Clareira Central

A luta que se seguia não era tão aguardada por Kiba quanto as demais, mas mesmo assim seria interessante ver Estrela da Manhã defendendo a posição de melhor Galliard Athro/Anciã.

A luta, a princípio, parecia que seria balanceada, mas logo a Fianna mostra o porquê se deve temer os filhos do Cervo. Kiba fica simplesmente sem entender como a Garou conseguia se curar daquela forma no meio do combate. Sem dúvida aquele era um dom poderoso da Tribo.

Kiba uiva comemorando a vitória da ex líder da Seita, mas logo começa o verdadeiro desafio da Fianna. O julgamento que decidiria se ela teria a chance de limpar seu nome ou se seria condenada a fogueira da mesma forma que Ronaldo.

O julgamento começa cheio de acusações doentias que faziam Kiba sentir vergonha daqueles Garous. Era inacreditável a que ponto algumas Tribos, e isso incluía sua ex Tribo, chegavam para atacar uma Garou que foi vítima de poderes até então desconhecidos por todos.

“Se essa moda pega e a Wyrm continua a controlar a mente dos antigos daqui a pouco ela nem precisa mais mandar suas hordas contra nós. Nós é que vamos nos destruir por puro egoísmo. ”

O Ahroun não gostava de Bardo Forjador, nem um pouco, mas tinha que concordar com ele no que estava sendo dito. Queria tomar a palavra, mas sabia muito bem que tentar ajudar só serviria para atrapalhar ainda mais a situação da Fianna.

“Eu ajudo mais de boca fechada...”

Pensa o Roedor de Ossos enquanto esperava a palavra de Sussurros Solitários e de Victor.

Spybot (Crinos) - Todos

O Andarilho iria falar com Hagen sobre o que o Fenris acabara de falar mas após a resposta do Philodox seu nome é citado nas palavras de Victor, Derek com certeza tinha noção do que havia feito e acena com um movimento de cabeça quando lhe é feita a menção. Tinha um longo caminho a trilhar ainda e não deixaria aquele ser o único momento que faria algo para ajudar o Caern.

As apresentações das matilhas são muito bem feitas, os Garous estavam fazendo excelentes trabalhos e aquilo ajudava todos a conhecer um pouco melhor os irmãos de Seita. Após as apresentações novamente os combates retornam e o combate de Spyware era curioso, o Andarilho ter um ataque de risos daquela forma era estranho, seria algum dom dos Senhores das Sombras? Derek ficava com aquilo em mente e seguia prestando atenção.

Quando a nova garou chega, Derek apenas se apresenta:

-"Spybot, Cliath Ragabash dos Andarilhos do Asfalto, muito prazer."

Era sucinto, não gostava de perder detalhes da assembléia. Não havia entendido a treta entre a recém chegada e Pantaneiro, mas fica extremamente incomodado com a postura dos dois, se limitaria a não interferir, já haviam repreendido os dois e não tinha motivo pra mais um falar, poderia ser encarado como mais um burburinho. Derek assiste tudo em silêncio e meneava a cabeça negativamente diante do cenão que mais uma vez a matilha estava fazendo e ao que parecia as coisas se estendiam aos novatos também.

Após as palavras de Padma uma nova fase se inicia e começam a contar história e a história de Sombra de Loki era muito interessante e inspiradora, combater a Wyrm e acabar com a Raça de malditos era algo que simplesmente fazia bem e ao final o aviso de Ira de Thor sobre os Dançarinos fazia com que o Ragabash pensasse em redobrar os esforços para livrar a cidade da profanadora.

Seguindo o curso um evento inesperado acontece, o céu é tomado por nuvens, uma ventania toma conta da Clareira e quase apaga a fogueira de Boitatá enfurecendo o totem  e Alma das Bruxas, em sua forma hominídea começava a caminhar em meio a clareira. Profecias ela começava a contar e uma que envolvia Spybot lhe chamava muito atenção "Barata metálica Spybot querer matar. Grande inimigo dela ser, mas assassinato de fêmea ajudar a coração Wyrm encontrar. Queda de Olho Digital ter que evitar. O morto que vive dever achar." imediatamente seus pensamentos vão Evellyn, a sua vontade de servir o Olho Digital e o morto que vive? Confuso estava. Morto que vive, pensava em seu irmão assassinado, talvez uma parte do Garou ainda estivesse viva, a parte cibernética.

Flerte, Derek não imaginava mais o que poderia acontecer naquela matilha e estava preocupado com a profecia, acabaram de ter uma puta notícia e neguinho se lambendo?! Ainda pensativo, nem vê que chegaram mais garous, só percebe quando Garras do  Trovão anuncia sua mudança de matilha e retorno à Olhos da Tempestade, sem pestanejar, Derek meneia a cabeça positivamente e quando a Roedor chega para substituir o Ragabash ele ouve as palavras dela e nada diz, pensava que ela podia contar as piadas que fossem, logo logo aquele bom humor iria passar naquela matilha. Apenas diz:

-"Seja bem vinda a Fortaleza de Gaia, Spybot, Cliath Ragabash dos Andarilhos, fico feliz que venha pro meu lugar, certeza que vai somar à matilha."

Em contrapartida, Pantaneiro cumprimenta Spybot e o Garou diz:

-"Relaxa aí, ainda tô aqui, vou trazer aquele primeiro lugar pra Fortaleza de Gaia."

Por fim o julgamente de Estrela da Manhã começa e já era bem ofensivo, Derek respirava fundo e ouvia tudo aquilo enquanto seus irmãos de Matilha ficavam brincando e conversando, ex-matilha, na verdade. Era complicado mas Estrela da Manhã como anciã não podia ter sido ludibriada da forma que estavam falando, falavam em não matar um ancião mas queriam condenar outro, o Ragabash apenas observa e ouve tudo que estava sendo falado.

A resposta da Roedora a Kiba havia sido completamente evasiva, mas não havia negado seu pedido de ajuda o que lhe deixara grata.

"Uma cervejaria inteira ou mais se me ajudar a encontrá-lo!"

Contudo Pantaneiro se expressa oralmente antes dela, e Siggy acrescenta com leve ansiedade: "-Assim que possível, então."

