Clareira Central

Forma Atual - Glabro

O Ahroum estava num território perigoso, mas, tê-lo feito falhar em sua primeira bravata era uma pequena vitória.. Vitória suficiente para não ceder à segunda...

"-Se você não escuta o nome de um Ragabash, isso quer dizer que ele está fazendo seu trabalho direito, mas... se bem lembro, não o vi em nenhum momento no combate, nem quando estava frente a frente com o mago, orgulho da lua cheia.. estava caçando outro Peregrino para atacar covardemente?"

O sorriso que não era visto pelo Espada da Noite era cena rara nos lábios de Hadrian..

'- O único covarde que conheço é aquele que treme na base e foge pelo caminho mais fácil sem honrar a própria palavra.'- diz secamente, emendando em seguida palavras com doses de fúria e ironia:


'- Você enfrentou o mago? Ah, lembrei, falaram de alguns Garous fracos, com vocação para traição, que andaram atacando seu próprio povo e foram um fardo no campo de batalha... não estranho que não saiba onde eu, e tantos Garous dessa Seita, estávamos lutando... um bosta como você é um bosta até no próprio augúrio e mal sabe se informar... mas trair a própria matilha dessa forma? Você não cansa de manchar o nome da Coruja, é sujo como um rato...' - comenta, com ironia no início, mas demonstrando sinais de raiva no final.

Fúria-de-Rá se levanta. Esticava os músculos naturalmente. Ele sabia que aquela conversa iria acabar, invariavelmente com ele surrando Hadrian em algum momento em que ele terminasse de encher sua fúria. E queria isso, pouco se importando com o local ou o momento.

Forma atual - Glabro

O Lua cheia havia escolhido o pior canto de batalha possível para confrontar um furioso Royce..

“-Só vale a pena se informar daquilo que é útil, o que jamais foi o seu caso canivete da noite.. vá se esconder numa árvore e espere sua próxima oportunidade.. nessa.. eu cheguei primeiro...”

Forma atual: Lupino

O Theurge fica extremamente interessado na sugestão do lua crescente mais experiente. Ele tinha uma grande curiosidade para conhecer o lar dos ancestrais de sua tribo na Umbra. 

*Seria ótimo ter a ajuda dos ancestrais no Apocalipse. Talvez eles tenham os conhecimentos que preciso para despertar os totens e espíritos antigos.*

"- Sinto que tenho que ir ao Lar da Tribo tão logo quanto possível. Nas noites finais a sabedoria dos antepassados será de grande valia. Invocador-rhya como acha que podemos começar a busca por Yushu Kurã, uma jornada umbral levará muito tempo, seria seguro deixar o Caern sem um totem tanto tempo assim?"

Era uma dúvida genuína, o lobo sabia que não poderia mais errar.

As palavras do juiz foram simples, mas certeiras. Degan prontamente absolvera Liam que, no fim das contas, fora apenas uma vítima da contumaz conduta inapropriada do ragabash, e questionou Shader sobre a real motivação do seu comportamento.

Com a palavra aberta para o resto da matilha, Helena foi a primeira a se manifestar. Embora a Fúria Negra tivesse um temperamento arisco, tinha sabedoria em suas palavras, principalmente na sugestão da punição, à qual Filho-da-Alvorada respondeu com um um menear de cabeça, em aquiescência.

Em seguida, o próprio lua nova fez um verdadeiro discurso em defesa própria. Embora fosse justa a tentativa de, ao menos, explicar a estupidez de seu ato, Evan parecia ter escolhido o pior dos caminhos para fazê-lo.

Luke tomou, de pronto, a palavra logo após o réu, rebatendo o discurso de Shader ao elucidar os fatos ao recém-chegado. Embora o lua crescente tenha dado nota à falta de educação do alfa em sequer fingir que dava atenção ao que Shader expunha, guardou o fato para comentar num momento oportuno.

Liam fez sua parte em sequência, aliviando um pouco da barra de Evan.

Por fim, Laurel, a dona da língua mais afiada com a qual o Presas já tivera o desprazer de discutir, resolveu se pronunciar. Como era de se esperar, a ragabash foi cirurgicamente eloquente, tornando ao pó o já frágil discurso do seu irmão de tribo.

Igor ouvia com semblante brando às intervenções dos seus irmãos. Quando terminadas, pediu a palavra para dar sua contribuição.

— Não quero me alongar porque acredito que, por Hélios, Evan já tenha entendido a gravidade dos seus atos. - disse olhando para a matilha e, em seguida, pousou os olhos no lua nova.

