Clareira Central

Kiba caminhada durante todo o resto da trilha em silencio até que finalmente chegam a clareira central. Logo Zvanna e Sarah notam o trio e vinham em sua direção.

O Presa de Prata não diz uma palavra, pois imaginava que Degan iria querer explicar parcialmente o motivo de estarem ali.

A vergonha corria pelo corpo do Presa de Prata a medida que Sarah fala com eles. A expressão séria não lhe surpreende em nada. Na verdade, Kiba esperava algo muito pior.

O pedido de Sarah, no entanto, não era compreendido pelo Presa de Prata. Entendia perfeitamente o porque chamar sua matilha, porem o Fenris?

Sem questionar, Kiba deixa suas cordas vocais se modificarem e lança seu uivo aos céus.

- ASA SOLITÁRIA CONVOCA SUA MATILHA ASAS DA ESPERANÇA E O CRIA DE FENRIS TEMIDO COMO VULCÕES!

Kiba havia se esforçado para não passar certa angustia em seu uivo e agora volta a esperar que Sarah dissesse algo ou lhe desse o direito a palavra.

"Não está nada bem..." pensa Grace ao ouvir a pergunta de Zvanna, e em silêncio espera Deganawida fazer a acusação, bem como a reação de Sarah, que, acreditava ela, seria explosiva.
"Deveria passar para Glabro?"

A Fenris porém não surta, apenas a olha com a decepção que já era mais do que esperada. Grace não a olha nos olhos. Queria pedir desculpas, queria poder se justificar, queria ter mais coragem para enfrentar aquele momento.


Pensa nas palavras que iria dizer. Pensar no que ela era boa a ajudava, apesar de não haver muita ajuda para aquela situação, e nem conseguir pensar em nada útil para dizer naquele momento.
Não é autorizada a falar, e ficar em silêncio chega a ser um certo alívio momentâneo. Pode sentir a dor de Kiba ao ter que entoar o uivo para convocar a Matilha, e também não entendia porque um outro juiz Fenris havia sido convocado. Um Fenris de posto maior, isso era um sinal muito mal.

Nada podendo fazer além de esperar, Grace se senta no chão da Clareira, jogando bruscamente a mochila a seu lado, e torcendo os cabelos encharcados

Quando põe as patas na Clareira Central, que estava bem cheia, ouve nitidamente o uivo de convocação de Kiba. Ele queria que todos os membros da Asas da Esperança se reunissem. Natural na opinião dela. Talvez ele quisesse dizer alguma coisa importante que tinha descoberto sobre os vampiros com seus irmãos Presas de Prata. Isso já evitava que a Ragabash ficasse procurando Tomás por aí. Mas ele convocava um outro cara que ela não conhecia. Um tal de Temido-Como-Vulcões, outro Cria de Fenris.

'Será que o tal Cria será mais um apoio? Bem...quanto mais gente melhor."

Viu onde uma parte da matilha já se agrupava e se aproximou, estava feliz por ter descoberto algumas coisa sobre o vampiro e ter, achava, conseguido apoio para a missão de eliminação do tal Ian, o Bispo do Oeste.

"-Oi gente....descobri umas coisas sobre o guarda costas do tal Bispo do Oeste."

Olhou par Kiba, bem animada, sem perceber de fato que todos ali pareciam bem estranhos.

"-E Asa Solitária. Um irmão da minha tribo me disse que a matilha do Alfa Garras do Falcão Noturno também está caçando esse Bispo do Oeste e que poderia nos ajudar na próxima noite. Eu disse para Sem-Nome que indicaria o nome do Alfa para você conversar com ele."

Olhou para Grace sentada no chão e meio molhada, Kiba que usava um camisão enorme, Degan com cara de poucos amigos (que era o normal dele), sarah com a mesma cara do Degan e Zvanna.

"-Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?"

Zvanna diz para Jessica o que estava gerando toda aquela pressão na matilha e Jessica arregala seus olhos. Kiba e Grace tinham quebrado a primeira lei da Litania, de não copular garou com garou.

Olhou, ainda impressionada, para Kiba e depois para Grace. Essa última, se ficasse grávida, sofreria bem mais que o pai. As punições seriam bem severas. Virar Crinos dentro de um carro e parecer um boneco de posto era fichinha em comparação a copular, ainda mais no Caern.

"-Mas....como......?"

E sua felicidade de trazer boas notícias sobre o Bispo se esvai como areia ao vento. Jessica não acreditava no que tinha ouvido. Não tinha como acreditar. Alfa e Beta quebrando a litania. Sarah não seria nada misericordiosa. Não tinha sido no julgamento anterior, porque seria nesse? Resolveu ficar calada e esperar seus irmãos de matilha chegarem e o Temido-Como-Vulcões.

Kiba ouve a voz de Jess logo assim que a Ragabash chega para se juntar ao grupo com noticias sobre o vampiro que caçariam na noite seguinte.

