A Umbra Rasa (Penumbra)

Era bom entender o que o totem falava entre os pios que ele dava. Pelo menos ela não ficava na incógnita de que ele poderia estar bravo e ela não estar entendendo. Olhos de Gaia se apresenta e a Roedora permanece em silêncio. Mas a pergunta do totem sobre alguém querer mais alguma coisa soa estranha á Ragabash. Ele conseguia sentir o que os garous queriam somente por estarem em sua presença? Ou estava sendo solícito? Da parte de 99 Centavos ela só tinha uma curiosidade, a fala do Uktena dizendo que o Uirapuru seria muito importante para o Apocalipse.

O garou observa o local, livre, bonito, diferente do mundo do ahroun... Mas não se deixa perder naquele ambiente, por mais belo que fosse, sua mente não permite distrações, e rapidamente assume a sua forma de batalha em respeito e prudência.

Logo o totem invocado aparece e faça benção ao Filho de Gaia, e questiona se havia algo mais... Henker esperava ouvir a profecia diretamente do totem, mas o Alpha ao que parecia, encerra a questão e o ahroun decide se calada para não ser visto de forma desrespeitosa, então se resume a aguardar se acaso o totem quisesse falar algo em específico com ele.

O peregrino estava quase surpreso em Jéssica não reclamar dele a ter tocado, talvez reclamasse se ele tivesse a pego pelo rabo como quase aconteceu ali por reflexo de urgência em tocar a irmã para entrar na umbra.
 Ouvi ali o Uirapuru e a apresentação do lupino que falava bem,ainda mais se comparado com outros. O que abria ali certa curiosidade sobre ele é o que teria vivido já.
 Em silêncio espera. Pois sabia que a sequência ia ser com ele e a coisa do espírito da lesma. Começava a se preocupar de ter tanto espíritos no seu pé. Lembrou de histórias de peregrinos terem problemas com espíritos e fantasmas. E esperava que num momento crítico de fuga por exemplo o tal espírito da lesma não resolvesse fazer o seu trabalho e o parar. Esperava que Degan soubesse bem o que estava a fazer.
 Tinha que confiar no irmão da matilha.

Sangue-dos-Quatro-Ventos então sai de sua postura contemplativa e responde à Theurge. Ele havia pensado em algumas opções para o Peregrino e decide colher a opção dos demais membros da Matilha antes de colocarem as mãos à obra:

" - Eu andei pensando em como podemos agir caso o vampiro tente atrair Tiago para seu covil durante nosso ataque. Não acho que ele esteja presente no sanatório durante o plano, já que foi ele mesmo quem nos entregou o endereço, esperando que ataquemos. Mas se ele atrair o Galliard usando do feitiço que me falaram mais cedo, isso pode ser um problema, já que o Peregrino, eu imagino, corra rápido como os de sua tribo. A ideia de invocarmos a lesma seria para que ela o impeça de se locomover até o vampiro, quando dermos um sinal..."

Degan observa as reações de seus colegas ali, especialmente, dos dois Theurge. 

Talvez o Filho de Gaia tenha alguma ideia quanto a isso...

" - Eu preciso saber o que vocês acham dessa ideia. Outro ponto importante, Olhos-do-Caos colocou um espírito-corvo vigiando Tiago. Asa-Solitária disse mais cedo que é possível que tenhamos que lutar no escuro, o tal Bispo pode controlar sombras. Se isso for verdade, e dermos o azar de Tiago querer escapar em meio à escuridão, será mais difícil para que eu o localize. Gostaria de pedir, já que eu vou ficar mais próximo do Peregrino, que esse espírito-corvo me contate assim que notar a fuga do Peregrino, e só depois vá até você, Olhos-do-Caos. Aí sim poderemos usar a habilidade da lesma para impedir o Galliard de correr."

O Philodox então toma um pouco o ar, ainda vigilante e levanta outro ponto:

" - Por fim, Tiago está ligado a um espírito da Coruja. Eu não sei os detalhes do compromisso de ambos, mas a Coruja é a patrona da tribo dele. Se Tiago fugir no meio do hospital, ele ficará vulnerável até chegarmos para pegá-lo. É possível que façamos um pedido à Coruja para protegê-lo nessa situação, temporariamente?"

