A Umbra Rasa (Penumbra)

Devagar abre os olhos, um pouco confuso. Vai se levantando aos poucos e se observando, estava na forma homenídea, todo molhado.

 *Mas o que?*

 Recordava do soco, da fúria, de mudar, de um garou pulando sobre si e mais nada... Tudo ainda eram como flashes confusos e nem pareciam pertencer a ele.
 Olha a volta, reconhece estar na penumbra do caern, num ponto de mata fechada, mas sem ideia de como veio parar ali.
 Nota os dois novos irmãos de matilha mais a frente conversando com calma. Tenta da forma mais silenciosa que podia ali se aproximar e ouvir o que falavam, enquanto checava o rosto, vendo se tinha dor e sangue ainda pelo soco de Kalf.
 Um dos flashes de memória se torna mais nítido, reconhece quem veio sobre ele e o retirou da clareia. Eram aqueles dois.
 Suspira. E então eleva a voz chamando atenção deles.

 "- Irmãos?! Visserys e Ingram, certo? Eu... Acho que, preciso agradecer os dois... Onde estamos? E o que eu fiz? Espero não ter machucado ninguém."

 Tinha certo ar de vergonha na fala.

Conforme Visserys ia falando, as memorias de Evan ia se organizando melhor.


 "- Certo... Mas ele mereceu..."

 Comenta mais para si mesmo que para alguém, apesar de estar bem, ainda sentia um pouco de raiva do Cria de Fenris que não tinha capacidade de entender contexto a volta para além do ego. Mas como foi dito pelo outro Fenris, não tinha o que se esperar para além de músculos e força bruta vinda deles. Pensamento que o leva a rir um pouco e ficar com humor mais leve, ao mesmo tempo que ouve a pergunta do Imgram.

 "- Eu to bem agora. Estou calmo, vivo, inteiro, não matei e nem machuquei ninguém... fico tranquilo com isso. E graças a vocês. Obrigado! Só meio confuso com tudo nessa primeira noite do Rio... Muita coisas a pensar... Mas nada com vocês. Só obrigado de novo caras!"

 Amigavelmente se aproxima deles, e abraça os dois em agradecimento.

 "- Fico devendo uma pra vocês..."

Forma Glabro

O espirito se aproxima de Nate, a energia dele podia ser sentida, era com a estatica no ar com os raios que o rondavam; se voce brinca com fogo pode se queimar, se brincar com um corvo da tempestade cuidado com o choque!
Mas Nate sabia disso e estava disposto a dar aquilo que o corvo queria. Ele sabia que ja era hora de sair do anonimato e começar a tomar as redias do seu destino!

" - Claro que estou disposto a pagar esse preço!" - fala de forma confiante e calma o SS. Entao ele aprxima mais um pouco do espirito e continua - " farei o que pede! E aguardo noticias suas sobre as fontes corrompidas! Siga em paz seu caminho!"

Nate entao espera para ver se o espirito tinha algo mais a falar. Enquanto isso ele olha ao redor, tentava identificar onde havia a maior concentração de espiritos morcegos, ou algo que chamasse sua atençao ao redor.

Dá a dupla um sorriso amarelo, meio a graça. Apesar do que falavam, ele se sentia bem ali com eles. Não era algo ofensivo, mas era correto. E notava como os dois eram ligados, como se já se conhecessem há um bom tempo, como era ele com a irmã. A palavras do Filho de Gaia fazem um arrepio percorrer a espinha do filho da Barata.

 "- Vocês estão certos, eu só... Não estou querendo muito nem pensar nessa parte de ter morrido e ser ferramenta da Wyrm, por isso tentei focar só em se tinha machucado alguém e me tranquilizar por não, graças a vocês por isso, claro... Mas tentando mudar o foco, sabe. Pensar nisso, desse frenesi e possível morte num soco, a real é que assusta... Assusta demais, e não é bom falar, atraí coisas... Mudar foco é melhor..."

 Solta um suspiro pesado com olhos cabisbaixos. Mas de certa forma se sentia confortável q falar com os dois, nem sabia direito porque, talvez o susto, carência doedo da situação passada em ter alguém por perto, ou só o jeito dos dois que era agradável.