Queria poder responder a Roedora, mas não tinha coragem para abrir a boca naquela situação. O Ahroun apenas se mantém calado e quando Zvanna explica o que havia acontecido e o olhar de Jess recai sobre Kiba ele apenas abaixa a cabeça.

Não tinha coragem de encara-la nos olhos naquela situação. Esperava apenas ter o direito de falar para ao menos explicar o que foi que havia acontecido.

Tarek ouviu o uivo e saiu correndo ainda com um pouco de dor e ainda um pouco torto na forma de mover, com as pernas mais abertas que o normal para uma corrida.
Passava agora pela clareira a vendo bem cheia.
*O que eu perdi enquanto estava naquele templo?*
Pensava que talvez fosse algum anúncio, ou já dar início a algum plano, claro que sua mente tentava ali negar que seria um problema o que viria. O que mudou completamente quando viu a cara de todos ali.
"- Desculpa demorar mas o templo da justiça é meio longe e... Aí caramba..."
Nem conclui mais nada na fala e só observa o grupo. Degan e as machadinhas, a tensão muscular dele que eruito semelhante a tensão vista em Sarah. A cara de tristeza e preocupação de Grace e Kiba, ela estar molhada e ele usando a camisa de Degan é só. 
*Até que as pernas dele são bonitinhas...*
Jéssica parecia devastada ali também. Zvanna parecia bastante tensa também apesar de Tarek evitar ainda ficar olhando para ela.
Preferiu nem perguntar nada. Apenas esperar chegar os outros. Tinha medo ali de questionar o que tinha ocorrido frente aquelas caras.

A convocação de Kiba quase passa despercebida por Tomás que treinava com fone de ouvido, mas ainda assim o rapaz foi capaz de ouvir uma parcela do chamado e deste modo removeu os fones e avançou em direção ao resto da sua matilha, carregava consigo tanto a sua bolsa quanto a da travesti e a mochila de Tarek, neste momento Brilho-dos-Sonhos percebeu que ja teve oportunidade de ter entregue os materiais de voltar para o Peregrino, mas sequer havia notado isto antes.

Ao se aproximar da matilha, Tomás era de longe o menos surpreso e também o menos horrorizado, seu lado mais repugnante se segurou para não gargalhar da situação e falar "eu te avisei", de fato o Andarilho via graça em muitas coisas que os outros garous não conseguiam ver e ansiava compulsivamente em observar as consequências da quebra da lei de Kiba e Grace. 

De fato o Andarilho não tinha certeza do que ia acontecer quando deixou os dois a sós, mas se recorda que Kiba tinha dito alguma coisa sobre "algo" ter lhe deixado daquele jeito. Vendo Jéssica se manifestar por ter obtido informações sobre o vampiro e a confusão de Tarek, Tomás resolve se manifestar. "-99-Centavos, vejo que foi produtivo a sua volta pelo Caern, parabéns.-" *Mas agora aprecia o show, querida.* Era o que Tomás queria terminar de falar em sua frase, por cautela não se expressou desta forma. Ele sabia que elogiar a Roedora não significava muito por ele não ter um bom cargo, mas Tomás tinha simpatia pela tribo da moça e não queria deixar passar que um ato positivo dela em favor da matilha ficasse despercebido, Jéssica lutava para valorizar os iguais a ela, Brilho-dos-Sonhos entendia e admirava isto, independente dela o ter largado sozinho sentado a vendo ir embora. "- Tarek, então, aparentemente vamos assistir um trailer do que pode acontecer contigo daqui algum tempo, então, tome cuidado, viajante.-" Neste caso não havia maldade ou ironia na voz deformada e aguda de chacal que Tomás estava, infelizmente Brilho-dos-Sonhos estava se acostumando com sua punição por dar a ele o tom repulsivo e irritante que ele busca chegar ao "destilar veneno" e o Ragabash não tinha desenvolvido a repulsa que seus colegas da matilha pareciam ter a Thiago, por isto esperava que o outro garou que estava tão baixo quanto ele na consideração dos seus colegas de matilha passasse a evitar problemas como aquele no futuro.  

Graças ao seu passado, Tomás adquiriu uma forte repugnância a figuras de autoridade, liderança e poder, para ele era deliciosamente interessante ver o Alfa e Beta de sua matilha serem punidos pela mesma mão que o puniu, apreciava a sensação de igualdade, de quebra do poder.

Peregrino apenas fuzila Tomás com o olhar. Tinha tomado a fala do outro como uma ameaça a si. Tinha uma resposta a dar na ponta da língua mas preferiu ficar quieto pois já tinha tensão de mais no ar e também ele acabaria sendo visto como o errado ali, como sempre.
Só pega sua mochila de volta, de um forma não muito gentil.
"- Obrigado por guardar minhas coisas..." Diminui a voz só para Tomás ouvir "- seu voz de pato Donald..."
Considerou que seria suficiente para ele entender que não estava. Posição também de fazer aquelas ameaças sobre seu futuro estar ali.
*E pensar que tinha achado ele legal... Só tem olhos bonitos...*
De cara fechada volta a olhar todos.

