Clareira Central

- Sei que você gosta de histórias, então acho que posso compartilhar essa com você mais tarde, Cordas Trêmulas. - respondeu à Fianna.

A Guardiões da Canção Ancestral decidia os detalhes do ritual de contrição ao Totem da seita quando o próprio Boitatá explodiu em fúria. Os olhos da Seita e do totem apontavam para o outro lado da clareira, em direção à Fortaleza de Gaia.

Muito sangue, um corpo retalhado no chão e um garou em frenesi. Não era difícil ligar os pontos.

- Que Gaia tenha misericórdia de nós... - disse o Presas, num tom baixo e perplexo.

Temido-como-Vulcões caminhou até o fratricida, empunhando uma corrente de prata, e o prendeu. Uma discussão se seguiu, mas Igor estava um tanto anestesiado para prestar muita atenção. Laurel e Helenna se juntaram aos gritos de repúdio, lembrando que poderia ser a Guardiões passando pela vergonha.

No entanto, a Assembléia prosseguiu, como se nada tivesse acontecido. Apesar de o julgamento de Grito-de-Guerra ter sido incluído na pauta, embora necessário para que o totem não se irritasse ainda mais, parecia falta de sensibilidade continuar daquela forma. Com a desclassificação do Fianna, sua tribo ganhara automaticamente mais uma vitória, mas ela tinha um gosto amargo de sangue inocente.

Garras-do-Trovão toma a palavra para pedir que as hostilidades para com os Fiannas cessassem e, inesperadamente, o nome de Grace surge no meio do discurso do alfa. Igor consegue imediatamente sentir os olhos da seita passando por sobre a matilha, enquanto ele mesmo olha com um pouco de estranhamento para sua irmã de matilha. Sabia que ela estava grávida de um impuro, mas não do bebê de Rosemary.


- Parece que estamos cheios de histórias interessantes pra contar uns pros outros... - disse o Presas, mantendo o seu semblante contemplativo em direção à Assembléia.

Diante da pequena discussão qeu começou, limitou-se a dizer.


- Eu sinto pela perda de mais uma vida dessa forma estúpida, mas não cabe a nenhum de nós aqui julgar, sendo machos ou fêmeas, o destino desse infeliz. Isso é um problema dele, da matilha dele e dos juízes da Seita. O melhor que podemos fazer é nos mantermos focados em não desonrar o Boitatá e o Uirapuru.

Voltou-se pra Degan.

- E que a Meia-Lua que brilha no céu desta noite traga luz ao seu julgamento, Degan.

'- Eu não entendo o porquê da sua Tribo fazer metade das coisas que faz, Ian, mas se os anciãos decidiram que ela deve lutar, temos de confiar que eles sabem o que fazem. Além disso, Grace e Kiba conceberam essa criança no Rio do Caern e trouxeram os olhos da Wyrm para essa seita. Não duvido que Boitatá queira o sangue da Fianna derramado em sua honra e esse pode ser um dos motivos pelo qual ela irá lutar.' - Complementa o Philodox.

Quando incumbido da tarefa de apresentar a matilha, Victor acena positivamente para Sussurros Solitários e diz de forma sucinta:

*Mais essa agora.*

'- Farei o meu melhor. Agora vamos fazer silêncio e respeitar o restante dos ritos.'

Nate olha para Sangue-sobre-a-Neve e diz:
"- Apenas fale comigo quando a assembleia terminar e eu lembrarei."

Os pensamentos de Nate agora estavam mais voltados a um assunto que ele registrara na mente mas em meio a todo o alvoroço ele deixara para depois: Uma garou estava gravida do "Impuro Perfeito" e pelo que ele pode perceber seria a rival de Réquiem no duelo.

*Mais uma lei quebrada! Mais uma vez uma situação que pode trazer problemas ou glorias para nossa matilha. E Mais uma vez alguem se ausenta no meio da assembleia.*

Nate olha para ver a reação de Boitatá após a ausência do garou. Por mais que tenha sido de um jeito formal, ele ainda poderia não gostar.

