As Ruas da Zona Oeste

Victor, após escutar as primeiras palavras do alfa, luta arduamente para não comentar algo do tipo *Que bom pra vocês, não é mesmo? Devo conferir o renome ao carro pelo trabalho feito?* Mas o Philodox apenas sorri. Então Luke fala novamente e o Senhor das sombras pensa *Essa bolha de ego hipertrofiada, caga o pau e fode os carros. O outro imbecil do fianna ainda arranca o motor para se assegurar que a merda foi completa MESMO! E o filho da puta desse ahroun que tava bem sentado na merda do carro do presas de prata vem dar ordem como se nada tivesse acontecido e como se fosse a rainha da cocada preta, ainda me colocando pra resolver a bosta da promessa que o Filho do Jumento, digo, Cervo, fez para um roedor de ossos. Trovão dai-me sabedoria e paciencia.* Mas o Philodox mais uma vez apenas sorri e fala em tom fraternal:

"-Não se esqueça de levar as placas também."



Se aproxima de Alef e Spybot e ajuda o Presas de Prata a levar o Ragabash para o carro.

"Pacificador, Lobo, vamos nessa."

Alguma coisa dar errado e o Theurge não consegue fazer a travessia.

*Merda! A Película aqui parece concreto, caralho!*

As coisas ali realmente estavam feias, atravessar para o outro lado nunca havia sido tão difícil para o Andarilho. Estava pronto para tentar uma segunda vez quando percebe uma leve mudança na tensão do ar. Ele olha pro lado e vê que os companheiros já haviam voltado. O Alpha sai imediatamente, já soltando ordens e mais ordens.

*Esses filhos do Trovão sabem ser mandões! Bem que Blecaute me disse uma vez que eles eram tipo uns projeto de Presas de Prata que não deu certo!*

Ele meio que ri diante do pensamento, já deixando o carro também. Ele seguiria com os Ahrouns até o Ponto de Encontro para pegar o outro carro. Tudo bem. Ele sai andando em direção ao Alpha quando algo lhe chama a atenção. Algo brilhante, ao lado do carro assassino.

*A arma!*

Estava ali, sem ninguém prestar atenção à ela. Ele se lembra do Ragabash saindo pela janela, com a arma em punhos. Se ele tivesse ficado sentado talvez não estivesse todo estatelado no chão, provavelmente, mas aquela parecia não ser a noite do irmão tribal. Skull-Head se abaixa, olha para os lados para ter certeza que ninguém percebia o que ele tinha visto e pega a Desert Eagle 44mm.

*Caralho! Esse Derek deve ser cheio da grana também! Isso aqui não sai por menos de mil doletas não, pô!*

O Andarilho esconde a arma na parte de trás da calça, cobrindo com o casaco que usava. Logo, ele se levanta e segue o rumo, evitando deixar alguém fora de suas vistas.

*Se o mano perguntar, eu devolvo, se não...*

"- Bora então, chefia?"

Sussurros Solitários (Hominídeo)

O lupino observa enquanto os seus colegas debatem os detalhes da ida ao Caern. *Finalmente vou poder parar de usar essa pele humana.* Obviamente mais uma vez iriam no tal "carro". *Esses macacos preguiçosos não conseguem mais andar com as próprias patas?* Em silêncio Uktena vai até o carro de alef, entra e senta calado. Depois de procurar em alguns lugar encontra um apoio logo acima de sua cabeça para se segurar. Segura nele e no banco da frente enquanto esperar os demais virem.

* Luke ouve o que Victor tinha a dizer e assente com a cabeça. Gostava dos modos práticos de seu irmão tribal, se satisfazia em ver as coisas feitas. Pega os documentos que havia encontrado nos carros e os guarda nos bolsos traseiros de sua calça.  Skull Head diz estar pronto para seguir e era exatamente isso que fariam, mas antes Pantaneiro lhes diz que cuidaria do assunto da comida do Roedor e aquilo era justo. Concorda dizendo de modo que Victor pudesse escutar: *

- É justo, ficamos assim então. Victor, qualquer coisa me liga.

* Começava a arrancar as placas dos veículos com sua força de Glabro e comenta após a piada do Fianna: *

- Só você?! To começando a entender o Lupino.. 

* Ia passando as placas que retirava para o Pantaneiro segurar e parecia ceder às conversas amenas. Quando termina o trabalho mantém consigo as últimas duas placas e completa para os que seguiriam com ele: *

- Vamo, a pé o risco deu capotar alguma coisa é menor.