Grace não deixa de estender um aceno de aprovação para Jessica, apesar de sua expressão triste, e os olhos ainda marcados pelo choro. Não diz nada, estava com vergonha demais para falar qualquer coisa, e esperaria o momento certo para isso.

Sabia que nenhum outro membro da Matilha lhe daria apoio, mas no fundo desejava por isso, e abraça os joelhos, buscando se prepara psicologicamente para o que viria.
“Vai ser ruim e vai doer, talvez até fisicamente… mas logo outro erro será cometido. Não é como se não houvessem relatos diários de violação dessa Lei da Litania. Não existiriam tantos Impuros por aí se não fosse...

Tómas já sabia o que havia acontecido, mas aparentemente não havia contado para a Matilha inteira, já que as surpresas de Jessica e Tarek pareciam sinceras, mas o Ragabash se divertia com a situação, o que Grace achou um tanto injusto, já que ela mesma se indignara e tentara ajudar a reverter a punição dele.

Mas nenhum Ragabash, Grace aprendera duramente aquela noite, era de confiança…

O Wendigo observa como cada um dos membros da matilha chega à presença da juíza para assistir ao julgamento e sentença do alfa e beta da matilha. 

Ele lança um olhar de aprovação e assente com a cabeça quando a Roedor de Ossos, que parecia ter muitas informações para compartilhar, demonstra que fez um bom trabalho. Em seguida, ele assiste quando o Peregrino Silencioso se aproxima e a frase do Ragabash dos Andarilhos do Asfalto destinada a ele. 

É nítido que Degan não a aprova, mas ele não tiraria a autoridade de Sarah naquele momento então ele opta por uma estratégia simples, ele simplesmente se move e se coloca no espaço entre os dois garou com a usual cara de poucos amigos do Wendigo. O índio ainda era mais alto que os dois e dava para ver que ele não tinha estado muito contente em ter descoberto a violação dos dois garou da matilha. 

Tsc, o que há de errado com esse país e os Garou daqui afinal?

Ele se mantém quieto todo o tempo. Gaia permita que ele não ouça nenhum cochicho durante o julgamento...

Em pé, ao lado do Ragabash e do Galliard, Degan cumprimenta com a cabeça o Philodox dos Fenris que havia chegado e se manifesta quando seu nome é chamado:

" - Que a sabedoria das antigas tradições dos filhos da meia-lua se faça valer neste julgamento. Não lhe falharei, irmã."


Não havia espaço para muitas palavras naquele momento. Os Wendigo eram uma tribo reclusa, mas a vantagem disso é que, frequentemente, eles podiam atentar para detalhes que as outras não enxergariam e, assim esperava Degan, a justiça prevaleceria. 

Ele, no entanto, não compreende ambos os transgressores. Ambos não haviam demonstrado nem um décimo da indisciplina do restante da tribo. Haveria mais do que se pode ver ali? E, mais importante, os meia-lua ali reunidos teriam a sabedoria para percebê-lo quando se mostrasse?

Tomás acaba esboçando um sorriso de si mesmo diante da pseudo-ofensa de Tarek, ele não tinha como levar aquilo a sério, nem mesmo a voz que estava no momento conseguia mais ser levada a sério por ele. E então chega o imenso Temido-como-Vulcões, um homem incrivelmente alto e forte, ele inicia o julgamento de Kiba e Grace e pede que quem quiser se manifestar, o faça logo.  

*Por céus, que não quebrem meu nariz, acho que meu rosto é o único ganha-pão desta matilha. *

O "ar petulante" de Tomás da lugar a uma expressão séria, mas o humor negro permanecia. "- Então a primeira testemunha se manifesta. Tomás von Ludwig, um Ragabash Cliath dos Andarilhos do Asfalto conhecido como Brilho-dos-Sonhos. Senhor Temido-como-Vulcões pode perceber pela minha voz que sou uma pessoa repugnante e somos uma matilha que se iniciou hoje com o pé esquerdo como diria o clássico ditado sobre dias ruins e má sorte, na realidade até então nossa matilha parece ter dois pés esquerdos. -" Tomás não olha Temido nos olhos, na verdade o rapaz move o rosto de maneira estranha fugindo das faces de todos presentes, parecia um robô quebrado com uma voz horrível. "- Como a verdade deve ser regra num julgamento, confesso ter conversado com Kiba um pouco após ele atravessar toda a Clareira nu, ao falar com ele o mesmo me disse entre balbucios e confusões que um Hidromel de um Fianna o havia feito algum tipo de "mal". Kiba era um homem até então mentalmente saudável e um Alfa psicologicamente razoável, assim como a nossa Beta, no rio ele não parecia estar sobre suas plenas capacidades mentais, como se já não bastasse ele atravessar nu na frente de todos o rapaz não era capaz de organizar uma frase sequer corretamente ao falar comigo. Eu não vi o que ocorreu, eu não sabia o que tinha ocorrido e nem tinha como prever, mas acho justo que saiba que existe algo por trás das ações dos dois a serem julgados.-" Sabendo de sua voz irritante, Tomás espera algum segundos para que todos processem o que ele tinha dito. "- Levando em consideração que meu atual Alfa citou que o Hidromel era de um Fianna e vendo as consequências, talvez devesse ser apurado algum tipo de intoxicação que fugiu do controle e não julga-los como indivíduos completamente sãos que decidiram fornicar, existe algo de errado que ocorreu com Kiba e sou capaz de vincular ao estranho comportamento de ambos, logo minhas acusações de que o Hidromel possa ter alterado gravemente a natureza sexual de meu Alfa talvez possa ser investigado sobre a origem do comportamento de Grace também.-"