Sussurros- da-Weaver,matilha Sangue Forte de Luna

Sussurros-da-weaver seguia incredulo o desenrolar da assembleia, quando acontece o impensável, um garou mata um companheiro de matilha por uma discussão banal e um frenesi estupido, e ainda por cima,era um irmão de tribo seu  a vitima.Não era atoa que havia sido chamado para aquele caern,aquele lugar precisava  mudar, e João sentia que talvez poderia fazer a diferença. os ragabash não eram normalmente os grandes herois, mas tambem não precisavam ser ,bastava um empurrão aqui outro acola e as coisas vao se ajeitando nos seus lugares ,porem João tinha uma certeza:nascer sem a maldição da furia no seu âmago era uma grande vantagem.Poderia ser um grande lutador se treinasse,aprender os ritos espirituais se tivesse interresse, ou ser um grande musico se estudasse, não precisaria julgar seus pares ou seguir regras estritas. E era essa vantagem que João iria explorar:por hora aquilo estava tudo bem,aquela matlha era a mão de poker que o destino tinha lhe dado, mas ele iria transformar aqueles coringas em ases.
"-Muito bem pessoal,eu vou usar da função que gaia me deu e vou falar aqui pra vcs" falava com a voz calma e tom professoral " Nós estamos vendo o que esta acontecendo nas outras matilhas aqui na nossa frente: matilhas se desfazendo em brigas de uns matando os outros enquanto a wyrm vence do lado de fora  e de dentro do nosso caern. É obvio que teremos nossas desavenças quando nos conhecermos, mas tenhamos la fora!aqui dentro pra falar pela gente nos temos uma alfa e um beta!"João falava enquanto pousava o olhar no senhor das sombras de sua matilha e continuava: "pra julgar as disputas temos um philodox! Mas la fora e depois!" Agora olhava para a garra vermelha."aqui vamos nos apresentar como uma frente unida ,um só lobo. La fora a gente resolve as arrestas. Agora eu vou seguir o meu proprio conselhoe me calar e deixo nossa lider falar por nós."

Crinos


Flagelo seguia pensativo sobre os comentários de Garras-do-Trovão, as palavras sobre desistir eram pesadas.


*Como se desistir de ser um Garou resolvesse todos os problemas, se simplesmente como um passo de mágica eu acordaria novamente na minha cama com toda minha família.*


O recente assassinato abalará sua estrutura, olhava para Sussurros-da-Weaver e Espólio-Cyberpunk e lembrava de sua irmã, de como transformou sua vida em um mar de sofrimento, como ele não desejava nada daquilo.


Lembrava das histórias do Apocalipse e dos sinais... O impuro perfeito era um deles e, segundo o Líder do Caern, estava no ventre de uma Fianna que estava na Clareira.


*O que leva os Garous a fazerem essa merda? Se já não bastasse ter a Fúria para dilacerar a sua alma eles ainda tentavam buscar o Apocalipse a qualquer custo.* - Olha para a Fúria Negra - *Terceiro filho impuro, ela estava tentando trazer o impuro perfeito, essa é a única explicação, talvez com o tempo a Fúria traga alguns transtornos mentais graves*


Volta a olhar para a Clareira quando a palavra Beta vinda de Sussurros-da-Weaver lhe chama a atenção, acaba de ouvir o que seu irmão de Matilha tem a dizer e em seguida começa a apresentação de Fortaleza-de-Gaia.


*Se Gaia realmente existe e deseja que salvemos a terra da Wyrm ela deve estar muito decepcionada.*

Grito-Da-Guerra observa os movimentos calado e acorrentado, não podia fazer nada, não poderia falar nada a não ser esperar o julgamento.

"Andarilho me irrita e me provoca, aposto que sairá ileso... tá certo que para fazer merda eu uso fúria acumulada o tempo todo, mas será que o filho da barata não podia respeitar a minha dor? Eu falei que nada faria, sabia que não poderia reclamar de nada disso, compartilhei com eles o que sentia... enfim, salvo pelo theurge, se não tivesse entrado na frente o andarilho iria ser é comido por formigas.."


Ronaldo vê a movimentação do outro fianna, o tal de Will, se não lhe falha a memória, fora esse garou que o ajudara quando lutou ao lado de Pantaneiro contra Henker o furtivo idiota. Parece que o fianna não lutaria e assim Réquiem e Cordas-trêmulas fariam a final.


"Só de pensar que poderia vencer qualquer uma das duas facilmente.. o meu porte físico é muito melhor e aposto que em combate eu teria vantagem. "


Ronaldo acompanha o chamado de Pantaneiro, o alfa que iria desempenhar o papel que originalmente seria do Galliard. Ronaldo queria ficar triste, mas estava preocupado com a sua vida, estava ansioso por como seria julgado.

