[Vargem Grande] Sítio Rio Verde

'- Nunca subestime a capacidade do Bjorn fazer merda, mas não fique se remoendo por isso. Se remoer não vai te ajudar em nada.' - fala Imgram.

Logo que saia da casa ia para a parte florestal caçar algo para comer, não tinha tanta fome assim, mas já que ia da apoio ao macho incompetente tinha que ta alimentada, pois não sabia quanto tempo passaria mostrando e vendo o que ele iria fazer. Cheirando a terra e olhando para as plantas, seguia o rastro de um pequeno coelho, cautelosamente perseguia o pequeno animal até conseguir encurrala-lo e se alimentar. 

Depois de sua refeição feita, a pequena lupina voltava para o casarão, para saber se o rapaz já tinha voltado com Iara. Entrava na casa e lembrava que o presa de prata queria falar com ela. O vendo chegar, se aproximava dele.


- Presa-Soturna, querer falar comigo, depois do ritual de purificação, o que seria?

No caminho até o casarão, Alek foi interceptado por Romina. O Presas buscou o relógio em seu pulso esquerdo, verificando se não estaria possivelmente atrasado, respirou fundo e cravou os olhos na lupina.

'- Sim, sim, Romina. Eu precisava falar com você sobre um negócio.'

Sem delongas, o filho do Falcão foi direto ao ponto.

'- Quando fui realizar sua purificação, senti que havia algo estranho em você, além da mácula que foi retirada. Era algo mais profundo, mais enraizado, e isso me fez ficar pensativo.'

O theurge tinha os olhos fixados ao longe, lembrando da sensação durante o ritual.

'- Em condições normais, tudo que existe DEVE ser tocado pela Tríade, e nós não somos diferentes. Mas isso que está em você, esse toque, essa corrupção, é algo que está um pouco além do que me permite dormir sossegado à noite com você por perto.'

Seu tom não era rude, mas sério.

'- Um ritual de purificação simples não é capaz de remover isso de você, senão você já estaria livre. Então, eu te aconselho procurar o Guilherme e, se ele não puder resolver, o próprio Fênix-de-Prata. Só não deixe isso crescer em você.'

A palavras do Theurge tinha um peso para Romina, já havia escutado muitas vezes que estava se corrompendo, mas não tinha noção da gravidade até Alek lhe dizer. Escutando os conselhos calada e permanecendo com o semblante sério a pequena ragabash esperava ele terminar de falar para poder falar.

- Não saber que estar tão corrompida, procurar ajuda desses rápido. Obrigada por dizer.

Não iria tomar mais o tempo do presa de prata então assim que falava, deixava ele seguir seu rumo enquanto ela esperava por Iara e Ethan.

Alek ainda se despedia de Romina quando o som do sino da entrada retiniu pela área. O Presas olhou para a lupina e apontou com a cabeça para a porteira de entrada, fazendo menção para que ela o acompanhasse.

Se dirigiu, então, até a entrada do sítio, já de longe vendo o rapaz que descera da moto. Presa-Soturna se apoiou no portão e encarou o recém-chegado.

'- Pois não?' - perguntou ao desconhecido.

O theurge tinha um porte notavelmente grande, batendo os dois metros de altura com alguma folga. Não bastasse sua aparência por si só ser um tanto intimidadora, o Presas irradiava uma aura levemente hostil, mesclada à sua Raça Pura.

Enquanto conversa com Ingram , uma movimentação estranha no portão do sítio, chama a atenção de Kalf. Então ele se levanta, e observa alguns membros da matilha no portão, falando com um estranho.

' - Temos visita Fianna. Vamos ver do que se trata. Depois da Dione, ainda estamos expostos. '

O Modi se aproxima do grupo e espera para ver o que está acontencendo.

 
 
 
 
 

FORMA: Lupina

A pequena lupina estava sentada enquanto o presa saia quando escutava um barulho vindo do portal, levantava-se olhando para o Beta e vendo que o mesmo a chamava para ir com ele verificar o quem estava ali. Ficava atrás do paredão de prata, o deixando abordar um macho que estava no portão.

* - Era só o que me faltava mesmo...*

Escutava a apresentação do macho atentamente, mas ainda em alerta para qualquer ato hostil. Via Kalf de aproximar, mas permanecia no mesmo canto.


* - Mais um macho beberrão, eu mereço... *

Diante da resposta de Liam, Alek deu uma segunda olhada no Fianna. Era um enviado do alfa do caern e o theurge podia jurar que jamais havia visto o garoto nas reuniões da seita.

