As Ruas da Zona Oeste

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COMUNICAÇÃO TELEPÁTICA

Parecia que as coisas estavam ficando complicada dentro da obra. Bjorn teria que pensar rápido e agir. 


-Alpha permissão para ir ajudar Mija na Wyrm? - apesar de tudo ele se importava com Luna, para ele foi o membro da Fortaleza de Gaia que mais se identificou e sabia que precisaria protegê-la.

Amon tenta se esquivar do soco, mas é atingido pelo guarda. Apesar da força, ele mal sente o impacto.

Agindo rapidamente ele revida o ataque e se surpreende com como o humano agora parece muito mais resistente do que antes.

"Tem algo estranho aqui..."

Após duas ações rápidas, o Peregino está em vantagem de ataque novamente. Ele ajeita o corpo e desfere mais um potente soco contra o rosto do guarda, que não consegue se desviar e é atingido em cheio.

Já com o rosto bastante castigado e um pouco grogue, o humano continua de pé e preparado para o combate. O garou suspira incrédulo com o vigor que seu oponente apresenta.

"Ótimo jeito de entrar pra matilha... Todo esse tempo pra derrubar um humano..."

Com esse pensamento, Amon passa as costas da mão fechada em punho na ponta do próprio queixo.

Uller atravessa a película, pisando com força em direção ao carro. Sua cabeça ainda anuviada pela fúria. Agarra a lateral do veículo, espremendo com força como se fosse uma esponja.

- Caolho covarde, filho da puta! Chertovski trus!

A resposta de seu eu do futuro lhe congela dos pés a cabeça. Ele até falha em sua tentativa de vislumbrar a Umbra e se detêm pensando no que ouviu. Sera que qualquer tentativa de evitar aquilo era impossivel? Sera que ele estava destinado a seguir os mesmos passos e se tornar o destruidor do mundo.

"Me recuso a aceitar isso."

O Theurge avança a passos rápido e puxa Bjorn pelo ombro com toda força que consegue para trazer toda sua atenção para si. Ele estava perplexo e isso era visivel em seus olhos. Bruno então diz da forma mais séria possível.

- Diga pra Mija da Wyrm sair de lá AGORA. Não me peça explicações, só faça isso. Ela vai morrer.

Parecia que todas as informações chegavam no mesmo momento. Era difícil ter a mente dividida dessa forma, mas a van balança e rapidamente Bruno segura Bjorn com vigor. 

*Eu não  o avisei sobre nada da mija como ele..... Merda isso nao é hora de pensar cuzão, ele não teria como saber se não fosse vidente*


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COMUNICAÇÃO TELEPÁTICA


-Luna sai imediatamente dai! Não se arrisca depois resolvemos essa parada. - disse pela primeira vez no salão em um tom sério, e pra não  ter dúvidas sobre a segurança de sua ragabash olha para pantaneiro e fala no mesmo tom de seriedade.


-Ordene pra ela sair de lá imediatamente Alpha, ela vai morrer se não voltar agora!

Bruno via os dois Fenris surgirem no meio do nada visivelmente enfurecidos. O Theurge não sabia o que havia acontecido durante aquele tempo que ficaram fora, mas aquela não era hora para ficar pensando sobre isso.

O Andarilho do Asfalto rapidamente abre a porta do carro para que a dupla pudesse entrar, mas ainda estava esperando as palavras de Bjorn para saber se havia conseguido ou não dar o recado.

Ao sair da Umbra,Kalf ainda se encontra visivelmente transtornado pelos últimos acontecimentos, e caminha de um lado para o outro tentando controlar seu ódio, para seguir com a missão.


" Se acalma, se acalma, a hora daquele filho da puta vai chegar! Covarde do caralho!!!"


Kalf para, respira fundo e vê a porta da van se abrir, então caminha em direção a ela.


" Entra na van ,fecha seus olhos e tenda relaxar, tem muita coisa que você possa fazer nesse momento, mas nada que você deva a não ser esperar a hora da sua vingança"

Ian escuta os incentivos dos irmãos de matilha, dedilha um pouco mais sua viola:

" - Vamos lá Voz-das-Nuvens."