A final Skald por fim começa e a atenção da maioria se volta para ela, ao seu lado o ahroun pai da Impura Perfeita solta um grito de incentivo e Siggy liga as pontas com facilidade. "Ahhh, então ela é a mãe..."

Com curiosidade realçada acompanha a luta, se questionando como performaria se estivesse ali. Novamente uma luta ágil e graciosa se desenrolava diante de seus olhos, os movimentos de ambas eram precisos, coordenados e esquivos. E também havia Fúria e força enquanto ambas tentavam usar seus poderosos dentes, afinal, eram garous em Crinos. O sangue de Réquiem é o primeiro a jorrar com a mordida de Grace, mas a mordida não havia sido o suficiente para derrotá-la. E com um urro Réquiem ataca Cordas-Trêmulas e finaliza a luta após arrancar um pedaço de sua inimiga, que não havia tido destreza o suficiente para o contra-ataque que tentara. Discretamente, Siggy observa a reação de Kiba.

E a Skald vencedora, fazendo jus ao seu augúrio, puxa um uivo em homenagem a luta ao qual Siggy se junta com satisfação.

A próxima luta ocorre em hispo e Guy a vence de forma breve, e embora sua matilha não comemore o feito o mesmo o faz de forma independente. Já Siggy uiva durante todas as demonstrações de apoio e vitória, afinal, não tinha favoritos por não conhecer ninguém mesmo.

Já na final Adren outra luta emocionante, com uso de dons e esperteza dos combatentes. Jacob nota a base de capoeira usada e a reconhece, não sabia muito sobre a luta, mas achava seu gingado interessante para aqueles que possuíam menos força física, como era o caso. E de fato o Roedor vence a batalha, o que a deixa surpresa e seu companheiro de matilha evidentemente animado.

E quando as Anciãs se enfrentam, Siggy se segura para não uivar já durante a luta, era satisfatório ver outra final entre duas garous. Além que o nível era completamente diferente de qualquer luta cliath, independente de uma ou outra estratégia, o foco ainda era força física, já com o posto mais elevado, os dons utilizados faziam toda diferença. A luta anterior tivera um pouco disso, mas a disputa final entre Fúria e Fianna fora completamente neles de forma tática. E a vitória é dada a Estrela-da-Manhã, que parabeniza a derrota com o feitiche... E ele é entregue em honra a Boitatá... "Certo, ele parece satisfeito, mas... Eles não são cliaths e honrar o totem é algo bom. Sem 'mas', Siggy."

E se dá inicio ao julgamento de Estrela-da-Manhã e Siggy se questiona o que aqueles anciões Presas de Prata pensariam a respeito do que aconteceria agora. "Provavelmente saberão logo o que aconteceu, mas não verão em primeira mão. Eu sei que não quero ver..."

Como recém-chegada, incomoda-lhe acompanhar aquilo sem entender de fato o que tinha acontecido. Provavelmente os dois lados a pintariam de maneiras distintas, e a verdade seria uma terceira opção que sequer seria cogitada. Julgamentos eram complicados e Siggy ficava muito satisfeita com sua lua em momentos como esse.

E sem muita demora o Fenris retrata o lado da acusação e tece comentários sobre o totem que a deixam incomodada, não por ele ter feito, mas pelo teor ser verdadeiro, pelo visto. Mais uma vez se dava conta que havia saído de sua bolha e chegado, praticamente, no epicentro de várias profecias apocalípticas que até seus aliados pareciam não agregarem tanto assim. "Eu 'tô fodida mesmo. Mas eu terei minha vingança e é só isso que importa no final."

Ao final do relato Fenris Siggy tinha certeza absoluta que a Fianna havia apanhado muito menos na luta que acabara de acontecer. As acusações cresciam de forma exponencial e nenhuma delas era leve, lhe imputavam tudo que havia feito independe de ter sido sob seu controle ou não. "Eu tenho pena de sua defesa... E preciso refletir sobre como eu a encararia após escutá-la..."

Só que no fim, haviam tantos crimes sob seu nome. Tantas mortes, como se todas elas tivessem sido ceifadas por aquela Fianna. E sua matilha é mencionada, provavelmente era sobre quem Flor-de-Lótus havia os intimidado antes. Siggy não queria julgar ninguém sem o benefício da dúvida, podiam alegar que fizera isso com Pantaneiro, mas ele claramente havia sido punido por estar com aquela voz. Ela ainda estava sendo julgada, mas a condenação parecia tão certa, os crimes, tantos...

E pediam sua morte e isso era assustador, não a pena capital, mas a ideia de ser punido por algo que haviam feito utilizando seu corpo. Que você havia feito, mas sem ter nenhum controle. "Culpada ou inocente? Será que na verdade faz qualquer diferença? O mal já foi feito e não foi intencional. Só que é fácil falar isso, distante, sem envolvimento, sem conhecer as vítimas e não tendo vivenciado o caos."Siggy sente um calafrio ao lembrar da parte da profecia que lhe mencionava e deixa seu olhar correr para Pantaneiro, lembrando que o mesmo, de acordo com o relato de Victor, havia sucumbido momentaneamente a Wyrm.

"Definitivamente a porrada doeu menos." Ela havia achado que tinham acabado, estava muito enganada. Meia-Cara detona os Filhos do Cervo, imputando a Ancião como responsável pela desgraça da Tribo. Nem a menção do erro de Rob alivia a tensão e seu olhar que já estava em seu Alpha se torna preocupado, afinal fora mencionado novamente naquela Assembleia de forma bem dura.

A defesa vem pelas patas e voz da derrotada na final skald, soava bem na mente de Siggy. As palavras, nem tanto. Ela não contra-atacava todos os argumentos, mas sim aqueles que haviam os levantado. Parecia mais preocupada em apontar falha nos outros, do que em defender Estrela-da-Manhã. Embora as pontuações feitas sobre o Véu soassem corretas em seu ouvidos. Sobre a liderança Fianna, Siggy só saberia perguntando depois, se chegasse a fazer.  