"Será que esse novato está só trazendo um recado do David? Ou seria um novo membro pra matilha?" - pensou, elencando as possibilidades.

'- Não, não sou nenhum deles. Hi-Tech V8 é o alfa da matilha, mas ele está no caern agora resolvendo algumas pendências. Mas Algoz-Forjador está aí.'

O Presas de Prata tirou seu enorme braço que estava estendido sobre a porteira, abrindo caminho para que o filho do Cervo passasse.

'- Pode guardar a moto aqui perto da entrada.' - disse.

Era um outro Fianna, afinal. Outro Liam. Aquilo, obviamente fazia Alek se lembrar de Desafia-o-Destino, o irmão de matilha que morrera em seus braços.

'- Eu me chamo Aleksandr, "Presa-Soturna", da família Romanenko.'

Alek soava bastante orgulhoso em mencionar sua linhagem. Como um Fianna, era provável que o nome fosse familiar ao garou, afinal os Romanenko e os Martell disputavam o posto de melhores artíficies da Nação.

'- Cliath, lua crescente dos Presas de Prata, e beta da matilha.' - disse, terminando de se apresentar.

O filho do Falcão esperou que Liam guardasse sua moto devidamente, então emendou.

'- Vamos, eu vou levá-lo até Algoz-Forjador.'

Caçadora-Lunar via o beta se apresentar e abrir a porta para o rapaz colocar aquele cavalo de metal, que a fazia instantaneamente fazer uma careta, a experiencia em cima daquilo tinha sido horrível o suficiente para que ela não quisesse nunca mais andar naquilo. Visto que ele era um garou a pequena lua nova saia de trás do Presa evidenciando sua presença.


- Romina, Caçadora-Lunar, Lupina, filhote das Fúrias Negras, Ragabash.

Apresentava-se para o rapaz rapidamente, sem se importar muito com o que ele falaria. Após a apresentação ela olhava para Presa-Soturna.

- Precisar de mim, chamar. Eu estar esperar Iara e o outro macho, demorar demais, bom verificar.

Falava casualmente para o Theurge, já que ele havia designado ela para ajudar o Andarilho com o plano de vigia do local.

Quando o novato se apresenta, Kalf olha para o céu, tentando entender o que Gaia estava querendo fazer com aquela piada.

" Ohhh Gaia, outro Fianna ? Mas que piada de mal gosto é essa ? "

Imgram então resolve se apresentar ao novato, e demonstrar um pouco do seu humor costumeiro. Kalf não consegue se controlar e acaba rindo. Não sabe se pela piada do Fianna ou a piada de Gaia, mas ele riu.

' - Está querendo se vender para o novato Imgram ? Está querendo arrumar um namorado ? Esqueceu de falar que você sabe lavar e passar também. Mas vamos as apresentações.
Sou Kalf, Montanha-de-Skadi. Hominídeo, Modi, Cliath dos Crias de Fenris. Seja bem vindo!"

Iara entendia que a vida dos impuros era uma tempestade, mas dependendo da cultura tribal alguns poderiam ter alguma chance de se mostrar pertencentes a nação, Ethan parecia ser um desses. A conversa poderia fluir para outros assuntos.

A Uktena até se assusta pela ação do irmão de matilha que entra no carro e sai sem esperar ela. Primeiro ela achou que era uma brincadeira sem graça, mas ao ver o carro seguir o caminho sem voltar, ela teve certeza que a ação do mesmo foi intencional. Aquilo não estava fazendo sentido então decidiu voltar pra casa e avisar aos que estavam ali, percebendo que havia uma nova pessoa junto a eles.

A lupina parecia está olhando a procura da Galliard e do Andarilho. Iara então se aproxima da Romina e Alek e fala:

‘- Ethan partiu com carro, me deixando, não entendi essa atitude dele. Primeiro ele me convida, depois parte de maneira repentina.’ A Galliard demostrava está confusa com aquela ação.

 
 
 
 
 
 
 

O Fianna recem chegado, entra, aceita as brincadeiras e principalmente a bebida. Tudo como era de se esperar de um Filho do Cervo. Depois de mais algum bate papo e apresentações, Iara conta que Metal teve algum tipo de emergência e teve que sair correndo. Mas isso não era mais problema de Kalf. Tinham muita gente para se preocupar com isso. Foi então que o visitante avisou qual era o motivo de estar ali.