Escuta atentamente as palavras de Pantaneiro, era uma pena ter seu nome mais citado em vergonhas do que em missões, afinal não tivera nenhuma, apenas uma defesa contra o fenrir covarde.

Ronaldo ficara com o coração mais acelerado, era chamada a juíza, o julgamento estava próximo...

Forma atual: Crinos

O Uktena assiste ao discurso de Pantaneiro e no momento que ele termina de falar o lobo percebe pela expressão e depois pela promessa de machucar Pantaneiro, que os Fenris ficaram ofendidos. E o lobo não fala nada, mas troca um olhar cúmplice com seu Beta. 

Fênix-de-Prata certamente irá tentar se vingar de todas as formas possíveis e imagináveis do antigo Presa-de-Prata, a traição sofrida pela tribo foi muito grande. 

O Lobo assiste a apresentação da Guardiães da Fúria Sagrada e fica feliz de ouvir os relatos da matilha de sua amiga Alma-da-Bruxa. Troca um olhar cúmplice com a Garou quando escuta sobre os seus feitos. 

Eis que então agora seria a apresentação da matilha de Luke e o lobo aguardava ansiosamente por saber o que se passou com aquela matilha na Coroa de Fogo.

Forma Atual- Crinos

Os pensamentos do Peregrino são interrompidos pelo marinheiro louco dizendo que não faria uma performance como a do bonde do lixão.

*Pelo menos isso você não faz*

A risada de Hadrian continua inalterada após o comentário, tendo ganhado apenas um pequeno e novo combustível imaginando o gigante ruivo indo até o chão, porém, a resposta do lobo novamente traz equilíbrio ao Peregrino.


*Pode não ser a criatura mais sociável, mas, pelo menos certamente sabe se portar com honra*


Os combates então novamente são retomados, desta vez, um novo andarilho enfrentaria uma Lupina dos Presas de Prata.


 *Puta que pariu, como tem andarilho nesse Caern*


A luta é brutal, e, seu fim é, para dizer o mínimo, anticlimático, ao ser martelada contra o chão  a cabeça do andarilho literalmente racha e revela implantes artificiais ligados ao seu cérebro.

Royce era tinha quase que um carinho pelos andarilhos do asfalto, mas, aquilo era demais até para ele, era anti-natural demais, e, envergonhado, o Peregrino apenas abaixa enquanto escuta os uivos de escárnio.

OS uivos demoram a cessar e, quando estes mínguam, novos juramentos de matilha se iniciam, e, ao ver seu breve alfa, que os abandonara sem ter a decência de dizer uma única palavra, sem defender-se de nenhuma acusação, não consegue furtar-se do pensamento de que aquele senhor das sombras importava-se apenas com o título e em nada com o compromisso de ser um alpha de uma matilha, jamais esperaria dele o sacrifício que Hadrian fizera.

Após mais alguns juramentos, Sussurros-Solitários é chamado à prestar seu juramento, suas palavras tentam demonstrar que o excesso de fúria demonstrado pela matilha era apenas uma faceta do que se esperava de uma matilha de guerra, o sorriso vem naturalmente ao Ragabash.

*Lobinho ta andando mto com gente, tá até aprendendo a passar um queixo*


O Boitatá, aquele colossal espírito de fogo, agita-se em fúria, e, pela força do habito o Peregrino olha para sua matilha perguntando-se quem dessa vez estava fodendo com o juramento do Alfa.

Os gritos começam no mesmo instante em que Hadrian foca na cena de um andarilho caído, um fiana frenético preparando-se para um outro ataque e, o andarilho do cérebro de metal de costas para este último, servindo de escudo para seu irmão tribal, com o corpo sendo  basicamente partido ao meio.

A cena que até então havia sido absorvida quase em Slow Motion, desenrola-se rapidamente quando uma estranha garou aplica um poderoso chute no fianna, desacordando-o.

Hadrian tenta resistir, mas, as lembranças da guerra civil da noite passada ainda estavam frescas em sua mente e, ele não consegue conter o grito de..


“-COVARDE!!!!! MALDITO COVARDE!!!”


Respostas são exigidas, e, a mesma Garou, respeitosamente apenas pede que o mesmo seja julgado junto com os demais garous durante aquela assembleia.

Temido-como-vulcões então, acorrenta o maldito assassino com prata para que este se contenha até ser julgado.

*De fato precisamos respeitar nossa fúria e limitações, mesmo sem o frenesí, eu poderia agora estar no lugar daquele cadáver sendo levado ao cemitério*


O Olhar do peregrino instintivamente recai sobre cada membro de sua matilha, demorando-se especialmente em Ian e em Skullhead.