Havia alguma coragem de Tomás em se manifestar diante de Sarah que o puniu e outro tão grande que poderia quebra-lo com apenas uma mão. "-Espero não ter falhado com a verdade e com o compromisso de um julgamento justo.-" Tomás então da um longo passo para trás e fica quieto.

Kiba ouve pouco a pouco sua matilha chegando e quando ouve a voz de Tomás o Presa de Prata sente a raiva crescer como fogo em seu peito.

O Ahroun não move um músculo, mas o "basta" de Sarah talvez o tenha salvado de um frenesi. Algo que ele não é capaz de agradecer.

Temido Como Vulcões, um Garou temido pelos violadores da Litania, chega conforme havia sido solicitado. E o pedido feito por Sarah deixa o Presa de Prata ainda mais intrigado.

Aparentemente ele e Grace já tinham uma punição predefinida, independente do que dissesse ou não. Bastava saber a extensão da punição.

É dada então, finalmente, o direito de Kiba, Grace e talvez Tomás falarem o que realmente aconteceu. O Andarilho do Asfalto era o primeiro e ele relata sobre o momento que encontrou Kiba no rio. Ele lembrava de ter conversado com Tomás, mas fica feliz de ter certeza que comentou sobre o tal hidromel.

O Ahroun fica surpreso com a postura do Ragabash, mas não comenta nada. Imaginava que quanto menos falasse melhor. Assim que o Andarilho se afasta o Presa de Prata ergue a cabeça e olhando para Sarah diz:

- Asa Solitária, Ahroun dos Presas de Prata e Alpha da Asas da Esperança. Tudo que tenho a dizer é o relato dos acontecimentos até o momento que encontramos com Sangue dos Quatro Ventos...

A voz do Ahroun era séria, e desprovida de remorso ou suplica. Era simplesmente o tom de voz de Kiba quando lidava com assuntos sérios. Ele toma fôlego e diz:

- Tudo começou quando estava em uma das trilhas do Caern conversando com um irmão de Tribo, Garras do Falcão Noturno, e um enorme calor começou a tomar conta do meu corpo. Eu não sabia explicar o que tava acontecendo comigo, até que ele me disse que aquilo era efeito do hidromel que eu tava bebendo. Nunca tinha bebido aquilo.

- Ele me explicou então que aquilo só passaria se eu transasse ou se dormisse. Eu não sei direito se ele falou mais coisas sobre o assunto, porque meu corpo tava tão quente que eu só conseguia pensar em tirar a roupa e correr pro rio mais próximo pra tomar um banho.

- Então eu corri. Corri até achar um rio e pulei nele tentando diminuir um pouco aquele calor, mas ele não passava. Decidi então que a solução seria bater uma punheta ali no rio... Não pensei se estavam me vendo ou nada. Eu só precisava diminuir o calor.

- Nessa hora me deparei com Brilho dos Sonhos. Eu me lembro de ter conversado com ele, mas te dizer com certeza o que eu disse era complicado. Eu só queria que ele fosse embora pra eu conseguir bater a maldita punheta.

- Nessa hora... Eu vi que Cordas Tremulas também estava no rio... Eu... Olhei para ela, e não entendi o que tava acontecendo.

Kiba pensa em comentar sobre a garota. A garota de cabelos brancos que persegue seus pensamentos desde que era uma criança. Mas com a mesma velocidade que pensou sobre aquilo também descartou a idéia. O Ahroun apenas conclui:

- Quando vi, já estava agarrando ela. Quebramos a Litania por minha culpa.

- Conversamos depois, e decidimos vir até vocês contar o que houve. Foi nessa hora que encontrei com Sangue dos Quatro Ventos.

O Ahroun termina de falar e volta a abaixar a cabeça. Não queria encarar sua matilha mais tempo do que o necessário naquela situação.