Bardo-Forjador toma a frente da defesa e é energético negando as acusações e imputando ao controle que ela sofrera, argumento diametralmente contrário ao da acusação. Por fim, ele pede a palavra de dois outros garous, e Siggy não queria estar no lugar deles com todo o peso que aquele julgamento tinha. Mas entendia a necessidade de suas explicações, elas trariam clareza ao debate.

A garou suspira e sussurra, entregue aos seus pensamentos: -"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva..."

A defesa começa por Júbilo-das-gorgonas e a Fúria negra é exemplar em suas palavras, a atitude patética de Duas-caras ajudou bastante a Galliard.

"Podemos falar bobagens no início, mas é preciso sempre finalizar brilhantemente, pois as últimas palavras são sempre as que marcam. Duas-caras deu voz ao seu nome e acabou ajudando a defesa."

Bardo-forjador também fala com grande eloquência. A balança parecia estar mais favorável a ex-líder e Antonio Xavier, no pouco tempo de Caern, tinha grande simpatia pela Fianna: ela emanava sabedoria e respeito. Porém, o Portador não a havia visto em seus.momentos anteriores.

"Espero que ela possa re-erguer o seu nome."

Deganawida estava sério, mas seu desejo de boa sorte para a Galliard de sua matilha fora genuíno. O Philodox ainda divagava um pouco, mas tenta mandar esses pensamentos embora, enquanto assiste a luta de sua irmã de matilha:

A luta é apertada, e ambas as Lua Gibosa lutam como se espera de seu augúrio, com graça e elegância. Uma característica que não era lá muito comum no campo de batalha. O Wendigo aperta seus olhos observando cada corte e a energia das duas. Por um triz, Cordas-Trêmulas não consegue contragolpear a Presa de Prata e acaba sofrendo uma mordida que dá a vitória para a matilha de Nauru. 

No entanto, surpreende o juiz o fato de que ambas se reúnem para saudar o Caern. O gesto é bem-visto por Degan, e ele espera que o Boitatá também sinta a energia daquele bom combate no meio de todos os sentimentos daquela noite. 

É difícil ver gestos assim nesse povo... Curioso. Mas fico feliz pelo Boitatá. 

Degan escuta o comentário do Angalkuq dos Presas de Prata e assente com a cabeça. 

" - Você e Réquiem lutaram com graça e mostraram honra no final. Parabéns pelo bom combate e por honrar seu augúrio, Cordas-Trêmulas."

Ele a cumprimenta com a cabeça. Degan ainda estava um pouco aturdido e tentando diminuir o incômodo pela profecia soltada há pouco. Em seguida, é seu irmão de tribo Rugido-das-Almas-Guerreiras quem adentra a Assembleia para lutar a final contra Garras-do-Falcão-Noturno. Outra luta curiosa começa: Ambos assumiriam a forma hispo e não usariam dons, honrando os lobos. Isso é bem-visto pelo Philodox, ainda mais nos tempos atribulados em que viviam, toda honra e homenagem à Wyld era tempestiva. 

Vamos Rugido, você consegue!

Rugido-das-Almas-Guerreiras era forte, mas parecia estar com pouca fúria. Em um primeiro momento ele avança sobre o adversário, mas não consegue acertá-lo e sofre um contra-ataque no pescoço... Quando retorna em Fúria, infelizmente, o Presa de Prata já estava na vantagem, e lhe acerta mais uma vez. A luta é interrompida, mas Degan observa que ambos estavam muito bem. Melhor: Os lupinos uivam saudando o vencedor. 

Hmm, essas Galliards realmente devem ter inspirado algo essa noite. Muito bem.

Degan uiva, não poderia faltar com o respeito para com Garras-do-Falcão-Noturno e sua matilha, quando lutaram juntos contra a Wyrm, e o próprio Galliard se mostrava honrado a ponto de ter cantado sobre o próprio Degan. 

A Assembleia prossegue, e chega a hora de outro irmão lutar, Rugido-do-Tupilaq, da Crepúsculo da Wyld. 

Boa sorte irmão... Que seja implacável como o Tupilaq que lhe empresta o nome!

A luta começa e o Wendigo avança com uma mordida forte e Degan reconhece como o Banquete Sangrento. No entanto, Tupilaq é derrubado pelo Roedor de Ossos em um movimento incomum. O Garou tenta se recompor, mas leva outro chute, ainda sem possibilidade de atacar. 

Isso não é bom... O Banquete vai se esgotar!

Percebendo a estratégia, o Wendigo chama pelo vento que derruba seu adversário, e consegue se levantar e invocar o búfalo branco. O Galliard dos Wendigo nota a estratégia do Roedor tarde demais, havia esgotado sua fúria tentando alcançá-lo, o Banquete havia se terminado e mesmo tendo acertado outro golpe com o dom, já está ferido demais para prosseguir. O Wendigo é vencido, mas havia sido uma boa luta, pelo menos. O Philodox respira fundo, um pouco hesitante, não chega nem a perceber o breve olhar que Igor lhe lança. Em breve seria a vez de Degan, será que ele estava pronto?

Degan nota um Garou de pelagem negra sob a forma lupina aparece e o mandam para a matilha de Réquiem na mesma hora. Havia pouco tempo, uma outra havia chegado também e se juntado à Fortaleza de Gaia.

Quantos Garou já chegaram a essa Seita só na última hora?

Enquanto isso outro combate se inicia, entre Estrela-da-Manhã e Júbilo-das-Górgonas. Degan olha para a harpa, dourada, cheia de jóias, que pertencia à Coração-da-Justiça e se pergunta o que aquilo poderia fazer. Mas em seguida se concentra no combate: As duas Galliard se cumprimentam, bem a exemplo do que Réquiem e Cordas-Trêmulas tinham feito antes. 

Realmente, as duas parecem ter feito escola...

A luta de repente fica bem bizarra: a Fúria atira suas garras na Fianna que simplesmente cresce... E cresce, cresce cada vez mais!

Por Gaia, desse jeito ela vai ficar do tamanho daquela estátua de Cristo de braços abertos no topo daquela montanha...

