em suas feições inconstantes, os olhos de Hamingja encaram a Theurge com uma pergunta simples e direta. Era um espírito da boa sorte, e Magdalena bem sabia que "sorte" para a cultura mãe dos Filhos de Fenrir, tinha mais a ver com habilidade que com acaso.

"- Sei que ela não a cultua, sábio espírito, mas precisa de um guia competente e por isso quero emprestar a sorte que precisa nessa jornada que será perigosa e difícil. Em troca, por um ciclo Lunar emprestarei sorte, ou dizendo da melhor forma, usarei de minhas habilidades para auxiliar humanos que me procurarem ou cruzarem meu caminho sem lhes negar ajuda. Assim me comprometo, desde que não fira nossas leis e que eles não estejam a serviço ou ligados a Wyrm."

'- O que eu ganhar com você ajudar humanos de terra sem fé?' - indaga o espírito, parecendo não gostar da proposta da Fenris.


'- Hamingja querer três oferendas em honra por três ciclos lunares para ajudar mulher sem fé.'

Sua oferta não foi bem vista pelo Espírito, que lhe traz um pedido em troca. A Fenris olha com interesse para a face constantemente mutável de Hamingja. E com uma reverência em respeito concorda.

*Sua mãe terá guia forte, irmão.*

"- Aceito a proposta, sábio espírito. Guie a humana em segurança, para que ela passe sem se perder nos caminhos e armadilhas. Terá as oferendas que me pede."

Forma atual: Hominídeo

A Theurge vê que Hamingja iria cumprir sua parte. Tenta deixar a mãe de Ian o mais confortável dentro das possibilidades, verifica rapidamente os sinais vitais da humana.

"Você é mulher e mãe. Seja forte e mostre coragem. A sorte favorece os fortes."

Fala baixo, em tom de conselho. Sai do quarto e tranca a porta novamente. Desce as escadas em direção à sala, onde encontra o Wendigo e a Fúria.

"- Vamos."

Sua fala vem com a certeza que os dois tinham consigo o que precisariam para cumprir a missão que deixaram pendente.

Koda caminhava Justina pelo corredor direcionando-se para sala, estava mais calado que normalmente ficava e respondia positivamente com a cabeça de onde esperariam pela Cria de Fenris, mas não sabia como iriam construir esses altares e já que uma Theurge iria liderar o grupo dava de ombros.

*Melhor deixar que a líder decida o que fazer.*

Quando iria voltar a conversar sobre outros temas a Theurge descia as escadas para encontrar a dupla já com a névoa desaparecendo fazendo o Wendigo manter o silêncio e refletir.

*O que seja que ela estava fazendo já deve ter sido finalizado...*

A ordem de comando para saírem era seguida de um questionamento da Fúria Negra, que mesmo sendo um questionamento de interesse de Koda estava mais interessado em saber o que precisariam para os altares.

'- Os altares precisam de algum tipo de material próprio para construção ou devem ser marcações ritualísticas em estruturas pré-existentes?' - Fala de maneira objetiva e mesmo não sendo um poço carisma o Ahroun não parecia estar sendo agressivo.

A Theurge vê os dois ainda debilitados. A Fúria Negra pede então por ajuda.

A Fúria Negra...

Para uma Cria de Fenris...

"- Ela está com uma boa guia. O caminho favorece os fortes, e a mãe de um dos nossos certamente há de ser."

Olha novamente para Justina. Arqueada pela dor. Ainda que não fossem para uma missão de batalha, seu estado demandava cuidados.

*Minha energia espiritual está baixa. Se os curar, sairei esgotada.*

A Theurge pondera por alguns instantes. Nunca admitiria qie não daria conta. Chamar um espírito seria a solução mais sábia pelo bem da matilha e da missão naquele momento.

"- Farei o que me pede. Venham."

Magdalena vai para o jardim interno, indo para a área gramada um pouco afastada da piscina.

"- Vocês fizeram um acordo com o Espírito do Vento Sul, Miakoda." - Fala de forma neutra enquanto caminha. "- E pelo que repassaram, o Espírito não exigiu um material específico para o altar, não é isso? Se for assim, os altares ficarão a nosso critério."

Ao chegarem na área de grama, Magdalena se volta para Justina. Com a ponta da unha na ainda aberta testa da Fúria Negra colhe um pouco de sangue. Com isso, começa então a conjurar um Jaggling do Unicórnio.

