Clareira Central

Finalmente, parece que tinham chegado a algum lugar e a ideia dos binóculos, mapa e "walkie-talkies" havia sido estabelecida. No entanto, a Galliard dos Fiannas parecia querer adiantar as coisas. Ela divide a matilha em duplas e pede para que busquem o equipamento. Sangue-dos-Quatro-Ventos realmente gostaria de saber onde, em nome de Gaia, ele poderia obter um mapa da região que não fosse diretamente com os Adoradores da Weaver. 

Espero que eles arrumem ao menos os walkie-talkies. Eis aí uma coisa de que eu realmente não pretendo depender...


Talvez o mapa fosse algo mais fácil. Nos Estados Unidos e no Canadá eles já vinham até em listas telefônicas. Seria bom alguma coisa mais detalhada, com prédios e casas, talvez até alguns postes de luz, mas, infelizmente, o Wendigo não tinha muito a quem recorrer. Duvida que Fúria-das-Tempestades fosse atendê-lo por algo tão pequeno: A mensagem de seu meio-irmão Quebra-o-Urso certamente era mais importante, mas ainda não o suficiente para chamar a atenção imediata do Ancião do Grande Wendigo. Com os braços cruzados e uma expressão de indagação, ele lança um olhar à 99 Centavos. 

Espero que você tenha algum conhecido com mapas geográficos sobrando...


O Philodox não diz mais nada enquanto aguarda uma resposta da Ragabash.

O ahroun enquanto olhava as fotos levanta os olhos e fala de forma direta.

- Já que minha ideia arrisca diretamente a litania não irei discordar da palavra de nenhum dos dois juizes de nossa matilha, e agora ponderando melhor, peço sinceras desculpas por tê-la exposto. Irei me policiar mais! Quanto à sua pergunta, meu voto é Não! Concordo com Âmago-de-Gunnr.


E volta a analisar as fotos e a disposição dos ferimentos, marcas e do local onde foram retiradas as mesmas.

Tomás ouve o que Grace designa para ele e para "Tarek" e com um gesto afirmativo com a cabeça seguido de um "- Sim, senhora.-" O rapaz sai pelo Caern em busca do líder de sua tribo, Bit-Coins.

Marcelo Figueiredo havia falado para o grupo que tinha chego pelo portão Norte que mais tarde na madrugada que estava por vir, haveria uma "confraternização" no Caern e a ultima vez que Brilho-dos-Sonhos o viu, o líder da tribo ainda estava lá conversando com outros garous, então seu objetivo ainda devia estar na Clareira. Sem ter motivos para muita cerimônia, Tomás apenas saiu andando pelo local e observou o "cartão de visitas" que Bit-Coins havia entregue a ele tentando memorizar as informações e então sem olhar para Tiago entregou o cartão na mão do seu colega de matilha. "- Por gentileza, memorize as informações presentes aqui, caso eu perca, não me lembre e só estivermos nós dois em campo, é bom sabermos que temos um local na cidade para irmos. -" Era lógico para Tomás que era necessário conhecer pontos seguros (ou pelo menos minimamente seguros) no centro da cidade, nem sempre poderiam correr para o Caern.

Declaração de Intenção:

Caso Tomás encontre Bit-Coins (já que Tarek talvez não saiba como ele é), ira se aproximar dele e esperar uma brecha para se manifestar, caso não o encontre, vai procurar alguém que pareça não estar ocupado e com aparência mais madura (provavelmente não sendo um novato) para questionar sobre o paradeiro do líder dos Andarilhos.

OFF:

Seria interessante ter as informações como localização que estão expostas no "cartão de visitas".