A Fúria convoca névoa e Degan acha ardiloso, afinal, não haveria como encontrar a pequena adversária... Mas ao mesmo tempo a luta não prosseguiria. Até que a própria Fúria tenta dar um bote e acaba agarrada e ferida pelas garras de um dedo da Fianna, que é declarada vencedora. 

Ela é forte mesmo... Tsc, a acusação não vai gostar disso.

Voltando à sua Matilha, Legado-do-Trovão parece concordar com Degan de que era necessário pegar informações antes de lançar qualquer investida à Umbra, o que ele acha sábio enfatizar. Não havendo muito mais o que se falar, o Wendigo observa o início do julgamento começar e se despede de sua matilha quando seu nome é chamado, ocupando o lugar ao lado dos juízes, a quem cumprimenta com um aceno de cabeça. 

Sangue-dos-Quatro-Ventos acompanha as apresentações e Temido-como-Vulcões coloca o julgamento sob o comando do jovem Wendigo. Degan cruza os braços e se concentra na explicação dos acusadores. Estava com o olhar sério e cerrado sob cada um dos sem-lua, empedernido como uma estátua cinzenta. 

As acusações são graves. Mas todos sabemos que ela foi controlada, e nem os Anciões da Seita foram capazes de determinar por quem ou mesmo quando isso começou. Sem isso, não vejo como condená-la. Ela derrotou todos no torneio de Galliard sem dificuldades, e agora Sussurros vai falar sobre o poder dos espíritos com que lidou... Hmm... 

Degan também nota como Sombra-de-Loki havia argumentado sobre o totem da Seita. Aquilo era perigoso, ainda mais naquele país, e com tanto sob risco. 

A palavra então vai para a defesa, mas Duas-Caras faz um pequeno corte, "malhando" ainda mais os Fiannas daquele Caern. O Wendigo não esboça uma reação significativa. Júbilo-das-Górgonas faz uma defesa boa, mas Degan não consegue concordar com sua totalidade: Um líder possui responsabilidades que vão além de seu território, e ao impedir alguém de agir sem um bom motivo, ele deve sofrer uma pena. O que estava em jogo para o Wendigo é que não havia como responsabilizar a Fianna por estar fora de seu próprio senso, e que, dadas as forças ali, em jogo, eles poderiam matar sua única pista de quem eram seus verdadeiros inimigos. Bardo-Forjador expõe esse ponto, dizendo que seria ainda dar um gosto a mais para a Wyrm condenar a Galliard à pena capital. 

Mesmo que talvez nosso inimigo não seja diretamente a Wyrm... Hmm...

Pensa Degan, se lembrando do que Contos-de-Hélios havia lhe contado. 

Duas testemunhas são chamadas: Sentinela-das-Sombras e Sussurros-Solitários. Aquilo agrada ao Wendigo, porque havia testemunhado o poder dos espíritos com o Lua Crescente no evento da Umbra. Degan então pega o osso e se dirige às duas testemunhas, e à Assembleia:

" - Eu gostaria de aproveitar a chamada de testemunhas e pedir a Sussurros-Solitários que, em resposta às considerações de Sombra-de-Loki, comente sobre como vê a importância do Boitatá para o Caern depois dos eventos da última noite."

Degan soa genérico propositalmente. Ele confiava que o Irmão Mais Velho não iria deixar passar a oportunidade para mencionar que a queda do totem seria o prelúdio da queda de todos ali. Como o morcego caiu, o Boitatá não pode se enfraquecer. 

Continuando com o osso, o Wendigo faz mais uma consideração:

" - Se a acusação e a defesa não tiverem mais ninguém a chamar, eu gostaria de ouvir Sombra-da-Justiça, sobre o momento em que disse ter notado que a Galliard dessa Seita não estava mais agindo sob as próprias forças. Por fim, gostaria de ouvir da própria Estrela-da-Manhã sobre seu vínculo com o Boitatá, e como se estabeleceu."

Era um caso complicado. Sabia que Estrela-da-Manhã conseguia entender o totem e se comunicar bem como ele, mas até onde? E, principalmente, seria Estrela-da-Manhã um caminho para que o inimigo chegasse até o totem? De uma forma ou de outra, Deganawida sabia, se ela caísse, seria muito mais fácil derrubar o totem daquela terra...

Forma - Crinos

Sua amiga lutara bem, mas mesmo assim, a Presas de Prata havia vencido, assim que Grace retorna para a matilha e é parabenizada por todos ele apenas se aproxima dela, em quatro patas, apesar da forma Crinos e passa o dorso ao lado dela, sua cauda levemente roçando nas suas costas, estava ao seu lado e estaria sempre que ela precisase, ela teria certeza.

Legado-do-Trovão lhe dirige a palavra então, mandando que fossem falar com a Garra Vermelha novamente, ele podia recitar as exatas palavras que ela diria nesse encontro, mas com um menear de cabeça concorda, olhando para Cordas-Trêmulas e Espírito-Tranquilo em busca de confirmação enquanto respondia o Alfa. 

"- Sangue-Sobre-a-Neve dizer que área do sítio sumir... Energia da Wyld forte, espírito-Urubu não encontrar humanos, humanos sumir na Wyld... Garra Vermelha falar com Fênix-de-Prata, não saber o que Presas de Prata dizer. Eu precisar cheirar e falar com espíritos pra saber mais."

Então o julgamento começa, e pelas primeiras palavras do Ragabash Fenris da acusação, o julgamento seria também do Totem.

*Quando os Fenris julgam o temperamento de um espírito como mau, todos dever escutar.*
A acusação prossegue e segue a tática dos Senhores das Sombras de tentar desestabilizar seus adversários no julgamento, a defesa da Fúria Negra e de Bardo Forjador no entanto segue uma linha de raciocínio interessante, mas o Lupino só tinha olhos para a Anciã e para o Totem.

Sangue-dos-Quatro-Ventos indica as pessoas que deveriam falar a seguir e seu olhar se desvia para estes, aguardando, então ele é surpreendido pelo relato de Sombra-da-Justiça, esse defendia a Anciã, apesar da força misteriosa tê-la dominad.

*Uma força não da Wyrm.*

As palavras se repetem na sua cabeça e um leve rosnado surge em sua garganta contra esse inimigo misterioso.