OFF: 6 sucessos na conjuração, 3 na harmonização.

O Espírito rompe a película a galope e, inusitadamente, parecia mais forte do que Magdalena esperava.

*Será que o sangue da Lua Cheia teve algo com isso...?* - Pensa a Theurge intrigada.

Faz uma reverência ao Unicórnio. Com bastante respeito ao Espírito poderoso e desconhecido, fala:

"- Eu o chamei, grande Espírito. Me chamo Valkyria Negra, nascida mulher e conhecida entre os humanos como Magdalena. Theurge Cliath dos Crias de Fenris. Esta é Garras Sagradas da Mãe, mulher conhecida por Justina. Arhoun Cliath das Fúrias Negras e; Caçador da Fúria Gélida, pelos homens conhecido como Miakoda. Arhoun Cliath dos Wendigos. Somos irmãos de Matilha e corremos com a Olhos da Tempestade."

Após uma leve pausa para que os Lua Cheia fizessem suas reverências em respeito ao Espírito, continua:

"- Garras Sagradas da Mãe está bastante debilitada e pediu que eu pudesse intermediar seu encontro com um espírito capaz de sarar suas feridas. Ela está disposta a pagar preço pelo que pede, e por isso, chamei-lhe aqui."

Era um espírito completamente novo para Magdalena, que o olha com uma admiração curiosa por isso enquanto aguarda sua resposta.

Forma Atual: Hominídeo

Koda ouvia a resposta sobre os altares e devolvia um gesto de concordância para a Cria de Fenris aguardando a invocação do espírito que ela julgaria pertinente.

O Wendigo olhava para o resultado da conjuração, mas não conhecia em particular aquele espírito que imaginava ser da Wyld, mas que parecia um tanto dissonante para o que conhecia dos estrangeiros da Wyrm.

*Errr... os Fenris daqui mexem com o Arco-Íris?*

Mesmo estranhando não desrespeitaria o espírito perfazendo uma pequena reverência silenciosa. Aguardando qual seria a postura do espírito para só então julgar seria fazer o mesmo pedido para sua cura. Então permanecia em silêncio observando.

Magdalena escuta o Espírito com atenção.

*A Fúria Gélida cuidando de um moleque?*

Uma reverência indicando ter entendido, a Theurge também se volta para a Fúria Negra e traduz para a Lua Cheia:

"- O Espírito fará o que lhe pede e irá curar, Justina, SE você pegar e cuidar de um menino de rua. Este é o preço."

Forma atual: Hominídeo

O espírito falou alguma coisa que o Lua Cheia não conseguia entender, já lembrando que teriam que seguir a recomendação do Beta em algum momento para que buscassem aprender a linguagem dos espíritos.

*Mas não agora.*

A Filha de Fenris traduzia o pedido do espírito, e Koda julgava um pedido aceitável, já que sua relação com os humanos na reserva era sempre no mínimo respeitosa, mas não sabia se a Justina aceitaria da mesma forma, afinal as Fúrias Negras sempre tiveram uma relação problemática com homens.

*Menos um humano perdido é menos um soldado para Wyrm.*

Não sabendo a língua dos espíritos se dirigia a Magdalena:

'- Valkyria Negra, assim como Garras-Sagradas-da-Mãe, também preciso que meus ferimentos sejam curados antes de sairmos em missão. Por favor, interceda com o Unicórnio-Arco-Íris para saber o que demandará pela minha cura.' - Demonstrando educação na postura.

Justina parecia pensar a respeito do Chiminage e sua mão vai em seu ventre. Magdalena observa aquela postura com curiosidade.

*Será uma cria perdida?...*

Seu pensamento é interrompido por Caçador da Fúria Gélida. A Theurge não entende porque ele não pediu logo, antes que ela trouxesse o Espírito.

*O orgulho do Espírito Canibal não deve ser entrave para a Matilha...* pensa, até que finalmente Justina dá seu aceite.

Acena positivamente a cabeça e novamente vai ter com o Unicórnio Arco-iris:

- A Filha de Pegasus aceita o preço." - após uma rápida pausa, emenda o pedido do outro Arhoun.

"- Caçador da Fúria Gélida acaba de perguntar uma paga pelo mesmo pedido, de curar seus ferimentos. O que ele pode lhe oferecer em troca, grande Espírito? "