O peregrino ganha uma resposta não muito feliz vinda do índio sobre o comentário dele sobre ter um momento de confraternização e relaxamento. Tomando junto uma ordem para olhar o mapa e se focar naquilo.
*Vai ser difícil isso... Eu que nunca tive matilha, mas sei que o andamento disso é mais do que só trabalhar junto...*
- Ok. Falou aí dos Ventos...
Respondeu baixo para o Wendingo olhando o mapa mas sem agora dar muita atenção aquilo e nem teve tempo de voltar a se concentrar ali quando a Beta para adiantar tudo já dividiu o pessoal em duplas para conseguir equipamentos necessários para a investigação. Por sorte ou bom senso da Fianna ele foi colocado com Brilho dos Sonhos. E notou que a Beta decidira ficar ali com Âmago e Henker.
Deu uma olhada para ela elevando a sobrancelha, um pouco em dúvida sobre aquilo. Mas não perdeu tempo ali com aquilo de confirmar com ela sobre o que estava a fazer. Talvez ela achasse que sendo a beta ia segurar o animo ali dos dois.
Assim que Tomás aceitou a missão e  saiu o Galliard só pode olhar para a irmã de lua dar um sorriso rápido e uma piscada a ela e aponta os dois que estavam com ela enquanto fala e sai.
"-Vou indo lá... E... Sorte aí guria..."
Realmente Thiago desejava sorte para ela ao ficar ali com a tensão ao lado daqueles dois. Seria aquilo algum tipo de atração mal resolvida? Não era momento para ele pensar nisso agora. Sem muito esforço, já com sua mania de andar rápido alcançou logo o outro que parecia olhar um cartão enquanto andava por um Caern. Esperava que ele soubesse quem era o tal do Bit-Coins, que Grace tinha comentado sobre, já que Brilho era um andarilho. E logo recebe um cartão com o pedido para decorar as informações ali. Pelo menos o cartão deu alguma certeza a ele que Tomás conhecia o tal Bit-Coins.
"- Sério? Está achando agora que sou tipo o memorycard da matilha? Ai, tá bom, eu tento decorar isso... Vamos ver..."
*Sério que vai ser assim, qualquer porcaria vão ficar pedindo para mim decorar e lembrar como agenda e secretária e ainda sem nada de diversão... Aposto que se não lembrar vão brigar comigo e se lembrar vão falar que não nada além da função... Bando de chato...*
Passa os olhos no texto do cartão, telefone, endereço, informações sendo registradas.
E então caminhando com o companheiro Garou resolveu puxar assunto para deixar aquilo menos massante e ter uma situação melhor com ele, até porque ele era bonitinho e tinhas olhos azuis que chamavam atenção.
"-Então... Você e bom em maquiagem, né? E você não é de falar muito também..."
Caminha ao lado dele, bem perto,  dando sorrisos para parecer simpático enquanto segue o outro que guiava até o tal Bit-Coins
"-Sabe que você tem também olhos bem bonitos... E não tem aquela coisa ruim neles da olhos do Caos... E até que gostei da sua camiseta também da Marilyn..." -diminui bastante o tom de voz, para apenas Tomás ouvir -" Mas talvez ficasse melhor sem ela..."


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Off: seguindo e sendo guiado por Brilho dos Sonhos no caminho...

Kiba ouve a resposta de Rastro Invisível e já começa a se levantar enquanto fala:

- Entendi... Bem... Não vou tomar mais seu tempo Rastro Invisível, muito obrigado pela ajuda.

O Presa de Prata agradece a Ragbash com um aceno de cabeça e olha para Olhos do Caos, sinalizando com a cabeça para começarem a voltar.

O Ahroun começa sua caminhada em direção a matilha e logo assim que os avista começa a retornar para sua forma humana. Chegando até eles o Presa de Prata sorri para a matilha e diz:

- Voltamos gente...

Kiba cumprimenta sua matilha novamente com um aceno e diz:

- Pelo que conversei com Rastro Invisível os travestis eram abordados por um "cliente" que os levava para outro lugar e os matava... Ela chegou a ver um dos vampiros, mas ele pareceu sumir nas sombras... Segundo a avaliação que ela fez de toda a situação, parece que tudo isso era um tipo de armadilha... Ela sentiu isso em vários momentos durante a investigação.

