A Umbra Rasa (Penumbra)

Se o urso soubesse de alguma informação sobre a missão num parâmetro mais humano, provavelmente teria passado. Mas como não é o caso ele informa sobre um espírito próximo da região o que parece soar mais como um enigma. 

"-Ele diz que uma Aranha Gigante protege o templo.-"

A empolgação de Tomás fica menor dando espaço a alguma aparente tristeza, ele notava que agora a localização do lugar não ficaria por conta de sua inteligência, mas do conhecimento espiritual de alguém e também se dava conta de que a combinação aranha e Weaver poderia ser vinculada a tribo dele e quem ele era. *Servo da Weaver* ele pensou. 

Grace e Kiba se oferecem para a missão e a presença da Galliard lhe parece estranha. *Ela não deveria ficar mais protegida? Evitando riscos desnecessários.* Mas Tomás não pensava que sua opinião neste assunto era relevante o suficiente para expor.

*Cada vez mais nos envolvemos com os espíritos, mais nossas missões assumem envolvimento com a Umbra, nossa Matilha está se tornando cada vez mais parecida com padrões de xamanismo o que me torna um tanto quanto inútil.*

"- Espírito, você sabe se ele sofre muito a ponto de morrer em breve? Se temos até o próximo crepúsculo para salva-lo? Ou sabe quantos crepúsculos temos? -"  

Falar do tempo em horas e minutos ou dias poderiam ser contagens humanas demais para um urso, mas o conceito de pôr do sol era algo natural, humano e animal, era mais fácil assim falar com o espírito e talvez ele entendesse.

Uma aranha gigante? Pelo visto havia sido melhor reunirem mais membros para cumprir o chiminage. Poderia ser um espírito de algum nível de poder.

Tomás tenta perguntar sobre o tempo de vida do urso, mas Grace, por sua vez, não desiste de tentar uma informação mais precisa sobre local onde animal estava.  

Tentando colocar de uma maneira que o Urso pudesse compreender, ela pergunta, na língua dos espíritos.
- Esse templo da Weaver é feito de pedra? Ou possui uma cobertura parecida com o casco de uma tartaruga?

Kiba olha na direção de Grace quando a mesma também se prontificava em ajudar. O Ahroun ficava feliz que toda a matilha estava disposta a encarar aquela missão, mas não podiam correr o risco de terem tantas demandas que acabariam se perdendo.

Depois Kiba precisaria conversar com a Fianna para criarem um "controle de dividas" que a matilha tinha com os espíritos.

Os Garous tentavam conseguir mais informações com o grande espírito, mas Kiba já estava satisfeito com o que tinha conquistado. Sem ter mais o que perguntar, ele apenas espera que as perguntas fossem respondidas e lança um olhar rápido para a Theurge da matilha.

Precisava conversar com ela e Tomás para conseguirem mais informações sobre o cativeiro do urso.

O Grupo faz a travessia com tranquilidade e Sussurros-Solitários se posiciona para começar a conjurar o totem enquanto aguardo que os membros da matilha também se posicionem e mudem de forma.

* Feita a travessia, Luke imediatamente se posiciona proximo aos Mestre de Rituais para recepcionar o Elefante enquanto corre os olhos pelo horizonte cautelosamente. Era de sua natureza estar preparado para tudo e, mesmo que a Umbra do Caern fosse considerada "segura", não confiava na instabilidade espiritual da cidade. Ainda atento a qualquer vestigio de problemas, inicia a transformação para a forma Crinos. *

OFF: Solicito rolagem para assumir a forma Crinos.

Ela ouve as palavras de Tarek e não entende muito bem. Precisava conseguir informações sobre os policiais na Zona Oeste e se despede e Olhos de Gaia, não sem antes ouvir o que o Urso pedia aos Garous.

"-Com licença Olhos de Gaia. Preciso fazer algumas investigações e podemos conversar mais depois."

Se despede do lupino e atravessa a película, retornando ao Ponto de Encontro.

________________

OFF: Próximo Post - Vargem Grande: Sítio Rio Verde

Victor se posiciona e passa a assumir a forma crinos.

Off: Solicito rolagem para assumir a forma Crinos

Spybot - Olhos da Tempestade

Assim que chegam na umbra, Derek inconscientemente assume a forma lupina e ao ver que seus irmãos estavam assumindo a forma de batalha, o Andarilho faz o mesmo.

Grace reflete, e lança olhares aos outros, tentando deduzir o que seria esse “templo de vidro”. Depois que Tomás traduz para Henker, ela pergunta aos companheiros.
- Dispensamos o Urso? Ou querem fazer mais uma pergunta?

