Clareira Central

O Fianna, entra em sua forma Crinos e se posiciona. O Ritual acontece e por alguns momentos Ian sente como se um peso enorme fosse tirado de seus ombros. Ele percebia que tudo que fazia não era em vão e que sempre, havia alguém observando. Existia reconhecimento em suas ações.

* Se eu erro, a culpa é minha. Se eu acerto, a culpa é minha.

Após o Ritual Ian pega a pétala como se estivesse segurando algo tão frágil como uma... bem.. como uma pétala. Olha para Aedo-Campeão e finaliza:

" - Obrigado por tudo."

Ian olha em volta para sua Matilha e finaliza se dirigindo especialmente ao Alfa:

" - Algo mais, Olhos-da-Tempestade ? "

O Galliard acompanha o rito com bastante atenção... o Filho de Gaia tecia as vitórias e derrotas de cada um daquela matilha, anunciando o por quê de cada um receber o devido renome. Atos que ele havia presenciado, atos que ele ainda não sabia. Aquilo era ótimo para reconhecer os feitos dos seus irmãos.

Com o ritual concluso, todos agradecem ao filho do unicórnio. Diogo, em sua forma lupina, abaixa seu focinho diante do Galliard, também em agradecimento. Ele não havia passado pelo rito, mas como um lua gibosa, presenciar rito tão bem feito era uma experiência única.

Com isso, a matilha estava livre e, pelo horário, deveriam seguir cada qual para suas respectivas reuniões. A cabeça do Roedor, no entanto, já ansiava pela missão que logo teria com o filho da Coruja e Mãe-África. Quais surpresas lhes aguardava? Papo-Reto teria que pagar para ver.

Forma atual: Lupino 

Após o ritual a matilha agradece ao que Filho de Gaia que toma seu rumo. O Fianna então pergunta se havia mais alguma coisa e olhando para a lua o Lobo fala: 

“- Não deve faltar muito para a reunião de augúrio. É melhor irmos logos para as reuniões e nos encontraremos aqui em seguida.”

O Lobo espera para ver se alguém tinha mais alguma coisa a dizer. Caso contrário seguiria com Valkyria Negra para a reunião de Theurges

Após o Uktena marcar o lugar de reencontro, Valkyria Negra se coloca ao lado do Lupino sem dizer nada. Olha para cada um de sua Matilha com atenção.
Se ninguém mais se manifestar, apenas segue com Sussurros Solitários à reunião dos Theurges.

Victor acena concordando com o lobo e diz:

'- De acordo.'

Ele então olha para os demais e fala se despedindo:

'- Nos encontramos mais tarde e iremos falar com Magestade Soturna. Boa reunião a todos. Aedo Campeão, até mais.' - E nisso se despede seguindo para o templo da justiça.

Off: Continua no templo da Justiça

A voz do Alfa chega a ressoar na cabeça do Galliard, mas ela vai se distanciando a medida que iam sendo ditas. O filho do Rato ergue seu focinho, mas já não estava mais na forma lupina e tampouco estava na clareira. Como havia mudado de forma e de lugar tão repentinamente? Ele não sabia.

*Que porra é essa?*

Seus pés afundavam na areia vermelha do solo rachado em que se encontrava. Ele sentia o calor passar pela sola barata de seu sapato velho, fazendo suor brotar entre seus dedos. Não era apenas quente. Era quase infernal! Impossível de respirar!

Apesar disso, o aroma de jasmin amenizava a agonia que seus pulmões sentiam, como se afagasse as paredes internas do mesmo. Era um cheiro bom, suave.

E vinha de...

*Que porra de caixa é essa, mermão?*

A caixa era talhada rusticamente e brotara nas mãos do lua gibosa de maneira inexplicável. Sob o tampo havia um símbolo que o mesmo não reconhecia. Seria uma mensagem? Um sinal? Talvez. O fato era que a caixa era levemente pesada, Diogo chega a balançá-la e notar que algo grande havia dentro dela.

O Roedor olha para os lados, mas nada vê. O sentimento de estar sendo vigiado invadia o peito do Garou que, diante da agonia, abre a caixa com tudo.

E grita.

'- AAAAAAAAAAAAA!'

Grita como se algo estivesse entalado em seu peito. Poderia ter sido o calor. O fato era que estava mais uma vez na Clareira e, tal qual a visão, havia voltado a sua forma racial automaticamente, na qual havia gritado. Seu peito arfava e era possível ver as manchas de suor embaixo das mangas e ao redor da gola de sua camisa. O peito subia e descia em alta frequência e entre inspirações e expirações afobadas, ele falava:

'- IAN... IAN... IAN...'