Após registrar a vergonha do Garou e da Matilha nos registros do Caern, para a incredulidade do Peregrino, a assembleia continua de modo quase que ordinário.

As Batalhas se reiniciam, e o Peregrino vê alguns garous tentando recolher as migalhas de honra que ainda podiam ser recuperadas durante ás lutas.

*Pelo menos isto deve acalmar um pouco o boitatá*

Ainda que seu pensamento desse vazão ao lado bom daquela demonstração, o amargor pelo ocorrido ainda deixava um gosto na boca do Ragabash.

A configuração geográfica da matilha sutilmente muda, a intenção, clara.

*É uma máquina da morte, mas é fiel*


David parece notar a consternação pela continuidade tão banal da assembleia e decide se manifestar, Hadrian tinha de admitir, aquele cidadão havia nascido para a politica, mesmo em meio ao Caos provocado pelos Fianna, ele tentava resgatar o nome da tribo.

*Será que Victor comunga desse sentimento?*


Porém, a mesma mão que acaricia, também bate, e, a segunda parte de seu discurso maltrata ainda mais a recém formada Fortaleza de Gaia, as palavras são duras, e o peregrino, mesmo a contragosto, havia aprendido rapidamente que a matilha deveria resolver seus próprios problemas, naquele mesmo dia, vários sacrifícios haviam sido feitos para conter os problemas da matilha apenas dentro da matilha, Hadrian sabia que até mesmo ele tinha uma pequena parcela neste intento, e, permitiu-se se sentir orgulho, fora claramente estúpido, mas ele sabia o porque da tentativa e se permitia aquela pequena indulgencia.

O Discurso também revela exatamente qual Garou carregava um sinal do apocalipse e de seu crime no ventre, e, para a imensa surpresa, tinha mais uma fianna como protagonista.

As surpresas não paravam durante aquela assembleia,  uma garou estava concebendo seu terceiro impuro.

*É O CARALHO DA AGUA DESSE LUGAR?*

E, como a cereja do bolo de merda, era a hora da apresentação da Fortaleza de Gaia, agora com seu Galliard acorrentado e um Alpha Lua Cheia encaminhando-se, despreparado, para realizar outra tarefa a qual não pertencia à seu augúrio.

Antes que Pantaneiro começasse seu discurso, Ian verbaliza seu sentimento sobre a banalidade da vida.

*Logo você que quase me matou com uma viola*

Sussurros-solitários, seguido de Victor, logo o relembram-no do objetivo daquela assembleia, e, a lembrança clara do recado de sua visão, logo também relembram ao peregrino que, de fato, acalmar aquele espírito era a prioridade naquele momento.

Em meio ao pensamento, Royce nota que Coração-da-tempestade, troca rápidas palavras com a matilha e dirige-se ao líder da seita.

*NÃO, NÃO, NÃO!*


Graças às forças invisíveis, mais um Fianna não fazia um papelão, porém, eles também haviam perdido o Galliard novamente, e, desta vez, aparentemente em caráter definitivo.

*Mais um que nos deixa quase sem palavras, e, desta vez, um Lua Gibosa*

Sob o questionamento de Ian, relatando que não queria fazer um trabalho de um Ragabash, Hadrian limita-se a responder.

“-Você já demonstrou fazer seu papel de Lua Cheia muito bem contra seus irmãos, meu papel de Lua Nova me faz pedir que você empregue sua sabedoria para saber quando não falar e sua fúria naqueles que a merecem, preocupe-se em honrar ao Boitatá hoje e nos trazer glória.”

O Ragabash não desejava soar tão ácido, mas, as recentes lembranças o faziam continuar amargo.

Em silêncio, volta a encarar a assembleia.

O discurso de Pantaneiro se inicia, e, ele não é melhor ou pior do que o esperado pelo Peregrino, era um Lua cheia, despreparado, pego completamente desprevenido, sob uma violenta emoção e após ter sido sucessivamente humilhado perante a Seita, bem, depois de considerar tudo isso, até que seu discurso sobre a construção civil de um forte foi bem melhor que o esperado, mas, como nem sempre se agrada todo mundo, ao criticar duramente os Crias de Fenris, inclusive humilhando publicamente um, Pantaneiro acabava de ganhar um “pequeno desafeto” chamado Siegfried.