 "- Mas, eu tinha que ter falado algo ali. O cara é maluco, tanto que no lugar de ouvir e ver pensar, ver a merda que fazia, veio na mão! Estava chamando atenção ali, mais que Dragqueen purpurinas em balada. E expondo os outros, ele mesmo, Igor a Lupina... Olha eu não ligo de me expor, não ligo de fofocas sobre mim, que me odeiem por ser gay... Foda-se isso... Mas a gritaria ali, expunha todos inclusive quem estava quieto, era alfa sem controle, punições e problemas particulares de matilha, e pessoais, ao vento para todos os ouvidos de gente que adora apontar dedo. E tudo vindo do cara que vinha falar de respeito e manter imagem. Que imagem?  Um hipócrita do caralho que fala em respeito, e  hierarquia, mas aparentemente só vale quando é com ele, o resto joga no ventilador!"


 *Por Gaia, indiretamente estou até defendendo o Igor, quem diria?*

 Para respira pesadamente, e toma um ar bem mais tranquilo do que tinha durante a fala anterior.

 "- Desculpa, acho que precisava desabafar essa. Desculpa essa caras já estou devendo de mais pra vocês até minha vida. E vou segurar mais a minha língua... E tem muita coisa errada sim, e vai pra muito além da matilha... Preciso de umas respostas, e ficar quieto pra achar elas antes de falar... Vocês estão certos."

 Tentando amenizar um pouco o ar ali e o que gerou, abre um sorriso e tenta um comentário mais ameno.


 "- Sobre o "doidinho", olha a parte mais sensata da família ficou mesmo com a minha irmã a Eve... Tenho até cabelo rosa... Hehehe... Acho que mereço mesmo ser chamado assim..."


 *E olha ficaria fácil doidinho por vocês dois, mas deixa isso de lado*

Forma: Glabro

Nate olha ao redor e percebe que está no centro do circulo formado pelos espiritos morcegos. Nao vendo nada de mais que chamasse sua atençao alem dele proprio parado ali no meio dos espiritos ele se lembra do pressagio da bruxa. 

*Devo me unir com a noite, devo derrotar o rei da noite! Droga, nao façõ a minima idéia do que isso quer dizer! Bom morcegos são seres da noite. Quanto mais eu tiver deles ao meu lado mais facil ficará para mim!*

"- Espirito morcego porquê me rondas?" - da uma pausa - " o que te deixa tão alvoroçado nessa noite?"

Seu tom não era inquisidor, mas como o de quem oferece ajuda

Ouve os dois, estavam certos e não tinha como negar. Por mais que de certa forma achasse que acabavam por ficar apoiando o jeito Fenris de ser e botando ele como culpado ali. Mas achou curioso ali não ter nenhuma manifestação deles quando apontou sua sexualidade. Nenhum olhar estranho ou julgamento. 
 
 "- Como disse, vocês estão certos... Usar a força do alfa só contra inimigos..."

 *E contra ele mesmo se eu precisar...*

 "- Vou controlar mais a minha língua... Prometo! Mas assim, com vocês que são mais gente boa, inteligentes, e não doidinhos tipo eu... Posso às vezes assim, como dizem aqui no Brasil, destilar meu veneno com vocês? Ajuda a segurar a língua quando precisa ter momentos seguros pra falar tudo..."

 Ri um pouco descontraído. Era uma das poucas vezes que se sentia ali no caern a vontade com alguém, tanto que até o momento nem pensara sobre os outros. Talvez fosse efeito da experiência quase morte. E lembrar da questão de quase morrer, o faz notar a si mesmo por um instante, o corpo todo encharcado.


 "- Olha, eu agradeço o que fizeram por mim... Mas por curiosidade, tudo isso foi água pra me purificar, ou pra me desmaiar vocês tiveram que me jogar num rio?"

 Tira a camiseta que usava a torcendo um pouco, vendo a água escorrer, e se exibindo um pouco também. E apesar da situação boa, lembra que tinha muito a frente e que Eve teria visto tudo aquilo, e poderia estar preocupada. Se é que os dois não o estavam mantendo ali até dar um tempo e o alfa acalmar os ânimos.

 "- Será que é bom a gente voltar? Talvez alguém esteja preocupado com o sumiço nosso... Provavelmente a minha irmã."