E olhava para o Fiana. Na sua cara o puro terror emanava.

Em uma velocidade que só sua furia poderia lhe permitir, Kalf atravessa a Clareira Central, sem olhar para o lado, e alguns pensamentos lhe passavam pela cabeça.

" Será que chegarei a tempo ? Ou estou fazendo tudo isso por nada ? Foda-se, estou fazendo o meu melhor."

 
 
 
 
 

 

Degan escuta as palavras de Shader. O som irritava seus ouvidos, mas ele nota a dúvida no Ragabash. Era difícil dizer aquilo, mas o Philodox respira fundo e comenta:

" - Garoto... Ouça bem. Eu vim de uma tribo humana chamada Oneida. Muitos brancos nos conhecem por Iroquois. Havia gente como você nela. Nós os chamávamos de 'dois espíritos', e os deixávamos seguir seu caminho."


A voz de Degan era séria. Ele então, continua:


" - Mas eles eram humanos. Não eram Garou. Nosso fardo é mais pesado. Nossas leis comandam que tenhamos filhotes, porque Gaia precisa de guerreiros... E, como você ouviu, nossa matilha já sofreu muito, porque a Primeira Lei foi quebrada, quando dois Garous geraram o Impuro Perfeito bem aqui neste Caern..."

Degan então espera que o filhote digira as informações que lhe passou. Infelizmente, não sabia de outro Garou que fosse como ele, e, ao mesmo tempo, não fosse extremamente malvisto pela Seita, principalmente por quebrar a Primeira Lei. E completa:


" - As reuniões de Augúrios estão para começar... Eu agradeço a confiança por ter me contado o que se passa em sua cabeça, e me comprometo a conversar melhor com você sobre isso quando tivermos mais tempo. É para isso que Matilhas servem. Agora, é melhor irmos até nossas reuniões."


Ele lhe faz um sinal com a cabeça e finaliza:


" - Nos vemos mais tarde..."

Tsc... Agora essa...

Degan se despede do Ragabash, esperando que ele consiga se conter e ficar fora de problemas por enquanto. Enquanto isso, ele segue para o Templo da Justiça.

Off: Segue no Templo da Justiça.

Forma atual: Lupino 

Despedindo-se da matilha. O Lobo segue com sua irmã de augúrio para a clareira do outro Caern para a reunião dos Theurges da seita até escutar o grito do galliard e voltando até o grupo fala: 


“- O que houve?”

 O Ragabash esperava uma resposta curta, um nome, um apontamento. Mas o que teve é um história. O que você deixa de começo um pouco confuso, apesar de sorrir um pouco ao ouvir "iroquois".

"-  Iroquois, os Haudenosaunee... Somos conterrâneos do Canadá?"


 A pergunta lhe fugiu, por mais que aquilo de falar fosse um incomodo ao outro e a si mesmo.
 Ouve ali toda a história sobre "dois espíritos", sobre matilha e garous, e começava a entender o índio, sobre seu jeito de falar pouco em grupo e aparentemente mais em privado gostar de contar histórias e causos. O que poderia ser interessante e útil.
 No fim, mesmo sem ter nenhuma resposta sobre o que queria e precisava. E talvez terminar com mais dúvidas. Agradece o Wendigo por educação e tempo despendido, se despede e segue para sua reunião de augúrio.

 "- Obrigado e até mais!"

Ian então segue os movimentos de sua matilha. Era hora de ir enfrentar suas demandas sem eles.

* E lá vamos nós... *

Se despede de todos e começa a sair quando percebe que Papo-Reto de repente olha para ele com uma cara de panico e parecia balbuciar seu nome.

* PUTA QUE PARIU, O QUE QUE EU FIZ DESSA VEZ? *

O Fianna vai até o roedor com semblante preocupado e fala:

" - O que houve cacete? O que aconteceu?? Você tá bem? FALA, HOMI!"

Forma Atual - Glabro -> Crinos


Vendo todos se encaminharem para as respectivas reuniões de augúrio, o Ragabash, recuperando um pouco de seu humor, segue para a sua..

*MAS QUE MERDA É ESSA?*

Um roedor se cagar de medo era algo esperado, eles serem quebrados e podres por dentro, apenas parte de sua natureza, mas, aquela cena no meio da Clareira Central, só podia ser merda..

Rapidamente o Ragabash assume sua forma crinos, e, virando-se para todos os lados, começava a procurar a origem daquele ataque..

*CAI PRA DENTRO FILHO DA PUTA!*

Liam ficou um pouco desapontado, com oque Sussurros-de-Bran havia dito, porém não iria desistir. As coisas já estavam indo muito bem, deixaria sua vontade de entrar para os Tuatha de Fionn, em segundo plano, para lidar com problemas mais graves.