*Não da Wyrm, mas não de Gaia também.*

Novamente a Anciã conta sobre o Boitatá, mas não dá detalhes, nem parecia ser uma Lua Gibosa realmente. No entanto só aguça sua curiosidade, precisava falar com Flor-de-Gaia, ela estivera presente, seu irmão... Ele balança a cabeça ao pensar nas perdas e olha em direção a Anciã de sua tribo.

Ian escuta a fala e percebe o desagrado do seu Alfa. Fica refletindo por alguns segundos sobre o que foi dito.

* Mas.. eu falei algo demais? Porra.. acho que me passei dessa vez.. Pior que tá certo.. *

O Fianna entendia que aquela era apenas a forma de falar dele, mas já tinha aprendido que os espíritos não são seus amigos de bar, sabia que havia mandado mal. Olha para o Boitatá, encara sua glória até mesmo como uma punição para si mesmo.

* Fica o aprendizado.. *

Tenta elaborar algumas rápidas palavras em resposta, nao ousaria discordar de um Theurge  quando  o tema é espíritos e apenas diz de forma constrangida:

"- Obrigado pelo ensinamento, vou ter mais cuidado."


Na sequencia volta sua atenção para o novo julgamento, a situação da sua líder ter sido controlada era crítica, mas não sentia que seria justa uma punição por uma situação fora do seu controle.


E claro, em algum momento a própria tribo era colocada em pauta, onde os erros de cada um são elencados, como se todos os outros fossem um exemplo de perfeição. Falam sobre as marcas de Pantaneiro, a impura perfeita, até mesmo do recém chegado Rob. Dessa vez estava pelo.menos sendo deixado de lado, prefere nem se mexer para não chamar a atenção.


* Quem tentou causar Frenesi num.irmao? Será que é aquela história com o William? *

É visível que o garou albino ficou sem graça com o sorriso e palavras de Cordas-trêmulas. Em silêncio ele observa a matilha parabenizando o combate e as ações finais de Réquiem com Cordas-Trêmulas, e parece bastante feliz com isso.  Via ali uma matilha agindo de verdade e dando suporte um aos outros como tinha que ser. Afinal ele já tinha ali se assustado com as tantas mudanças nas matilhas que ouvira, uma delas ocorrera a pouco e tinha ainda todo aquele clima de conflito entre tribos. Era bom ver reações mais naturais de união, não só levadas pelo susto dado pela profecia. Entre as felicitações e comentários, ressalta em seus ouvidos a fala de Filho-da-Alvorada, concordando totalmente com ele, e até acrescentaria algo mais, se tivesse em melhores termos com o garou. Preferiu só ficar em silêncio.
Ouve também o alfa se manifestar, assentindo com gesto de cabeça e acatando suas decisões. Olhos-de-Gaia logo se interpõe ali, falando já ter conversado com Sangue-sobre-a-Neve, sobre área que sumia, espírito de urubu que não encontrava humanos e sobre precisar conversar com espíritos. O lupino o olhava como se esperasse dele algum resposta, e Espírito-Tranquilo não queria nem ficar sem fazer nada, somado a curiosidade que o pegava ali e nem ir contra ao que pedira o alfa. Acabando por dar uma resposta um pouco evasiva.
 
“- F-farei o que for necessário para contribuir com todos...”
 
Os combates seguem, e o albino não esboça muita reação além da pose comum de ficar com cabeça mais baixa e um foco maior sobre o totem. Apenas uivando em favor da vitória do Presa de Prata Impuro, enquanto se questionava sobre o motivo da tribo não uivar a ele, que não parecia ser pelo motivo dele ser um impuro somente, afinal eles uivaram para a Réquiem. Claro que ela tinha uma linhagem ali, mas achava que talvez não fosse só isso a diferença de tratamento.
 
*Parabéns Rei do Mulos, é um orgulho a nós...*
 
A segunda reação maior é com o ato pós combate entre Estrela-da-Manhã e Júbilo-de Górgonas. Quando junto de uma relação amigável entre as duas, a vitoriosa entrega o prêmio a que perdera e esta o joga na fogueira para Boitatá.
 
*Fêmeas ensinando sobre cuidado com outro e esperança... Gesto nobre de ambas... Sacrificar algo que se precisa em nome do bem do espírito... Tem muito significado e valor nesse ato... Obrigado pela lição... a continuação da lição de Cordas-Trêmulas e Réquiem... Temos esperança aqui...*
 
Então dá-se inicio ao julgamento mais esperado ali, o da ex-líder do Caern e vencedora do combate, Estrela-da-Manhã. As acusações são pesadas contra ela. Espírito-Tranquilo se compadece da Fianna, mas não sabe muito o que pensar daquilo tudo. Apenas formava melhor uma ideia do que tinha ocorrido na noite anterior junto a tudo que já ouvira ali. Mas o quadro sempre era triste e nele havia sempre a preocupação de entender o que havia controlado tanto a líder quanto o totem e se aquilo ainda estaria rondando o caern, e como toda a rivalidade nada saudável ali entre tribos apenas piorava tudo.
Fica um pouco ressabiado com as fala do ragabash sobre o totem. Refletindo um pouco sobre a natureza daquele espírito que não sabia muito, para além de ser uma enorme cobra de fogo, ter o temperamento do fogo ao qual se constituía e ser um totem de Guerra que parecia apreciar as batalhas e sangue derramado. Em sua mente começava e formular que precisava aprender sobre os totens daquele país e entender melhor esse espíritos antigos para lidar com tudo ali.
Olha com estranheza a fala de Duas-Caras pouco antes do início da defesa, apontando sobre falhas de fiannas, incluindo quem ele conhecia, Rob, Cordas-Trêmulas e Pantaneiro ao qual já ouvia desde a chegada não boas recomendações, acusando a ex-Líder como culpada disso.
 