- Pelo visto a Umbra dos locais onde ocorreram os assassinatos estava cheia de espíritos da noite, morte, dor e malditos. Se formos mesmo investigar a Umbra, temos que estar prontos pra possivelmente ter que lutar.

Kiba termina seu relato e olha para a matilha, esperando por perguntas ou alguém se prontificar a explicar o plano que montaram.

Grace recebe Kiba com um sorriso, aliviada por não ter tido que esperá-lo por muito tempo. Contudo, logo toma um ar sério conforme ele começa a contar o que havia conversado com Rastro Invisível. 

- Um dos vampiros?! Ela acredita que podem estar em grupo? - franze um pouco mais o cenho - armadilha... alguns realmente estranharam corpos sem sangue estarem expostos dessa forma. 99 Centavos acha que isso pode ser uma manobra para encobrir outros assassinatos na área, e eu me pergunto também se não pode haver outros assassinatos do mesmo padrão em outros locais. 

A informação sobre a Umbra a preocupa visivelmente, mas não surpreende. 
- Mais um bom motivo para irem dois Ahrouns na Umbra... - e sabendo que ele ia querer ouvir sobre o plano, já começa a falar - ficamos um bom tempo discutindo sobre nosso plano de ação, até conseguir um consenso com a maioria dos presentes. 

Toma uma pausa e explica
- Nossa ação inicial seria: os três, que já irão a Umbra para investigar, pediriam a um espírito, provavelmente um espírito pássaro, para observar a região. Os Ragabash ligariam para seus contatos na polícia e pediriam informações a eles sobre o caso: os nomes das vítimas, onde faziam ponto, em quais locais foram encontradas... depois disso, a gente iria para a região, mas sem entrar diretamente na área dos assassinatos, procurando por locais altos no entorno onde possamos observar. Se a área estiver calma, sem sinais de confusão, ou se não identificarmos nenhuma criatura da Wyrm, vamos tentar nos aproximar das travestis para tentar conversar. A ideia que me pareceu mais viável foi eu me fingir de repórter estrangeira e Jessica ser minha "guia no Brasil". Pedi à Tomás e Tarek que fossem atrás de binóculos e walkie talkies para nossa comunicação. E à Deganawida e Jessica que procurassem um mapa mais detalhado da região para estudarmos.

Kiba ouve o plano inicialmente sem demonstrar reações, apenas ouvindo e processando o que era dito, porém as ultimas palavras da Beta fazem o Ahroun ficar surpreso.

- Desistiram da ideia dos clientes?

O Ahroun cruza os braços para se sentir mais a vontade e prossegue:

- Pelo padrão dos ataques o desgraçado não repete o local que caçou da ultima vez. Podemos deixar um os Ragabash sondando a área enquanto vocês abordam as travestis.

- Quanto a informações sobre eles, tem nas noticias dos recortes de jornais, mas acho valido um papo com a polícia se isso não for levantar suspeitas. O contato é parente?

E por fim, antes de deixar Grace se manifestar o Ahroun diz:

- A Rastro Invisível não tem certeza se é um grupo que ta agindo na cidade, mas ele, ou eles, tá deixando sujeita demais por onde passa. Até os vampiros tem certos cuidados pra não por um alvo na testa, por isso que ela acha que parece que o infeliz queria ser descoberto.

Mal Degan e Jessica se preparam para ir buscar os mapas (Degan mais esperando do que animado em ter de interagir com outras matilhas) e Asa-Solitária volta da reunião com a Fúria Negra. O que ele fala é bem o tipo de suspeita que o Peregrino havia levantado anteriormente, vampiros não costumam deixar tantos sinais de sua presença. 
Infelizmente, as notícias não são animadoras e os ataques não ocorrem no mesmo padrão. Isso dificultaria um pouco achar um ponto central de onde eles partiriam. 

Talvez esses lacaios da Wyrm não estejam agindo com uma base fixa, e se mudem ou se espalhem pelo bairro assim que um foco de ataque se inicia. Isso parece um tipo de 'escaramuça', em que a parte age e recua para agir de novo, enfraquecendo alguém...