Respira fundo e começa e começa a tocar sem pensar muito no que estava tocando, mantendo o tom pedido pelo Roedor de Ossos. Era uma balada triste inicialmente, que ele havia aprendido não sabia aonde, a música trazia uma lembrança de outra vida que parecia ter vivido, porém que se encaminhava para um crescendo que mostrava que apesar de toda a tristeza ainda havia alguma esperança. Esperava que o verso fosse bom também.

Ian gostaria de lembrar de onde conhecia essa música e por um momento quase lembra, mas rapidamente a memória se desfaz novamente. Com os olhos marejados finaliza a balada. Acaricia sua viola e finaliza:

" - Obrigado, minha amada."

OFF: Ian teve 5 sucessos para tocar a viola.

O garou desfere um potente soco contra o rosto do humano. Talvez mais potente do que o necessário para derrubar alguém já naquele grau de debilidade.

O golpe atinge o guarda em cheio, fazendo sangue e alguns dentes voarem de sua boca. O corpo gira e cai ao chão.

Finalmente o oponente havia caído e o Peregrino suspira um pouco receoso por talvez tê-lo matado.

Retomando o foco na missão, ele olha dentro da guarita à procura de algo para imobilizar os guardas.

Ian dá o tom e, inicialmente, surpreende o Galliard. Ele não era muito chegado nessas coisas meio Lord of Rings e toda aquela coisa Nerd que parecia se inspirar nas culturas das Tribos europeias da Nação. Ele era um cara das ruas, do rap; suas rimas escancaravam a hipocrisia e o status quo na grande maioria das vezes. Mas com o ressoar das notas que viam de Voz-das-Nuvens, ele parecia tentando a tentar pela primeira vez alguma coisa diferente.

'- Uh... Hã... Uh...'

Diogo tentava sentir o ritmo a cada nota, tentando fazer com que suas palavras se aninhassem ao som da viola como se a mesma fosse um cobertor. Era complicado fazer isso quando não se conhecia melhor o instrumentista... e Ian demonstrava ser um dos bons. O Roedor esperava que pudesse ter a oportunidade de conhecê-lo melhor, eles provavelmente poderiam fazer uma composição marota qualquer dia desses.

'- Essa batida me faz lembrar um velho ditado, irmãos...

... Glória vinda da Inspiração
Inspiração vinda da Canção
Semeia a Canção, e a Glória irá Brotar
Zele pela Canção, e a Glória Virá...'

Ele tenta encaixar aqueles versos no ritmo da música. O primeiro verso se encaixa  quase que de maneira ineficiente, mas os outros três parecem ter sido feitos perfeitamente para aquela canção.

'- Eu ouvi isso de um outro Galliard da minha Tribo... ele era um viajante e me falou que escutou esse ditado de um outro lua gibosa, uma filho do Gamo inclusive, durante suas andanças.'

Aquilo era uma mensagem, uma mensagem importante para toda a Nação. A função dos Galliards estava ali expressa naquelas poucas palavras, eles estavam ali para inspirar a si e a seus irmãos para que assim eles possam trazer Glória para Mãe. Era função deles guardar as histórias também.

'- Ahay-oh!
Ahay-oh!

Lágrimas vertem dos olhos cansados
Enterrar irmãos é algo que requer força
O luto marca a curta vida dos guerreiros
Mas não podemos parar; a Wyrm não para!
Lamber as feridas é um momento necessário
É respeito ao espírito daqueles que foram

Ahay-oh!
Ahay-oh!'

Diogo se empolga e começa a utiliza a lataria do carro como percussão, acompanhando o ritmo do seu habilidoso companheiro de matilha.

'- Ahay-oh!
Ahay-oh!

Crias nascidas que não verão seus pais
Esposas e maridos que não serão mais aninhados
Essa é a história do guerreiro
Sempre foi assim e sempre será...

Ahay-oh!
Ahay-oh!

A segunda estrela rubra verte nos céus
O cheiro férrico do Apocalypse afunda na carne dos guerreiros de Gaia
O fim parece ser o nosso futuro
Mas lutemos, irmãos, lutemos!

Ahay-oh!
Ahay-oh!'

