[Vila Isabel] Casa de Chá

Com as palavras de Antonio, logo notou que aquela era a Casa de Chá. Escuta a dica do Portador e deixa o comentário no ar.

- Viu, eu tinha dito que esse negócio de chá faiz mal... Olha o resultado. Por isso em só bebo pinga.

Balança a cabeça negativamente. Literalmente, a casa do chá representava um grande risco. Tanto quanto beber catuaba e misturar com aquele chá que haviam oferecido no dia anterior. Havia dois andares. Olha para Hagen e faz um sinal para a casa. Aquilo significava que aquele era o lugar que estavam procurando. Olha depois para Bruno e comenta:

- Como é tua mágica pra proteger o véu, Bruno?

Completou.

- Tamo com a matilha desfalcada. Não temo a Luna pra ir na frente desarmar alguma armadilha ou algo do tipo. Vai ter que ser no estilo Faroeste onde nóis abre a porta e vê que que tem de surpresa pra nóis. Não vejo outro jeito, mas se tiverem uma sugestão melhor, essa é a hora de me dizerem. Pelo visto, Padmatavi tá lá dentro e seja o que for, precisamos ser rápido antes que seja tarde demais.

Olhou para os três e mais uma vez Hagen não entenderia nada.

"Taí... esse Fenris vai ser só pra bater... a hora que precisa conversar, num tem como... brincadeira... Nem dá pra acreditar que ele conseguiu instaurar o caos no Caern com essa deficiência toda..."

"Encontro vocês no..."

- Final?!

Comenta Pantaneiro após Bruno descer do carro e ir para a Umbra. O plano de contenção do Andarilho não era ruim e se desse algo errado com o véu, aquilo poderia resolver, contando que a merda fosse pouca. No final das contas havia sobrado um caipira feio maneta caolho acompanhado de um cabeludo estrangeiro que não sabia onde tava se metendo junto com um theurge sem garras.

"Caralho... cada vez me surpreendo quando acho que não dá pra piorar mais..."

Contava que pelo menos Bruno pudesse ser ágil com essa negociação dos espíritos e voltasse logo enquanto fazia o resto. Já não eram muitos, com um a menos então ficava mais foda.

- Bom, agora é cum nóis, xômanos. Vambora porque quem refresca cu de porco é lama!

Tirou a chave do carro, colocou no bolso e completou.

- Mais antes, Antonio, espia a Umbra e vê como que tá essa casa de chá aí. Dá uma verificada, vai que o Bruno inrroscou o sapatão indo pra lá de qualquer jeito.

Olha para o Theurge e aguarda fazer o que era pedido. Depois disso continuaria com o plano.

Pantaneiro nota que Hagen muda suas cordas vocais e fala sobre um homem tatuado que havia entrado e lhe direcionado um sorriso. Yorick olha rapidamente, mas o sujeito já havia entrado. Decide responder Hagen mas quando tenta mudar suas cordas vocais para falar em Garou, simplesmente não consegue. Até tenta, mas não consegue e nem se quer sabia porque.

"Mas que merda..."

Muda sua forma direto para Glabro para poder se comunicar em Garou e então responde para o Fenris e também para Antonio caso tivesse escutando.

O sinal era o punho fechado. Diz isso para Hagen em Garou e volta-se para Antonio.

Aguardava a resposta de ambos.

Diz Pantaneiro ajeitando seu chapéu em sua cabeça. Olha para Hagen e depois para Antonio e faz um sinal para ambos descerem do carro. Após descerem e fecharem as portas, Pantaneiro tranca o carro e acompanhando o theurge e o Ahroun vai até a casa de chá.

"Literalmente avançando no inimigo pela porta da frente... caralho, isso tá muito errado... porém é a única saído que sobrou até saber o que ta acontecendo... puta que pariu, que saída de merda..."

Reflete Pantaneiro indo pela rua até chegar na porta da casa de chá. Ao seu aproximar da porta da frente bate três vezes na porta e diz:

E então abre a porta completando.

A sorte havia sido lançada e Pantaneiro era bem comunicativo em sua primeira ação justamente por ser cauteloso. As vezes, um bom diáologo de início poderia ajustar todas as coisas.

"Vamo descobrir quem é esse careca tatuado que o Hagen falou e o que tão fazendo com Padmatavi..."

Pantaneiro toma um susto. E não tinha como não tomar ao entrar e deparar com a cópia de cada um. Pantaneiro observa bem aquela cena e chega em uma conclusão precisa e tardia.

"Eu devia ter me preparado mais... agora é tarde, xômano!"

E então tenta captar alguns detalhes. Sua cópia tinha dois braços e isso era muito estranho. Como sua cópia poderia ter dois braços sendo que só tinha um? Aquilo tava muito errado.

"Se eu tenho um só um braço, essa merda dessa cópia num é eu..."

Rapidamente se transformou em Crinos grande e de pelagem avermelhada. Grandes músculos e infelizmente só o braço direito.

"Não faz sentido lutar com nossas cópias..."

E então algo explode em sua mente.

"A não ser que nóis esteja lutando contra nóis mesmos!..."

Rapidamente disse para Hagen e Antonio em Garou.

Aquilo tudo era muito confuso e bagunçava a mente do Ahroun que parecia estar preso em alguma ilusão e a prova daquilo era sua imagem com dois braços. Voltando a encarar as cópias, precisamente para a sua, com o cotoco do seu braço amputado esquerdo balançou pra cima e pra baixo várias vezes.

"Se essa cópia mexer igual eu, é porque tem algo errado..."

- Oxi, então cê é médico?

Pantaneiro ri provocando sua cópia.

- Titio queria que eu fosse médico! Se o cê é o que eu devia ser, certeza que cê é médico e isso não justifica essa brabeza toda tua não, xômano! Vô dá uma peia pantaneira no cê pro cê aprender a num ficar copiando os outros e depois vou esfregar meu saco na sua cara!

Era o máximo que Pantaneiro podia fazer pra devolver aquela resposta à altura. Havia entendido o recado. Ser o que não era era basicamente ser um Pantaneiro sucedido com seus primeiros fetiches e com ainda o braço que lhe faltava. Nota que a foice e o facão aparecem em seu dopleganger, assim como no de Hagen também aparece um martelo. Só o de Antonio havia ficado parado, o que era estranho, porém bom.

"O trêm começou muito louco aqui... Se eu tivesse bebido chá de cogumelo, tudo isso faria sentido, mais num bebi!"

Pantaneiro se posiciona em forma de combate. Era a primeira vez em todas as vezes no Rio de Janeiro que iria enfrentar um adversário formidável e extremamente perigoso: si mesmo. Talvez seria a batalha mais difícil da sua vida. Um adversário assim, um eu perfeito de si, era a arma mais letal de Gaia.