Clareira Central

-Não tenho como argumentar contra fatos tão verdadeiros sobre minha falha, Espólio Cyberpunk. Mas darei o meu melhor sempre para que esse tipo de coisa nunca mais aconteça. Eu lhe garanto.

Ela abaixa a cabeça em tom de respeito e vergonha por ter falhado com Sombra da Noite.

-Mas não nos deixaremos abater. Apesar das baixas, tivemos um grande sucesso recuperando o Caern, derrotando o traidor e derrotando aquele mago inimigo.

Tentava de alguma forma melhorar os ânimos de todos.

-Falando em Naurú...ainda preciso ser abençoada pelo totem da matilha.

 
 
 
 

'- É o que?!' - Comenta Victor em uma incredulidade quasi-cômica enquanto escutava a "loucura" narrada por Alef.

'- Só pra ter certeza que eu entendi direito: O cara se autotransformou em vampiro ao tempo que voluntariamente amalgamou o seu espírito a um maldito?... E ele ainda busca uma terceira maldição pra si?'

Victor encara o presas de prata enquanto coça a cabeça. Definitivamente, se ali não fosse o Rio de Janeiro e se Isack não fosse Isack aquela história seria inacreditável.

'- Bixo, se o Rio não fosse o Rio e Isack não fosse Isack eu estaria rindo da sua cara agora... mas com tudo o que já aconteceu nas últimas noites nesta cidade, se alguém me disser que viu uma Jubarte rósea voando pela cidade, eu só pergunto por onde que é pra evitar receber uma cagada dela na minha cabeça.'

Victor da de ombro e fala já assumindo um tom mais sério e direto:

'- Seja lá como for, melhor assumir que Isack está certo e resolver definitivamente esse problema antes que se agrave. Eu não vi a transformação dele. Após eu ter destruído o pântano corrompido na umbra e purificado a marca achei ter previnido a criação de um daqueles supermalditos. Mas eu estava errado. Quando retornei ao mundo físico, Pisanob molestava sexualmente Pantaneiro e eu tive que Levar o Fianna e o Skull pra umbra pra evitar um frenesi do Ahroun em pleno centro da cidade. Confesso que sequer tive tempo de reparar melhor na transformação dele.'

Forma atual: Lupino - Hominídeo

O Lobo escuta as palavras de Rugido-do-Tupilaq. Estava grato pela oportunidade de ir participar do ritual de fúnebre do Protetor do Caern e apenas assente com a cabeça. 

O Galliard informa que não só sabe o ritual, como foi ensinado por uma Uktena e Sussurros-Solitários obedece aos seus comandos sem hesitar, mesmo não gostando da idéia de vestir a pele de macaco, ela sua fúria para assumir a forma. 

O Lupino se concentra em todos os momentos e traga a fumaça largamente, ele podia sentir o poder das ervas e do testemunho dos espíritos de seus atos. O Ritual é bem sucedido e o lobo volta a se sentir normal. Após devolver o cachimbo para o Wendigo, o lupino volta a sua forma racial e fala: 


"- Obrigado Rugido-do-Tupilaq-rhya. Estarei lá ao nascer de Hélios para o ritual, se houver algo que possa fazer é só dizer."

Magdalena senta e finalmente consegue se permitir respirar fundo.

*Inspira e expira, nega.... esta foi apenas a primeira noite.*

Repassa os acontecimentos, e o cansaço, agora que ela finalmente parou um pouco, começa a pesar.

*Acabei de chegar e já tive a honra de lutar em uma batalha fudida e gloriosa. Muitos Garous morreram hoje, mas não morreram em vão. Que seus espíritos possam ser guiados de acordo com sua luta.*

A Theurge roga pelos mortos. Era uma noite tão boa para morrer quanto qualquer outra, e tinha a certeza em seu coração, que Gaia receberia os que lutaram por sua glória.

*Que eu possa honrar os Filhos de Fenris e servir a grande Mãe sendo o que nasci para ser.*

Respira fundo mais uma vez. Muita energia espiritual foi usada esta noite. A lua crescente medita enquanto espera por seu velho amigo.

'- Seria bom esperarmos Anda-com-Espíritos para isso. Promoveríamos a sua apresentação e a de Visão-do-Futuro.' - comenta Usher.

'- Olhe o que você veio me pedir e o que seu Alfa está fazendo.' - diz Aedo-Campeão, observando ao longe o Rito de Conquista do Uktena.


O Lua Gibosa comenta:


'- Vejo sempre seu alfa sozinho, e vejo agora você me pedir o mesmo ritual que seu alfa procurou uma tribo com a qual tem afinidade para receber. Porque a matilha não buscou o ritual junta? Porque não celebrar as conquistas dos irmãos e passar pelo ritual como irmãos? O que une a Olhos da Tempestade?'


A atenção do Galliard se volta para o juiz:


'- Laços não fortalecidos se rompem na primeira tormenta, sua matilha cada vez mais parece um mar de individualidades e se esse caminho seguir sendo tecido, a tragédia não tardará a fazer parte de suas vidas... Se é que já não faz...'