" Oi ? Outro ? Sério mesmo ? "

Kalf então olha para o céu e conversa sozinho.

' - Ohhh Mãe, que humor mais perverso esse seu. Dois malditos Fianna engraçadinhos , e nem uma gota da álcool pra ajudar a suportar esse castigo ? Por quê não me leva de uma vez e acaba com esse sofrimento? POR QUÊ ???? '

Iara voltou até o grupo, revelando que Ethan a havia deixado e partido sozinho de carro.

'- Bem, talvez ele só tenha decidido comprar as coisas sozinho e não quis gastar o seu tempo com isso, Iara. Não era uma tarefa muito difícil, afinal.' - respondeu o Presas, dando de ombros.

Liam parecia já estar se enturmando, entrando na brincadeira de Kalf e Imgram, quando revelou ser um reforço enviado pelo líder da seita para a matilha. O galanteio dirigido à Uktena, porém, não passou despercebido ao Presas, que lançou um olhar breve ao recém-chegado.

'- Então, é isso. Bem vindo ao barco, Liam. Nós somos os filhos de Tupã, a Arautos da Fúria de Gaia.' - disse, com o sorriso mais simpático que conseguia expressar no rosto.

"É um Fianna, mas não tem como ser pior que o Bjorn. É... sem chances.' - pensou, tentando manter-se positivo.

'- Infelizmente, talvez a gente não tenha muito tempo pra colocar a conversa em dia agora porque estamos nos preparando pra sair em missão daqui a pouco. Mas Iara e Romina vão colocar você à par de tudo. Temos muito trabalho pela frente.'

Olhou, então, para a galliard sem, no entanto, dizer nada. Esperava que ela entendesse que aquela era a sua deixa.

O rapaz avisa que estava ali para correr na matilha também, o que poderia apresentar mais uma ajuda. Sua raça pura era muito clara, o que poderia caracterizar ser um individuo forte, até o momento ele parecia ser educado e simpático.

‘- Olá, sou Iara Pitangi, chamada Anãmiri, nascida hominídea, Dançarina da Lua, Cliath da tribo dos Uktena.’ Se apresenta e pensa um pouco como falaria dos assuntos da matilha para aquele desconhecido.

‘- Uma membra da nossa matilha, Victoria Corleone, Sombra-do-Medo, Ragabsh, Forsten da tribo dos Senhores da Sombra está em uma missão que apareceu de maneira, repentina. ’ Ela olha para Kalf, mas rapidamente volta a atenção pro jovem a frente. ‘-Ela está atrás de um alvo. Enquanto o nosso alfa, Cristiano Gama, Hi-Tech V8, Philodox, Cliath dos Andarilhos saiu para relatar o ocorrido. ’

*Agora esse Cria fica dizendo pra Gaia levar ele por besteira, mas ele querendo se limpar da besteira que fez se jogando na fogueira não quer! Vai saber que esse povo pensa.*

‘- O nosso mestre de rituais, Guilherme Pinheiro, Crypto-Virus, Theurge, Cliath dos Andarilhos do Asfalto juntamente com o filhote chamado Evan Ballmer, Shader, Ragabash, sem tribo foram colher informações sobre um vampiro que estamos atrás. ’

‘-Já nosso beta (indica com a mão) está indo numa missão para obter informações sobre uns espíritos. ’

‘- Ethan Connor, Metal-Bone, Ahroun, Cliath dos Andarilhos do Asfalto foi atrás de equipamentos que melhorem a segurança do nosso território. Creio que eles (aponta para o Fianna, Cria e Fúria Negra) já tenham feito às apresentações deles. Seu nome é Liam e é da tribo dos Fiannas? Coincidência! ’ Iara lembra do Liam, um jovem ingênuo e sonhador. ‘-Poderia se apresentar formalmente para mim? ’

 
 
 
 
 
 
 
 
 

Os comunicadores começam e emitir um ruído e não tarda até que a voz de Guilherme possa ser ouvida por aqueles que carregavam o seu consigo.

'- Conseguimos o acesso. 2 Androides nos atacaram. Consegui reprogramar um mas o outro se auto destruiu antes de eu sequer acessar os seus sistemas. Grave dano ao território. 2 quarteirões atingidos. Estamos bem. Iniciando triagem de imagens e seguindo rumo ao cemitério.'