— Esta matilha foi o berço de uma violação da Litania, Shader. E é por causa dessa violação que nos conhecem como a matilha da Mãe do Apocalipse. Como Legado-do-Trovão pontuou, esse “deslize” - fez uma inflexão na voz dando ênfase à palavra - causou calamidade irreparável no meio do nosso povo.

Igor deu um passo de ajuste, aproximando-se do réu.

— Nossas tradições existem desde que Gaia nos criou e nos uniu em matilhas, e elas nos mantiveram de pé até hoje.

O theurge contraiu um pouco o rosto antes de continuar. Seu tom de voz ia assumindo um tom mais agressivo.

— E nenhum dos filhos do Uirapuru, o totem que abençoa a Guardiões da Canção Ancestral, o qual você manchou a honra com a sua atitude inoportuna diante de toda a seita, será complacente com o seu desrespeito aos nossos costumes.


Então, sua voz abrandou, voltando ao tom anterior.
 
— Haverá um dia em que você terá reunido feitos e sabedoria o bastante para contestar o que está posto, mas esse dia não é hoje, filhote. - concluiu, cravando seus olhos de turquesa nos olhos do ragabash.

Fez uma pequena pausa, então virou-se para o juiz.

— Sangue-dos-Quatro-Ventos, não é o papel da minha lua julgar ou estipular pena para os culpados mas, como um lua crescente, meu dever é zelar pelas boas relações desta matilha com os espíritos. Não apenas nossa matilha, mas o Uirapuru também foi desonrado hoje. Por essa razão, gostaria que considerasse que a pena de Evan inclua assumir publicamente um chiminage como forma de contrição com o nosso totem, e que ele fique sem a bênção dele até que o cumpra.

Tendo terminado, o Presas recuou o passo que dera e voltou a ficar em silêncio, aguardando o julgamento de Deganawida.

O Wendigo havia passado a palavra para seus companheiros falarem e para o acusado fazer a própria defesa, mas Degan não achava que o desvio de conduta daquele Ragabash fosse grave daquele jeito. Ele apenas respira fundo e revira os olhos depois que Shader começa a fazer seu discurso.

A verdade é que Degan já havia ouvido aquele tipo de história antes e várias vezes, Tomás, Ronaldo...

E lá vamos nós de novo...

Helenna, responsável por disciplinar Shader, toma a palavra e é dura com elas, mas com razão. Afinal, todos estavam naquela situação por conta do Sem Lua. Em seguida, Luke rebate as frases do Andarilho de várias maneiras, e o Fianna também se demonstra maduro em encarar toda a situação. Depois, Laurel toma a palavra e esculacha o Ragabash, mostrando o que de fato significavam as funções do augúrio e como o egoísmo de Shader desacatava a lua nova. Depois da Andarilha, Igor traz algumas considerações ponderadas e faz a sugestão quanto ao chiminage com o Uirapuru, que Degan encara como acertada. 

Tsc... Como é desgastante ter de falar o óbvio. Por Gaia, como detesto adolescentes...

Com todos tendo se pronunciado, Degan retoma:

" - Muito bem, garoto. Você já ouviu todos aqui, e eu espero que seja a última vez que tenham que te lembrar disso. Você foi arrogante, tolo, ofendeu nossa Matilha e inclusive a nosso espírito patrono, e sequer se deu ao trabalho de mostrar algum arrependimento até agora. Mas eu já conheci outros como você, garoto, orgulhosos e cheios de certezas sobre tudo, e te digo que a Wyrm os devorou em suas fraquezas, e eles cometeram crimes horríveis. Sugiro que comece a refletir e aprender com os mais experientes para não seguir por esse caminho, pelo seu bem e daqueles próximos a você."

Como sua matilha e a sua irmã. 

Degan respira fundo:

" - Shader, vejo violações da Litania em dois versos: o que exige respeito e obediência dos de posto mais elevado, e o que demanda respeito também aos inferiores a ti. Seu ato de desrespeito foi para com toda a Seita, durante um pronunciamento solene. Dentre os ofendidos estão, não só os membros de sua Matilha, ou sua irmã, que com certeza vai ouvir sobre sua incapacidade, mas também o totem do Uirapuru. Blackhat solicitou que eu também o julgasse por ser um fardo para o seu povo, graças à sua falta de senso e respeito por todos aqui, e pelo conjunto de suas ações."