Evan não era burro, e nota o corte de Imgram, porém, aprecia a forma como ele o faz, sorri em retorno ao sorriso recebido e ao ouvir a proposta dele.

 "- Ia ser ótimo. Muito bem, nada de grupo de destilar veneno, mas, grupo para tomar destilados e fermentados. Faço questão de pagar a primeira rodada!"

 Os vê levantar e chamar para retornar a clareira, então o Ragabash joga a camiseta torcida sobre o ombro e se aproxima deles.

 "- Antes... Para não ficar parecendo lá que sou o emotivo idiota e nem que estou só dando em cima de vocês em área aberta. Obrigado de novo por me ajudarem e serem legais comigo. Realmente será bom sair para beber com vocês e passar um tempo junto, correr junto em matilha de vocês. É isso... Valeu mesmo. E vamos então de volta."

 Coloca a mão no ombro de ambos esperando fazerem a travessia juntos.

Forma Glabro

*Você só pode ta de sacanagem comigo vida!*
Foi o primeiro pensamento do SS ao ouvir aquelas palavras. Nao havia muito ele estava pensando nos camazotz.
E seu pensamento tb estava correto quanto à profecia, o espirito morcego, que devia ter uns 2 metros de envergadura de uma ponta da asa à outra e media quase na cintura do SS em pé, tambem fala do "Rei da Noite"
Mas nate nao entendia ainda direito o que os espiritos falavam, suas falas eram pobres e muitas vezes subjetivas e ele ainda era um cliath.


"- O que está dizendo espirito morcego? O que devo fazer? Onde está essa corrupção da Wyrm? Nao saberia nem por onde começar, se for mesmo fazer isso vou precisar de um guia!"

Tendo resolvido o que tinha pra resolver com Presença Sombria e temendo o fato de que na hora em que pisasse na clareira central alguma desgraça aconteceria que necessitaria de sua atenção, Victor se aproveita de um pouco do tempo "livre" que ainda detinha e continua pela penumbra em busca de um elemental da terra.

Próximo às montanhas, sem grandes dificuldades, o Philodox avista alguns dos espíritos buscados e, de forma respeitosa, se aproxima de um deles falando na língua dos espíritos.

'- Vigoroso Elemental da Terra, eu o saúdo. Sou Victor Montenegro, Sentinela das Sombras, hominídeo, Adren, Philodox dos Senhores das Sombras e Mestre de Desafios desta seita. Venho a ti pedir o ensinamento dos dons Vigor da Rocha e Enterrar o Desafiador e me disponho a pagar o justo preço por teus ensinamentos.'

Victor estava prestes a iniciar o seu diálogo com o elemental quando a inusitada presença do que aparentava ser uma matilha de 5 garous é avistada se aproximando dos limites do Caern. Todos emanavam uma notável Raça Pura e, também por esta razão, o Philodox se detém por alguns segundos a observar os forasteriros.

A mais bela entre eles assume a forma Crinos, revelando claramente a sua descendência tribal. Ela uiva. Seu uivo quase espectral faz eriçar os pelos da nuca no jovem meia lua, que trava a mandíbula pressentindo o mau agouro. Eles estavam ali para falar com David...

*Merda... isso vai complicar ainda mais as coisas.*

A recém chegada matilha segue e parecia ignorar Sentinela das Sombras que ainda os acompanha com o olhar por alguns instantes até ter sua atenção novamente tomada pelo Elemental. Voltando-se ao espírito, ele responde:

'- Quem são e onde estão os seus irmãos, nobre elemental?'

Victor olha na direção indicada pelo espírito e reflete por alguns segundos antes de responder.

'- Eu procurarei por este local e pelos teus irmãos. Caso não encontre, lhe buscarei novamente para que me guie pela umbra se for preciso e, ao encontrá-los, me comprometo a salvá-los e purificá-los.

Victor agradece ao espirito e parte. Sentindo-se pleno em fúria, o philodox assume a forma lupina e corre pela umbra do Caern até sentir a sua fornalha interior acalmar-se. Após algum tempo, com seus níveis de fúria já bem baixos, ele atravessa de volta para a clareira central.

OFF: Victor gasta 5 de fúria.