Clareira Central

O Andarilho começa a seguir o líder tribal e ouve a primeira parte de sua fala. Ele falava que queria mais, mais informações, mais cumplicidade! Ele aponta alguns fatos sobre os contatos que teve com o Theurge nos dois momentos. Camilo admitia que a delicadeza estava bem aquém de suas qualidades, assim como a prudência. Entendia o ponto que o Ragabash queria chegar, sabia que estavam pisando em ovos. Ainda mais eles, uma Tribo que dançava entre a Weaver enquanto as outras só conseguem repudiá-la!

Na terceira parte do discurso do líder, Skull-Head começava a entender em que ponto Bit-Coins queria chegar. Os Cães Cibernéticos tinham problemas a tratar com toda a Nação e o lua crescente havia escutado uma ou duas vezes sobre a ala mais radical do campo. Eles provavelmente estavam recuados desde que seu líder teve seu plano macabro exposto, mas até quando? A exposição que os Interruptores Aleatórios começaram criou fissuras na relação interna da Tribo e isso estava bem claro em todos os locais que a Tribo comungava.

"- Eu acho que um 'time' me ajudaria a pensar melhor nessas paradas, Bit-Coins, mas gostaria de deixar claro que eu não tô aqui pra acabar com a estabilidade interna de nossa Tribo, nem apontar o dedo na cara de ninguém. Não tenho intenção, nem capacidade pra esse rolê. Não. O assunto 'Cyber-Dogs' me deixa apenas preocupado, mas eu confio naquilo que tu me diz e na confiança que tu deposita sobre o Campo aqui no Rio. Se tem uma coisa que eu já sei é que o Skull-Head aqui bota fé que, apesar das divergências internas, a nossa Tribo precisa ficar unida."

Ele continuava a fumar seu beck enquanto caminhava com o líder tribal. Naquele instante, ele olhava nos olhos do sem lua assim como esse fazia consigo.

"- 'Podexá' que essa dúvida vai acabar, chefia! Pode deixar." 

O lobo ao escutar sobre a visão de seu irmão de augúrio demonstra interesse. *Esse reforço virá bem a calhar nessas últimas noites.*

"- Muitas visões foram recebidas nos últimos dias. Estou indo ao abismo com Invocador-do-Abismo depois dessa festa para descobrir sobre uma delas. Espero poder compartilhar segredos com vocês quando voltar." Fala o lobo com mais seriedade.

"- Existem 3 coisas que quero aprender. O ritual do fogo sagrado, O ritual da prece pela busca e como fazer flechas do sol, vocês podem ensinar?" Pergunta o jovem theurge. *Isso me dará uma boa chance de saber quem eles são.*

*Não vou falar sobre os segredos que descobri e compartilhei com a nossa líder. Eles agora pertencem a ela e ela somente pode compartilhar com outros.*

- Obrigada - dá um breve sorriso e guarda a arma de volta. Iam ter tempo e experiência para que a Ahroun pudesse ver sua perícia e os poderes do fetiche.

A observação da Fúria Negra já lhe é familiar. A Fianna olha para o horizonte nostálgica, lembrando-se das formações de combate, cheias de membros da sua Tribo, com os Ahroun na frente brandindo seus machados enormes e espadas de vários os formatos, girando suas lanças, a luz brilhando em suas lâminas antes do sangue espirrar delas, em um espetáculo caótico, violento e glorioso. Grace fazia sua parte junto aos outros arqueiros, atirando flechas, com pontas de prata ao enfrentar os terríveis Dançarinos, e depois da batalha, combinando com os Galliards como contariam aquelas histórias nas Assembleias, e também, era inevitável, como homenagear os mortos nas Cerimônias pelos Falecidos...

- Eu lembro... guardei algumas histórias desses guerreiros. Bem como já lutei ao lado de Garous da sua Tribo. As Filhas de Pégaso são exímias arqueiras. Aprendi com elas, será bom aprender de novo -  dá um sorriso reconhecido. 