Degan estava inquieto, mas continua:

" - Embora tenha chegado perigosamente perto, não vou considerá-lo um fardo para seu povo, mas pela pouca consideração por sua matilha e sociedade, que ficaram bem claras em sua última fala, o considero cria do chacal e o sentencio a receber sua voz, até que tenha se redimido perante sua matilha. Também o condeno pela violação dos dois versos da Litania, pela falta de respeito a superiores e também aos inferiores a ti. Como punição, deverá prestar uma contrição e um chiminage ao Uirapuru, tornando-se digno de ser seu filho. Por fim, perderá 4 pontos em sua honra e 3 pontos em sua sabedoria pelas violações."

Degan então se volta para Helenna e Blackhat:

" - Helenna, gostaria que o observasse em seu progresso geral, especialmente quanto à disciplina. Blackhat, peço-lhe, por favor, que realize o ritual da Voz do Chacal."

E assim o Wendigo conclui. 

Será que educar filhos é difícil desse jeito?

Forma Atual - Glabro -> Crinos

As respostas do Ahroum sempre fugiam do assunto, era apenas natural, uma vez que era uma disputa de palavras entre um sem lua e um lua cheia, mas, acossado Fúria-de-Rá, decide que voltaria aos básicos, aos xingamentos diretos..

Normalmente, aquilo não seria capaz de atiçar o Peregrino, afinal, ele era mais do que acostumado aquele tipo de bravata, ou, aquele tipo de ofensa, mas, quando sente a fúria da wyrm tocar-lhe o peito, ele sequer era capaz de acreditar..

*EU?*

.. Royce jamais havia sucumbido a fúria após a noite em que Hadrian morrera, e, jamais havia demonstrado aquele comportamento naquela seita, fosse quando viu os horrores daquelas noites, quando fora antagonizado por todos os filhos do rato, quando fora controlado por Kaepheus, nem mesmo quando a fúria o trouxe de volta quando o Portador rasgou seu peito, mas, ali, perdendo uma disputa de palavras contra um lua cheia, ele era dominado pela Wyrm..

*Pela coruja... Não..*

.. Era tarde demais, nem mesmo a lendária sorte dos Peregrinos era capaz de evitar aquilo, ele realmente era um fracasso, se, nem mesmo nas palavras ele podia derrotar o menor dos oponentes, ele merecia aquilo.. e.. Enquanto os glifos verdes tomavam seu corpo, enquanto sua saliva se tornava purulenta e começava a escorrer pelos cantos de sua boca, antes mesmo que esta assumisse a forma de um focinho, Hadrian sabia, ele se entregaria a Wyrm para que pudesse finalmente encontrar seu fim..

*Mas levarei a alma desse maldito ao tormento do malféas..*

Assumindo instantaneamente sua forma Crinos, Arauto-da-Morte investe contra seu inimigo tribal, sem urro, sem uivo, sem liberdade, ele era apenas maldade e desejo de morte naquele momento, e, como se o universo finalmente estivesse em harmonia, com o Ragabash cedendo finalmente a Wyrm, ele tem sucesso em seu ataque contra o Ahroum.

Mohhamed não é capaz de esquivar de suas garras, sofrendo uma laceração em seu torax..

OFF: O Personagem Hadrian obteve 07 sucessos em seu teste de fúria, sucubindo ao Frenesi da Wyrm, no primeiro ataque rolado pela narração, causou 03 de dano à Fúria-de-Rá.

Sangue-dos-Quatro-Ventos tomou a palavra logo após a intervenção do lua crescente para encerrar o julgamento. Fez uma breve recapitulação sobre as leis que Shader infringira e designou sua devida punição, incluindo a sugestão do Presas, ainda que com algumas alterações.

Quando teve oportunidade, Igor se pronunciou novamente.

-- Podemos começar pelo Uirapuru, então. - sugeriu, diante da questão levantada por Laurel, buscando o olhar do alfa, esperando obter sua anuência. - Há muito não nos reunimos como matilha diante do nosso totem. Desafia-o-Destino precisa ser apresentado e Shader deve passar pela Contrição, de acordo com a sentença do nosso juiz, para, só então, buscar o reconhecimento do Uirapuru através do cumprimento do chiminage.

Voltou, então, sua atenção completamente ao Senhor das Sombras.

-- O que você acha, Legado-do-Trovão?

Quase como imaginava já, nada do que fala compreendem, como sempre nenhuma argumentação que não seja exatamente como querem, ou imposição de ideias novas, depois de aplicação de muita força por ser hierarquicamente maior, funciona. Só consegue pensar que é acusado de ser arrogante por pessoas que também são, mesmo sem perceberem e que temem dar um passo a frente e que isso pode ser a perdição delas. Não o passo a frente ser o problema. 

