As Montanhas do Caern

O primeiro a se apresentar era Bruno, depois Hagen, e depois como sempre, Luna. Pantaneiro chegou a esboçar um sorriso ao ver as provocações de Luna. A língua da roedora afiada conseguia colocar em ordem as coisas quando era preciso e era bom Bjorn ver onde tava se metendo. Luna até chega a se exaltar, mas Padmatavi como uma ótima juíza, segura a Ragabash em seu lugar mais uma vez se apresentando logo depois junto com Antonio. Escuta as primeiras palavras de afeto entre os irmãos e o recém-chegado até que Bjorn, o Fenris Galliard, pergunta se não teria alguma luta para sua aprovação ou a benção do Urso. O semblante de Pantaneiro enrijece e responde para Bjorn.

- Sua luta vai ser comigo, Batuque de Thor. Quero vê do que cê é feito e se tem a mesma fibra que Hagen tem, maix vamo fazer essa luta num momento maix oportuno, assim como apresentar o cê ao nosso Totem Urso tamém. Essa Seita acabou de sofrer um terrível ataque da Wyrm e é graças à nóix, a Olhos da Tempestade e todos que defenderam em combate que esse Caern ainda existe. Nóix teve muitas perdax. Perdax inomimáveix de grandes Garoux que farão falta em nossax fileiras. Garoux que derão sua vida pra manter esse Caern de pé e longe da corruptora, garoux que não mereciam a morte de forma tão trágica e por isso o momento pede respeito pelox que deram suax vidax por nóix.

Fez uma pausa e completou.

- Nóix vamo para o cemitério honrar os que morreram no combate que aconteceu agora a pouco e só depoix nóix vamo pra Umbra pra te apresentar ao nosso Totem. Nóix tem mais trêx missõex de urgência pra cuidar depoix disso e daí cê vai ter sua luta de aprovação. Antex disso já deixo a responsabilidade pro cê de cuidar da imagem dessa matilha. Ela é recém-formada. Tivemo nosso primeiro avanço essa noite. O cê como Galliard será nossox olhox e ouvidox, será nossa voz e eu preciso que o cê assuma como regra o que todox aqui já assumiram que é se perguntar sempre antex de fazer qualquer coisa o que isso traria de bom para a Fortaleza de Gaia. Entendido?

Finalizou.

- Essa Seita e nossa matilha não tem maix espaço para erros tolox e idioticex e preciso que o cê tenha sempre isso em mente e pra isso eu tamém preciso saber se posso contar com o cê pra esse propósito, Bjorn Sven?

Aguardava a resposta do Fenris antes de prosseguir com as responsabilidades. Já jogava as cartas na mesa pro Galliard saber como é que tocava a banda. Tudo era dito em Garou.

'- E depois ficam me pedindo pra falar em Garou pra serem mal educados na minha frente... uma pena que eu entendo o idioma, mas em solidariedade aos outros presentes ignorados pela falta de educação, me recuso a falar em Garou.' - diz Luna achando o fim da picada começarem um dialogo em outro idioma na frente dos demais de forma deliberadamente proposital. 

O Fianna além de não entender, fica com a pulga atrás da orelha. Não fazia ideia de qual idioma era aquele, mas deduzia que era a língua natal dos Fenris. Mas porque falar na língua pátria deles? Algo a esconder? Estavam falando mal de si? Pantaneiro fecha a cara para Hagen e antes que pudesse advertir o Fenris, Luna dirige em português seu argumento.

"E não pode negar que ela esta certa... aiai..."

Pantaneiro assente positivamente concordando com Luna ao passo que nota Padmatavi como sempre dar bons conselhos e bons direcionamentos para a matilha. Nota Hagen tentar justificar agora na língua Garou dizendo que queria ser cortês entre outros pedidos. Bem tinha certeza que Hagen estava falando a verdade e a forma com que pensava estava certa. Se falasse o norueguês, por quase todos não entenderem, restaria a dúvida e a desconfiança, sem falar que aquilo era deselegante mesmo. Padmatavi com profunda calma era bem tranquila com Hagen mostrando o lado de como proceder em coletividade.

Nota o Fenris encerrar o assunto, assim como a juíza e apenas diz em Garou para Hagen.

- Nóix tá falando em Garou pra todox da matilha poder entender o que é dito justamente porque o cê num fala o português. Quando cê fala uma língua que a maioria não intende, dá a intender que tá querendo esconder algo de nóix, Pavor-de-Jormundargd. Eu sei que suax intençõex eram dax melhorex, max deixe seu norueguêx para assunto particularex, combinado?

Sinaliza com o chapéu positivamente para o Fenris seguido de um sorriso rápido. Entendia a vontade de Hagen em falar nem que fosse em norueguês, afinal, o Fenris não sabia o português e por muitas vezes ficava perdido. Falar em seu idioma local deveria ser um alívio, mas infelizmente em reuniões coletivas não era muito legal. Por fim acreditava que Hagen tinha entendido a dica e dá o assunto por encerrado. Volta sua atenção para a confirmação de Bjorn.

Pantaneiro fica muito satisfeito com a postura de Hagen. Gostava daquela compreensão e ficava mais satisfeito ainda pela postura de Bjorn. O galliard havia se mostrando um bom companheiro, mesmo sendo um Fenris. Defendia Hagen e puxava a culpa para si. Abre novamente mais um sorriso e logo responde para o Galliard.

- Ninguém vai ser julgado por ser descortêx, foi só um mal entendido e ficou a dica. Fica tranquilo, Bjorn. E fico feliz que o cê tá junto com nóix nessa empreitada pela Fortaleza de Gaia.

Quando o Galliard completa que não sabia que o Caern tinha sofrido um ataque daquela magnitude, Pantaneiro fez um semblante de lamento, abaixa a cabeça e diz:

- Oía, xômano. É difícil ver nossox irmãox sendo mortox nessa guerra, maix elex fizeram o que era certo e honrado, por isso nóix vamo lá honrar elex, elex merecem. Salvaram esse Caern por nóix.

Olha para todos e diz de modo simples.

- Intão bora pra lá, antex que comecem.

Sinaliza para a matilha e começa descer a montanha em direção ao cemitério pelas trilhas.

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OFF GAME:
Continua no Cemitério.