" - Sem um padrão nos ataques fica complicado mapear o lugar. Talvez ele ou eles, como você disse, estejam agindo sem ter uma base fixa. Eles ficam no bairro, agem, fogem e assim vão criando problemas que se acumulam e causam prejuízo a alguém. Eu acho que isso diminui as chances de sermos emboscados, mas por via das dúvidas estávamos discutindo uma vigia."


Degan faz uma pausa e respira um pouco. Ele não gostava de falar muito de uma só vez. 

Tsc... Só espero que aquele Peregrino não tagarele durante a missão...


" - Sussurros-da-Noite não sabe dirigir, mas revelou que possui memória expandida. Por isso, acho que seria melhor que ele estivesse comigo vigiando de um lugar estratégico enquanto o restante da matilha conversa com as pessoas do local."


Infelizmente, eram poucas as informações até o momento. O Wendigo cruza novamente os braços enquanto aguarda uma resposta.

Grace completa
- O plano do cliente ficou inviável pois apenas Henker tem um carro e sabe dirigir. Além disso, Jéssica acha que a ideia da repórter pode dar mais certo, que brasileiros amam estrangeiros... - e não tem como evitar a digressão bem humorada - isso não deve incluir os taxistas...

Aproveita a sugestão sobre o Ragabash pra comentar. 
- Brilho dos Sonhos disse que a forma lupina dele se parece com a de um cão. Ele acredita que isso tornará mais fácil a circulação dele pela área - balança negativamente a cabeça - pelo que eu entendi, não são parentes. Acredito que esses contatos poderiam também informar se houveram outros crimes na região ou se há algum histórico de crime parecido com esse. 

A Fianna franze o cenho. 
- Isso é realmente muito estranho. Por que outra razão deixariam corpos sem sangue em locais de circulação de pessoas? Justamente por isso eu sugeri começarmos com uma observação à distância. Será possível que os vampiros estejam tentando nos atrair para essa área para nos atacarmos? Será que os vampiros podem ter mecanismos de vigia como nós estamos tentando fazer?

Assim que Degan começa a falar Kiba se volta para o companheiro de matilha. A analise dos fatos é bem parecida com a que ele tinha em mente, mas a novidade de que Sussurros não sabia dirigir não parecia um problema para o Ahroun.

- Ele podia pegar um táxi na pior das hipóteses... Mas ta valendo... Talvez deixar ele de vigia contigo seja a melhor ideia.

Logo em seguida, Kiba se volta para Grace e não pode deixar de sorrir sobre o comentário dos taxistas, mas logo volta a seriedade da situação. Assim que ela termina de falar ele retorna:

- Eu tenho pra mim, que se eles querem ser descobertos eles vão fazer novamente... Se eles tem como nos vigiar eu não sei, não conheço os bairros daqui pra saber se Campo Grande tem câmeras ou coisas assim... Mas se eles realmente estão planejando nos atacar eles são bem loucos. Vampiros não aguentam conosco. Ao menos não no um contra um...

O Ahroun olha para o Fenris Ahroun e deixa um sorrisinho de canto de boca surgir em seu rosto, rapidamente voltando a olhar para Grace.

- Se for uma armadilha mesmo, eles já colocaram a isca e vão esperar agora alguém morder. Vamos esperar os outros voltarem pra gente partir. Não adianta ficarmos teorizando demais o que vai acontecer, já montamos um plano e vamos segui-lo. Eu, Henker e Olhos do Caos na Umbra vendo o que descobrimos com os espíritos, você e Jéssica como repórteres e Sarah, Degan, Tomás e Thiago vigiando e prontos pra agir caso o vampiro de as caras. É possível que tenhamos que passar por mais de um ponto até descobrirmos alguma coisa, então é bom a gente começar a se mover.

Muita conversa e pouca ação. Isso estava deixando Jessica um pouco preocupada. Aquela matilha iria de fato seguir algum plano ou ficariam ali só batendo papo? Pantaneiro Júnior dá outra bola fora e Jess revira os olhos. Aquele garou precisava de disciplina e 99 Centavos teria que conversar com ele sobre parar de dar ideias idiotas relacionadas a sexo ou dar em cima dos outros.

