Clareira Central

Forma Atual - Glabro

O Ragabash, chegando ao Caern, logo percebe que todos estão engajados em suas próprias maquinações, e, cansado de absolutamente tudo, decide recostar-se numa árvore para descansar.

Forma atual: Lupino 

O lupino escuta então a história de Yushu Kurã. O espírito estava ligado aos Croatan e o Uktena lembra de sua profecia em despertar os espíritos totêmicos caídos. As palavras do Theurge ressoam em sua mente e faz total sentido para o que sentiu dos poderes de cura daquele Caern e sobre suas visões. Se dirigindo ao seu irmã de tribo, o Uktena fala: 

“- Invocador-rhya, quando toquei na pedra ritual do novo Caern eu tive uma visão. Vi um grupo de Croatans e Uktenas, de raças puríssimas oferecendo a sétima joia e o sétimo solo a Yushu Kurã. Um deles parecia muito com você e acredito que deva ser um antepassado seu. Será que conseguimos contato com esses espíritos ancestrais? Fomos incubidos junto com os filhos do Uirapuru de despertar esse espírito.” 

'- É um prazer, senhor, obrigado por nos receber, meu nome é Cristiano Gama, Hi-Tech V8. Hominídeo Philodox Cliath dos Andarilhos do Asfalto.' - Responde mantendo o olhar no líder do Caern e com a postura respeitosa.

Imgram devia manter os elogios a outros de forma mais comedida... especialmente por estar falando do próprio pai e por estamos chegando nesse momento, o que me faz lembrar que quanto mais alto no edifício mais decisões e interações difíceis podem ter ocorrido... Talvez as primeiras impressões que tive sobre ele sejam realmente fundadas e cautela social não é uma delas.

Depois dos informes a respeito da Reunião dos Augúrios, pensou que seria conveniente já se apresentar aos Fenris como indicado pelo Juiz. Garras do Trovão estava se encaminhando à Clareira Central do Caern. Então falaria com ele depois.


*Primeira coisa que devo saber. Isso eu já tinha entendido.*

Mas a segunda coisa bateu fundo nos brios de Magdalena: Espero que covardia não seja um defeito de cor de pele.
Eram Fenris. Não esperava um abraço. Esperava ser dispensada, mas a Theurge aguarda um instante para que Valkyria Negra os acompanhe.

E ela assim o faz.

Chegando na Clareira Central do Caern de guerra acompanhando Ira de Thor e Essência de Hela, Magdalena pensa em falar seus feitos nesta batalha, mas para os Fenris, mostrar era mais concreto que falar. Ela não era uma Galliard. Provavelmente falaria merda se tentasse. Ao invés disso, apenas comenta.

"Senhor das Sombras Filho da Puta foi a primeira frase que escutei de Siegfried a respeito do Juiz da Olhos da Tempestade. Desde então, tenho estado atenta, e quanto a esta fama, até agora ele não decepcionou."

Após uma pequena pausa, completa.

"Covardias não são toleradas e eu estou ciente disto. Trarei honra aos Fenris."

E continua a acompanhá-los até que estes terminem suas orientações para com a Cliath. Ainda tem muito a aprender. Teria muito a provar.

Em silêncio como lhe foi decretado segue de volta, então o juiz os juntas num ponto discreto e da início ao julgamento. Começa com absolvição de Desafia-o-Destino, que leva o Ragabash a fazer um gesto junto de um suspiro de alívio. Estava preocupado com ter praticamente jogado o cara para foda do armário, sem este estar preparado para lidar com as coisas. Ou querer lidar.
 Então as coisas voltam pra si. E começando da forma clássica, sobre não o entender. E como poderiam? Um único ponto dali o irrita realmente. Que é quando a sua irmã é citada.


