Clareira Central

Forma atual: Hominídeo

O Philodox fica feliz com as palavras do Galliard e assim que mencionado ele rapidamente se propõe a bolar outro baseado, mas não sei antes dar um gole de seu hidromel. 

O Filho de Gaia agora observava a roda de samba enquanto sorria de maneira simpática.

Forma atual: Lupino

O Lupino sussurra sua visão para o Mestre de Rituais. Algo de estranho acontecia com Fênix de Prata e o lobo instintivamente o fareja enquanto fala, como se tentasse decifrar. 

"- Eu vi um grande Caern em tempos antigos. Um ancião dos irmãos do meio, os Croatan, falava para uma enorme seita. Este Caern costuma ser um só e era abençoado por sete totens: Olorum, Curupira, Boto Rosa, Boitatá, Yebá Belo, Yushã Kuru e o Vulcão."


O Lobo pausa para que as palavras fossem absorvidas e após uma breve pausa, continua: 

"- A Seita realizava um ritual para conter a Devoradora de Tempestades. Eles doaram suas vidas e os totens doaram parte de sua essência dividindo o grande Caern em 7 e seus poderes em 7 jóias."

O Lobo conta mentalmente e continua: 

"- Sabemos que pelo menos 2 das jóias estão com o Senhor do Abismo. E já encontramos  5 dos Caerns e sabemos que o 6 é o vulcão aonde está a Colméia dos Dançarinos da Espiral Negra. Faltam apenas 1 Caern para ser encontrado."

Forma atual: Hominídeo

A Fúria Negra sorri para a líder da Tribo, era sempre um alívio estar no convívio de suas irmãs. 

Ela então responde a galliard: 

"- A Honra é minha irmã. Sim estou na Sangue Forte de Luna, liderada por Legado-Prateado, o filho do Rei. Eu vim para o Rio de Janeiro em busca de uma dançarina que fugiu após roubar um Labrys de Ishtemene de uma irmã caída na Europa. Agora eu irei caçá-la e fazer com ela pague por seus crimes."

A Ahroun então se aproxima e fala um pouco mais baixo: 

"- Irmã, em minha primeira missão de matilha enfrentamos uma bruxa que tinha ligação com o sagrado feminino. Resgatamos um estranho quadro que tinha o nome de Bárbara dos Prazeres e após o quadro ser destruído um espírito de nome Yabel foi liberto. Algo muito estranho está acontecendo e tive uma visão após a morte da bruxa em que mostrava as pontes para o sagrado feminino sendo fechadas com a morte de sua guardiã. Você sabe algo sobre isso?"

A Lua Nova mostrava claramente sua face em Caminha com Anúbis. Sussurros não eram de seu agrado tampouco, ela então se levanta, saindo de perto do Juiz. Ficando à uma certa distância de todos os membros para que sua voz chegasse à matilha como um todo.

Cansaço definia sua expressão inicial, mas a alfinetada do Ragabash a fazia voltar à sua expressão carrancuda costumaz.

Não admitiria em voz alta, porém...

*esse féla tem razão.*

Então começa a falar.

"- A toca foi invadida, mas não faço ideia como. Coloquei um Espírito para guiar a humana no Reino dos Pesadelos. Ao sair do quarto para orientar Miakoda e Justina sobre onde deveria ser colocada no nosso refúgio a oferenda para o Espírito do Vento, senti algo ruim e voltei. O andar estava completamente sem som e uma criatura bizarra estava comendo as entranhas da Sra MacRae. Tinha uma coleira com um símbolo que parecia uma arpa dourada entrelaçada por uma flor negra com espinhos num brasão verde. Não sei que porra era essa, mas eu matei. Ela se desfez em gosma quando acabei com ela, e tudo que restou foi um recado que o bixo esquisito escreveu com sangue na parede:

"Meu Marido, pela Sua Mãe. Agora, arrancarei seu coração e domesticarei sua Seita. Eu não empato. Eu venço."

Mandei mensagem pro Victor e pro Alef. Sentinela das Sombras foi o único que respondeu. Tentei ligar para a Esposa dele, mas também sem resposta, aí vim direto pra cá."

Respondendo também com o fim do relato às perguntas do Juiz, Magdalena continua.

"- Por conta da ameaça, passei na mensagem o que aconteceu e que Ossos de Carvalho seria o próximo. Só não entendi porque ele foi punido por isso e nós, que a levamos e mantivemos na toca, não..."

A Fenris começa a ligar alguns pontos.

A Seita também foi ameaçada, mas isso não foi dito na mensagem. Hadrian disse que Victor o puniu, mas o pivete se mantém no seu irritante bom humor.