*Ronin... O afastamento de um garou, divisão, redução de força, o não somar,  é falha dele por não se encaixar, ou falha do grupo por não aceitar e saber incluir? É tão difícil pensar nisso?*

 Todo aquele falatório, só o fazia sentir mais vertigem e enjôo. Balançou algumas vezes a cabeça no sentido de focar a visão e se manter firme.
 Mas já estava ali desistindo de dar murro em ponta de faca. Caminho teria que ser outro. Não era pra ele, era pelo futuro, mesmo que os outros não fossem capaz de ver.
 Das falas que surgem, nada muito surpreende, talvez se surpreendesse de verdade se alguém o entendesse ali minimamente. Nem a sentença de Degan o surpreende, ele mesmo já esperava ali a voz do Chacal, o clássico calar e dar menor credibilidade ainda para quem fala aquilo que não se quer ouvir. Mas dois pontos ali tiram dele alguma reação, a primeira é a fala do Fianna, que resolve sair do armário ali, e o deixa na dúvida até quanto queria o apoiar em algo, ou só parecer educado e se mostrar como aquele que se controla e é perfeitinho frente aos outros. E a segunda é o pedido do Juiz para a Blackhat realizar o ritual de voz de chacal. Mas ela mesma se mostra um pouco surpresa com o pedido e relata poder o pegar a um philodox que saiba o ritual.
 Por fim, o theurge aponta a questão de reunir todos com o totem para iniciar e ser mais fácil, e iniciar com a questão da constrição.


 "- Já disse... Serei funcionalmente o querem e precisam. E aceito a punição que me é dada."

 Fala baixo mas de forma sincera. Era ponto de mudar de estratégia sobre como agir e talvez esperar o tempo para ter respostas de algumas questões pessoais.


 "- E aproveitando que ainda tenho voz descente. Desculpa, a chegada, eu não queria atrapalhar a reunião, só achei que chegar e agregar rápido poderia abrir algum espaço útil para que pudesse contribuir com as investigações. Eu só soube no meio do caminho,  ou entendi por meias palavras das situações, mas meus sentimentos a Fúria-Justa-de-Esteno pela sua perda e para Sangue-dos-Quatro-Ventos também. Eu realmente não sei se saberia andar se perdesse a Eve... Como disse antes desculpa Desafia-o-Destino por te expor, e desculpa alfa Legado-do-Trovão por tirar teu brilho, e peço que aceite mesmo eu pagar sua bebida, não preciso estar presente, só passa a conta depois. E Blackhat, realmente achei incrível o que vi de você, e espero aprender contigo. É sincero isso de verdade. E não é nenhum choramingo para pedir redução de pena, ou pedir compadecimento. Bom, vamos lá ao que tem que ser feito."

 Pedia desculpas pelo o que realmente se sentia culpado. Que não era nem metade do que era apontado. Mas era bom falar ali, e deixar claro que não era choramingo para pedir menor pena, mas o que sentia ali, mesmo tendo a completa certeza que veriam aquilo como choramingo sim, como um tipo estranho de joguete, ou até alguma armação, ou qualquer outra reação negativa, mas isso já não era parte dele.

A irmã de augúrio de Shader começou a falar e basicamente o humilhou, talvez ela guardasse muitas mágoas do mesmo ou só não queria que o ato dele respingasse nela de alguma forma.

Logo após foi Igor, que propôs a Degan uma sentença para Evan, uma sentença dura, principalmente para o Andarilho do Asfalto, que gostava expôr sua visão de mundo a todo momento. Liam ainda achava que alguma punição para ele era algo "demais" porém não sabia o histórico da matilha com ele, talvez todos tenham se aproveitado de um "deslize" para revidar todas as mágoas causadas por Shader ou aquele pequeno ato dele havia sido o "grão de areia que virou a balança". A sentença proposta por Igor ao menos era temporária, até que Shader "pagasse" pelo que havia feito, não era como a castração sugerida por Helenna.

Após Degan "bater o martelo", Shader ainda falou e se desculpou novamente com todos, pelas únicas coisas que achava que deveria se desculpar, até com o Fianna apesar de o mesmo ter dito que não havia pelo que se desculpar.

Espero que você fique bem no final de tudo.

Disse o Galliard ao Ragabash.

* Então ela também está metida nisso... bom, por outro lado, não preciso fingir falsa humildade com ela. *

Sem esboçar grandes reações, Victor apenas se despede com um menear de cabeça respeitoso e segue andando pela clareira buscando com os olhos onde estavam os demais membros de sua matilha, avistando-os todos separados cuidando dos próprios afazeres.

