As Ruas da Zona Oeste

Bruno a principio congela diante de seus "pensamentos". Seria sua consciência falando? Ou quem sabe seu padrinho? Independente de quem fosse, a frase vinha em um momento totalmente estranho.

Padmantavi poderia ter sido estupida e irracional, mas ela ainda era alguém de sua matilha e ele, por mais centrado que fosse, não conseguia conceber que estava insensível ao ponto de não se importar com sua morte.

"Quem é você e como entrou em meus pensamentos?"

Pensa o Andarilho, esperando receber alguma resposta no processo.

Amon vê o guarda que havia caido no chão começar a se levantar ao mesmo tempo que sente o outro se livrar de sua pegada. Ele nao tinha tempo a perder e desfere um poderoso soco na direção do guarda que atacara primeiro. O golpe é perfeito. A ligação do punho conecta exatamente na lateral do maxilar. A cabeça do guarda chacoalha com o impacto e ele perde os sentidos, caindo logo em seguida no chão.

Sem tempo para pensar, o garou ataca da mesma forma o segundo guarda, que agora já estava de pé. O soco conecta bem, mas o desgraçado continua de pé. O Peregrino mostra os dentes e contrai os músculos do peitoral e braços em frustração.

"Do que vc é feito, maldito??"




Off


Gastos: 1 ponto de fúria
Ataque guarda 1: 6 sucessos
Ataque guarda 2: 2 sucessos

A situação se agravava a cada minuto. Definitivamente aquela não era a melhor noite para se estar na liderança daquela matilha. Enquanto líbero havia coisas que Victor poderia fazer. Poderia chamar um corvo da tempestade e com a pele de maldito ativada, ir ao encontro de Alef pela umbra enquanto o restante da Matilha finalizava o pacto e tentava encontrar o Peregrino.

Infelizmente, da matilha que Alef conhecia apenas Siegfried, Sussurros-Solitarios e ele faziam parte, de modo que se tornava inútil mandar Gabriel buscar o irmão desgarrado, já que um não conhecia o outro e o Presas de Prata desconfiaria de toda a situação...

* Mas que grande merda...*

Sem muitas opções para aquele momento, o Senhor das Sombras olha para seus irmãos que ainda estavam no plano Físico e diz sério:

'- A película está muito rígida, não consigo observar o outro lado. Atravessarei para falar com Sussurros-Solitarios, mantenham-a postos, espero retornar em breve com alguma notícia sobre o Peregrino.'

Terminando de falar, o meia lua encara o seu reflexo no retrovisor interno da Kombi e se esforça para romper a película.

off: Gasto 1 de FV e solicito rolagem para atravessar o espelho.

Victor tenta olhar pela Película para certificar-se que Hadrian não havia vazado feito vaselina pelo Véu. Infelizmente, as teias da Weaver haviam enrijecido demais as camadas que separavam o plano físico do espiritual, fazendo com que o Senhor das Sombras decida ir de encontro ao Alfa. Diogo apenas concorda com a cabeça, vendo o filho do Avô Trovão iniciar sua travessia.

'- Que noitinha filha da puta, meus amigos... é sempre essa putaria?'

O Roedor questionava Gabriel e Ian, que eram os únicos que haviam sobrado. Ele se mantem atento, observando o cenário ao redor da Kombi para não serem surpreendidos por mais alguma coisa escabrosa.

Hagen estava quieto observando o desenrolar dos fatos, não sabia o que era pior na ação, mas provável que teriam problemas. Escuta Padmatavi sobre os espíritos eslavos e pensa:

"Eslavo, africano, brasileiro ou grego, se estiver com a wyrm, sentirá nossa ira... Que estejam do lado da mãe..."

Hagen vai com seus companheiros para a Umbra.

Ian achava estranho seu Alfa ter mandado Sussurros junto com Sieg para a Umbra mas ter partido sozinho, estava preocupado com Hadrian mas como foi dito para se manter ali, obedeceria. Diante da pergunta do roedor, Ian pega sua viola, toca um acorde, a afina e responde:

" - Cara... Eu tô há duas noites aqui e parece que já vivi mil vidas. Até que deu uma acalmada, mas se prepara porque só vai piorar. O que me incomoda é ficar aqui parado igual um dois de paus enquanto eles vão para alguma ação."