* Tudo isso é ódio entre tribos? Nesse momento? Depois de tudo que foi falado... A menos que... Duas-Caras... Se for isso, foi inteligente e arriscado... E fez jus ao nome...*
 
Ocorrera a ele, ali, que talvez aquilo fosse proposital, uma jogada para fazer a acusação parecer mais fraca e insensata, dar mais poder a defesa, numa grande encenação para ser tudo mais favorável a Estrela-da-Manhã, e parece que havia maior rigor do que realmente tinha ali ocorrendo, e mostrar isso ao totem. Especialmente considerando a primeira fala sobre o temperamento de Boitatá.
Sem esboçar nada sobre isso, se mantendo ali mais de cabeça baixa, muitas vezes focando e olhando as reações do espírito cobra de fogo frente aos ocorridos, seguia ali guardando seus pensamentos a si.
A defesa seguia, e usava de gancho as falas de Duas-Caras como esperado invalidando a seu modo o que podia das acusações.
Eram mentes brilhantes, todas a participantes ali.
Então é a hora do juiz de sua matilha exercer a função e ele pede que alguns garous se manifestem, sério e regendo bem seu papel. Pelo menos Allen achava que nunca seria capaz de fazer aquilo. Mas ele já não se achava capaz de fazer muitas coisas, mesmo que eram parte de seu augúrio.
A fala do Senhor da Sombra, era um defesa a Fianna, e faz o albino recordar do pensamento sobre espíritos se sacrificando pelo boitatá junto da lenda e também sobre como era estranha aquela força que controlara Estrela-da-Manhã que não parecia por sinais ser exatamente algo da Wyrm. Fazendo o quadro ali mais complexo.
Estrela-da-Manhã se pronuncia então e conta com mais detalhes sobre sua relação com Boitatá, sua fala apesar de protocolar seguia ali o ritmo dos bons galliards em tecer histórias.
 
*Eu realmente preciso conhecer mais sobre esses espíritos daqui... E sobre essa coroa, que sei lá o motivo segundo profecia, eu sou quem terá contato com um das jóias... Talvez consiga conversar com Estrela-da-Manhã, se esse julgamento terminar a ela favorável, ou talvez seja mais fácil conseguir falar com Flor-de-Gaia, depois de me apresentar a tribo formalmente... Muita coisa a conversar... A única coisa que me parece certa ouvindo tudo aqui, é que morte, derramamento de sangue e sacrifícios rodeiam Boitatá desde seu despertar...*
 
Olha por um momento compadecido para filha de Estrela-da-Manhã, depois para Flor-de-Gaia, então de volta a ex-líder.  Eram muitas as perdas ali.
 
*Seria Boitatá um totem de guerra que simboliza o valor da batalha e do sacrifício? Ela sobe como líder do Caern, no momento que outro garou morre em sacrifício... Era o desejo dele, ela disse...*
 
Continua a assistir julgamento pensando sobre aquilo. Tinha muito aprender e entender.

Crinos

O Lupino se apresenta de uma forma um tanto peculiar mas bem normal para sua raça, sendo assim sua matilha teria dois juízes a partir de agora, o comentário de Espólio-Cyberpunk sobre o vocabulário do Fenris e acompanhado com um olhar de desdém mas resumido a isso.

O julgamento de Estrela-da-Manhã começa e as acusações são pesadíssimas, obviamente concordava que ele tinha sido fraca ao ter sido manipulada e consequentemente ter praticado os atos porém não via o dolo em suas ações e esperava que os juízes visem isso, porém Garous são bem mais pragmáticos quanto os humanos em suas relações "jurídicas". A defesa teria um forte trabalho e assim o tenta fazer, Júbilo-das-Gorgonas e Bardo-Forjador tomam a palavra devendo ponto a ponto as leis da Litania e Coração-Valente volta a ser citado.


*Acho que eu nunca vou conseguir entender o que realmente aconteceu aqui.*


Assim como tinha desaparecido sem mais nem menos a Ragabash das Fúrias Negras surge novamente com um olhar de traquinas, igualzinha a uma criança que aprontou poucas e boas.

- Reflexo-da-Lua, onde diabos você se meteu? - Pelo pouco que a Ragabash o conhecia seu tom estava mais dócil do que o comum.

No continuar do julgamento o Fianna pede a palavra de Sentinela-das-Sombras e Sussurros-Solitarios mas antes que eles pudessem falar o Sombra-da-Justica pega o osso e toma a palavra fazendo uma ótima defesa da Ex-Líder do Caern e dando o osso em sua mão, a Galliard faz um breve relato sobre sua história, do Totem e do Caern para em seguida, honradamente, assumir sua punição.


*Agora é aguardar o julgamento dos Juízes, que eles tenham sabedoria para distinguir entre o justo e o injusto.*

Forma Crinos

Emilie até tentou fazer de conta que nada havia acontecido, só que era impossivel, ela teria que arcar com as consequências de seus atos. Até o momento em que deu no pé, sua matilha não havia perdido nenhuma luta, estava agora torcendo para a única derrota não ter sido a sua, sem nem ao menos ter lutado.
Ao ouvir a voz do seu irmão de matilha, justo o que aos seus olhos parecia ser o mais nervosinho de todos, Reflexo da Lua o olhou diretamente se aproximando mais dele.

_Eu fugi.... não estava dando conta de ver tudo o que estava acontecendo e resolvi ir embora daqui, mas Nauru me parou no caminho e me fez voltar. Agora estou aqui com as duas faces para apanhar.

A Fúria Negra suspirou profundamente desviando o olhar. Nesse momento notou a presença de outro garou entre eles.

"Caralho, eu fiquei tanto tempo fora que já fui até substituída"

Mais uma final se avizinha, dessa vez entre os Adren na Lua Gibosa. O Roedor de Ossos parecia ser uma surpresa naquela disputa, mas isso não tira sua vontade de vencer. Uivo-Voraz usa toda a sua vontade e se consagra campeão sobre o Wendigo, dando glórias ao Totem da Seita e o Rato. Era interessante ver um filho do Rato ascendendo tanto... ele inclusive precisaria se aproximar deles depois da punição de Sentinela-das-Sombras e o Galliard poderia ser uma possibilidade. A luta seguinte seria um verdadeiro estouro, afinal eram a antiga líder do Caern e a atual Mestre de Cerimônias que lutariam.