Nesse instante os versos já se encaixavam mais do que perfeitamente com o ritmo da música. Diogo era um bardo habilidoso e, ali, demonstrava um pouco de suas habilidades para seus dois irmãos.

'- Ahay-oh!
Ahay-oh!

Não desistamos, irmãos!
O inimigo e os traidores não desistem, e nós também não!
Enquanto Luna brilhar nos céus do Firmamento
Nós seremos seus guerreiros e a ela cantaremos!

Ahay-oh!
Ahay-oh!

Enquanto Luna brilhar nos céus do Firmamento
Nós seremos seus guerreiros e a ela cantaremos!'

Os ahay-oh saem quase como que grunidos primitivos vindos da gargante do Glabro. Diogo termina a canção com um uivo sussurrante, quase que imperceptível. Era um uivo de pesar, mas que dizia que não podiam desistir. Ele termina a canção e esboça um sorriso aos irmãos, satisfeito.

OFFGAME: Diogo obteve 14 sucessos na sua apresentação!

Bjorn observa seus irmãos nitidamente irados, proximo de um frenesi. 

*Que porra é essa antes mesmo de lutar com a wyrm estamos lutando contra nós*

-Sim visão do futuro, ela ja está saindo com o peregrino. Mas como você save dessas coisas? - fala para Bruno  quando antes dos crias entrarem na Van. 


-O que houve na umbra? Aconselho a vocês a voltarem pra humano e depois pra glaboro dentro da van! Tentem acalmar a vossa ira e deixar-la para wyrm. -tentava acalmar os ânimos doa crias. 


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COMUNICAÇÃO TELEPATICA


Sem pensar muito Bjorn desconecta Luna da comunicação, o fim do efeito do dom era visível. Como se o corpo da Garou se dissolvesse no ar. Assim restando apenas o Sakald e o Alpha no salão mental de Bjorn. 


-Pantaneiro antes de negociar verificaram se os espíritos não eram da Wyrm? Já que eles podem está nos mandando para uma outra armadilha. A Wyrm não tem honra não negociamos com a wyrm. Mas se o que contam for verdade uma grande batalha está prestes a acontecer. Também já ouvi boatos de servos da wyrm que podem comandar espíritos. Devemos ter cuidado e averiguar qual a melhor saída para esse dilema. Gostaria de saber mais pra tentar ajudar. Meu  conselho é usar o novo dom que o grande urso ensinou. 

Ian tenta acompanhar o Roedor quando ele começa seus versos, era algo impossível de descrever e em muitos momentos quase simplesmente para de tocar para ouvir, mas sabia que aquilo uniria ainda mais a matilha, eram membros mais recentes e era importante esses momentos para criar algum tipo de cumplicidade entre si, por isso se esforça ao máximo para seguir tocando.

As lágrimas corriam nos olhos do Ahroun e escorriam pela sua barba, estava cansado como todos ali, mas naquele breve momento tudo valia a pena. Com uma ponta de esperança imagina como seria caso conseguissem vencer essa guerra, como seria incrível a vida.

Uller vê a porta do carro abrir, mas não faz menção de entrar. Não conseguiria se acalmar dentro de um carro. Na verdade seria difícil apaziguar sua raiva em qualquer lugar nessa cidade maldita. Era aquele cheiro de urina, o fedor insuportável da Weaver impregnado no carro.

Quando bateu os olhos pela primeira vez no Pantaneiro ele sentiu um certo orgulho do alfa da matilha. Imaginou que um filho da mãe com tantas cicatrizes e membros amputados deveria ser um Fianna tão durão que o próprio dragão da wyrm deveria ter de vir arrastá-lo para o inferno. Imaginou que tipo de histórias gloriosas estivessem por trás daquela carranca e corpo detonado. Mas agora..."Ele deve ter arrancado aquele olho pra comer de fome". Que grande covarde. Que grande decepção.

Ele sentou-se contra a roda, o ar queimando-lhe as narinas. Agora só esperava a saída dos companheiros ainda dentro da obra. Mas se visse mais uma vez a carranca feia do Pantaneiro...a vontade era lhe arrancar p olho que faltava.