Bruno escuta aquilo em sua mente e fica perplexo, pois naquele mesmo instante ele lembra da cena com Pantaneiro em um futuro apocalíptico. O Theurge então responde ao seu "eu" do futuro.

"Se teve o trabalho de se importar comigo, é porque deve saber que eu não pretendo me tornar você. Então por que daria ouvidos a você?"

O Garou estava realmente irritado com aquela audácia. Invadir sua mente era algo que ele considerada um desrespeito, mesmo se tratando de seu "eu" do futuro.

O cria observava que bruno estava absorto em seus pensamentos. 

*Isso é a cara de quem ainda está pensando na DR com a Flor de Lotus*


-É foda cara. Mas como já dizia o velho ditado: "Hel está cheio de boas intenções" - fala um pouco pra quebrar o silencio perturbador. A espera para agir parecia uma eternidade para o fenrris e essa era uma das formas de fazer o tempo passar. 

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COMUNICAÇÃO TELEPÁTICA 

Assim que o Skald percebe que pantaneiro tomou a decisão correta, ele pega a caneca vazia e vai até o barril. Enche o copo com hidromel e o entrega novamente para seu Alpha. 

-Só acho que temos que passar mais tempo juntos e saber exatamente o que cada um faz, mais importante do que conhecer o inimigo é se conhecer. Se conhecer e conhecendo o inimigo nos tornamos invencíveis. - faz uma pausa e continua no mesmo tom -Já ouvi história piores sobre matilhas que novos membros entraram e por causa de nenhuma sinergia em sua primeira noite quase todos morreram. Mas isso os tornou mais forte, pois em uma reunião ao pé da fogueira eles ouviram o Skald falar dos feitos e perceberam que uma matilha forte é justamente aquela que age em sinergia aproveitando o melhor de todos.

Bruno ainda esperava uma resposta de seu outro "eu" quando Bjorn fala com ele. O Andarilho volta a realidade, pensando se aquilo havia quebrado a conexão mental, e logo responde ao Fenris:

- Não esperava um comportamento irracional de um Philodox, mas quero acreditar que ela ainda está se recuperando dos últimos acontecimentos. Padmantavi passou por muita coisa e certamente isso deixa feridas que levam tempo para curar.

Ele se aproxima novamente de Bjorn, tentando tirar da cabeça as vozes que havia ouvido e diz:

- Como estão as coisas?

Amon vê o guarda assumir uma postura mais defensiva e resolve atingi-lo de uma forma mais pesada. Usando seu impulso e o peso de seu corpo, ele se atira na direção do humano para lhe acertar um encontrão, mas seu oponente se esquiva na última hora, fazendo com que o Peregrino atinja a parede logo atrás dele.

O garou se recompõe rapidamente, já preparado para um novo ataque.



Off:


Ataque: 1 sucesso

-Luna já fez o serviço dela e como toda Ragash acha que o plano já era.  Pois resolvemos não escuta-la e sair do carro. Agora nesse momento ela foi averiguar como estaria o peregrino. 

Bjorn tenta entender tudo o que acabara de ocorrer ali e como um bom Skald sabe que a matilha unida é mais forte. Por isso tenta colocar panos quentes no que acabara de ocorrer ali. 

-Não acho que Pamantavi tenha sido irracional, apenas um pouco exagerada já que estamos todos juntos nessa. Já vi matilhas serem derrotadas por reter informações preciosas de seus próprios membros, isso ocorre é natural e sempre existem inúmeros motivos. E tentar apontar quem está errado agora não resolve, na verdade piora a situação. A unica verdade é que estamos nessa guerra juntos não é? Então nós sangramos feliz um pelo outro mesmo não te conhecendo bem, e ficaria contente de saber que a reciproca é verdadeira. Quando descobrimos que existem segredos dentro da matilha nasce a desconfiança e isso é o principio do fim. - fala de forma sincera tentando entender o que ocorrera ali, o Fenris não aceitaria fracassar em sua primeira missão por ruídos de comunicação.

Bruno começa a duvida de sua própria inteligencia, pois conseguia ver lógica e, pior ainda, concordava com que Bjorn havia acabado de falar.

"Ainda há esperança..."

Pensa o Theurge enquanto analisava toda a situação. Ele então descruza os braços, ajeita o óculos e diz:

- Você está certo Batuque de Thor. Não foi minha intensão criar a desconfiança, mas minha abordagem realmente poderia ter sido diferente.

