Clareira Central

"Feisí..." pensa Grace irritada com o problema que Tarek havia arranjado.

Acena em concordância para Alef, ainda contrariada, mas levando em consideração as palavras dele. 
- Adoraria que não fosse tão ruim assim, Guaridão Ancestral, mas me assusta que tudo isso levou apenas algumas horas para chegar nesse ponto. Eu sei que todos irão dar suas vidas para evitar isso, eu também daria a minha se pudesse...

O último comentário dele deixa a Fianna mais séria, engolindo em seco
- Eu também não duvido. O Rei da Nação deve ter agido rápido em enviar reforços, justamente para enfrentar os ataques que devem vir... precisamos estar preparados. 


OFF: 
Feisí: Idiota

Victor assente diante das ponderações de Alef *Essa matilha nao se ajuda, meu pai* e ao final complementa:

"-A realização de uma profecia dessa magnitude deve ser quase como um grito no mundo espiritual para aqueles capazes de ouvir. Seria tolice acreditar que a Wyrm ja não sabe que sua filha está a caminho." O tom de Victor é sério, mas não há proselitismo. Ele entao continua: "-Nao sou ninguém para dizer como voce deve ou nao se sentir ou agir, mas não acho que seja mais o momento de se preocupar com quem sabe ou deixa de saber. Assuma que todos sabem e esteja sempre preparada. Os dias que virão serão difíceis para todos, especialmente para você e, quanto ao que me cabe, nao pretendo ser mais uma parte do problema. Você pode nao ir com a minha cara e eu nao lhe culpo por isso, mas, no que estiver ao meu alcance, você e a criança terão o meu auxilio."

Apesar de suas reservas com o Senhor da Sombras, Grace reconhecia que havia certa sabedoria em suas palavras. 
- É o que estou considerando. 

Faz um aceno de aprovação quando ele lhe oferece ajuda. 
- E mais uma vez, eu lhe agradeço por isso. Quanto a seu pedido de desculpas pelo que fez na apresentação, eu aceito. Espero sinceramente que nossas Matilhas possam superar as desavenças. O inimigo já exigirá muito de nós para nos desgastarmos com conflitos entre nós mesmos. 

Brilho-dos-Sonhos não entendia se Renan estava gostando ou não do dialogo então vez ou outra parecia perdido, diante do comentário do rapaz ele apenas concordou e entendeu que estava falando demais, infelizmente Rastro-Esquecido faz uma pergunta o que deixa o Andarilho confuso, não sabia se era bom falar mais sabendo que já havia falado muito. 

"- Eu ia fazer perguntas do tipo, mas você foi mais rápido, isto é bom.-" Tomás cruza os dedos enquanto seus polegares parecem brigar um com o outro. "- Estou na minha primeira matilha, sou a garou a aproximadamente um ano. E tentaram me matar quando eu me transformei.

"-Enfim... eu tive um problema, sai na rua e me expus... vestido como Drag Queen, então alguns homens devem ter acreditado que poderiam demonstrar o quão masculinos eram me agredindo ou me matando, só que eu me transformei pela primeira vez e os matei, depois disso os Andarilhos me acolheram, acho que além deles somente os Roedores poderiam fazer algo por mim. -" Tomás é pragmático, não se aprofunda nos detalhes e não se envolve emocionalmente ao relatar os fatos. 

Antes de perguntar alguma coisa para Rastro-Esquecido, Tomás encara os restos da maçã que havia comido e passa a puxar para si um cacho de bananas, duas maçãs e outras frutas menores como Kiwi e Morangos. "-O Uirapuru vai gostar disso, espero que ele não ache que a fruta precisa ser roubada ou comprada fora do Caern, ele não disse que precisava. -"    

"- E você Renan? Qual sua história? -"

Victor esboça um sorriso e responde:

"-Concordo. Bom, não vou tomar mais do seu tempo. Eu realmente queria falar com o restante da sua matilha, mas estão todos bem espalhados e cuidando das próprias vidas. Por favor repasse minhas desculpas, quem sabe amanhã eu consigo falar com vocês."

Olha para o céu por uns segundos e deixa escapar um pequeno riso enquanto fala:

"-Bom, acho melhor ir falar com a liderança da minha tribo, ainda tenho alguns dentes que ele pode arrancar."

Olha pra Alef.

"-Eu vou lá resolver logo isso e depois devo ir para o QG descansar um pouco."

Vira-se para Grace e diz:

"-Que as proximas noites sejam de Glória. Deixarei vocês conversarem."