Tarek abre um sorriso meio sem graça ao ouvir Tomás. Ele não achava necessário ter uma resposta direta da carta. Mas achava bom o Garou agir de forma mais social e querer falar mais. Então era algo bom. Num aceno positivo a ele  responde.
 "- Estou disponível para quando quiser..."
 Termina com uma piscadinha ao ragabash. E volta a ouvir a conversa com o espírito urso. Pensando sobre a problemática, de como tirar e esconder um urso de um lugar. Um bicho grande daquele. E para onde poderiam o levar depois? Onde seria seguro largar um urso? Sítio? Caern? 
 *Acho que as coisas vão ser mais complicadas do que parecem...*
Logo Grace toma a palavra vendo se pode dispensar o urso, ou se algo mais tinha que ser questionado e o peregrino faz a ela um aceno negativo, indicando que ele não tinha mais nada a perguntar.
 *Está com pressa? Ou é ciúme do abraço do urso? O Tomás que devia estar com ciúme... Ele que gostou do urso até até animado falante, menos de canto... Olha isso me dá uma ideia..."
 Sozinho com seus pensamentos o peregrino sorri com o plano que se formava ali.

O garou sente que havia mudado no momento em que o urso o toca, o conhecimento fora transferido, e ele abaixa a cabeça em agradecimento.

- Por favor, digam que eu agradeço, e não importa o quão difícil a missão, me empenharei em seu sucesso... mesmo que custe minha vida.

Não havia mais nada que ele pudesse falar, as informações foram passadas, e havia alí várias pessoas mais experientes na cidade, e até mesmo mais capacitadas em localizar o local.

Demonstrava no seu semblante um misto de orgulho e agradecimento. Tanto pelos dons aprendidos, como pela união de sua matilha.

Olha para seu alpha e a forma como ele articulava para fazer as coisas acontecerem e viu valor nele. E, por um breve instante, esquecera da ofensa que ele cometera contra sua liderança tribal e toda sua tribo, e por esse motivo já conseguia conceber correr ao lado dele. Ao menos por enquanto. 

Precisava provar com seus olhos se de fato ele tinha o que era preciso para liderar guerreiros e isso só se fazia em batalhas, mas nos preparativos, ele já estava se mostrando bom, solidário e preocupado com o bem estar de cada um alí.

Mesmo a violadora de litania prenha, mostrava comprometimento com a matilha e, apesar de toda a formação que dizia que seus erros deveriam ser ainda mais severamente punidos, não consegue de admirar a união que ela se esforçava em manter, e por isso balança a cabeça em gratidão e concordância para ambos, e em seguida, estende o gesto para os demais, Tarek e Tomás e Zvanna, que conjurara o espírito, ainda que não exclusivamente para sí, ou a seu pedido.

Kiba ve a conclusão das informações do espírito sendo passadas e depois da fala de Henker o Ahroun da um passo a frente e com um aceno em sinal de agradecimento diz:

- Muito obrigado grande espírito. Iremos resgatar seu parente antes disso, custe o que custar.... Algoz-de-Einherjar e a Asas da Esperança prometem.

O Ahroun então lha para o Fenris e depois para o espírito Urso, esperando que ele partisse para conversar com a matilha.

Olhos de Gaia escuta a discussão que segue sobre a lesma, não entendia porque não seria prático o cheiro, talvez porque esses hominídeos não confiassem em seu olfato, aquilo ainda o estranhava no mundo que vivia. Ao menos bom senso eles tinham, Tarek confiava em seu olfato, porém preferia tomar machadadas flechadas e tiros ao invés de ser protegido por um espírito.

A idéia da lesma é deixada de lado e a próxima coisa que surpreende o Filho de Gaia é a invocação do urso, ele observa o espírito atentamente, voltando a sua forma racial Lupina para absorver todos os elementos da visão e aparência do espírito urso, porém Jéssica o tira de sua concentração, ele olha fixamente para ela e então diz.

"- Hoje lutamos, corremos e caçamos, e seu lobo vai aparecer. Estou aqui pra ajudar."

O lobo parecia sincero e aproxima seu focinho de Jéssica, farejando-a e depois dando uma leve lambida atrás das orelhas da Garou.

Então ele volta sua atenção ao Urso, e o que ele fazia, o que dizia, e como era respeitado, depois de tantos seus filhos e o próprio Totem sofrerem.

"- Urso entende... Sempre entendeu, e nunca demos ouvidos."

Falava meio para si meio para uma Jéssica que um dia estivera ali. E então o Urso pedira para libertarem um filho seu que sofria, toda a Matilha se oferece para ajudar, Olhos de Gaia não ficaria para trás, e uiva.

"- Nenhum filho de Gaia merece a prisão, muito menos os Ursos, nem os Pássaros, ajudarei a libertá-los."

O Uktena aguarda até a travessia de todos os companheiros e mudanças de forma estarem completas para começa a conjurar o Totem. O Theurge então rasga a sua mão e com o sangue começa a desenhar um círculo de conjuração com os glifos do totem da guerra e da matilha enquanto entoa um cântico de guerra dos Uktena.