Aproveitando o que parecia ser um breve momento de paz, o Philodox, por hábito, acende um cigarro e o traga, mas estranhamente aquilo não lhe dava o prazer de outrora. Ele apaga. Vai até a mesa onde normalmente ficavam as bebidas, pega um copo de Hidromel e se recosta em uma árvore bebendo e observando as movimentações na seita, até que, do canto de olho, observa uma situação estranha entre Hadrian e seu Interlocutor.

*Merda!*

Antevendo a chuva de bosta que sucederia àquela situação, o Filho do Trovão se põe a correr em direção do seu irmão esquentadinho antes que aquilo...

*Mil Vezes Merda!!!

Autorizada, sem falar nenhuma palavra a mais, sai.

Em sua mente, Magdalena ainda remoía as palavras de Sigrid.
Já estava acostumada a lhe subestimarem. Sendo mulher, os homens não lhe respeitavam. Sendo preta, destrato e solidão eram velhas companhias, pois as brancas sempre lhe veriam como inferior.

*Sujar a linhagem... foda-se. Fenris não escolhe os filhos pela cor de sua pele mas pela força de seu espírito.*

Para o Grande Lobo não haviam homens ou mulheres, brancos ou negros.
Haviam guerreiros. Haviam Garous. Era isso que importava.

Respira fundo e continua a andar de cabeça erguida, resoluta. Procurava com os olhos os membros de sua Matilha. Todos pareciam resolver seus próprios assuntos, então deveria esperar.

Viu Hadrian recostado em uma árvore. Talvez fosse uma boa ideia arranjar um lugar para descansar aguardar o Alfa. Sussurros Solitários era o Mestre de Rituais da Matilha, então haveria de apresentá-la ao Totem no tempo oportuno. Sua tensão começava a passar.

*Pelo menos agora vou ter um tempinho para relaxar um pouco, eu acho.*

Ao olhar com um pouco mais de atenção nota que o Ragabash de sua Matilha parecia não estar bem descansando, mas conversava com alguém. E uma conversa mais acalorada como aquela estava se tornando, ela sabia no que resultaria.

*Achei que conversa acabando em tapa era coisa nossa.* pegou sua mente pensando em sua própria tribo, com um certo bom humor.

O sorriso que Valkyria Negra quase esboça em seu lábios, morre ao ver a fúria crescer em Arauto da Morte.

*Puta que Pariu. Aquilo vai dar merda!*

Magdalena parte em direção ao Peregrino o mais rápido que pode.

Gabriel conseguia entender a frustração do Ahroun, apesar das situações serem diferentes. Verdade-Ancestral sabia que participou e contribuiu - desonrosamente - na missão. A impotência, no entanto, na batalha final ainda martelava sua consciência... 

"- Eu entendo e compartilho o sentimento de que sempre podemos mais, Orgulho-Renascido. Por outro lado, você é um dos nossos melhores guerreiros! Ao ficar, você proveu proteção ao Caern em um momento crucial em que quase ninguém mais pode. Esse é um ato de coragem e de igual importância."

Concluí Gabriel tocando o ombro do Ahroun, forçando uma gentileza e um sorriso, apesar de genuína solidariedade.  

"- Estou cansado sim, mas ficar parado, cabeça do dia..."

Quando irrompe o som do embate pelo Peregrino em frenesi atacando um irmão de tribo que, por sua vez, em alto em bom tom, o ameaçava. Em um primeiro momento, havia uma pontinha de satisfação ao ver o Peregrino linguarudo se dando mal. No entanto, era o terceiro irmão de matilha que sucumbia ao frenesi da Wyrm em poucas horas - e dessa vez, nem em batalha eles estavam. 

Dessa vez, é Gabriel quem esboça um nítido desgosto. Ele sabia que deveria ele agir para o bem do Peregrino e para evitar um mal maior, mas não consegue ir sem antes revirar os olhos e exalar um profundo e pesado suspiro.

"- Com licença, Orgulho-Renascido..."

E parte em direção aos Peregrinos.

Forma Atual: Glabro

Eve não demora para chegar na Clareira Central do Caern de Guerra. Estava ao mesmo tempo feliz por terem conseguido expandir a influência de Gaia na cidade e ao mesmo tempo triste por terem perdido nobres garous durante a batalha.

Aguardava os outros membros de sua matilha para poderem conversar e ela ainda tinha que ser abençoada pelo Totem da matilha.