Se despede e sai em busca de Sombra-da-Justica

Skull-Head concorda com a cabeça diante do fato exposto pelo Ragabash. Viver de maneira apolítica era impossível, ainda mais no meio de um seita de monstros sanguinários como eram os Caerns.

*Ou se joga a porra do jogo, ou se é esmagado pela cavalaria!*

"- Que os nossos passos sejam guiados pela Barata, então, chefe! As filhas dela são duras na queda, espero que nossas decisões nos tornem igualmente forte! Vamos precisar."

O Andarilho faz uma pausa antes de continuar. Ele olha para clareira distante, voltando-se para o líder tribal:

"- E onde estão nossos irmãos? Eu já conheço o meu colega Spybot e o outro novato de vista, o Brilho dos Sonhos. Conversei com Detector-de-Mentiras, que me indicou quem tu era e ele comentou algo sobre um Mestre-dos-Magos."

Skull-Head deixaria o restante da conversa política para a reunião, mas o Ragabash havia aberto os olhos do Cliath para o que estava por vim.

Diante dos comentários de Jacob o Presa de Prata via poucas chances de derrubar o maldito, mas talvez, se descobrissem como ele fazia aquele mal na Umbra das cidades, pudessem começar a minar suas ações.

O Ahroun tinha muito o que pensar e infelizmente aquilo teria que esperar. Provavelmente os Theurges deviam estar trabalhando no assunto, mas mesmo assim Kiba não conseguia deixar de pensar no assunto.

- É Jake.... Fudeu....

O Ahroun sacode a cabeça e complementa:

- Cara, é tanto problema que se a gente ficar pensando em tudo isso vai acabar deixando de viver.... Eu te convidaria pra tomar uma bebida aqui, mas estamos proibidos de beber. Ta afim de dar uma volta pelas ruas aqui de perto? Deve ter algum boteco aberto que a gente possa tomar uma.

*Então ele conhece o Nightmaster... Interessante que o Uktena mais Senhor das Sombras que já vi conheça o mestre do Abismo. Fico realmente feliz que Voz-de-Gaia tenha enviado o Ahroun, é mais uma chance que eu tenho de voltar vivo e até mesmo um Ahroun dos Uktena é mais familiarizado com o mundo espiritual do que a maioria dos caras pálidas.*

"- Podemos partir." Responde ao Invocador-do-Abismo. Não podia deixar de pensar no timing disso tudo e que não confiava completamente no seu irmão de tribo. *Tem algo muito estranho nessa história, mas pela sabedoria do grande Uktena eu vou descobrir exatamente o que é.*

As palavras da philodox acertaram Thiago como um tiro. Ele ali gelou, as mãos tremiam levemente. Já não se importava com a biblioteca, por mais que a falta dela complicaria coisas depois para ele. Estava completamente imerso no que ela tinha dito.
 "- Eu... Não... É... Que..."
 Balbucia palavras sem conseguir falar muita coisa e lágrimas corriam pelo rosto. Estava começando a chorar ali. Respira fundo passando o braço sobre os olhos secando lágrimas.
 "- Não importa..."
 Sai correndo para fora da clareira, parando perto de uma árvore e longe da vista dos garou da festa. Desfere na árvore uma sequência de socos, sem técnica e sem ter neles metade da força que Sarah aplicara no soco dela na árvore momentos antes.
 "- Idiota, idiota, idiota..."
 Murmurava entre os socos e lágrimas que voltava a cair. E os dedos estavam ralados ao impacto com a árvore.
 "- Eu sou um idiota!"
 Dá uma cabeçada direta com a árvore. Machucando a testa e caindo atordoado de costas no chão e respirando pesadamente.
 "-Ai..."

- Repassarei - diz simplesmente em resposta. Não achou que faltariam oportunidades para o Philodox encontrar com os outros membros da Matilha dela.

Lança um olhar para a boca sangrando de Victor, imaginando bem como ele havia arranjado isso. Ela mesma, no calor do momento, ia ter desejado socar a cara dele pela atitude desrespeitosa.

Porém, o momento agora era de ânimos frios e consciência trágica, embora houvesse um pouco de esperança, a que sempre mantinha os Garous lutando mesmo com a iminência do Apocalipse.
- Que as próximas noites sejam de Glória, para todos nós.

Observa Victor saindo e continua em frente à Alef. Gostaria de poder garantir a ele que Tarek lhe pediria desculpas pelo seu vergonhoso comportamento, mas não sabia se o irmão de Matilha ia se dispor a isso. De qualquer maneira, o Presas de Prata não devia querer vê-lo nem pintado de ouro e achou melhor evitar o assunto para não trazer a irritação dele de volta.