Quando o círculo está pronto o Uktena desenha o glifo da matilha do peito do novo membro com a sua garra e clama por seu totem:

"- Poderoso Elefante, teus filhos chamam por ti para abençoar um novo membro para a matilha Olhos da Tempestade. Este é Coração-da-Tempestade, Galliard, nascido homem, cliath dos Fianna. O Abençoe com tua força para que ele é a matilha tragam glória para teu nome."

O garou então faz uma reverência e aguarda em silêncio a manifestação do totem.

Kiba espera o Urso se desmaterializar por completo e então se vira para encarar sua matilha. Tenta se posicionar para que todos ficassem em uma roda e então cruza os braços e começa a falar:

- Bem pessoal.... Temos mais uma demanda pra resolver. O urso precisa de ajuda e pelo que ele nos disse ele deve estar sofrendo algum tipo de experimento. É possível que estejamos falando de uma empresa da Pentex, mas vamos descobrir isso depois. Talvez deixe Zvanna, Henker e Tomás com a missão de encontrar esse lugar, mas ainda vamos debater sobre isso.... Por hora eu queria pedir a ajuda de Grace....

O Ahroun faz uma pausa e olha para a Fianna diretamente pela primeira vez desde a missão do Uirapuru. O Presa de Prata tenta não perder o foco e logo explica:

- Estamos ficando com muitas dividas com os espíritos e podemos acabar perdendo o controle. Temos que ter noção que se não pagarmos essas dividas podemos não só afetar nosso desempenho individual, mas da matilha. Queria te pedir, Grace, que sentasse com todos e listasse todas as dívidas que temos para serem pagas com os espíritos e assim vamos planejar como vamos paga-las da melhor forma possível.

Ele então olha para Thiago e logo volta para Grace, dizendo em seguida:

- Agora vocês podem reprodução a canção do Uirapuru aos nossos amigos?

Grace faz um aceno, refletindo e concordando, com a dedução de Kiba sobre o urso estar sofrendo experimentos da Pentex. Por um instante sente um pouco de temor por enfrentar a poderosa organização, com sua gravidez, e sua filha visada pela Weaver. Contudo as palavras de Mãe da Fúria não saíam de sua mente: “viver plenamente como Garou” e era isso que ela buscava fazer.
Se não conseguisse enfrentar um ramo da empresa para libertar um urso, no início da gravidez em que seu corpo ainda estava em pleno vigor, como enfrentaria os desafios ainda maiores que surgiriam quando ela estivesse ainda mais frágil? Precisava se fortalecer, e socaria a cara de quem dissesse que ela precisava ficar escondida e protegida.    

Surpreende-se quando Kiba chama o nome dela, e olha para o alpha com prontidão, embora precise reunir todo seu autocontrole para não demonstrar outros sentimentos que a agitavam por dentro ao olhar para ele. Concentra-se em suas palavras sérias e no pedido que ele lhe faz, acenando com aprovação.  
- Claro, Kiba. Eu já me lembro a maioria delas, pelo menos todas as que chegaram ao meu conhecimento. Não tenho a memória fotográfica de Tarek, mas sou uma Galliard, fui treinada a me lembrar do que é importante - e dando uma breve pausa, começa a falar de maneira mais formal.

- Eu e você devemos ao Boitatá ganhar um ponto de Glória Permanente até a próxima Assembléia e matar pelo fogo um humano que comanda queimadas no interior do Estado. Devemos também ao espírito do Rio a purificação de um de seus irmãos. Sussurros da Noite possui um compromissso com a Coruja de matar o vampiro que o atacou. Algoz-de-Einhejar tem o dever de libertar um urso do templo de vidro da Weaver. Além, é claro, de nosso dogma com o Uirapuru: deixar as frutas no Caern pela manhã, não comer carne de aves e libertar pássaros uma vez por mês. Essas são todas as que eu sei. Alguém mais assumiu outra obrigação espiritual, por Dons ou qualquer outro motivo, para que eu possa registar?

Lança um olhar para os irmãos de Matilha que ainda estavam na Umbra. Perguntaria o mesmo aos outros na volta para o Refúgio.

Sorri com a sugestão de cantarem a música do Uirapuru.
- Será um prazer. Vamos voltar para o refúgio, meu violoncelo está lá

Tomás se despede do urso, no fundo estava contente pela presença da criatura e sem muito o que falar presta atenção no seu Alfa e em Grace, enquanto a Galliard passa a citar todas as dividas com espíritos ele percebe que não sabia algumas delas, mas não se lembrava se foi por desatenção ou simplesmente não havia sido dito para ele. 

O Ragabash não tinha nenhuma divida pendente, logo não precisava se manifestar.