*Por a irmã no meio já é sacanagem...*

 Degan abre então espaço para que ele pudesse falar, mas antes passa os olhos por Luke, só para confirmar, e nesse momento a Fúria Negra, coloca suas idéias em pauta. Ela realmente o odiava, e na mente de Evan, ela não percebia que estava em volta das mesmas regras e tradições, que como tribo diziam lutar contra.

 "- Nem pretendo me explicar muito, não entenderiam mesmo, e não por falta de capacidade cognitiva, é  questão de posicionamento mesmo, e muitos nem iam querer entender... Só que aparentemente o veneno da cobra me deu umas visões confusas, mas acabei tendo uns bons insights. E, para total alegria de vocês, já vi que perdi a luta pessoal sobre ser eu. Mas a luta por outros e um futuro continua."

 Suspira e balança a cabeça tentando focar a visão apesar da vertigem, pensando sobre o que já tinha ouvido do Brasil, o país acolhedor de pessoas calorosas e menos preconceituosas, e como tudo parecia uma grande mentira, que tanto desejou conhecer e veio na primeira oportunidade que teve, e pensando nas visões de Gaia de momentos atrás.

 "- Faça seu julgamento, dê a sentença que considera certa, frente a seus costumes, tradições e culturas, mas não coloque Gaia, ou natureza, no meio. Não somos capazes de provar sobre desígnios de Gaia ao criar alguém. Se quiser me atar pra se sentir mais seguro, tudo bem. Se Fúria-Justa-de-Esteno quiser me bater para colocar para fora as frustrações, que não são só em relação a mim, tudo bem, aceito e não vou ficar com ego ferido, só por ela ser mulher, como uns machos ficariam, por suas tradições. Eu assumo minha culpa e aguento as consequências. Quer que eu mude como eu ajo, eu mudo. Mas quem eu sou não muda. Só para deixar claro. Mudo minha persona para vocês terem menos problema e não terem seus egos feridos, mas a essência não. E como sendo aquele com augúrio que levanta as questões, mesmo que provavelmente vocês não se importem e não me dêem atenção, preciso levantar aqui três pontos, para depois não ser acusado de guardar informações e não compartilhar. E coisas do gênero."
 
Eleva a mão fazendo o numeral com o dedo a cada ponto.

"- Um, falo isso como alguém que vive muito a margem da lei, enquanto se apegam a pequenas coisas de tradição, picuinhas entre si, velhas questões tribais quem bem mais sabem o motivo... Coisas maiores passam batida, e inimigos usam isso, e enganam todos facilmente se misturando, parecendo legais inicialmente, só por fazer ritos correramente e massagear ouvidos e egos alheios, até o momento de tomarem tudo..."


"- Dois, tradições são importantes, mas precisam ser deixadas de lado quando não tem mais função, coisas mudam e é preciso se adaptar. E isso não tem nada a ver com abandonar e ignorar o passado, mas entender e andar. Se apegar a tradições de forma cega é que gerou guerras e morte. Sempre um povo subjugando outro por achar sua tradição e cultura melhor, e outro povo como errado, ou sujo. E continuam com isso agora. Até o Mago maluco gritou um alerta sobre isso. Gaia é mãe, ama e aceita todos, Wyld cria a variabilidade, as coisas não vem tudo na mesma forma sempre. E precisamos ver que certas explicações antigas são mitos por falta de conhecimento que hoje podemos ter."