- Em um momento melhor, gostaria de conhecer suas trovas.

Ficou um pouco afastada da matilha e da festa. Em um primeiro momento não queria se envolver em mais problemas e acabou por deixar de aproveitar a festa. Mas fizera observações bem relevantes sobre sua matilha e alguns outros garous presentes.

Sempre tentava procurar encontrar Tarek no meio da multidão. Ele não era confiável e isso a deixava com uma, ou quem sabe duas, pulgas atrás da orelha. Sarah estava com o Peregrino e isso a acalmou um pouco.

Já pensando no dogma do totem da matilha, Jessica se aproxima da mesa de frutas e pega algumas. Colocando-as em sua mochila. Não poderia comer nada devido ao que Degan impusera à Roedor mais cedo por ter quebrado o dogma do totem. Bom que ela tinha comido bastante.

"Se eu roubar alguma coisa da mão de outro garou isso é considerado caça?"

Depois de pegar algumas frutas e encher sua mochila quase toda, ela procura Tomás com o olhar. Queria ficar com a bolsa que tinha os pertences das travestis. Iria conversar com Mãe das Ruas em breve e precisaria dos itens para poder ajudar os familiares, caso tivessem.

"Rá....familiares. Vamos ver quantos familiares se importavam de verdade com aquelas pessoas."

Mudou para Lupino, precisava continuar com sua outra punição dada por Sarah e se afastou da mesa das frutas até um canto próximo da floresta que estivesse livre. Deitou-se e observava a festa.

De repente risos vinham de dentro da mata fechada. Jess não iria ignorar aquilo, a curiosidade era maior. Vira seu focinho na direção dos risos e fareja o ar, tentando identificar algum cheiro que pudesse lhe dizer o que poderia estar dentro da mata fechada.

Independente de ter sentido algum cheiro ou não que pudesse lhe dar uma ideia de quem seria, Jessica entra na mata fechada, seguindo os risos enquanto pensa:

"Curiosidade matou o gato, mas eu sou uma Garou, certo? O que pode dar errado de tudo que já deu essa noite?"

Tomás observa Renan, mas não se entristece com a história, era apenas mais uma informação coletada, não concordava com o rapaz, não se lembra daquela noite como traumática, mas como se um problema tivesse sido solucionado, ele finalmente havia descoberto o que era. "- Compreendo. Bem, agora estamos aqui, no começo do fim sem saber quem sobreviverá até o final. -" Tomás fala pensativo e então fica quieto encarando o nada, acaba então começando a soltar o coldre que carregava o machado em suas costas e o coloca na mesa, era um Tomahawk um tanto quanto rústico, mas firme. 

"- Bem, você esta num novo Caern, numa nova missão, cercado de novos garous. Aceite-o (indica o machado com a mão) como um presente de boas vindas, nunca se sabe quando vai ser necessário. -"

Brilho-dos-Sonhos então observa ao redor, quieto. 

Ao ver a cena dos quatro filhotes bêbados ela não ri, mas é claro que tem vontade, apenas ficava tentando adivinhar onde tinham conseguido todas aquelas bebidas. Se aproxima dos meliantes e diz:

"-Tá....e porque não me chamaram para dividir a birita? E onde vocês arrumaram isso?"

Não esperava resposta de verdade dos filhotes. Estavam bêbados demais para isso. Se ouvisse algo mais coerente que balbucios, iria parabenizar os filhotes quando eles estivessem sóbrios.

"-Me dá essas garrafas aqui...seus filhotes espertinhos."

Muda para hominídeo novamente e pega as garrafas de bebida, dando uma piscada para os filhotes.

"E vazem daqui antes que alguém descubra que vocês estão bêbados...vai...chô, chô...desinfeta. Deram uma puta sorte que foi eu que achei vocês. Vão para os alojamentos dormir um pouco até essa bebedeira passar."

Como sua mochila estava com frutas para o Uirapuru, ela tira todas as frutas de dentro da mochila, coloca as garrafas de bebida na mochila e as frutas dentro da sacola.Muda para lupino e leva as sacolas de frutas com a boca de volta para a Clareira Central.

"Mas olha que maravilha...já fui na feira buscar as frutinhas do nosso totem. Como sou uma boa Ragabash né?"

Fica no mesmo lugar onde ela estava antes. Pretendia conversar com os filhotes depois que a dor de cabeça tivesse passado.