*A Estrela da Manhã com certeza deve levar essa...*

A Ancião havia mostrado seus poderes. Júbilo-das-Gorgonas começa lançando projeteis na Fianna, que cresce diante do dano. Mais ataques são dados pela Fúria Negra e mais tantas vezes Lana crescia. Era a porra de um gigante!

*Ela vai esmagar a Fúria Negra, porra!*

Não. A Mestre de Cerimônias fere o pé que lhe esmagaria, mostrando que não se daria por vencida. Entretanto, o esforço era em vão. A Gigante imobiliza a oponente diante da névoa invocada e acaba com a disputa rapidamente. Lana, como vencedora, dá o Fetiche para a Fúria Negra, que prefere sacrificá-lo ao Totem. Skullhead observa o crepitar das chamas da fogueira consumirem o artefato, alegrando Boitatá. Aquilo com certeza era um sinal de bom presságio... talvez um bom presságio para o julgamento que se avizinhava.

A acusação inicia com o parecer do Ragabash Fenrir. Ele falava do domínio e da instabilidade do Totem... vindo de um Cria, isso era até irônico. Humor mais instável que o deles não havia na Nação! O Ragabash demonstra certo desrespeito ao Boitatá, o que faz o Theurge encarar a acusada. Ela era muito próxima do espírito, aquilo com certeza a afetava. Entretanto, as acusações não eram inválidas... de fato, a culpa recaia nos ombros da Anciã. Mas matá-la? A Olhos da Tempestade já havia chegado ao consenso que seria uma atitude estúpida e que poderia corromper o Totem de vez.

Após isso, Duas-Caras pede a palavra, logo depois Mão-do-Rei. O último a compara com o Garou sacrificado e aquilo parecia ser um contrasenso... comparar um Garou que descaradamente não aceitava seus erros com uma Anciã que tanto havia feito pela Seita parecia uma estratégia baixa. A matilha havia sofrido perseguição, mas isso não poderia nutrir as opiniões atuais deles... e eles sabiam que a vida de Estrela-da-Manhã era importante, como a defesa bem atesta.

Júbillo-das-Gorgonas e Bardo-Forjador contrapõe os acusadores, clamando que Victor e Sussurros dessem testemunho. Eram dois Garous que saiam como promissores daquela Assembleia, logicamente a palavra deles poderia ser uma ajuda, apesar do pouco posto. Confiava no Alpha e no Juiz. Entretanto, antes deles falarem, Sombra-da-Justiça pede o osso e fala muito bem, colocando pontos essenciais. Ele passa a palavra para a acusada e Estrela-da-Manhã conta um pouco de sua história. Ela não faz um grande relato, mas o pouco que conta atestava sua grande ligação com o Totem. Sem ela, ele não teria ressurgido e as novas matilhas, abençoadas pelo Uirapuru e Naurú, demonstravam a necessidade de despertar esses espíritos adormecidos daquela terra.

Restava agora esperar o pronunciamento dos seus irmãos de matilha. Esperava que aquilo levasse a um pena não-capital para a Fianna.

Kiba escuta tudo que o Juiz Senhor das Sombras tinha para fizer e em seguida a própria versão dos fatos dadas por Estrela da Manhã. Tudo aquilo só serviu para deixa-lo mais convicto ainda de que a Seita estaria cometendo o maior erro de sua história se condenasse a morte a Garou que foi tão vitima quanto qualquer um que vivia naquele Caern.
 
- Por Gaia.... Esse julgamento é uma loucura... Só espero que os juízes escutem a voz da razão.... Só quem ganha com tudo isso é a própria Wyrm....

O comentário é feito para Flor de Lótus, mas em tom de voz para que toda a matilha ouvisse.

Forma Atual – Crinos

O Julgamento começava, porém, não antes de uma pergunta inoportuna de Ossos-de-Carvalho.

*Ante a presença manifesta do Totem este louco vem falar merda*

Sussurros-Solitários faz o favor de elucidar o.. o.. Fianna.

*Muito triste pensar que estou começando a associar uma tribo com determinados adjetivos..*

Sombra-de-loki começa sua acusação sobre os dois pilares da fraqueza e covardia, uma vez que alegava que apenas sua fraqueza permitiu que fosse controlada em primeiro ponto, porém, aos olhos do Ragabash fraca era sua argumentação. Como poderiam caracterizar como fraca uma garou que cedeu, porém, lutou, contra uma força que dobrou até mesmo o próprio Totem? Quem ali poderia dizer que faria mais?

Mão-do-Rei, por sua vez, compara seus erros ao do infame Grito-de-guerra, que, sem forças externas, e, mesmo depois de vários castigos e chances, parecia continua a desdenhar da própria raça, dos próprios espíritos.

*Deste eu não esperava burrice* - Estariam fazendo isso de propósito?

Duas-Caras, por fim, é o último a lançar uma cartada propositadamente fora do tempo, mais uma vez, tentando comparar aquela Anciã com um punhado de Cliaths inconsequentes de sua tribo.

Hadrian podia ver o padrão de comportamento Fianna, mas, Rob era o exemplo vivo que aquilo não fora incentivado por Estrela-da-manhã, parecia mais uma característica tribal estranhamente comum. *Hehehehehe*

A defesa então começa sua maratona, tanto Júbilo-das-Gorgonas como Bardo-Forjador seguem a mesma linha...

Primeiramente, a lógica, algo que aquela seita muito carecia, precisavam da mesma Viva até mesmo para descobrir o que havia a havia controlado e ao Boitatá, além de, garantindo-lhe uma chance de redenção, teriam nela uma guerreira que valeria por várias.

Continua a elencar atos de sabedoria e resistência que a mesma tomara, mesmo quando tomada por esta força oculta.

A única parte onde o peregrino discorda, é o fato de querer culpar a coração-valente, porém, permite-se a indulgência de relacionar tal fala a agradar o Boitata.

Testemunhas são chamadas, e começam seu relato.

O de Sombra-da-Justiça é extremamente elucidativo, fora o primeiro anotar algo estranho, a força não fedia a Wyrm, e, acima de tudo, mesmo a força sendo forte o suficiente para controlar o Totem e a ela, mesmo sendo necessária a força do Avô-trovão, Uktena, da tartaruga e de Velho-Eusébio para  romper tal domínio, ela, Estrela-da-Manhã, conseguira vencê-lo por diversas vezes em sua silenciosa batalha diária.