'- Certamente.' - Responde Victor apenas concordando com as últimas frases do Galliard quando, sem tardar, o uivo de Garras do Trovão ecoa anunciando tempos de Guerra.

Sentinela-das-Sombras se levanta estendendo a mão para Alef a judando-o a fazer o mesmo e diz:

'- Bem como esperado.'

'- Vamos. Vamos mais para o centro da clareira nos reunir com o restante da Matilha. Não tardará até termos um pronunciamento e será bom já estarmos juntos para decidirmos os próximos passos.'

Dito isso o Philodox aguarda que o Presas se levante para seguir com ele para mais próximo de Gabriel, Sussurros-Solitarios e Magdalena.

Forma atual: Lupino

O Uktena se despede do Galliard ao mesmo tempo que escuta o uivo do alfa da seita declarando tempos de guerra. 

*Mas o que será agora?*

Após o uivo Sussurros-Solitários procura pelos membros de sua matilha e vê Magdalena eu moro espírito, e se aproxima lentamente dos dois. Não se intrometeria na conversa da irmã e espera por sua permissão para se aproximar.

Forma Atual - Crinos

O Ragabash faz a travessia sem maiores problemas..

*Problemas serão mais tarde..*

.. E logo avista alguns membros espalhados da matilha, Gabriel pajeava outro ancião, Magdalena comungava com um espírito materializado e Sussuros-Solitários, bem, para variar, estava a vagar só atrás de sua própria agenda, que, aquela hora parecia envolver a outra Theurge..

Se aproximando de maneira silenciosa, o Ragabash apenas se põe a uma distância do Alfa sem dizer palavra alguma, algumas coisas, levam tempo para serem digeridas e, a mera visão de seu alfa, é o suficiente para trazer a tona o desejo de assassinato tribal que tomava a razão do Peregrino

Dione feliz pela recepção amigável de Isaack aproxima-se para lhe explicar.

" -Estou sendo testada como possível alfa de uma matilha, e para tanto, preciso encontrar um uirapuru. Mas sou filha do deserto, desconheço a maioria das aves e, perdoe minha ignorância, mas estou perdida aqui."

Ela para um pouco e aguarda o que ele tem a dizer.

*Parando pra pensar, que idéia ridícula, Dione, vir perturbar ele com isso... Eu... Eu devia ter ficado com a matilha... Maldita exibicionista, você...* Ela pensa se repreendendo.

Bruno avalia a situação com cuidado. Aparentemente a matilha estava abalada por perdas que poderiam ter sido evitadas, mas não foram por questões que ele desconhecia. O Theurge não sentia a dor da perda por não conhecer aqueles que caíram, então prefere ficar em silencio para deixar a matilha ter seu luto por seus ex irmãos.

Bruno se mantém em silencio observando seus irmãos. Ele mesmo poderia invocar o Totem e lhes poupar tempo, mas se não havia sido solicitado é porque Caminha Com os Espíritos devia ter um bom relacionamento com Naurú.

Sendo assim, Bruno apenas espera que a conversa se desenrole ou que mais alguém lhe dirija a palavra.

'- Garras-do-Trovão faz pronunciamentos demais...' - resmunga Alef já se levantando.


A dupla caminha até a Clareira Central e podia notar que David, Hagen e Júbilo-das-Górgonas acertavam os últimos detalhes do pronunciamento. Nem toda a Seita estava ali para ouvir. O chamado de guerra seria detalhado aos Alfas em momento posterior e os mesmos iriam repassar às matilhas.No entanto, um número considerável de Garous se concentrava na Clareira Central para ouvir, em primeira mão, as palavras do líder do Caern.


Alef nota a Theurge Fenris com o lupino próximo a si. Nota também que Hadrian estava perto e indica a Victor:


'- A matilha parece estar ali. Sussurros-Solitários deve estar reunindo os membros para ouvir juntos o pronunciamento.'

O Hispo encarnado e quase sem pelos aparece entre as árvores que margeiam a clareira, vindo da direção das montanhas. Ele avista um pequeno grupo da matilha, com a Cria mimizenta e o Alfa sombrio. A dupla dinâmica, Victor e Alef, pareciam tender a se aproximar do dois, que também estavam acompanhados do espírito amigo da lua crescente amazona, que se interpunha entre eles. Royce também se somava ao grupo.

Papo-Reto olha para o barba ruiva e indica a localização do olho do furacão... da Tempestade... tanto faz. Assim, ele vai se aproximando do grupo, já percebendo que uma movimentação geral indicava um futuro pronunciamento.

'- Isso facilita as coisas.' - Comenta enquanto caminha em direção ao pequeno grupo que se formava.

Vê em um dos limites da clareira o roedor e o Fianna e, mais próximos ao centro, Sussurros-Solitarios, Magdalena, Hadrian e Gabriel.

Victor faz um gesto simples com a mão indicando para Morcovo e Ian se unirem ao grupo e, percebendo que os Theurge pareciam tratar de algo, segue para mais perto de Hadrian dando alguma privacidade aos luas crescente e ao grande espírito lobo que se interpunha entre eles.