Ao notar a aproximação do Wendingo Thiago já pensa no pior.
*Lá vem machadinha para cima de mim... Eu nem fiz nada...*
Porém o philodox só começa a se posicionar entre eles, o que faz Thiago dar um passo para o lado para o Wendingo se acomodar ali.
Em sequência ouve Sarah de forma imperativa exigir silêncio.
*Oh droga... Eu estava quieto..."
Vê então a chegada do Temido-como-Vulcões, e mesmo sem querer faz cara de surpreso.
*O cara é grande mesmo... Uma montanha de músculo... Imagina se isso fosse um Ahroun desembestado em fúria... Medo.*
Apesar de não falar nada, ele não gosta muito ali do comentário soberbo do grandão recém chegado falando que outros cheiram a pecado. Achava aquilo meio tosco. Mas lhe bateu um pouco de curiosidade qual era o ritual que Sarah queria aprender com ele.
Então é aberto a fala de todos. Tarek resolve ficar só em silêncio, até gostaria de dizer algo e tentar ajudar os dois, não por serem o alfa e a Beta, mas por serem quem mais foi legal com ele ali. Porém, considerando a situação e os olhares que recebia de Sarah e Zvanna qualquer movimentação que fizesse ali seria vista como errada é só pioraria o lado dos dois julgados.
Suspira e olha para Kiba balançando a cabeça de leve com olhar meio tristonho indicando que não tinha muito o que fazer ali por ele.
*Desculpa cara...*
Então ouve Tomás se manifestar, já não esperando o melhor vindo dele, não depois daquela ameaça que recebeu. E o ouve falar de um hidromel batizado e estranho.
* Que hidromel é esse? Poxa perdi tanta coisa assim, perdi Kiba correndo pelado! Está bem que se não tivesse  perdido provável que eu ia  e estar ali no meio... Males que vêm para bem? Essa coisa de hidromel, só funciona em lobisomem? Ou funciona em tudo que beber? Eu quero isso... Me dá ideias...*
Manteve o rosto sem mudança de humor, mas internamente até gostou da ideia do hidromel. E em termos do julgamento talvez aquilo fizesse a pena ser e muito suavizada ali dos dois. Então a questão mais complicada de tudo aquilo veio em na mente de Tarek enquanto ouve os relatos de Kiba e se foca para não dar muita atenção àquilo, nem imaginar as cenas e nem ficar olhando o corpo dos dois ali. Estava mais era preocupado em como eles ficariam.
* Eles estão grávidos? Ter um impuro a caminho vai piorar e muito a coisa... Agora se fecundação não ocorreu... Bom fica um pouco menos complicado...*

Por mais que tivesse cometido um erro terrível, Grace é levada à lembrança que ainda haviam membros em sua Matilha precisando evoluir como Garous. Continuando em silêncio, recebe, não sem espanto e temor, o impiedoso Philodox que Sarah havia chamado. O nome dele era conhecido, e como a Fianna já havia imaginado, aquilo era um mal sinal. Ouvir que a presença dele era por conta de um Ritual que ele sabia, fez a Galliard se contrair de aflição ao imaginar o que poderia ser.

Quando Tomás começa a falar, Grace tem a certeza que apenas escárnio e acusação sairiam da boca dele, porém, para sua enorme surpresa, o Ragabash ergue sua voz, ainda que terrível de ouvir, para defender Kiba e em seguida a ela. Contudo, sua estupefação era ainda maior ao ouvir que o Ahroun havia ficado assim depois de ter bebido o “hidromel de um Fianna”

Kiba confirma a história, e dá detalhes sobre como os efeitos haviam se manifestado no corpo dele, e como ele mesmo ficara sabendo da armação, que fazia todo o sentido para ela, mas que era custoso a acreditar.  

Grace jamais poderia imaginar que o próprio líder de sua Tribo faria algo deliberadamente para prejudicá-la. O Garou exalava sensualidade, e esse tipo de criação tinha muito a ver com ele, bem como com o temperamento malandro dos Ragabash. Porém, Bardo Forjador já tinha níveis de Posto o suficiente para saber os riscos graves e óbvios daquele tipo de atitude. Riscos que ele não se importou que ela corresse. Por quê?
A Fianna entendia que a ação de cada membro da Tribo, até mesmo de Cliaths, impactava na Tribo. Por quê então ele havia, não apenas permitido, mas induzido ela a correr aquele risco, e com isso envergonhar a tribo que ele mesmo liderava?

As reflexões levam tempo a Grace para aceitar, e tentar elaborar sua própria defesa em vez de remoer sua indignação. Kiba não era um mestre das palavras e as dele haviam sido secas demais a seu ver, mas ela era, e naquele momento, sua habilidade de falar era sua melhor arma para defender aos dois.

Isso fez com que ela tomasse um pouco de confiança e coragem ao se levantar, e finalmente, depois de todo o vergonhoso silêncio, fazer ouvir sua voz.