Entendo. Obrigado mais uma vez pelo apoio que esta me dando e sim, estarei na forjaria ao amanhecer. Agora acho que preciso ir para a reunião de Augúrio.

Ele espera um pouco para saber se Sussurros-de-Bran dirá mais alguma coisa, caso ela não diga mais nada ele sairá em direção ao local da reunião dos Galliards.

Os membros da matilha que ainda estavam ali se aproximam do Roedor, que tentava tragar o ar como se seus pulmões queimassem de maneira intensa. Ele puxava o ar com toda a sua força, sentindo-se mais sufocado a medida que eles se aproximavam.

Diogo apoia suas mãos nos joelhos tentando encontrar-se mais uma vez. O Fianna era claramente o mais desesperado. Ainda apoiado aos seus joelhos, Diogo inspira fundo, tentando evitar que ansia tomasse conta de todo seu corpo. Ele consegue levantar o rosto, olhando fixamente nos olhos do barba ruiva:

‘- Uma visão... eu acho que era... não sei... eu tava num deserto... tava quente pra porra... a cabeça do Ian tava dentro da porra de uma caixa... tinha um símbolo... um símbolo na caixa.’

Ele tentava lembrar como era o símbolo para tentar desenhá-lo na terra sob seus pés. As coisas estavam confusas, mas ele aos poucos se recuperava do impacto.

Aguardava uma resposta de seus irmãos.

Estava para partir junto a Sussurros Solitários, que já ia à frente para a reunião dos Augúrios. Ao olhar para cada um, nota o Roedor de Ossos muito alterado, de olhar vazio e distante como não estivesse ali. E onde quer que estivesse, não parecia um lugar bom. Quando a luz retorna ao seus olhos, agora em sua forma racial, parece aterrorizado, perdido e chamava pelo Fianna de forma desesperada.

O  Uktena que ia à frente, retorna. Ian vai rapidamente a ele preocupado, enquanto o Ragabash vai para Crinos. Magdalena também o faz. O que quer que seja que o atacasse, dois em batalha dariam conta. Se posiciona do lado oposto ao Lua Nova na Matilha e se coloca em alerta.

Mas o que veio não era um inimigo de fora. O Galliard tivera uma visão. Magdalena então se aproxima mais e aguarda Papo Reto se recuperar. A visão era a cabeça de Ian em uma caixa.

*Mas que merda... Que porra de recado é esse?*

Se havia um símbolo, era importante entender o que significa. Aguarda então o Roedor se acalmar o suficiente para poder falar coisa com coisa.

Ian ficava desnorteado com o relato do Galliard, de tudo que podia ser dito, nunca poderia imaginar aqui? O Fianna resmunga antes de mais nada entre os dentes e para si mesmo:

" - Porque mais uma vez comigo? Porque não tenho um minuto de paz?"

A sensação era que tinha era que o peso de tudo, qualquer merda, qualquer situação convergiam para ele, ele sabia que muitos gostariam ser o centro de histórias e aquilo, de tudo, era a única coisa que Ian não queria, só queria fazer o seu trabalho de forma simples.

Um pouco desnorteado o Ahroun continua:

" - Do que você tá falando? Minha cabeça? Tu não tá chapado não? Que porra de símbolo é esse?"

Ian falava segurando com sua mão grande em um dos ombros do Roedor.

A expressão debochada do lua nova diante do comentário sobre Adock não passou despercebida ao theurge, que deixou um sorriso leve aparecer em seu rosto.

-- Você me deu coisas para pensar a respeito e gastarei algum tempo fazendo isso, Tyrion. 

O Presas bateu as pernas e começou a se preparar para descer da árvore.

-- Bem, não quero me atrasar para a reunião com Fênix-de-Prata. Isso poderia causar a impressão que a reputação de alguns dos meus irmãos de matilha passou a se estender a todos nós. - disse, deixando que o sarcasmo moldasse um sorriso mordaz em seu rosto.

-- Obrigado, Mão-do-Rei-rhya. - encerrou, descendo da árvore, assumindo sua forma de lobo e tomando seu caminho rumo à reunião.







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OFF:


Gastou 1 de fúria para mudar de forma
Próxima cena: Clareira Central (Caern de Cura)

Forma Atual - Crinos > Glabro

*RATO!*

A teatralidade daquela demonstração devia ser inerente aos galliards, a covardia, aos roedores, Hadrian assente as palavras do Presa de Prata..

*O mundo esta se tornando um lugar estranho..*

..Enquanto retornava a sua forma glabro e continuava a aguardar o final daquela pantomima.