Tsc. Infelizmente não há caminhos fáceis para levarmos um Peregrino amaldiçoado para um ataque em massa em cima de vampiros, com o risco de fuga dele. É realmente uma pena, mas estou disposto a explorar todas as opções para impedirmos esse sujeito de fugir. Só espero que toda a experiência lhe traga sabedoria...

" - Quanto ao chiminage da lesma, eu e Tiago podemos cavar um pequeno poço em algum lugar desse sítio. A terra úmida atrai lesmas e caracóis, e eles comem ervas-daninhas. Imagino que agradaria ao espírito. Gostaria da opinião de todos da Matilha, especialmente os Lua Crescente quanto às minhas ideias."

O Wendigo então volta à posição habitual aguardando a manifestação dos colegas. O próprio Tiago poderia querer falar algumas palavras. O pior, afinal, não havia sido levantado: Se pegassem Tiago tentando fugir, o que fariam com ele? Isso é algo que o juiz decidiu deixar para perguntar assim que tivesse ouvido seus companheiros sobre os espíritos...

Grace se porta respeitosamente enquanto o Uirapuru se manifesta diante da Matilha, mas estende um breve sorriso a Jessica ao ver que ela havia chegado a tempo para entrar na Umbra com eles. 

Havia já contado o dogma do Uirapuru para Olhos de Gaia, esperava que ele se lembrasse e felizmente, a memória do Lobo não falha. A bênçao é breve e o Totem é solícito. Mais tarde, gostaria de passar mais tempo com ele, mas agora tinham outras questões a resolverem. 

Zvanna faz algumas questões muito pertinentes antes de invocar a lesma, e Grace faz questão de reconhecer. 
- Importantes alertas, Olhos do Caos. Obrigada por ter nos lembrado.

Deganawida começa a explorar suas ideias, que à Galliard pareciam boas, mas os theurges podiam avaliar melhor do que ela. Se manifesta apenas com relação a ideia deles cavarem.
- Eu sugiro, já que vamos ter um poço e terra úmida, que a gente posssa se oferecer também a fazer uma plantação no nosso refúgio que favoreça ainda mais a presença das lesmas. Desde ontem já desejava começar a plantar na chácara, se eu puder ter a ajuda de vocês acho que podemos criar um ambiente agradável.

Tarek olha Degan meio surpreso com o tanto ele estava pensando e ideias ali sobre ele e como o segurar se precisasse. Abre ali a boca, mas não consegue dizer nada. Observando o Wendingo e tudo que falava e logo em sequência Grace emenda o discurso. 
 "- É... Acho que preciso falar algo, sei que envolve a segurança da matilha... e talvez de todo o caern... Mas é algo comigo, né?"
 Da ali um suspiro meio triste lembrando da visão que teve no buraco do maldito.
 "- Deganawiga, sobre a coruja, meu comprometimento com ela é em destruir o vampiro que me..." -faz um breve pausa e olha para o lupino novo e depois de volta ao wendigo - "...Violou. Sobre o presente a lesma, o poço e plantação, é claro que me predisponho a ajudar a fazer... Mas... Só, por favor, garantam que isso não vai me segurar na hora do risco que eu precisar correr de verdade, tipo a lesma me segurar na hora errada, sabe? E sim eu corro bastante e conheço o dom da corrida dos peregrinos, é problema eu correndo loucamente, eu entendo."
 *Podia ser pior se eu soubesse o dom do silêncio... Ou outras coisas... Ofuscar forma... Melhor nem pensar nessas coisas agora.*
 "- Bom, adiantando coisas que pretendia falar com todos de todas as matilhas antes do ataque ao hospital psiquiatrico, o vampiro lá, o Lasombra, nome do clã dele, tipo tribo para nós, controla sim sombras e fui avisado por Coração-Valente para não confiar nem na própria sombra lá. Alias ninguém la deve confiar nem na própria sombra... Então escuro vai ser sim nosso inimigo lá. E vocês tem certeza que colocar mais um espírito comigo vai ser bom? Sei lá, tipo, eu não gosto da ideia, mas será que não é bom, só, me algemar com alguém?"
 Lembra de quando comentou com raiva de botarem ele numa coleira e prenderem no caern, e agora aquilo parecia boa ideia. Se questionava um pouco se aquilo era alguma sensatez estranha ou só medo da visão que tivera.
"- E, desculpa todo esse trabalho pessoal... Zvanna em que vou precisar te ajudar para pagar o serviço do corvo?"
Olha para a theurge esperando que não fosse algo muito ruim o contrato que ela tinha feito com o espirito, mas temia que teria algo estranho afinal ela era uma senhora das sombras bem peculiar, com tudo que viu ela fazer na questão do maldido. E logo em seguida bota olhos sobre o lupino recém-chegado, também theurge, estava curioso com o que ele poderia ter a acrescentar, especialmente porque Degan parecia bastante interessado na visão dele.