* Esboça um raro meio sorriso, se despede do grupo do carro com um sinal de cabeça e começa a caminhada de volta para o ponto de encontro. *

* Luke ouve os conselhos de Alef e o agradece pela informação. Aquela era sua primeira noite no Rio de Janeiro e, devitivamente, nao estava acostumado à ver uma cidade grande que não tinha comercio 24 hrs acessível..  coisas com as quais teria de se acostumar. Faz um sinal para seu grupo e eles seguem caminhando pelas ruas da zona oeste em direção ao ponto de encontro. *

OFF: a cena segue no QG, considerem que é uma boa caminhada.

*Filho de Gaia bocudo esse, viu. Não pude nem testar a potência dessa belezinha!*

Ele retira a Desert Eagle das costas e entrega na mão do Ragabash, já recuperado.

"- Essa foi por pouco, mano! É melhor se segurar da próxima vez..."

O Andarilho faz um sinal, se despedindo e seguindo com o seu grupo. Em um área um pouco mais escura, ele aproveita para voltar a sua forma racial. Com o seu tamanho habitual, ele segue com o grupo, de capuz na cabeça e mãos nos bolsos.

Victor acompanha a fenrir ate um prédio próximo a uma das entradas do caern. Ao chegarem lá a Cria indica que ha algo de errado no quarto andar e passa a primeira parte do desafio. Victor, com um meio sorriso, assente.

O Senhor das Sombras ativa os Braceletes da Noite unindo-se às sombras e muda para a forma glabro. Ao chegar próximo à escada, um pequeno sorriso brota em sua boca ao lembrar-se da saga Pantaneiro x Escada. *Fianna louco.* O philodox então, sem dificuldade, chega à janela do apartamento indicado e passa a observar o local tanto no plano físico quanto na umbra.

*Verme imundo* Como seria o normal a qualquer ser de fúria naquela situação, o primeiro impeto do Philodox é entrar no apartamento e arrancar a jugular do humano fora. Mas não deve ser assim. Muitos fatores devem ser levados em conta e Victor não sabia como era a relação da menina com o resto de sua família ou mesmo se ela possuía qualquer outro parente próximo. Matar o pai na frente dessa criança poderia trazer desgraças ainda maiores a ela que ficaria traumatizada e sozinha.

O Senhor das Sombras então pega o celular de Yorick que ainda estava consigo e faz uma ligação para a polícia informando de tudo que estava acontecendo e dizendo temer pela vida da infante diante do descontrole do pai. *Façam seus trabalhos, seus merdas*

Finalizando a rápida ligação, Victor, ainda unido às sombras, adentra no apartamento, posiciona-se rapidamente atras do genitor golpeando-o pelas costas e levando-o ao chão. Imediatamente após o golpe, o Filho do Trovão deixa sua fúria explodir e com rápidos e fluidos movimentos retorna para as sombras sem que a criança o perceba.

O jovem Cliath então, sorrateiramente, se esconde e aguarda a chegada da polícia para acompanhar o desenrolar da história e garantir a segurança da menina.

*Mas é CLARO que a criança é demoníaca. ÓBVIO! Como eu não imaginei? Hoje já fui atacado por uma donzela indefesa vampira, por uma casa amaldiçoada, por moradores pacíficos atiradores de elite, pelo caralho de um mendigo fedido e até pela porra de um carro. COMO DIABOS EU FUI ACHAR QUE ERA APENAS UMA POBRE CRIANÇA ABUSADA? COMOOO? A culpa é minha. Fico dizendo que os Senhores do Cume são paranoicos e fico querendo me fazer de sensato, dá no que? Dá nisso!. Vou ser atacado agora pela criança da colheita maldita. Nada nunca fez tanto sentido... Fenrir escrota* Ainda um pouco incrédulo com quão pitorescos (por falta de melhor palavra) haviam sido os desafios de sua noite, o Senhor das Sombras se recompõe e aproveitando sua cobertura de sombras, adentra o comodo, se desloca rapidamente aproximando-se da criança-demônio e desfere um golpe certeiro na nuca levando-a a nocaute.