*Em que matilha ele viveu? Por Gaia.*

E finalmente Grace permite que Jess á em busca do mapa, mas acompanhada pelo índio Deganawida. Ela se achava bem capaz de ir sozinha em busca de um mapa com seus irmãos de tribo, não achou necessário que o Wendigo viesse junto, mas se era para socializar, porque não? O olhar de Deganawida para Jess é um pouco hilário, era como se ele dissesse “mas que porra me deram para fazer?”. Jess dá uma piscada para ele, como se respondesse que não se preocupasse.

Tomás deixa o grupo com Tarek e a Roedor acha isso um pouco perigoso demais. Tarek não tinha juízo e Tomás, apesar de se mostrar mais à vontade com a matilha, nunca estivera em um Caern antes. Então Jess os observa sair a procura dos walkies talkies. O certo, na opinião dela, era que ela e Tomás fossem buscar as duas coisas, mas a Beta tinha feito uma decisão diferente.

Se levanta e se dirige à Deganawida, fazendo um sinal de que estavam indo, mas Kiba chega e ela resolve se sentar novamente. As informações dele seriam muito úteis e poderia mudar tudo, até a questão do mapa. Grace dá a linha do plano enquanto Kiba dá outras sugestões e mais informações sobre o caso. Quase tudo que pensaram poderia ir por água abaixo. O que Jess sabia era que eles tinham que agir logo.

”-Talvez a armadilha não seja para gente. Tipo...não para lobisomens. Mas ficar pensando muito abre um leque de opções grande demais e ficamos aqui sem agir de fato e teorizando sobre os possíveis alvos, possíveis suspeitos, possíveis, possíveis, possíveis.....”

Olhou para Grace e depois para Kiba:

”-Ainda vou atrás do mapa ou deixa isso para lá? E outra.....ligo para o meu contato? Não?”

Agora ela tinha ficado confusa se deveria seguir o que a Beta disse ou se deveriam esperar os dois voltarem.

Âmago coloca uma coisa muito boa na mesa. E Jess faz uma careta, tinha esquecido completamente daquilo. Levanta o dedo indicador da mão direita, balança-o e diz com um tom de voz meio preocupado:

”Zvanna tem toda razão. Isso vai dar merda. Cafetões são bem violentos e sempre estão armados. Tinha esquecido desse detalhe...desculpem galera.

Kiba ouve as palavras da Jéssica e quando se preparava para responder a Senhor das Sombras age mais rápido, mostrando ter um conhecimento do local. Ao menos aquilo lhes poupava de ter que repensar o plano no meio do campo. Assim que Jéssica se desculpa o Ahroun diz:

- Verdade. Ainda mais que com essa onda de mortes eles vão estar com atenção redobrada... Sei que vocês trabalharam na ideia, mas pelo visto o melhor é ser o mais direto possível. Vamos nos passar por clientes e arrancar algumas informações... Se o desgraçado ta montando uma armadilha realmente ele vai dar as caras. Talvez a gente não ache ele hoje, mas vamos começar olhando os últimos pontos. Sem divisões, porque se a armadilha é pra gente ou não nós só vamos descobrir quando o circo pegar fogo...

Olhou por fim para Jéssica e questionou:

- Teus contatos não vão fazer perguntas? Vão passar a informação numa boa? Temos os nomes nos recortes de jornais que a Rastro Invisível nos passou e os locais onde elas foram encontradas mortas... Acho que pra bancar o "cliente curioso" já é informação suficiente.

O alpha estava de volta, um guerreiro como ele, que entendia as coisas sob a ótica de um guerreiro e isso o animava.

Ele escuta tudo o que é dito, e, quando no fim, a abordagem direta é a escolhida, aquilo põe fim aos demais discursos e os lança numa direção que o Fenrir não consegue deixar de balançar a cabeça positivamente e a ri de forma contida na ameaça nada sutil que Kiba lança em caso de combate.