Grace vai deixando as lembranças passarem e tenta tomar a decisão que sua treinadora havia pedido. 
- Minha mãe usa a falcata. Uma espada curva, mais larga na ponta, que ela brandia em movimentos circulares. A luz da lâmina rodando tão rápida faziam desenhos que lembravam a própria Luna. Acho foi por isso que ela adotou o nome Garou "Moonblade". Meu pai achava mais bonita a tradução para o português "Lâmina Lunar", algo que eu concordo - sorri cheia de saudade - Estou divagando, eu sei, mas chegarei ao ponto. Ela tentou me ensinar a usar espadas, e eu realmente queria ter a capacidade de brandí-la com toda a beleza e ferocidade que ela fazia, mas infelizmente, eu não tinha tanta aptidão para isso, então acho melhor descartar as espadas. O machado eu tentei poucas vezes, e achei ainda mais difícil que as espadas. Contudo, as lanças seriam algo mais familiar para mim. Elas são leves, e podem ser rápidas e mortais nas mãos ágeis, como eu acredito que são as minhas. Além disso, elas são semelhantes às flechas de arco que eu já conheço tão bem. Poder lutar a uma distância mais segura é algo que pode me ser muito útil, principalmente porque tenho minha filha para proteger. Por isso, gostaria de aprender a manejar a lança. 

Tomás ouve atentamente e sorri quando percebe que Renan parecia estar gostando de sua companhia, pois ele começou a rir diante dos comentários sobre os Philodox e Galliards, Brilho-dos-Sonhos não entendia muito bem o motivo, mas estava se sentindo atraído, tentou buscar na memória algum motivo sensato, mas não se lembrará de outrora ter se interessado por alguém visualmente similar a Renan. Brilho-dos-Sonhos também não era um idiota, sabia que a primeira Lei da Litania também envolvia relacionamentos homossexuais e que gays não eram bem vistos por muitas tribos, inclusive por tais relacionamentos não gerarem novos garous.

Sabia também que Renan simplesmente poderia ser hétero ou comprometido, a grande maioria das vezes que Tomás se interessava por alguém o interesse do individuo não combinava com quem Brilho-dos-Sonhos era, já estava acostumado com tais desventuras, mesmo que de fato tivesse se interessado por poucas pessoas na sua vida, quantidade o suficiente para se contar nos dedos de apenas uma mão... uma mão normal sem dedos extras.

Com o ultimo comentário de Renan a conversa torna-se mais séria, o que Brillho-dos-Sonhos até mesmo aprecia, após estudos Tomás havia passado a crer que é muito fácil interagir entre sorrisos e brincadeiras quando se é um neurotipico, mas as conversas mais sérias envolvia um grau a mais de confiança e respeito. "- Então vocês estão aqui por causa dos "últimos dias" que podem não ser últimos dias se tudo der certo. -" Tomás olha ao redor buscando calcular quem esta perto dele e podem ouvir a conversa. "- O que vocês sabem sobre o que esta acontecendo? Tem dúvidas sobre alguma coisa? -"

Kiba ve uma ponta de lua passando bem acima de sua cabeça, sinal de que mais Garous ainda chegavam a Seita enviados de diversos cantos do mundo para proteger o futuro da Nação.

O Presa de Prata nota que Jacob vinha até ele e deixa seu corpo retornar a forma humana, retribuindo o abraço do amigo e dando dos tapas em suas costas.

- É.... As coisas aqui começaram complicadas. To mais perdido que filho da puta em dia dos pais, mas vou dar um jeito....

O Ahroun sorri e olha para o amigo. Sentia que sua fúria havia aumentado bastante desde que saiu de Nova Iorque. Kiba então diz:

- Essa voz foi por ter dito a um dos juízes da Seita que ele tava falando merda, e a cauda é por ter engravidado a Fianna da minha matilha.... Vou ser pai novamente. Dessa vez de uma impura.

Kiba queria poder contar com mais detalhes tudo que aconteceu, mas o Caern estava cheio demais para poder dar mais detalhes, então prefere apenas seguir falando:

- E você? Que fúria é essa? Perdemos alguém?

- Obrigada, Helenna - Grace tinha algumas ideias sobre sua lança, mas preferiu não externá-las, e confiar na sabedoria de quem entendia melhor sobre isso do que ela. 

Fica aliviada que a Fúria Negra não pretendesse ficar o dia inteiro junto com ela. Tinha planos pessoais para resolver, e acreditava que Helenna também ia ter. Acena satisfeita com as condições dela. 
- Isso me parece excelente. Podemos começar nosso treinamento à tarde, se estiver tudo bem para você. Acredito que eu tenho pelo menos uma hora entre minha reunião de Tribo e a nossa reunião de Matilha. 