Ele se aproxima do Fenris e não querendo se prender demais naquele momento de reconhecimento, diz:

- Mija na Wyrm está em uma posição difícil, mas da mesma forma que certamente nossa matilha está lutando contra os espíritos nós devemos estar prontos para quando tivermos que avançar.

- Só espero que eles não se desgastem demais nessa batalha da Umbra.

Ele escuta a resposta do Fianna e logo em seguida as ponderações do Filho de Gaia. Resumindo: fodido era muito pouco para o que eles estavam! Eles estavam é lascados pra caralho, sem chance de devolução da passagem! E, de fato, esperar era um saco.

Diogo se lembrava muito bem quando era criança e os meninos mais velhos o colocavam no banco no futebol de rua só porque ele era pequeno. A situação era mil vezes pior do que aquilo! A sensação de inutilidade era latente, mas eles precisavam ser sábios e não colocar os pés pelas mãos. Ciente disso, Diogo coloca os pés na poltrona ao lado da sua e observa o Fianna e sua viola. Ele sente os olhos de Gabriel sobre si. Ele não sabia o que o Philodox queria, mas diante da situação, ele apenas questiona o irmão de matilha:

'- Manda um Ré Menor aí, Barba ruiva... faz a base que eu mando o verso...'

Com um meio sorriso no rosto sente que suas palavras surtiram efeito. 


-Visão do Futuro eu não tenho a menor dúvida que quando Mija na Wyrm precisar de nós estaremos lá. Pantaneiro é um baita comedor de merdas alheias e um grande sobrevivente, não há que se preocupar. Nós só temos agora que nos focar e dar o nosso melhor, e se os Deuses permitirem estaremos contando essa história ao pé de uma fogueira antes de partirmos para a próxima missão. 

Bjorn toca o ferro de seu amuleto pra espantar os maus espíritos.

-Não fiquei muito contente em perder a ação, mas sei que isso era preciso e sempre têm o momento de se esfolar a wyrm. Se eles se esgotarem terão a mim e a você. Isso é o que basta não? Daremos nosso melhor e sangraremos juntos. - fala para Bruno e estende sua  mão com a intenção de que Bruno fizesse o mesmo, como se os dois firmassem um pacto ali de proteger seus irmãos caso fosse preciso. 

O Theurge olha na direção do amuleto que Bjorn estendia em sua direção e imita o gesto do Galliard. Protegeria eles, mesmo estando irritado com as atitudes de Pantaneiro e Padmantavi, mas tinha que se preparar para o que estava por vir.

- Estamos juntos nessa. Vou ver como estão se saindo...

Era a melhor forma que Bruno conseguia dizer para concordar com Bjorn. Ele começa a concentrar seus olhos no plano espiritual para tentar ver como a Fortaleza de Gaia estava se saindo na Umbra.

Off:

Solicito a narração o teste para ver a Umbra.

'- Não, a obra está normal... exatamente como eu esperava. Acho que o trabalho de Bruno é que vai nos revelar o que tem de errado nessa obra. O que me preocupa é o casarão... ou o que quer que seja que vive lá dentro... não pode ser humano, a Umbra dele é bizarra... você mesmo tá vendo, Pantaneiro.' - comenta Luna ainda incomodada, mas de repente ela para e deixa cair o copo que havia acabado de pegar novamente:

'- Tem algo errado aqui. Estou indo verificar. Parece grande demais para ser humano...'

'- Eu sabia que você me responderia isso porque eu me lembro de ter respondido isso pra mim mesmo.' - comenta a voz que não parece se alterar.


'- Mas com disse, quero que relaxe. A essa hora, se não me engano, a criatura do feiticeiro Koldun deve estar prestes a eliminar a Roedora de Ossos e, na umbra, Flor-de-Lótus deve estar negociando com os servos espirituais do mesmo feiticeiro. Ela deixará a matilha, a outra morrerá. Você estará livre das duas e conseguirá transformar esse bando de imbecis ao seu redor em servos competentes e isso será fundamental para nosso plano. Foco, Bruno! Foco! Hoje é uma noite muito importante para nossas ambições. Não se desvie do seu verdadeiro foco, é hora de controlar e liderar esse bando de imbecis mesmo sem o cargo de Alfa. Seus obstáculos serão removidos, nossa era de poder está prestes a começar. Eles são a força bruta que precisam servir à nossa mente brilhante.'