A Juiza então se mantem neutra quando a confiabilidade de sua matilha, aos olhos do Peregrino, ele podia apontar facilmente um ou dois que não seriam dignos, mas, aquela pica não era dele.

A decisão da mesma não desagrada só ao Peregrino, pois os presas de prata, com muita propriedade, ressaltam o abandono de Asa-Renegada e o assassinato perpetrado por Grito-de-Guerra.

O Juiz da seita dá a palavra final, mantendo a neutralidade da decisão.

*Ora, onde já se viu, não esperava jamais que esta decisão viesse de um Fenrir, espero mais pulso dele ao conduzir o julgamento de um covarde.*


Por fim, assiste a uma matilha de garous fêmeas se apresentar, e, o Peregrino encontra algum conforto em testemunhar, através da apresentação, os grandes feitos daquela matilha.

Agora era a hora da nova matilha de seu Antigo e Egocentrico alfa se apresentar, vamos ver como aquilo se daria.

Ian ouvia os comentários de Sussurros-Solitários e de Victor e, apesar de não concordar, aceita que ele não poderia fazer nada mesmo. 

"-Tá bom... Tá bom.. não tá mais aqui quem falou."

Dá de ombros, se senta e decide se calar mesmo com Cólera-de-Bálder concordando com ele.

Assim que decide se calar Sombra-da-Coruja já emenda, estava tranquilo pois era óbvio que o Ragabash iria concordar com essa loucura de botar uma grávida do ser mais importante da história pra lutar.

Fica até um pouco desnorteado e precisa de um tempo para entender o que foi dito na frase do Ragabash: "-Você já demonstrou fazer seu papel de Lua Cheia muito bem contra seus irmãos"

* Cacete, será que esse filho da puta sabe de alguma coisa? Fudeu fudeu fudeu *

O Fianna nem se lembrava mais de ter acertado a cabeça de Hadrian com a viola. Sua mente só pensava em cabeças voando, desmembramentos, o gosto de carne "humana" e regicídio.

* É a segunda vez que esse merda faz isso comigo, não é coincidência, ele sabe de alguma coisa e sabia na vez anterior. Ele tá zoando com a minha cara desde o começo *

Ian repara outra coisa também, todas as vezes que falou mandaram ele calar a boca, sendo que o Fenris o tempo todo tecia comentários enquanto todos relevavam e ficavam trocando olhares entre si nesses momentos.

Sabia que não tinha dito nada demais, apenas tentando, ele, um Fianna Lua Cheia, trazer um pouco de bom senso para aquela loucura toda.

Ian estava a um passo de surtar com isso tudo, precisava extravasar, sabia que seu passado não estava a salvo do Ragabash e então começa de forma que a matilha ainda escute:

"-Ahh que gracinha, pra mim acha que é macho de falar essas palhaçadas. Nosso amigo beta aqui chamou até quem decidiu isso de burro. Agora vai lá, para de lamber as bolas dele e diz que ele também fez seu papel de lua cheia contra os irmãos dele vai."

Nesse momento só queria tirar o foco de si próprio, não queria gerar perguntas da sua própria matilha e entendia que não podia exagerar por causa do Boitatá presente, não era sua intenção chamar a atenção.

Segue resmungando e dá uma risada sarcástica.

"-Maricas.. Na primeira enrabada já tá chamando de meu amor."

Forma atual - Crinos

O Fianna parece se afetar demais com as palavras o Ragabash, e, novamente começa a tentar envolver cólera de balder na conversa, que, sem cuidado, tornaria-se uma cofusao.

Não poderia estar mais certo ao escutar as palavras de Siegfried.

Calmamente, afinal, o Ragabash não queria de fato ter sido tão ácido, responde:

“-Nosso beta nunca tentou me ensinar a desempenhar meu papel de augúrio, mas, desculpe se o ofendi irmão, minhas palavras foram verdadeiras, porém imprudentes, sei que quando a hora chegar, você sangrará a Wyrm nos cobrindo em glória”

Ele engoliria a última parte, afinal, ele testemunhara insanidade o suficiente naquela noite, e está não estava nem de perto próxima do seu fim. 

Sem demonstrar emoções esperar respostas, volta sua atenção à assembleia.

Ian escuta o que Cólera-de-Balder diz e na sequência a resposta do Ragabash e responde de forma séria:

"-Depois a gente acerta nossos ponteiros."

* Que caralho ensinar o papel do augúrio? Não sei nem direito qual é e vou ensinar? *

Já tinha entendido que não podia confiar no Ragabash e que ele sabia mais do que devia.