Quando o assunto é lidar com espíritos, o ahroun é um bom pedreiro e por isso ele fica silente, mas quando o galliard fala sobre algemarem ele com alguém a expressão do garou é de curiosidade.

*Se vc é tão instável, e indigno de confiar em sí mesmo depois de ter sido purificado pq sequer está vivo?*

Procura afastar o pensamento, era o Mão de Tyr pensando, e não era o momento disso. Se limita a concordar qndo falam do chiminage... e se mantém quieto.

Assim que Uirapuru desaparece o Presa de Prata se coloca de pé e a Senhora das Sombras entra no assunto de colocar um espirito lesma com Tarek.

O Ahroun deixa que seus irmãos discutissem a ideia, uma vez que a demanda ficaria para matilha como um todo. Kiba chega a pensar que iriam começar a complicar demais a oferenda, mas pareciam ter chegado a um acordo.

Após as ponderações finais de Helenna e a confirmação de Zvanna o Ahroun comenta com seus irmãos:

- Vamos fazer essa ligação entre Degan e Tarek, já que eles serão uma dupla.... Se eles se muito sua velocidade será cortada..... Esse muito poderia ser uns 30 metros..... Com a velocidade reduzida a gente alcança ele rapidinho.

Olhou então para os demais irmãos, esperando que eles concordassem com a ideia e então diz:

- Sobre o "Lasombra", bom trabalho. Eu realmente iria pedir pra nos contar sobre o que aprendeu quando todas as matilhas estivessem reunidas.

- Vamos manter a ideia de se juntarem comigo caso usem as sombras contra nós.

- Se não tiverem questionamentos, vamos chamar a lesma. Depois disso teremos mais ou menos duas horas pra nos prepararmos par reunião com as outras matilhas.

O garou ponderando sobre a questão das sombras que foi citada pelo alpha faz uma pergunta bem simples e direta.

- Existe a possibilidade de criar algum amuleto ou fetiche em que se projete a luz do sol?

Henker comenta sobre amuletos e prontamente Kiba responde:

- Essa ideia foi dada, mas se o amuleto começar um incendio o inimigo pode usar o fogo contra nós.... Por isso descartei a ideia. Se Zvanna ou Olhos de Gaia acharem que é valido....

Olhou para a Senhor das Sombras e o Filho de Gaia, esperando que eles dessem suas opiniões.

Grace demonstra aprovação às informações que Tarek passa sobre o vampiro e à ideia de Zvanna para o Peregrino negociar com o espírito. Era um Galliard, saberia falar, e precisava sentir o peso da responsabilidade que ia ter.  

- Concordo com tudo o que foi sugerido. Sussurros da Noite negocia com o espírito da lesma pedindo para ter sua velocidade reduzida caso se afaste mais de trinta metros de um membro da Matilha, oferecendo em troca, cavar um poço para criar um habitat natural de terra úmida às lesmas. Se o espírito achar pouco, oferecemos também a plantação na área - resume, acreditando que isso ia facilitar o entendimento de todos - Tarek, te algemar com quem quer que seja não é uma boa ideia. Apenas diminuiria a eficiência em combate sua e de quem estiver preso contigo.

Henker comenta sobre amuletos solares e Grace resolve complementar as informações Kiba.
- Criar amuletos foi uma das orientações do nosso alpha ontem, Sarah e Zvanna trabalharam nisso, acredito que já temos dois para usarmos, se necessário -   consulta as duas com o olhar - além disso, Deganawida trabalhou em uma ligação com o espírito de Hélios, sobre a qual ele mesmo poderá falar melhor. O risco de incêndio é algo que realmente devemos estar atentos, já que o vampiro controla elementos. Poderia ser bom todos nós aprendermos o dom Mestre do Fogo para reduzirmos os danos que podem ser direcionados a nós. Eu pretendo buscá-lo, alguém quer me acompanhar? E, a não ser que alguém mais possa emitir luz, nos juntamos a Kiba se precisarmos dela.