- Grace Tavares Conney. Cliath Galliard dos Fianna. Muitas histórias ouvi sobre a vergonha da violação da Litania, e as consequências horríveis dela na geração de Impuros. Minha Tribo preza pela família e pela pureza de seus Filhotes, e foi sempre com isso em mente que busquei orientar minha vida como Garou.

A Galliard, até então com voz firme, dá um gemido triste.
- Eu também tomei o hidromel na cabana do Bardo Forjador, sem saber dos efeitos que essa bebida causava. De fato, apenas estou sabendo deles agora. Fui até a Forjaria para pegar moldes para amuletos e lá, o Bardo Forjador me ofereceu seu hidromel. Eu gosto de hidromel, e confiei que o líder da minha Tribo não colocaria algo danoso na minha bebida. Sou uma recém chegada nesse Caern. Em quem eu sentiria que mais podia confiar do que no meu Líder tribal? Me digam vocês? Se estivessem em um Caern desconhecido, a quem primeiramente contariam para ajudá-los? Recusariam compartilhar a bebida e a comida que um líder de Tribo tão gentilmente oferecesse? Aprendi agora duramente essa lição, e não comerei ou beberei mais nada que me oferecerem nesse Caern - diz sombria.

- Os efeitos dessa bebida se manifestaram em mim depois que eu voltei à Clareira Central,  mago de Gunnr e Olhos do Caos são testemunhas disso. Efeitos semelhantes aos que Asa Solitária já descreveu. Eu passei a sentir calor, um calor tão intenso que minhas roupas me sufocavam, minha pele derretia de suor, meu corpo queimava de dentro pra fora… por mais que eu me esforçasse para me manter vestida, por maior que fosse minha vontade de não revelar meu corpo, as roupas que eu vestia eram como se fossem brasas me incendiando. Levada pelo descontrole, eu comecei a me despir, ainda na frente delas, e corri para o primeiro local que eu achava que poderia acabar com essa sensação de calor insuportável. O rio.

Grace abaixa a cabeça, dando mais um suspiro.  
- Esses mesmos efeitos estavam sendo experimentados por Asa Solitária, ao mesmo tempo que eu. Nosso instinto foi o mesmo, de procurar qualquer fonte de água mais próxima que nos refrescasse. O instinto de qualquer Garou que experimentasse essas sensações seria esse. Dois Garous, um macho e uma fêmea, dentro do mesmo Caern, tomados pelo efeito de uma bebida que destrói completamente seu auto-controle e faz com que a luxúria se sobreponha a qualquer raciocínio… quaisquer Garous acabariam fazendo o mesmo que nós fizemos… aconteceu que esses dois Garous foram eu e Asa Solitária.

Toma uma pausa mais longa, algo até dramática, mas sinceramente triste.
- Eu reconheço a violação que nós fizemos. Aceitarei com toda a dignidade possível a punição que os juízes decidirem. Vigiarei ainda mais o meu comportamento, para que eu me mantenha fiel à Litania, como sempre me mantive. Peço apenas aos juízes que levem em consideração as nossas palavras, e o que nos levou a cometer esse ato que jamais teríamos feito se estivéssemos sob o domínio de nossas consciências.

Nada diz para Tomás, apenas meneia a cabeça para ele. Como se estivesse agradecendo o elogio. Se ele estivesse sendo irônico ou sincero, ela não estava no momento de analisar. Aquela situação de quebra de Litania era séria e a Roedores estava apreensiva por causa de Grace.

Apesar do clima ali estar bem pesado, ela consegue perceber que Grace parecia ter aprovado o que a Ragabash tinha para contar, assim como Degan. Jessica olhava sempre para Grace.

Temido-Como-Vulcões chega e impressiona pelo tamanho. Os braços dele eram enormes e poderiam facilmente dobrar a Roedor algumas vezes. Imaginava como ele seria em Crinos. Era certo que ele era destemido no campo de batalha. Mas naquele momento ele estava ali para julgar o Alfa e a Beta da matilha.

Deixando Jess surpresa, Tomás relata o que tinha acontecido. Parecia ter visto o que acontecia e que Kiba tinha tomado alguma coisa, um tipo de hidromel, que o fizera transar com Grace. Mas ele não tinha ouvido de outro garou que a solução era transar ou dormir? Porque escolheu transar?

Grace também fala sobre o hidromel e ser enganada pelo próprio líder tribal era bem grave. Se nem em seu líder era poderia confiar, em quem mais? Jessica continuava em silêncio, esperando as palavras dos juízes enquanto ponderava se deveria confiar em Segredo das Quebradas ou em algum outro garou da sua tribo. Era desconfiada, mas as palavras de Grace a deixaram mais preocupada.

Kiba ouve Grace contar sua versão dos fatos e aparentemente a Fianna estava convencida que a razão do que fizeram foi pela bebida. O Ahroun tinha um pensamento parecido com o Fenris que se manifestava em seguida, mas não iria questionar aquilo.