Nota o olhar da philodox de sua tribo e se limita a ficar sério e faz um simples gesto de consentimento.

No mais estava aguardando, se contendo para não olhar o relógio em seu pulso.

Se havia algo positivo em muito conversar antes de agir era que as ideias eram testadas e descartadas se não fossem fortes o bastante, ficando apenas as melhores. Grace era uma Galliard e acreditava no poder das palavras, inclusive para dar eficiência à ação. 

Por isso, sentiu-se grata que Olhos do Caos alertou-os para o perigo da ideia dela se passar por repórter, mas não pôde evitar um ar de indignação no olhar que estende a Jessica. 
"Detalhe?!" 
A Roedora iria se expor junto com ela, por isso, não parecia que ela havia agido de má fé, mas isso abalava sua confiança nela. 

Kiba então retoma a ideia do cliente, e ela pergunta. 
- E como vamos executar isso? Com um táxi? Eu não acho muito seguro ter outro humano por perto na nossa investigação. E quem faria isso? Sussurros da Noite parece ser a melhor opção estando você e Henker na Umbra. Onde o "cliente" questionaria o travesti? Dentro do próprio táxi ou levaria para algum outro lugar? Qual lugar? Eu acharia melhor se o cliente não estivesse sozinho. Poderíamos colocar no táxi Tarek e Deganawida, como se fossem dois amigos, e cada um estivesse atrás de um travesti. Brilho dos Sonhos poderia seguir o carro na forma lupina e as demais, em outro carro, já que a ideia da vigília em altitude parece impraticável. Os táxis poderia deixar a gente em um lugar que escolhêssemos, mais discreto, uma praça, um bar ou lanchonete, e lá se fariam as perguntas. Ou então mandaríamos os táxis darem um volta e os dois clientes fariam as perguntas no carro. Pode ser mais seguro, mas teríamos o problema deles estarem sendo ouvidos.   

- Olha só, esse tempo todo a minha fúria tem sido usada como motivo pra descartar minha atuação, mas... penso eu que esse pessoal deve estar acostumado com o mais variado tipo de gente*, dos mais calmo aos mais assustadores, então um cara como eu, chegando lá com outra pessoa de carro não será algo tão absurdo... 


Ele olha para cada um alí.

- Agora ficar divagando sobre o melhor cenário quando o que temos em mão é tão limitado só vai fazer o tempo passar. E outra eu não sei se a umbra é assim algo tão interessante, pelo que já foi dito desde que fomos nos apresentar pro nosso totem. Vamos nos manter ao simples, na minha opinião, matilha unida, um grupo coeso, eu tenho um carro que cabe todo mundo, eu deixo geral 1 quarteirão de distancia do alvo, enquanto vou de carro com mais 1, os demais vem vindo em direção... se der merda, nos defendemos juntos com um intervalo muito curto até todos se agruparem.

E vai falando com gestos de mãos em um estilo quase militar.

- Eu não tenho problema nenhum em ceder meu pertences, desde que tenha gente que saiba usa-los, pq também não adianta eu liberar o carro se vão bater no primeiro poste ou coisa pior, agora, nós temos recursos para agir e temos pessoal apto para tal, 3 garous que tem persuasão, use um deles pra ficar comigo no carro e convencer o alvo a ficar de boa comigo e pronto. Não é mais simples?


E olha esperando respostas.


- Mesmo pq, levar o cara pra qualquer lugar que tenha mais gente, é abrir margem pra mais variáveis ruins, pq se de fato for uma armadilha, pq não pensar que essa armadilha é pra nós? E aí levamos ele pralgum lugar que tenha mais humanos?! E se o alvo for a porra de um vampiro? Já pararam pra pensar que talvez seja um travesti vampiro caçando travestis? Seja como for, manter a porra simples, na minha opinião é o melhor a fazer.