O Philodox não fala nada e apenas passa a observar a clareira com semblante desinteressado aguardando o pronunciamento.

Mesmo enfraquecido, Okan respondera seu chamado.

*Sei que está cansado, meu amigo. Não chamaria se não achasse que precisasse.* pensou mais para ela que para ele.

A Theurge se levanta e aproxima do espírito.

"Sei que esta noite foi exaustiva, meu amigo... A Matilha que estava se desfez com o fim da batalha, e agora, irei correr com uma nova matilha. Esta é abençoada pelo Elefante, mas ainda não me apresentaram ao  espirito totem. Um dos membros foi levado ao Abismo durante a grande batalha contra o Mago. É também um Fenris e foi junto com uma jóia num cetro de prata. Senti uma energia Abissal de grande poder sobre a Clareira e o maldito praguejou contra um tal Nightmaster.
A Matilha irá ao abismo. A batalha da clareira foi muito extenuante para nós, sei disso, mas sair daqui para o Abismo às cegas assim é nada mais que imbecilidade. Preciso saber se pode me ajudar com seu conhecimento."

A mão da Fenris Negra toca o Lobo, contrastando com os pelos claros do Espírito.

"Para tirar o irmão de tribo e de Matilha do Abismo é preciso algum ritual? O que era o cetro de Eva, que portava a Jóia? Quem é este Nightmaster e o que são estas jóias? Se puder me ajudar com sua sabedoria, minha força será usada..."

A curiosidade em suas perguntas é interrompida por um Uivo que ecoa por toda a clareira. Magdalena olha na direção do uivo que anunciava tempos de guerra ao mesmo tempo que sob sua mão sente os pelos do lobo eriçarem, ficando em alerta. Ao perceber o rosnar do Numen e que este se posiciona entre ela e alguém, a Fenris instintivamente se prepara para o combate, mas o ver o Irmão de Augúrio, se dirige à Okan.

"Calma, meu amigo..." dá alguns passos e fica lado a lado com o espírito, de frente para o Lupino. "Este é Sussurros Solitários, nascido sobre quatro patas, Theurge filho dos Uktena. Fostern da Seita e Alfa de minha nova Matilha, a Olhos da Tempestade. Ele que performou o Ritual que libertou a energia da Wyld que nos permitiu ver a mãe e nos trouxe a  vitória."

Continua, agora para o Uktena.

"Este é Okan. Além de um guerreiro valoroso, é um espírito por quem tenho grande gratidão desde que me lembro. Você chegou a vê-lo na batalha contra o Mago."

Dá uma pequena pausa para que um possa analisar o outro e percebe os outros membros da Matilha, que parecem se manter ainda a distância. Então continua.

"Ouvi o uivo anunciando Tempos de Guerra. Me foi dito que iríamos ao Abismo. Sobre isso que veio falar?"

Seu tom era mais curioso que agressivo. Dos membros da Matilha, o Alfa era o que até agora nutria maior simpatia.

Forma atual: Lupino

O Lobo não estranha a desconfiança do espírito. Desde sua primeira experiência no abismo a maioria das pessoas o tratava daquela forma e ele já estava se acostumando. 

Valkyria-Negra logo o apresenta ao seu numem e o lupino responde a Okan em na linguagem dos espíritos. 

"- É um prazer conhecê-lo Okan. Você e Valkyria-Negra foram de grande valia na batalha e a vocês eu devo a minha vida. Não me esquecerei disso. Aceite este presente de bom grado." 

Sussurros-Solitários desprende então um pouco de sua energia espiritual e oferece ao espírito. 

Já notando a aproximação dos demais membros o lobo responde a Magdalena:

"- Precisamos primeiro saber sobre esse uivo de guerra que o líder do Caern entoou. Depois acho melhor já cuidarmos de sua apresentação ao totem e do julgamento do Fianna. Ainda preciso conversar com minha tribo e com o alto conselho sobre nossa ida ao abismo. Sua tribo já disse alguma coisa?"

O Lobo tinha certeza que o assunto já tinha sido discutido pelos sempre práticos Crias de Fenris.

A Theurge vê a energia do Lupino sendo oferecida ao seu Numen e sua gratidão. Observa sem interferir, pois caberia a ele aceitar ou não a oferenda.
Compreende a reação do Espírito em relação ao filho de Uktena. Havia algo muito esquisito que vinha dele... Não sabia se era o cheiro estranho, ou apenas uma agressividade que parecia sair das próprias entranhas, mas este último era algo que ela reconhecia em si mesma. Se não fosse os acontecimentos de toda a noite, de tê-lo feito a guarda pelo bem da Seita, dele em troca ter mostrado competência na execução do ritual, do respeito que demonstrou pela Fenris mesmo sem saber que correriam juntos, talvez não o escutasse com tanta atenção.

"Falei com Ira de Thor e Essência de Hela. Haverá uma reunião na próxima tarde, e um espírito será enviado para me inteirar da hora. Disseram que me preparasse para lutar pois provavelmente iríamos ao Abismo."

Fica atenta à reação do Espirito em relação ao Lupino.