- Há outra coisa que precisamos estar atentos. O vampiro pode ter soldados que não sejam exatamente sensíveis ao sol, como o mendigo de força descomunal que atacou 99 Centavos com uma faca de prata, em plena luz do dia. Precisamos usar nossos recursos com sabedoria para que não sejam desperdiçados.  

- Eu sei o dom Mestre do Fogo, e posso ensinar para quem estiver disposto.

Diz o ahroun após fazer um gesto positivo com a cabeça ante a questão dos amuletos e a qualquer que seja o recurso que o Wendigo usaria.


- E não se esqueçam, que a partir de hj, além dos vampiros que iremos atacar, há um caçador, e eu não sei quantas pessoas estão com ele. Existe algum preparo que vocês possam conseguir com os espíritos para proteção ou alarme?

O gaoru escuta a fala de Zvanna e não compreende a irritação

*Se eu pergunto, é pq eu não entendo...não é o augúrio dele se ela perguntasse alguma coisa do meu augúrio eu responderia.*

Mas a pergunta fora respondida e por isso ele não dá prosseguimento, pois seria uma discussão contraproducente, mas ainda aguarda resposta para a questão que ele colocara, novamente.

Degan escuta atento às idéias dadas por todos. Estava sendo um bom debate e o Wendigo parece apreciar isso, principalmente dadas as circunstâncias que a matilha havia passado antes...

Todos amadureceram muito bem... Isso é bom.

Ele então, finalmente, comenta:

" - A ideia do campo de visão está bom. A respeito de Hélios, até o fim da noite eu estou imune a fogo e posso gastar um pouco de minha gnose para atacar com um flash de luz solar, causando dano a todos os vampiros em uma área, mas vou precisar meditar: minha gnose está baixa."

Em seguida, ele chega na questão do caçador:

" - Para não desperdiçarmos nossos recursos contra os vampiros em um caçador, eu sugiro o dom do Faro para forma verdadeira. Eu posso aprender se for o caso."

E agora, a questão que mais poderia ser um incômodo: o que fariam com o Peregrino em rota de fuga?

" - Eu gostaria de ouvir agora a respeito de Tiago: se ele tentar fugir e o apanharmos, o que faremos? Eu não sei até onde vai o poder do tal vampiro sobre ele, e se ele pode tentar fugir uma segunda ou terceira vez. Podemos pensar em deixá-lo desacordado, mas no meio de uma invasão isso pode nos deixar vulneráveis. Gostaria de ouvir todos vocês a este respeito." 

Era uma decisão difícil. Apesar da Litania ter uma de suas leis dedicada a não ser um fardo para teu povo, Degan prefere ouvir seus aliados antes de falar a esse respeito, principalmente, porque o Uirapuru é um totem de honra e o próprio Deganawida prefere evitar derramar o sangue de aliados. Ele não seria um Philodox se tomasse decisões levianas afinal.

Assim como todos da Matilha, Tomás altera sua forma para Crinos, mas não sente que isto seja muito relevante, não entende muito bem o motivo de acreditarem que o Uirapuru ficaria desconfortável com a forma Hominídea. Se Tomás nasceu humano então por que teria que alterar sua forma para demonstrar mais "respeito"? Trocar o aspecto racional pela sua forma de combate somente para conversar? É como ir para casa de um amigo com um coleta a prova de balas. 

Enfim, a conversa com Uirapuru se encerra e logo as novas ideias surgem e conforme vão trabalhando com o conteúdo delas começa a se tornar evidente que a Matilha estava começando a se tornar dependente demais do conceito de apoio espiritual, algo que incomoda Zvanna e irrita um pouco Tomás.

*Daqui a pouco vamos invocar o espirito do Ganso para pedir travesseiros mais confortáveis.* Tomás já estava frustrado com as viagens para a Umbra e não gostava da ideia de dependência ao mundo imaterial, seus equipamentos e armas não funcionavam ali, ele não entendia como nada funcionava neste "espaço" e fica satisfeito quando a Theurge tenta dar um limite nisto, em meio da fala da Senhora das Sombras o Andarilho percebe que o Wendigo havia errado num conhecimento sobre espíritos, o que é curioso.