O Presa de Prata escuta as palavras do Juiz e se irrita gradativamente a medida que ele concluía seu raciocínio. Ao final das palavras dele o Ahroun perde a paciência e diz:

- Numa boa... Mentiras? Com todo respeito, senhor juiz, mas tu ta falando merda. Tamos aqui assumindo que fizemos... Quebramos a Litania. Reportamos o que aconteceu e só.

O Ahroun se controlava ainda. Sabia que o que havia acabado de falar não seria perdoado, mas não ouviria quieto aquele juiz tentar desonra-lo mais do que já estava.

- E sou reincidente na quebra da primeira lei. Tenho um filho impuro chamado Manto Branco que vive em Chicago.

“Ou outros Garous o beberam em circunstâncias diferentes ou não foram descobertos…” reflete Grace, achando que o juiz não devia conhecer realmente bem a bebida para dizer, como se fosse fácil, que era possível resistir aos efeitos dela.

Fica surpresa quando o juiz exige que eles revelem outras violações da Litania, e lança um olhar para Kiba. Não se lembrava de nenhuma vez que havia descumprido a lei deliberadamente. Tinha enfrentado um conflito naquela noite entre a lei de Combater a Wyrm e a de Proteger o Véu, mas já havia sido advertida por isso. 

Não tem tempo de se defender, pois Kiba resolvera afrontar o juiz. A Galliard franze os olhos aflita, pois sabia que aquilo ia ter represálias, e mais uma vez vê os Fenris fazerem a única coisa que sabiam fazer direito, usar a força...

A informação que Kiba tinha um filho impuro choca a Fianna, mas sua reação a isso se mistura ao recebimento de sua punição, e a acusação de que havia mentido, da qual não pudera se defender. Não sabia de onde os juízes haviam tirado que ela ia ter quebrado a Litania mesmo sem o hidromel. Gostara do Garou, mas jamais cometeria um crime tão grave.
Sua destituição era esperada, a segunda punição, irritante, mas contornável, A terceira, porém, enche-a de pavor. 
"Por Gaia... não posso estar grávida. Se eu estiver eu tirarei esse filho, nem que tenha que cortar minha própria barriga com uma faca de prata. Não vou ter um impuro."

As punições de Kiba são pesadas por sua reincidência, e ela se condói por elas. Chega a observar por um tempo o Presas de Prata recebendo a Maldição do Impuro e a Voz do Chacal,  mas vira o rosto fechando os olhos, achando aquilo terrível de observar, quanto mais de receber. 

Tinha ainda as punições de Deganawida para receber, pelos juízes entenderem que ela havia mentido. E precisava saber onde encontraria os três mulinhos pra quem iria servir de babá. Queria olhar para Kiba, tentar dar algum sinal de apoio naquele mar de lama que haviam se metido, mas achou que isso também poderia ser mal interpretado, e apenas abaixou a cabeça.

Kiba vê o Philodox vindo em sua direção e não move um músculo. Esperava ser agredido, mas inevitavelmente quando é pego pelo pescoço ele leva as mãos até a mão do Fenris para tentar aliviar a pressão de seus dedos.

Kiba via o Fenris como ele era, um predador que estava a ponto de quebrar sua cara e, estranhamente, ele sente medo. Medo de tomar a maior surra de sua vida, maior até do que quando escondeu Mija do Vento e foi torturado para contar onde ela estava.

Depois de segundos que pareceram horas, Kiba é colocado no chão e se esforça, muito, para não tremer como uma criança assustada diante do Philodox.

Sarah então toma a palavra e afirma que Grace havia sido enganosa, algo que Kiba não conseguia acreditar. A Fianna realmente foi atrás do Presa de Prata? Ela realmente buscou por aquilo? Kiba não consegue juntar forças para falar, apenas se mantém calado esperando.

Instantes depois, sua vez havia chegado. Iria carregar a marca de um impuro permanentemente. Por aquilo ele definitivamente não esperava, mas se era aquele o preço a pagar pelo que fez. So be it... O Ahroun pretendia acompanhar a Galliard junto as Fúrias Negras desde o inicio. Não iria abandoná-la em um momento como aquele.

A Voz do Chacal lhe surpreende, mas aparentemente aquilo havia sido a punição por ter sido desrespeitoso com o cunhado da Fenris. Kiba nada diz, assim que Sarah sopra o pó em seu rosto ele começa a tossir varias e varias vezes até que sua voz começa a mudar para uma voz aguda e irritante.

Kiba se recompõe assim que o ritual é terminado e massageia a garganta na tentativa de aplacar a sensação ruim. Logo em seguida o Ancião vem para a segunda punição do Presa de Prata.

Logo outro pó é jogado na cara de Kiba que sente uma enorme dor começando na ponta de sua coluna, na altura do cóccix. Quando o Ahroun olha, sua cauda estava nascendo contra sua vontade e logo os pelos começam a cair e ela a se contorcer. Kiba chega a curvar o corpo para tentar aplacar a dor, mas sua nova condição lhe faz desequilibrar e cair de joelhos no chão.