Grace questiona como iriam atuar na missão e Kiba já estava para responder quando Henker age primeiro. O Ahroun espera seu irmão de Augúrio terminar de falar e então responde.

- A gente não vai ceder seu carro, nós vamos estar nele observando tudo a distancia. Se nossa Theurge disse que a Umbra não vai ter nada de bom, vamos confiar nela e seguir com o que temos...

- A ideia é Thiago ou Tomás irem de táxi e pedirem pra ir ao motel mais próximo com a travesti. Não vamos usar teu carro e nem deixar você ou eu chegar perto dela. Ela pode lidar com todo tipo de gente, mas no momento todas devem ta com o cu na mão pensando que podem ser mortas a qualquer momento. Tem que ser um deles dois.

Kiba começa a pensar no tempo que estavam perdendo ali e então olha para Grace dizendo:

- Vamos chamar os outros... Estamos perdendo muito tempo e se bobear o vampiro já ta até agindo...

O Ahroun esperava que a Galliard convocasse a matilha para que pudessem partir para missão.

O Presa de Prata olha para a Senhor das Sombras e, depois de processar o que ela havia acabado de falar, diz:

- Ta certo, tinha entendido errado... Então vamos ver o que achamos na Umbra... Eu e Henker contigo na Umbra... Quem ta com os recortes de jornais? Vamos ver onde rolou o ultimo ataque e vamos começar por ele.

Com quase todos presentes, as coisas começam a "ir e voltar" de novo. A Theurge dos Senhores das Sombras parece concordar com Âmago-de-Gunnr sobre os prédios serem altos. A Ragabash dos Roedores também revela que a ideia de repórteres na região pode atrair criminosos que controlam a prostituição. As coisas estavam ficando feias. Diante do comentário sobre não ser viável que espíritos vigiassem o terreno, o índio comenta:


" - Os espíritos da Wyld costumam ser sensíveis à Corruptora. Não seria melhor então se um destes espíritos ficasse conosco e nos avisasse quando sentisse a mácula da Wyrm se aproximar?"


Mesmo sem olhar o mapa, talvez seja melhor deixar a ideia de vigiar o local do alto. Thamesville no Canadá possuía poucos prédios altos e quase sempre era possível subir neles com facilidade. Seguiram com o plano de Brilho-dos-Sonhos.

Tsc. Eu não vou conduzir um Garou como a um cão...


Ele lembrou que possivelmente Tarek iria com ele. Outra tarefa ao Peregrino.


" - Se realmente não é viável a vigia do alto, iremos a pé e seguiremos o plano de Brilho-dos-Sonhos, cuja forma lupina mais se assemelha a um cão."


Ele ainda não tinha entendido o plano de colocar Sussurros em um Táxi. Discreto como ele era, iria soltar todo o véu para a travesti e o condutor. O Wendigo descruza os braços e espera a resposta, especialmente da Theurge.

Grace argumenta ao pedido de Kiba. 
- Eles foram buscar walkie talkies e binóculos, que provavelmente vamos precisar. Não é melhor esperar eles voltarem? Assim, já seguimos pra rua de uma só vez. 

Percebendo que o carro ia ser um problema, coloca. 
- Sarah sugeriu mais cedo que a gente tentasse subornar as pessoas, poderíamos tentar isso. Os Garous com Persuasão abordariam os travestis dizendo que querem informações e estão dispostas a pagar. Os demais, observariam de longe. Assim, não ficaríamos dependentes de um carro. 

Kiba ouve Degan e Grace ainda sem se mover, apenas mantendo-se de pé com os braços cruzados, e ao termino das palavras da Beta Kiba responde:

- Ta... Não vou duvidar das habilidades de vocês, mas sinceramente, o que difere vocês de repórteres aos olhos do cafetão? Ele vai achar estranho e querer saber quem somos... Precisamos tirar a travesti do ponto. A ideia do cliente ainda é a melhor. Quanto ao espírito, se a Umbra ta realmente cheia de malditos como a Rastro Invisível disse, ele vai alertar a gente mesmo que o vampiro não esteja por perto.