"- Se todos estávamos nessa, porque foi você fez isso? Porque ele foi Ostracisado, Sentinela das Sombras? "

Seu cansaço que passou pelo ranço, se encontrava agora beirando a raiva.

*Idiota! Eu sou uma maldita imbecil!*

Rorik não consegue esconder o sorriso com as palavras de Coração-Valente.

" Quem diria que logo um Fianna, seria o mais coerente. "

' - Uma pena, tenho curiosidade em saber mais sobre a outra parte da matilha. '

" Eles com certeza não podem ser pior que essa. Se não vamos acabar vendendo artesanato para ajudar na causa de Gaia. E haja maconha nesse Rio de Janeiro. "

' - A Assembléia não deve demorar para começar. E nem sinal deles. Espero que estejam bem, e que suas chegadas, tragam boas noticias. '

Victor passa a escutar o relato de Magdalena, que se mostrava bem mais intrigante do que dantes supunha o Philodox, sobre os acontecimentos havidos na casa.

*Um símbolo e um recado... Sem qualquer intenção de esconder a fonte e com claro intento de nós atrair para uma armadilha.*

O meia lua mantinha a parcimônia em seu olhar e expressão mas quando Magdalena resolve desrespeitar o ritual de punição realizado ao mencionar o nome do excluído e, ainda por cima, contesta o julgamento dado, as feições dantes brandas se tornam duras e a Fenris podia sentir que o olhar severo do Senhor das Sombras sobre si:

'- Se eu tivesse em Gaia qualquer irmão com esse nome, o que eu não tenho, e ele tivesse sofrido um ritual de ostracismo, me pergunto o quão estupido alguém teria de ser para quebrar o ritual realizado na frente de um juiz... - uma breve pausa retórica e ele prossegue.

'- Se dito julgamento tivesse sido feito em plena clareira central, por, digamos, o mestre de desafios da seita, e tivesse sido oportunizada à tribo do ofendido a apresentação de defesa e tanto a defesa quanto o ofendido tivessem aceitado a sentença, me indago que tipo de demência acometeria alguém a questionar dito veredito após concretizado o julgamento.'

Victor não estava mais em sua postura relaxada. Sério, ele se levanta e encarando a Fenris nos olhos continua a sua fala:

'- Ponha-se no seu lugar, Magdalena. Não cabe a você questionar o meu julgamento e, tão menos, o direito de desrespeitar um ritual. Principalmente se desconhece as circunstâncias que levaram ao fato. Quando a assembléia acabar, em nossa casa, nós teremos uma conversa bem mais séria sobre o que acabou de acontecer aqui. Estamos entendidos? '

Forma: Lupino

A fome do lobo era monstruosa e ele comia para saciar. Sabia, em seu íntimo, que deveria ter se apresentado antes às sua tribo, mas, como sempre, o apetite voraz era maior do que sua força de vontade.

Depois de comer ele olha para o céu. Luna está alta, a assembléia não demoraria. Ele fareja o ar em busca do cheiro dos seus. Cheiro de lobo, de sangue e de fúria.

Com a cabeça e a calda baixa, ele vai rondando a clareira até a vistar os lobos com a pelagem típica da sua tribo.

Ele se chega devagar. Orelhas e cenho retraídos e gane baixo demonstrando respeito ao espaço dos que ali estavam antes pedindo para se aproximar:

'- Permitir. Gritos de Presa Morrendo, Cliath, impuro, theurge dos Grandes Lobos. Ser novo. Vir conhecer tribo. Ajudar na caça.'

Com uma linha de raciocínio simples (para não dizer simplória) de sua tribo, a Fenris reconstrói a história que estava em sua cabeça e repassa à Matilha. Era bastante parecido com os relatórios que tinha de colocar em ficha ao final dos atendimentos num plantão: o máximo de informações possível sem estender além do necessário, com passagens literais quando preciso para o próximo no plantão juntar as peças para que o paciente sobreviva.

Mas estavam no Caern. E acabara de cometer um erro estúpido na frente de um Senhor das Sombras. Na breve pausa de Victor, engole ódio seco pela garganta.

*Idiota... mais uma vez. Merda!*

Não apenas isso. Diante do moleque egocêntrico que como fez questão de lembrar, era o Mestre de Desafios do lugar.

O ritual é claro: ignorado, esquecido, as vezes até feridos "sem querer" pelos que os escarnecem.

Essa situação era o dia a dia de um moleque preto da quebrada.

*A diferença é que na quebrada, o moleque ainda tem seus aliados. Aqui...*

...era literal. Não deveria chamá-lo mais de irmão.