Assim que desacorda a menina, para a surpresa do Philodox, o policial que dantes fugia vira-se para ele com os mesmo olhos vermelhos da criança *HA. HA. HA. Claro que era um Espirito Parasita. Por que não?* e atira em sua direção. O tiro acerta, mas não causa maiores danos ao Garou *Filho da puta*. O Senhor das Sombras então corre, pega e aplica uma tesoura imobilizando o policial. Assim que a imobilização é feita, victor, em uma pose verdadeiramente não convencional, improvisa um ritual de purificação ali mesmo. O ritual não precisava ser perfeito, precisava apenas causar dor o suficiente para que o espírito abandonasse o corpo, o que é feito.

O Senhor das Sombras tinha esperança que, após o pseudo exorcismo o policial fosse ficar desacordado, mas, como diria o grande filósofo Joseph Klimer, "A vida é uma caixinha de surpresas", e a sorte não estava com o pobre Cliath. *Oww caralho, depois dessa ainda tem mais duas* Normalmente Victor convenceria o policial que havia um vazamento de gás causando alucinações, ou o convenceria a sair dali de alguma forma. Mas a noite tinha sido longa e ele estava cansado então ele apenas chuta a cabeça do policial para desmaia-lo e, através de seu fetiche, passa para a umbra.

Victor retorna ao mundo físico. Olha para o policial caído próximo a seus pés e suspira. *Eu realmente não sei se isso contará como um sucesso ou um fracasso para a Fenrir, mas o véu é o véu e é minha obrigação repará-lo. Tão próximo ao Caern eu não posso arriscar chamar atenção com qualquer conversa de coisa sobrenatural* Sem grandes emoções o Philodox torce, quebrando o pescoço do segundo policial caído. Victor muda novamente para glabro, pega os dois policiais colocando um em cada ombro verifica se é seguro descer e faz seu caminho de volta ao chão. Ao chegar no beco, Victor se certifica que a rua e as varandas dos apartamentos estão desertas e carrega os dois corpos até a viatura da polícia. Abre o carro colocando cada presunto em um dos bancos da frente, sem afivelar os cintos. Engata a terceira marcha, libera o freio de mão e empurra com toda a força o carro ladeira abaixo, no sentido oposto ao do Caern.

O carro desce a ribanceira chocando-se em um poste há alguns quarteirões de distância. O Senhor das Sombras, ainda camuflado por seu fetiche, volta à forma de homem e segue então até o carro. Rasga uma tira de sua camisa, embebe-a de gasolina, coloca no duto de abastecimento e ateia fogo. Ao atear, corre a toda velocidade para longe do veículo e em direção a Sarah. Escuta-se uma explosão ao longe. O Philodox, ja em sua forma hominídea, chega com semblante plácido na Fenrir e apenas fala:

"-Está feito."

A ragabash segue pelas ruas da Zona Oeste até um ponto de ônibus. Aborda uma pessoa (se tiver alguma) de forma educada:

"-Boa noite. Poderia me ajudar? Qual ônibus devo pegar para chegar em Vargem Grande?"

Caso não tivesse nenhuma pessoa esperando o ônibus no ponto, ela para o primeiro que passa e pede informações ao motorista.

* Luke ia observando as ruas pela janela quando Pantaneiro se propõe a colocar uma "musica". Achou que o gesto serviria para entrarem no clima da missão tensa que teriam aquela noite mas, para sua surpresa, um ritmo dançante cheio de efeitos eletrônicos sem tratamento começa a sair das caixas de som. O Alfa olha para Pantaneiro e já vê o cara se balançando como uma jibóia atropelada e não consegue evitar que seu semblante demonstre incredulidade. Permanece olhando o Fianna sem palavras enquanto a melodia lhe chega aos ouvidos: *
 
“Eu não sou seu pai
Você não é minha tia
Se quiser fazer amor
Vem de noite e esquece o dia”
 
* Sua perplexidade aumenta conforme reconhece que aquela música causava danos cerebrais. *
 
“Esse som.. ele vem das entranhas de Malfeas”
 
* A tortura prossegue: *
 
“Porque eu sou
BATMAN
Porque eu sou
BATMAN
DO AMORRR”
 
* Comenta ainda sem conseguir processar: *
 
- É isso que vocês ouvem de onde você vem? Começo a entender melhor seus critérios..
 
* Estava explicado porque Pantaneiro era assim, ninguém poderia ouvir aquilo com regularidade e manter a sanidade.  Fica estático ainda sem conseguir acompanhar aquela bordoada, pedindo a Gaia que fosse misericordiosa e tratasse de Yorick. *