"- Daqui a pouco vamos ficar endividados demais com os espíritos. -" Kiba tinha assuntos com o Falcão, Tarek com a Coruja, toda a Matilha com o Uirapuru, agora com uma Lesma, este misto insano de se aliar ao mesmo tempo ganhar um patrão espiritual era estranho ao Ragabash. *Se a lesma disse "não", talvez a gente possa enfiar uma barra da ferro transfixada na perna de Thiago e deixa-lo preso num porão com guarda, por que vamos nos arriscar em leva-lo para combate? Enfim... ainda tenho que responder a "cartinha" dele.*

*É incrível como ninguém aqui se preocupa em ter um emprego como se preocupa em abusar da boa vontade do zoológico espiritual.*

"- Thiago é rápido, mas não indestrutível, se a Lesma o deixar lento e ele tentar fugir na forma Lupina tente quebrar as pernas dele e o desacordar, isto pode servir temporariamente, agora se ele entrar na forma Lupina e escapar de você, vamos ter que passar a ter planos para mata-lo mais tarde, ninguém o alcança como lobo. -"

"- A propósito, me refiro a você, Degan, especificamente, porque em teoria você não vai sair de perto dele, então basicamente precisamos pensar inicialmente como "você" vai conte-lo, eu sou bom com disparos e posso atingi-lo e consigo prende-lo com meu chicote, mas na forma Crinos ele talvez nem ligue para a minha munição." -


 "- É melhor ele desacordado e quebrado do que se movendo e consciente ao lado dos vampiros. -"

O Lupino prestava muita atenção a como discutiam sobre espíritos e como muitos queriam pedir sua ajuda de uma forma que não seria efetiva, a Theurge das Fúrias no entanto já explica esse ponto, ela era sábia, teria muito a aprender com ela.

"- As sombras cobrem a visão. Mas não cobrem o olfato. Se sentimos o cheiro do Peregrino ele não fugiu. No escuro o espírito vai reduzir a velocidade dele se a visão for usada."

Olhos de Gaia ainda achava perigoso se o Peregrino se achava tão vulnerável ele estar na missão, mas uma matilha unida ainda era melhor.

Jessica meio que pega o bonde andando, mas pode perceber que queriam que Tarek não corresse quando o vampiro o chamasse e por isso queriam invocar um espírito lesma para isso. A Ragabash só acha mais prudente que Tarek ficasse no Caern sob supervisão de outros garous em vez de ser um possível problema a mais na incursão no hospital. Henker manda que a partir de hoje teriam caçadores contra eles e ela arregala os olhos.

Quê?

Pensa a Roedora em tom de espanto. Vampiros já eram problemas demais. Caçadores ela nem podia imaginar.

Os outros garous dão ideias e Jessica resolve falar:

"-Olha...sei que pode ser que minha ideia não seja bem vinda, mas não seria melhor Tarek ficar no Caern durante a missão? Porque pelo que estamos conversando aqui, ele pode, repito aqui, 'pode' vir a ser um problema que vai atrapalhar a formação da matilha."

Ela se vira para Tarek e muito sincera, sem agressividade, comenta:

"-Nada contra você Tarek. Nossas arestas já foram resolvidas, mas você ficar no Caern seria a solução mais óbvia.

E então se vira para Kiba e o restante a matilha.

"-Não precisaríamos dever nada ao espírito lesma e Tarek estaria seguro. Seria um garou a menos na matilha? Sim. Mas assim não nos preocuparíamos com o caso do vampiro tentando chamar o Tarek e termos que resolver isso no meio da missão.

O ahroun aponta para Jessica e acenando de forma positiva fala.

- Exatamente o que eu penso, por mais que skalds sejam bons guerreiros, melhor é não ter que se preocupar com alguém perder a consciência... ok, a fúria coloca todos nós nesse risco, mas no caso dele, já estamos saindo com essa probabilidade muito maior.

Ele fala com muita firmeza.

- Da maneira com que eu vejo as coisas, saber escolher suas lutas para não atrapalhar os demais, também é honrado. Saber recuar para que todos possam avançar é louvável.

Grace faz um aceno de aprovação para o Fenris, que se oferece a ensinar o Dom. 
- Obrigada, Henker. 

Zvanna faz alguns esclarecimentos didaticos e necessários sobre os espíritos. Não acreditou que alguém ia se opor à sugestão dela de que a distância fosse medida em campo de visão. 

Sarah lhe entrega os seis amuletos, que Grace pega com todo o cuidado. Entende o gesto da Fenris como uma demonstração de confiança e lhe dirige um olhar de firmeza e gratidão. 
- Excelente. Vamos usá-los com cautela. 