Victor continua a vir, encarando a Fenris nos olhos. Encara duramente e a põe de volta à situação presente. Não era apenas um relatório. Ainda era uma Garou diante de um Juiz, de um Adren dos Senhores das Sombras, Beta da Matilha em tempos de guerra, faltando pouco para a assembléia.

Mas o que dava pra resolver com uma mãozada seguida de um "te orienta, porra! ", obviamente o egocêntrico Juiz resolveria cansando a Fenris de tanto reclamar fechando com a frase mais típica de todas as mães controladoras.

*Taquipariu... será que dá pra chinelada vir agora? Sempre pior a merda do sermão depois.*

"- Entendi a cagada. Não acha mais prático só me dar um murro bem dado agora, e darmos esse assunto por encerrado?"

O tom não era de desafio. Se aquele que não poderia mais ser chamado de seu irmão não deveria ser mencionado, era literalmente sua forma de dizer que entendeu o recado e, do jeito que conhece e sabe que funciona, encerrar o assunto.

Forma: Hominideo

Ainda sério, o Senhor das Sombras responde:

'- Nunca na Clareira Central. Problemas de matilha se resolve em casa.'

Entretanto, satisfeito com a postura da Fenris que parecia, pelo menos, ter entendido o erro, ele abranda mais uma vez suas feições e diz:

'- O que passou passou. Não incidamos no mesmo erro. A assembléia deve começar em breve. Existe algo que desejem saber antes que ela comece?'

Forma atual - Hominídeo

O Relato de Magdalena era que o ataque era muito, mas muito mais pessoal do que se imaginava, tratava-se de uma rixa "Meu marido", e, Hadrian podia começar a fazer ideia de possíveis agentes, mas, quando do rompante da Fenrir com o Juiz..

*Huuuum..*

Hadrian analisava aquela questão com curiosidade, o que ocorria era anormal, e, em qualquer outra ocasião, acreditaria tratar-se de um teatro mal performado, mas, os Fenrir não eram conhecidos pela finesse, então, aquele talvez fosse um dos raros casos da vida que é o que parece..

*ok...*

.. Superada a questão, Victor questiona acerca de algo mais que desejassem saber..

"-Olha, afora saber os eventos que se sucederão na assembleia de hoje, o que eu realmente gostaria muito de saber agora era por onde andam Siegfried e, em especial, Alef.."

(Forma:Hominídeo)



A resposta de Bobby fazia sentido, eramos ainda nada para a matilha, provavelmente meu impulso de sempre pensar a frente, tomado pelo hidromel e a claridade na mente do baseado, já fez minha mente trabalhar por demais, e isso pode ser problemático no futuro, tenho que manter a serenidade dos sábios, pois é o único jeito de fazer a concordância da matilha.


"Entre ponderações ainda tenho que lidar com um Cria de Fenris.... e está só começando, provavelmente ele esta esperando a hora de mostrar superioridade muscular, mas estarei preparado...."


-Beleza Bobby, você tem toda razão.


A pressa em tentar conseguir informações se fazia necessária, mas o índio não conseguiria de forma fácil, realmente se vê necessário olhar o que acontecerá na assembléia com bastante atenção, pois naquele momento começará o jogo de xadrez entre as matilhas.


Quando Bolthorn é mais uma vez repreendido, Kauê tenta de forma ignorar outras coisas vindouras do ahroun, ele consequentemente de ser impuro e Cria de Fenris, tem uma índole de competitividade absurdo, nossas tribos nunca tiveram afinidade, e sim conflito, não vai ser em uma roda de samba que isso vai mudar. A represália de Bússola-Moral só fez o Uktena sacudir a cabeça negativamente, contestando o óbvio.

Quando Logan se fez presente, mostrando o  entendimento para com a matilha, fica claro que as respostas vindouras só serão assimiladas após a assembléia e após os membros da matilha finalmente estiverem reunidos. O Uktena ouve a palavra sábia do Fianna e balança com a cabeça afirmativamente, tenta ficar mais sereno possível e começa a observar mais e falar menos, a introspecção pode ajudar a buscar soluções mais claras a respeito do que possa acontecer.

*Em casa... Ainda tem de ver a segurança. Como raios invadiram o lugar sem disparar porra nenhuma...*

Quando Victor passa a situação, Hadrian volta a atentar para ponto importante. A Fúria Negra se mostra mais interessada em saber informações que poderiam claramente ser explicadas depois, ignorando totalmente o sumiço da dupla, mesmo à iminência de uma assembléia.

Magdalena franze o cenho diante daquela atitude e segura o mau humor. Responde então ao Senhor das Sombras:

"- Também tô afim de saber o que vai rolar hoje na Assembleia. Esperamos o Alfa ou já tem algo que dê para adiantar?"

Pensa um instante a respeito do paradeiro de Alef e Sieg.