Via os demais da matilha se aproximarem e as piadinhas começarem, olhou para Imgram esperando a piada machista, mas o Fianna não fazia, o que era um alivio para a Fúria, nada de frenesis desnecessários, a corruptora não iria ter espaço dessa vez. Escutava os galanteios do novo Fianna para com Iara e já ia se aproximando dela, já bastava Kalf, não permitiria que outro tentasse algo com sua irmã de matilha, inclusive ignorou o comentário de Kalf, porque sinceramente não ia da palco para drama de machos, ainda mais um que superava em sua incompetência. 


*-Oh raça viu! Não pode ver uma mulher que já fica no cio*

Deixou Anãmiri conduzir a conversa e explicar toda a situação para o novato que iria correr com eles e o novato se apresentar. Logo que o mesmo terminava com aquele sorrisinho ridículo, parecia ser comum dos Fiannas dali, mas também nada comentou. Em meio a conversa toda e brincadeiras de todos os lados, a pequena lupina escutava uns ruídos vindo na direção de Presa-Soturna. Aproximava-se dele para escutar melhor o que o ruído dizia.

- Presa-Soturna, ter algo falando em você, escutar barulho vindo de você.


OFF: Dom Sentidos Aguçados Ativo.

A mesma chamada repetindo a mensagem por diversas vezes é novamente enviada.

Presa-Soturna aguardava que Iara fizesse as vezes de anfitriã para o Fianna, mas a Uktena insistia em causar estranheza no Presas de Prata.

'- Então, Liam, não 'vamos'. - corrigiu. '- Acho que Iara acabou confundindo os nossos afazeres, mas o que estamos fazendo aqui nesse momento é aguardar que Guilherme e Evan voltem com informações sobre um vampiro que está causando problemas à seita por tempo demais.'

'- Como é uma missão de reconhecimento, só uma parte da matilha vai conferir o local, afinal, muita gente no mesmo lugar só iria chamar atenção. Mas logo, logo pretendo resolver isso e vamos precisar de todos os lua cheia possíveis pra acabar com esse sanguessuga desgraçado.'

'- Os espíritos são um outro problema, mas tenho certeza que Anãmiri vai poder inteirar você de tudo isso enquanto estamos fora.' - disse, direcionando seu olhar para a galliard, já não tão certo de que seu relato seria fidedigno o bastante para brifar corretamente o novato.

'- E sobre Tupã. Ele é um espírito recém-desperto, antigo e poderoso, que passou a abençoar nossa matilha quando perdemos nosso antigo totem. Acho que a história completa pode ser mais um trabalho do qual nossa Mestre de Cerimônia vai poder se ocupar com você. O dogma dele reforça nosso empenho em andar em linha com as leis do nosso povo, não nos permitindo perder Honra de forma permanente. Além disso, não podemos demonstrar misericórdia ou fazer prisioneiros, e devemos sempre anunciar um ataque.'


'- E o importante é...' - começou a falar, mas foi interrompido por um som que vinha de dentro de sua jaqueta, do fone que lhe fora entregue por Guilherme.

Alek tirou a peça, que parecia minúscula na sua mão enorme, e colocou no ouvido. Ao que parece, os dois tinham tido sucesso na sua missão, mas não sem levar metade do território da matilha de Guy junto.

"Merda, merda, mas que caralho! Será que ninguém consegue fazer nada aqui sem deixar o rabo pra trás?" - pensou o Presas, não impedindo um traço de irritação de transparecer em seu semblante.

No entanto, o theurge respirou fundo, já pensando no trabalho diplomático que teria que fazer para evitar um possível desentendimento entre as matilhas. Tinha o álibi da autorização que conseguira para Evan, mas ela provalmente não envolvia um cenário de destruição em massa. Felizmente, o encontro com o Falcon tinha iniciado uma boa relação entre os dois e Aleksandr faria o possível para mantê-la.

"Combate a Wyrm onde ela estiver e sempre que proliferar. Respeita o território do teu próximo."

Os versos da Litania em conflito naquele momento martelavam na cabeça do beta, alternando-se repetidamente. Aleksandr reconhecia aquele como um dos momentos da liderança onde uma única decisão poderia alterar completamente o curso das coisas.

'- Negativo, Guilherme. Nos encontramos no caern.'

Voltou novamente a atenção para a matilha.

'- O papo está bom, mas parece que as coisas não saíram tão bem quanto deveriam. - disse, encerrando a conversa. '- Talvez a gente precise limpar a cagada que ficou pra trás no território da outra matilha. Temos que ir, todos.'

Alek assobiou com um som agudo, que retiniu no ouvido da matilha. O theurge olhou, então, para o céu e esperou.