Kiba tenta se por de pé novamente, mas cai. Seu equilíbrio estava comprometido e, consequentemente, sua vida como guerreiro de Gaia destruída.

O Ahroun se põe de pé, com notória dificuldade e olha agora para Degan, esperando que o Wendigo lhe desse a punição que merecia.

Off: Kiba usou 1 de força de vontade para não demonstrar medo.

*É, eu fiz o que estava no meu alcance.* Pensou Tomás percebendo que havia muito mais ali acontecendo do que ele sabia ou poderia interferir. Não é também como se Brilho-dos-Sonhos não gostasse de Grace ou de Kiba, no fundo pareciam pessoas legais, mas o Ragabash dos Andarilhos do Asfalto detestava o poder, os narizes arrebitados e as posturas elevadas. Alfas, betas, juízes, mestres disso, mestre daquilo, chefes, diretores, anciões... Tomás se delicia com vê-los falharem, se alimenta de ver os outros errarem, a sensação de não ser o pior, não ser a decepção. 

Era enfadonho e triste para Tomás todos no local olhando para ele com seus jeitos de "Que pena, não sabe de nada." julgando o rapaz pelo seu jeito, então apesar de toda a tensão, agora eram dois dos mais exemplares de sua matilha sendo julgados. Claramente Tomás não ria, nem sorria, nem expunha sua bizarra satisfação com aquilo, mas era apenas sério com os olhos vazios e distantes.

Naquela noite, mais cedo, Tomás aprendeu que toda minima ação "criminosa" que pudessem achar inocente não seria tolerado e facilmente gravemente punido, não era uma brincadeira, não era uma piada e agora a situação se agravava. Ele vê Kiba sofrendo suas punições e olha o desespero na dor no rosto do "casal" da noite, viu a vergonha e o arrependimento e sequer se importou com a agressão física ocorrida ali, ela não era importante. Mas a maneira que Kiba lidava com a vergonha era linda, a "vergonha" que pode ser definida pela soma de todas as punições era segurada pelo Alfa com bravura e força, com uma responsabilidade maravilhosa, Tomás o admirou por isto. 

Mas havia outra coisa que chamou a atenção dos olhos atentos de Brilho-dos-Sonhos, algo que somente seu profundo estudo do comportamento humano e linguagem corporal, seus anos de vida estudando psicologia poderiam lhe dizer, Sarah estava acabada. A juíza estava abalada, envergonhada e sofrendo de uma forma incrível, tudo por baixo de sua "carapaça" grossa, as vezes suas mãos tremiam, as vezes seus olhos piscavam, o suor corria pelo seu pescoço e a respiração tornava-se irregular, era um espetáculo, um show de reações biológicas diante da fúria e da decepção, lindo e ao mesmo tempo tão triste.

Ouvir que os seus tinham mentido, o fez trincar os dentes se segurando para não falar ali, já que confiava nos dois e eles mesmo se entregaram. Mantinha em mente que abrir a boca ia ser pior para eles, já que tinha ouvido alguns conselhos que mais pareciam ameaças sobre aquilo.
* Calma fica quieto... Não piora tudo para os dois... Fica quieto...*
Quando ouve o juiz falar no Velho Eusébio, já imagina na confusão que viria é que os peregrinos iam acabar pensando de início que era ele o problema. Mas logo lembra da reunião e sobre Fianna, o tal do Bardo era um e Grace também. Lembra do ponto de ouvir que Fianna eram muito flexíveis com as leis. E já começava ali a vislumbrar coisas desandando e mudanças na liderança é usarem esse caso aqui como exemplo para justificar as mudanças que já queriam.
Começou a cogitar se a parte de colocar Grace como mentirosa e quase afirmar que ela pulou sobre Kiba porque quis não era em partes já para dar mais voz as mudanças políticas que queriam.
* Fenris...*
Com uma surpresa enorme ouve que Kiba já era pai de impuro. E o ponto que o mais o surpreendia não era o impuro, mas sim ele ser pai! 
*Muito novo... Não espero ser pai tão cedo não...*
Surpresa que logo se desfez ao ouvir Kiba bater de frente com o Temido-como-Vulcões e ser logo em seguida ser pego pescoço e elevado no ar pela montanha de músculos. Dentro de Thiago inflou um sentimento de urgência enorme para ajudar Kiba e parar Temido, que mais rápido ainda foi trocado por um medo incrível daquele juiz e da cena. Medo que o congelou ali.
Parado viu as punições sendo dadas e queria poder fazer algo, sentia em si alguma dor ali junto por empatia somada a medo.
Termina ali olhando com olhar de clemência para o Wendingo que estava ao seu lado, se segurando para pedir para ele segurar a mão porque já tinha sido muito aos dois. Mas sem falar nada fica ali com um leve tremor nos lábios, que também ocorria por medo.