"- Quanto ao Alef, a esposa dele não atendeu quando liguei. Pode ter sido um ataque simultâneo. Ele e Sieg saíram juntos da toca e, a mensagem que passei deixou claro que o acordo feito com as fadas foi quebrado. Ele pode ter aproveitado que tava com Sieg pra retaliar. Mas o fato de não haver resposta ou indicação disso ainda é preocupante."

Forma: Hominideo

Quando Victor dá espaço para que seus irmãos indaguem sobre outros assuntos,  Justina, Hadrian e Magdalena se manifestam.

A fúria queria saber sobre a Fesn e sobre a Guerra com a Weaver, Magdalena sobre os acontecimentos reservados para a assembléia e as duas, junto a Hadrian, sobre o paradeiro de Alef e Siegfried... Este último ponto também preocupava o Senhor das Sombras que suspira pensativo antes de falar:

'- Alef e Siegfried saíram para fazer uma ronda no território, mas já deveriam ter voltado. Se a notícia sobre a violação de nossa casa chegou ao conhecimento deles, é possível que o ímpeto de vingança de Alef, alimentado pela indolole tempestuosa de Siegfried, os tenha levado a uma ação temerária. Se este for o caso, temos um problema em nossas mãos.'

Victor tinha vontade de agir, mas faltava pouco para a assembléia e, por conta de seu cargo, não havia como simplesmente sair em busca dos seus irmãos. Restava a ele confiar... O que era algo que não vinha com grande naturalidade ao filho do Trovão.

'- Vamos esperar um pouco mais.' - fala com uma calma analítica.

'- Quanto aos outros questionamentos, bem... A Fesn foi convocada para a cidade porque os Garou dessa seita trataram a lei de não levantarás o véu como um reles aviso de não pise na grama. Em menos de uma semana, sem contar as outras, tivemos 3 violações que foram parar em cadeia nacional. Uma delas televisionada ao vivo para milhões de pessoas. Além disso, tivemos um ataque do sabá de proporções nunca antes vistas. A presença da Fesn é consequência direta desses fatos.'

Enquanto falava, uma retrospectiva passava na mente do Philodox e este se indagava como diabos tanta coisa podia ter acontecido em tão pouco tempo...

*É apenas isso que a nossa leniência traz: Desgraça.'

'- No que diz respeito à guerra com a Weaver, esta começou quando o pacto firmado pelo Margrave para proteger este Caern de um ataque em massa da Wyrm foi quebrado menos de duas horas depois e o véu foi violado mais uma vez. Desnecessário dizer que a situação tem se agravado a cada dia e que hoje Fesn e Weaver trabalham em conjunto pela nossa aniquilação.'

Victor se alonga e estrala as costas e os dedos liberando um pouco de tensão.

'- Quanto a assembléia, bem... Essa deve ser interessante. Devemos ter como pauta os novos caerns e a colméia descobertos. As ações da Fesn e da Weaver e como agiremos em retaliação visto que temos acumulado derrotas nessa questão. Seguro dizer também que teremos pelo menos quatro grandes movimentações políticas e um rearranjo de alianças e blocos de poder. Fênix de Prata fará a sua jogada pelo segredo da Morte e tomará o "primeiro passo" para desafiar a liderança do Caern após o fim dos tempos de guerra. Ele deverá ser apoiado pelos peregrinos, fianna, e pela parte dos roedores que se filia ao líder atual da tribo. De outro lado, Bardo Forjador deve desafiar Temido Como Vulcões pelo julgamento de proibição ocorrido há alguns meses. Caso vença, ele tomará a liderança da tribo de Sussurros de Bran, que não tem força ou competência para mantê-la. Se isso ocorrer, as Fúrias e os Filhos de Gaia devem se alinhar politicamente aos Fianna e nós passaremos a ter uma tripla polarização. O polo Fianna e de Fênix de Prata, entretanto, devem se alinhar inicialmente para tentar tirar o poder dos Senhores das Sombras, o que deve ser interessante.'

O Jovem Philodox tratava aquilo com absoluta naturalidade e não parecia incomodado com as movimentações ou com qualquer possibilidade de derrota.

Forma: Hominideo

Como que num coito interrompido, o ecoar do uivo de Alef corta todo o tesão de Victor com a explicação dos movimentos políticos e este, involuntariamente, deixa escapar um audível..

'- Êeeta porra.'

O Philodox já podia sentir a cabecinha da pica da vida encostando nas pregas do seu cu.

*Como eu previ...*

'- A aula de política 1.1 fica pra outra hora. Vamos para a Cabana da Forja participar dessa conversa. O cheiro de merda já impregna as minhas narinas.'


Segue na Cabana da Forja