Já pensava em dividir os amuletos entre alguns companheiros quando Deganaida pede para debaterem a problemática do que fazer se Tarek sucumbisse ao efeito da maldição do vampiro. Tinha uma ideia parecida com a de Briho dos Sonhos, atirar flechas em suas pernas, mas não a apresentaria da maneira impiedosa com que o Ragabash fez. Ohos de Gaia faz uma pertinente observação sobre sentir o cheiro do Peregrino, e ela lhe faz um aceno de concordância e aprovação. 

Jessica e Henker começam a defender que o Galliard fosse deixado no Caern, o que a deixa bastante incomodada. Já havia sido uma feita uma sugestão desse tipo para ela: grávida, da Impura Perfeita, não podendo correr o risco de morrer... aquela possibilidade lhe era tão enervante que ela toma as dores de seu irmão de Augúrio. 
- Tarek precisa da chance de se provar em combate, das adversidades para se fortalecer como Garou, da oportunidade de se provar útil para a Matilha, para a Seita e para a Nação. Nós precisamos de toda a força e toda a fúria que pudemos reunir contra nossos inimigos. Não acho correto, nem justo, deixá-lo para trás. Se fosse para deixarmos de lutar por causa de problemas e riscos, nenhum de nós sairia do Caern - faz uma breve pausa, lançando um olhar a todos - estamos aqui debatendo planos de contenção, o que é útil e importante, mas é possivel que nem sejam necessarios essa noite. Vejam só, o próprio vampiro que o capturou quem nos deu esse endereço. Ele deve ter interesse de ver esse sanatório derrubado tanto quanto nós, e para isso, não faria sentido tirar um Garou do combate. Porém, se mesmo assim enfrentarmos esse problema, vamos ter recursos para resolvê-lo.A lesma para reduzir seus movimentos, se conseguirmos o favor dela, ataques à distância que eu, Sangue dos Quatro Ventos, ou Brilho dos Sonhos podem fazer, visando atingir as pernas dele para dificultar que se afaste. O corvo de Olhos do Caos para informar sua localização. O ritual da Pedra Caçadora. Podemos levar correntes para prender as pernas dele também, se o poder do vampiro fizer ele insistir em se afastar, e arrastarmos ele conosco. O problema dele será resolvido assim que o sanguessuga que o controla for morto. Não vale a pena sacrificar um guerreiro de Gaia antes de tentarmos todas as soluções possíveis.      

Kiba deixa novamente as conversas se desenrolarem depois da chamada de atenção de Zvanna. Não sabia exatamente como os espíritos podiam ser instruídos, mas pelo visto os Garous teriam que ser bem específicos se quisessem ter um resultado no mínimo decente.

A despeito do que fazer com Thiago o Presa de Prata já tinha algo em mente, mas não esconde certa surpresa da ideia de quebrar as pernas do Peregrino caso ele tentasse fugir. Kiba já havia derrubado-o com um soco antes, não seria difícil faze-lo novamente.

Vendo que a ideia de Jéssica de deixar Thiago fora de ação era apoiada por Henker o Ahroun decide reforçar a fala de Grace, dizendo logo depois dela:

- Vamos lá gente.... Eu já derrubei o Thiago antes e se precisar eu faço novamente, sem ofensas.

O Ahroun da uma rapida olhada para o Galliard e então diz:

- Eu tenho mais medo de deixar o Thiago longe de nossas vistas do que de levar ele pra essa missão. Porque eu não imagino que a Seita ficara de boas agindo como babá dele enquanto estamos cumprindo uma missão. Ele é nosso irmão de matilha e nossa responsabilidade.

- E além disso.... Se o vampiro usar o poder nele eu quero estar por perto. Não vou largar a missão e ir seguindo o Thiago, mas eu quero mais é que esse maldito faça isso. Pra gente seguir o Thiago e pegar esse infeliz. Se rolar durante a missão....

Nesse instante Kiba estala os dedos e olha novamente para o Peregrino, voltando a falar em seguida:

- Quanto ao caçador..... Nós vamos nos preocupar com ele depois que voltarmos dessa missão. Eu não esqueci dele, mas não faço a menor ideia de como enfrentar um cara desses..... Vamos conversar com os mais antigos e ver se eles podem nos dar alguma ideia, se já enfrentaram caçadores famosos antes ou o que quer que seja.... Talvez até os parentes possam ter algo a nos contar, mas vamos focar nesse ataque primeiro.