"- Três, se tenho que me desculpar com alguém, é com Desafia-o-Destino que pode ter ficado incomodado com meu ato.  A interferência ali de outros é também como considerar ele um incapaz de reagir. E vocês acumulam significados e dores sobre a situação que nem são pertinentes a ela, situação que muitos nem tinham notado, antes de vir falar que eu esfrego coisas na cara e desejo mal a vocês. Eu até entendo seus motivos de forma lógica, mas não compactuo. Denoto que as palavras da juíza deixaram bem claro que a ela era só falta de respeito por eu ser um homem com outro homem, e isso a amargava. O resto, um construto para argumentar e ter peso e uso de sua posição. A falas e atos de vocês, deixam claro o que querem também. Querem funcionários, ferramentas, não seres para conviver. E ainda reclamam dos Cyberdogs. Pois bem! Serei a vocês ferramenta como querem. Mas não irmão, nem real amigo ou companheiro. E nem sei se consideram isso entre vocês mesmos. Não uso isso de motivo para ser folgado ou relapso. Estarei  sempre pronto a gir e fazer meu trabalho da melhor forma que puder, se.precisar proteger alguém farei como bom segurança contraratado e estarei presente nas reuniões que me forem necessárias. Fora isso, podem desconsiderar minha presença, não precisam ficar perto e incomodados pra fazer o papel social da matilha feliz. Não há necessidade disso não é mesmo. Quem quiser conversar de verdade abertamente após isso, posso estar disponível. Aliás caso o juiz queira será interessante trocar e debater alguns conceitos com ele."

 Respira fundo, e tenta se focar no rosto de Liam e depois em Degan que eram manchas claras na noite.

"- Chega de falar. Me desculpe se te ofendi Desafia-o-Destino... Muito bem juiz, qual a minha sentença?"

*Agora Fianna seja esperto, faz o jogo, diz que desculpa, mas se faz um pouco de ofendido e limpa completamente qualquer desconfiança sobre você.*

Após ser solto por Legado-do-Trovão, o Fianna apenas deu um longo suspiro então se recompôs e olhou para Evan, ele não estava com raiva do Ragabash, na verdade o achava muito corajoso e autentico, apesar de imprudente, ele mesmo ja havia sido repreendido no seu antigo caern por ações de provável "quebra de Litania", quando não conhecia as regras da mesma. Era uma lei bem chata, impedir relações entre os garou e mesmo assim os chamados "impuros" não eram raros, vez ou outra ele se via com sentimentos demais em relação a outro garou, isso era bem ruim pois precisava ficar evitando o contato com o mesmo, agradecia quando esses sentimentos apareciam com relação a algum "parente", mas ainda assim o Fianna não sofria apenas com essa regra, assim como Evan o outro preconceito também era terrível, o de se relacionar com pessoas do mesmo sexo, e Liam sentia que as palavras de Majestade-Soturna também se referiam a isso quando ela falou em "naturalidade que Gaia vos deu".
O Fianna apenas acompanhou a todos até o outro caern, não disse uma palavra, não baixou a cabeça, não desviou olhares de quem o observava, não demonstrou raiva ou aversão com relação a Evan.
Ao chegar, com algumas palavras Degan da início ao julgamento e pergunta à todos se alguém tem algo a dizer, a primeira é Furia-Justa-de-Esteno seguida pelo próprio Evan, que fez um longo e emponderado discurso porém Liam sabia que aquilo que ele havia dito, pouco ia ajudar, afinal todos ali não pareciam nem um pouco interessados em olhar a situação por aquele ponto de vista, logo depois veio Legado-do-Trovão apenas comprovando oque o Fianna pensava. Após Legado-do-Trovão, Liam levanta a mão, mesmo que aparentemente não precisasse e diz.

Agradeço Degan, por analisar a situação e me considerar inocente, afinal de fato não foi essa a minha intenção ao ir falar com Shader.

Ele se vira para Evan e diz

Você não me ofendeu ao fazer aquilo, não por sermos homens  -  Ele olha para os outros enquanto continua e então se volta para Shader  -  Meus sentimentos também são como os seus sobre relações com alguém do mesmo sexo. Sua atitude é muito corajosa em abraçar quem você é, não importando quem quer que diga que tal ato é errado, porém somos garous, eu aprendi que é diferente para nós, afinal já me apaixonei por outro de nossa espécie mas tive que obviamente guardar o sentimento para mim, a sete chaves e esperar que ele passasse.

O Fianna queria ter dito mais, ter argumentos que pudessem fazer com que Evan não sofresse uma sentença muito radical, mas não havia oque dizer. Pelo menos ele pode deixar claro a todos, que não se sentia "mal" com o ocorrido, por Evan ser homem.