O Fianna pega mais um pão, senta de novo, dá uma mordida e ri baixo da própria desgraça:

* Esse Fenris não entende o mínimo de ironia. Se pintar a grama de azul, esse aí morre de fome *

O pedido de confiança de Padme é ouvido por Kiba, que a encara por alguns instantes e depois suspira, dizendo em seguida:

- Nós confiamos... Só estamos putos, mas confiamos...

O Roedor de Ossos ouve seu Alfa fazendo o papel de Galliard da matilha já que Ronaldo estava impossibilitado para tal e, para sua surpresa, o Ahroun tinha feito um bom serviço.

“Da pra entender porque os Fiannas são os melhores Galliards...”

Não era uma obra de arte, mas sendo sincero consigo mesmo eles estavam atolados em merda demais para que Pantaneiro fizesse melhor que aquilo.

Em seguida era a vez de Padme falar sobre a matilha e a manifestação da Juíza era exatamente o que Kiba esperava. Não era possível julgar como confiável alguém que mal conheceu, mas também era difícil julgar como não confiável diante de tantas merdas.

Fênix de Prata então retruca a decisão da Philodox, questionando a honra de Kiba e as atitudes que ele não havia tomado. O Ahroun não pode dizer que fica surpreso com a intervenção, mas olha para o líder dos Presas de Prata com uma expressão vazia, nitidamente indiferente.

Para sua surpresa aquilo terminou melhor do que ele esperava. Não havia sido crucificado, ao menos não mais do que esperava, e ainda havia sido defendido pela juíza. Assim que ela retorna para perto deles o Roedor de Ossos diz em tom baixo para que só sua matilha ouvisse:

- Mesmo assim obrigado... Meu caso é pedreira demais e você me deu o benefício da dúvida. Não vou esquecer isso.

Era a hora da Guardiões da Canção Ancestral se apresentarem e nesse instante Kiba nota o olhar de Igor sobre ele. Imaginava que o Presa de Prata devia estar puto com a decisão dos juízes e não o culpava por isso.

Ele então desvia o olhar para não parecer que estava confrontando o Theurge e volta a encarar o centro da clareira, esperando que Degan e Grace cumprissem seus papeis.

Forma - Crinos

O Filho de Gaia ouve atento a apresentação da matilha que agora se chamava Fortaleza de Gaia, eram seus irmãos ainda a pouco e onde estavam nesse momento? Um Ahroun tentando fazer o trabalho de todos os Augúrios enquanto a matilha sofria com um Garou que não parecia viver, nem entender o sentido de vida.

A discussão sobre a matilha ser declarada confiável ou não leva a Asa-Renegada ser lembrado, ele se lembra de ter discutido sério com Kiba da última vez que o vira, e agora ele estava ali, sem sua pelagem bonita, escondido na abertura da assembléia, acoçado no canto na matilha, aceitando a dor, aquele Garou que havia traído sua tribo, havia sido seu alfa, e agora era estranho, talvez até cheirasse estranho.

Ele então olha para seus companheiros de matilha, era chegada a hora deles, ele olha para Grace dando um olhar firme, encorajador, então, aguarda ansioso pelo relato de sua Galliard, que nunca deixava de orgulhá-lo.

O Wendigo acompanha o relato de Pantaneiro, que se retrata diante de toda aquela situação. Ao menos o Ahroun parecia aprender a se virar rápido, mesmo sem um Galliard seu relato é bom e sumariza bem o que a matilha tinha feito até ali... A Portadora então vai até os juízes e fala a verdade: Não seria possível julgar aqueles membros que ela conhecia havia tão pouco tempo. E que os crimes e o renome de Asa Solitária se desfizeram assim que ele assumiu outra tribo. 

Ela agiu bem... Foi verdadeira. Desejo sorte a ela, precisamos falar depois...

Degan respira fundo quando chamam seu nome. Ele olha para seu lado em direção de Cordas-Trêmulas e lhe dá a deixa:

" - Estou logo depois de você."

E frisa mais uma vez para seus companheiros:

" - Nossa Matilha é recém-formada. Vou falar dos feitos da antiga Asas-da-Esperança e considerar os demais a partir do desafio do Uirapuru. Nossa dignidade e confiança estão condicionadas ao ritual de contrição que faremos ao Boitatá, esse é o certo a se fazer..."

Sem mais a dizer, Degan aguarda Cordas-Trêmulas para seguirem.