*Chamem-na de fraca agora*

Após, a mesma conta, de forma simples, sua relação com o Totem daquela Seita, bem como a forma como fora formada. Fogo e Sangue...

Lana poderia utilizar-se de sua oratória para enaltecer-se, mas a humildade com que se portava e a simplicidade de suas palavras demonstravam uma alma atormentada.

Espera a palavra de seus irmãos de matilha.

Antonio Xavier ouve as palavras do Senhor das sombras e fica bastante claro para ele a importância de Lana para o caern.

Cada palavra o fez lembrar da profecia e a importância da união de todos. Cada palavra exaltou o quanto a Fianna é essencial para o Caern e Boitata.

"- Realmente, Kiba. Só quem ganha é a wyrm. Precisamos de mais tolerância e união."

Forma Atual: Crinos

A Raça Pura do lupino era perceptível e o uso das palavras pelo garou era bem básico, não formando uma frase inteira. Seria complicado tratar de questões mais complexas com ele. Angelique teria que pensar como um lobo para tratar com ele.

*Philodox, lupino, Senhor das Sombras. Lupinos não são conhecidos por serem moderados quanto a deslizes com a litania.*

Elaijah, que estava quieto há muito tempo a parabeniza e a abraça, um gesto que ela não esperava, mas que retribui. Angelique não estava acostumada com gestos afetivos. Quando ele se ajoelha, ela não sabe direito como agir, de novo, e o agradece com um sorriso. 

O julgamento de Estrela da Manhã começava e a tensão no ar era bem grande. Angelique não sabia os mínimos detalhes que fizeram com que ela fosse possuída, mas isso levou a morte de muitos garous na noite anterior. Mesmo assim, a Impura não queria que a ex líder do Caern fosse condenada à morte e tinha quase certeza que o Boitatá não ficaria muito feliz com isso. A ligação da Fianna com o totem da Seita teria que ser levado em consideração.

E no meio da acusação contra Estrela da Manhã, Reflexo da Lua retorna com uma cara lavada. Angelique a encara e a Fúria Negra pode perceber que não era um olhar complacente. Flagelo questiona a Ragabash que responde de forma completamente desonrada. Entre dentes e visivelmente descontente com a garou, Angelique diz:

-Espero que tenha noção do que fez. Será julgada por essa possível deserção, mas agora não é momento. Deixemos essa conversa para depois da assembleia.

As acusações eram pesadas em cima de Estrela da Manhã. Além disso, verdades duras são ditas sobre o totem da Seita pelo ragabash Fenris, que faz alusão à bola de fogo que quase queimou o Vigia da Sangue Forte. E então a acusação parte contra toda a tribo Fianna. Mas a defesa retruca em pé de igualdade. Aquele julgamento seria o mais complicado de todos. A explicação de Estrela da Manhã sobre o totem interessa bastante Réquiem, mas ela sentia que o relato poderia ter sido feito com mais detalhes.

FORMA-CRINOS-

Não tinha outra forma de ver aquela acusação, frágil e sem sentido. Mesmo Rob que não sabia da metade do que acontecia ali podia imaginar os fatos e como em um filme repassa tudo em sua cabeça. *É claro que a acusação não quer a punição capital para a Estrela da Manhã. Ou o seu acusador era muito ruim mesmo?* Rob não saberia a verdade afinal não conhecia muito bem aqueles Garous.

Então a defesa segue o caminho que Rob havia pensado, era obvio e claro cada menção da defesa. E conforme a história ia sendo mais esclarecida e vendo da batalha diária que a líder Fianna travava cada santo dia. *Ela é uma verdadeira líder. Mas essa força não é da Wyrm? Caralho isso é bem pior e se no caso está tudo obvio demais para não acusa-la com a pena capital.* Rob pensa em toda a história novamente e como em um lampejo, ele realmente fica preocupado. * E se essa força ainda está aqui esperando só o momento para dominar a mente do Juiz? Quem nos garante isso? Se esse inimigo conseguiu controlar Estrela da Manhã, o que o impediria de controlar o Sangue dos Quatros Ventos e os outros Juizes? E se o plano inicial sempre fora esse? Assim esse inimigo teria tirado da defesa do Caern as duas maiores ameaças que poderiam dar reais problemas a ele* Então não poderia ficar calado diante esses questionamentos antes que fosse tarde demais.

-Me desculpem a ignorância e a intromissão, mas conhecendo sobre várias historias recente desse Caern, me dou ao luxo de ser um pouco paranoico, e forjar algumas teorias. Só não posso me calar por nos relembrar das histórias recentes desse Caern.  Estamos tratando de um inimigo muito forte, oculto e difícil de se detectar, o que o impede de dominar a mente dos Juizes na hora do veredito? Assim ele teria o que queria. E se realmente o seu plano era chegar nesse momento, no ápice dessa Assembleia?  E se na hora de julgar ele muda o veredito para conseguir enfraquecer esse Caern? - falava para todos de sua matilha lembrando das histórias recentes daquele Caern essa era sua função lembrar sempre das histórias sendo recentes ou não.

Forma Atual - Crinos

Hadrian vê o recém chegado tecer sua teoria da consipiração, e, dando de ombros, decide respondê-lo.

"-Uivo-Flamejante, diversos dons de todos os garous mais poderosos deste Caern estão ativos e focados nos julgados e juízes, estes estão com a atenção total de toda a seita, na presença manifesta de nosso totem, tudo isto para garantir que nada venha a interferir no que aqui acontece, e, se mesmo assim, com tudo isto, tal força for capaz de se esgueirar e controlar à todos como supõe, bem, nós não seriamos capazes de discernir de qualquer maneira, qual seria sua opção? Que não façamos nada quanto ao ocorrido? Como lhe disse, tudo que era possível ser feito para garantir a integridade deste julgamento, acredito estar sendo feito."

O Ragabash começava a se perguntar se os Fiannas tinham algum problema em manter as palavras dentro da boca por mais do que alguns minutos.