Forma Atual - Glabro

Arauto-da-Morte estava cansado, CARALHO, como ele estava cansado, nada, absolutamente NADA lhe dera sossego, em especial aquela noite.

Ele fora quebrado e reconstruido um sem número de vezes, ganhara cicatrizeZ de batalha, tivera a mente estuprada mais de uma vez pelo mesmo traidor que covardemente assassinou dois de seus irmãos tribais, tivera todas as suas vinganças tomadas de sí e, sob seu julgo, havia sido tão útil como uma pedra arremessada contra um deus aquela noite..

*Pelo menos a matilha não tem mais calibre de rola pra me enrabar..*

Seus pensamentos agradáveis são interrompidos pela fala do Pavão-Preto-das-Areias-Malditas..

*Eu gargarejei bosta e vomitei sobre gaia..*

O Lua cheia, desde sua solene bicuda de boas vindas, despertava uma raiva particular no Ragabash, e, naquele momento, mais puto do que esteve em muito tempo, uma resposta divertida vem em sua mente..

Ele falava, ainda recostado na arvore, de maneira anormalmente calma para um Lua Nova tão pistola..

"-O Mesmo tempo que vai demorar para eu lhe dar uma surra de palma aberta.."

*Responde agora bonitão..*

Ian fica um pouco mais tranquilo com a recepção de Isaack, estava preocupado, ele assente com a cabeça e o segue.

O Fianna então se vira para o Ancião e começa:

" - Bom Isaack, eu sei que fiz merda. Estava tentando fazer o correto e mostrar o meu valor, alguma coisa parece que anuviou meus olhos e eu não vi a porra de um ônibus. Não to me justificando e nem quero dar desculpas. Mas preciso lhe agradecer por interceder. Não por mim, estou disposto a pagar o preço. Mas por não permitir que nossas colunas ficassem com um a menos.

Ele respira fundo e continua, seu rosto estava vermelho de vergonha, seus olhos marejados com lágrimas de fúria:

" - Não sei se o que aconteceu lá lhe trará problemas, mas gostaria de saber, antes de ser julgado, se há alguma coisa, qualquer coisa, que eu possa fazer por você para tentar reparar o erro e não deixa-lo em maus lençóis."

Magdalena escuta atentamente os dois irmãos de tribo.

"Sei que melhor que palavras, são vitórias. Provarei meu valor com minhas garras e minhas presas." Falou olhando nos olhos de Ira de Thor e logo após fez uma reverência com a cabeça em sinal de respeito.

Depois dirige seu olhar à Theurge e completa:

"Como Cria de Fenris, sempre preparada para a batalha. Somos a maior de todas as tribos e se depender de mim, o Abismo conhecerá nossa força." Ao final destas palavras, outra reverência respeitosa.

*Provarei a vocês e a esta seita que a cor de minha pele nada tem a ver com o fio de minhas garras.* pensa olhando com bastante convicção aos Fenris.

E finaliza.

"Aguardarei o espírito com as informações da Reunião. Se me for permitido, voltarei agora para junto de minha Matilha. Ainda não fui apresentada ao Totem e gostaria de resolver o que preciso."

Aguarda ser dispensada.

Okan não lhe respondeu desde o fim da batalha. Tentaria saber dele o que pudesse sobre o Abismo.

*Espero que esteja bem, meu amigo.*

'- Não seja tolo e pare de sonhar com o impossível, Lua Nova. Isso não vai levar você a lugar algum.' - diz, ironicamente, o Lua Cheia que continua a importunar o Ragabash numa cena nada convencional.


'- Tenho escutado alguns nomes de sua matilha, não o seu. Como é ser um completo inútil, pequeno traidor?'


O Ahroun não tinha o que fazer e, por isso, decidira perturbar o juízo do Lua Nova.