- Por fim.... Olhos de Gaia tem razão, mas como Zvanna mesmo disse, não da pra exigirmos demais do espírito. Temos que ser práticos e o mais direto possível. O desgraçado usar as sombras e Tarek ser afetado por isso é um risco que temos que correr.

- Vamos guardar os amuletos para os vampiros, se algum desses ajudantes aparecer a gente da cabo deles da forma mais rápida possível. Sei que ele pode ter batido na Jéssica, mas somos uma matilha bem grande agora. Duvido que ajudantes de vampiros vão nos causar problemas....

- Agora bora chamar a Lesma e focar nessa questão. Depois disso Degan precisa meditar e eu também vou tentar aprender um ou dois dons....

Kiba termina de falar e massageia a garganta, visivelmente incomodado por ter que falar demais com aquela voz do chacal.

Thiago ou as ressalvas da theurge e a indicação que seria ele quem iria negociar com o espírito da lesma. A conversa segue e o peregrino reage mais ao olhar com surpresa para Tomás, arregalando o olho quando fala do tiro.
 *Orra precisa falar assim? Você quer me dar um tiro de qualquer jeito! Quer me foder, beija antes!*
 Mas logo baixa a cabeça sem falar nada. Verdade que aquela situação o estava fazendo se sentir cada vez pior. 
 Quando Jéssica fala dele ficar no caern, ele balança a cabeça para ela mostrando que ela não se preocupasse, ele não estava levando aquilo no pessoal. Henker reforça o discurso, e pelo menos coloca aquilo de forma que ficasse menos vergonhoso ao Peregrino. A ele tinha momentos ali que pareciam falar como se ele quisesse mesmo ver o vampiro e destruir tudo.
 Então Grace toma a fala, de forma a defender que ele deveria ir, e recorda de algo que faz o peregrino pensar, a questão do vampiro ter dado o endereço do local.
 "-Hmmmm..."
 Por fim, Kiba toma a palavra e fala sobre como foi fácil derrubar o peregrino o que o faz dar uma olhada meio torta no Ahroun, num misto de incômodo com a voz dele e com o que foi falado. E apesar daquilo, entende o ponto dele. E então decide que era hora de falar antes de conversar com a lesma.
 "- Olha, eu sou quem menos quer virar vítima de vampiro de novo, e o que menos quer trazer a destruição de tudo... Eu já tive um vislumbre disso é não foi nada bom... Eu entenda quem me ache ali um estorvo mas o problema é quem fica no caern para me segurar?"
 Suspira um pouco.
 "- E bom, se o vampiro deu o endereço eu duvido que ele resolva me chamar durante o ataque que pode levar o rival dele não cair... Mas logo em seguida... Creio que seja o momento mais crítico. Todos comemorando, todos felizes, cansados e talvez feridos, distraídos com o fim, seria ali ao meu ver o melhor momento para chamar a mim. Então acho que o momento pós derrubada antes do retorno da matilha, seja o momento mais crítico. Considerando também que o vampiro não tenha ideia que nós temos informação do que ele fez, o que já nos garante vantagem."
 Apesar de não gostar do que estava pensando resolve falar.
 "- Não é bom ficar dependendo de mais dos espíritos, e não sei se a lesma é mesmo tão necessária considerando Tomás com arma de fogo, Deganawiga com machado e Grace com arco e flecha... E por favor, nada lembra que eu ainda sou amigo de vocês..."
 No fim achava que se curar de um machucado era mais tranquilo que deve algo a espírito e ter que ficar ouvindo que não tinha como dar conta de si e toda hora dele dia de algo, alguém, ou espírito.
 "- Mas, será feito como a matilha quiser, se acham necessário a lesma, será feito. Não quero por ninguém em risco e acato o que acharem melhor. E creio que devemos usar o quesito estar até olhos vêem, como padrão de distância ao espírito, nunca ouvi falar que lesma seja boa com olfato. É pode ser confuso a ela. Mas, Olhos de Gaia, eu confio no seu olfato."
 Tenta dar ali um sorriso ao filho de Gaia lhe passa do confiança, por mais que sorriso na fora crinos pudesse não ser a coisa mais bonita de se ver.