Kiba até se diverte com o bom humor de seu antigo Alpha. Se fosse em outro lugar riria, mas precisava manter a seriedade. O Ahroun retribui mais uma vez o abraço do Galliard, se permite dar um sorriso e dizer em seguida:

- Eu espero parar né.... Daqui a pouco nenhum lugar desse mundo vai me aceitar e os Caerns vão esconder as Garous quando eu chegar. Não é isso que eu quero.

A sensação daquele bate papo era boa demais. Kiba sem duvida precisava daquilo. Afinal, podia ser a ultima vez que via o Garou. Porém, aparentemente não havia sido só o Presa de Prata que tinha tido problemas enquanto esteve fora.

Kiba fica sério quando Jacob conta sobre o que rolou com eles e a matilha do irmão mais velho do Roedor. Ele se sente mal por não estar por perto para ajudar, por mais que imaginasse que não faria tanta diferença assim.

Sabendo que Jacob estava sofrendo com aquilo Kiba decide não tocar mais no assunto. Perguntaria a Argus ou a Fergie, que certamente se sentiriam mais tranqüilos de contar tudo que ouve. Se é que podia chamar aquilo de "tranqüilo".

- Foda irmão.... Nem consigo imaginar Tira Dentes perdendo uma luta.... Meus pêsames cara.

Os assuntos políticos continuam e mais uma vez Bit-Coins lembra da fragilidade do poder dos Fiannas naquela Seita. Skull-Head então rebate:

"- Alguém já havia desafiado Estrela-da-Manhã antes? Pelo que tu me falou, a Fianna venceu o Filho de Gaia que era o manda-chuva daqui, talvez alguma tentativa de retomada, não sei..."

O lobo fica feliz em aprender com Invocador, ele é um theurge muito reconhecido na tribo e com toda certeza lhe daria bons ensinamentos e conselhos.

"- Agradeço os ensinamentos Invocador-rhya." Responde o lobo ao outro theurge.

"- Vou ao abismo em busca de respostas a respeito de uma visão de Invocador-do-Abismo." responde o lobo a Rio-Sereno. *Só não sei se esse é o melhor momento para me ausentar da tribo, do caern e da matilha...*

"- Voz-de-Gaia-rhya, você acha que devo ir logo em busca dessas respostas?" Pedia o jovem garou um conselho a líder da tribo. *Voz-de-gaia é uma adren e "alfa" da tribo neste Caern. Ela saberá o que fazer.*

Tomás pega uma maçã e a morde enquanto pensa na pergunta de Renan, a maneira do rapaz de falar incomodava um pouco Brilho-dos-Sonhos e isto o frustrava um pouco, ainda assim Rastro-Esquecido agradava o Andarilho. 

"- Pensando bem, isto tudo esta uma baderna, vamos dizer que os sinais para o Apocalipse estão se manifestando e isto esta causando alguma comoção, aparentemente os reforços estão chegando, não sei muito mais do que isto. -" Tomás não mentia, mas não podia contar muito mais do que isto então retorce seus dedos e comenta. "- Você acabou de chegar, estamos num festival, vamos deixar isto para depois. Agora... me conte uma coisa, pelo que Kiba me contou e pelo que parece, vocês são quase uma família, não é? Como é viver assim? É uma sensação que desconheço. Ou eu estou deduzindo errado?-"

Thiago cogitou a interpelar e dizer a Sarah que um pouco de lazer era bom é que ela não precisava ficar afastada que já que era da matilha era bom eles se tornarem mais próximos, mas já imaginava que seria problema dizer aquilo sem Sarah entender tudo errado. Era melhor deixar como ela queria.
 "- Ok... Que seja então...."
 Foi a resposta que deu a ela, logo seguindo na direção onde estava o Galliard da outra matilha, dando um pouco de rebolada e molejo no andar ao ritmo do batuque, curtindo o som descontraído. Parando com tal andar, apenas ao se aproximar do alvo, ao qual logo abre um sorriso a ele.
 "- Guardião-Ancestral, certo? É um prazer lhe conhecer. Sussurro da Noite, cliath, peregrino silencioso, também lua gibosa. Gostaria de elogiá-lo pela apresentação que fez de sua matilha. Foi um belo trabalho..." Diminui ali um pouco o tom de voz "- Tão belo quanto sua voz, seus olhos, você por inteiro..." Voltou ao tom de voz normal "- Não tive como não me sentir encantado... Novamente parabéns."
 Mantinha o sorriso no rosto de forma ali galante, em boa postura para mostrar bem seu físico e porte também ao galliard.