Clareira Central

Então a juíza começa a falar. E já começa pelo peregrino. Ele ali de pé no grupo, já que estava difícil sentar, ouve ela falar de cabeça baixa é um pouco com medo dela dá um passo para trás do jeito meio torto que estava andando agora. 
Eleva bem pouco a cabeça para a olhar e já volta a olhar o chão com medo de Sarah quando elas fala que ele devia erguer a cabeça. 
O problema das palavras dela a Thiago era que acabava por confirmar aquilo dele ter sido atacado por um vampiro. Que todo aquele papo dele ter sido violado era real e estava confirmado. E de certa forma isso o fazia o sentir moralmente sujo, usado, e com raiva de si já que se tratava daquilo que era o pior para sua tribo, porém não conseguia sentir raiva da travesti. Nenhuma memória denotava ela ser um sanguessuga, é só conseguia na verdade ter memórias de momentos de prazer junto dela e só. E pior, no fundo até queria a rever. Não sentia vontade de vingança na verdade.
Por isso, quando a juíza impõe que ele deva matar o vampiro, ele nada comenta, apenas balança a cabeça num sim. Confuso entre o que ouviu, o que lembra e o dever.
Paralisado com seus pensamentos ouve a juíza falar dos outros, sem nenhuma reação. Mesmo achando um pouco exagerado o que será aos outros. Mas ele não era o juiz e nem entendia muito sobre ser matilha para intervir ou dizer o que estava certo ou errado. Apenas ouve e olha ali cabisbaixo os outros. 
Por último, a punição de Tomás, que para ele foi pesada de mais, afinal Thiago tinha dependência grande em falar e nem achava tanto Brilho dos Sonhos como uma vergonha grande para isso.
Mas aquilo o fazia ter algumas ideias de como proceder para ajudar a matilha. Afinal, ter que conviver ia para além de obedecer leis que a ditadora ali gostava de apontar. 
Esperou um tempo ali de alguns se pronunciarem que tinham amis valor é peso que ele é então levantou a mão num pedido de fala. Era hora de mudar o assunto ali é ver se fazia o clima ficar menos pesado.
 " - É com licença... Mas a gente precisa conversar ainda..."
Para e da uma olhada para Tomás meio sem graça quase pedindo desculpas por ter falado em conversar com. Ele naquele estado.
"- Precisamos cruzar as informações que temos e entender qual o plano dos vampiros... Tem mais coisa para além da travesti, digo, vampiro, que eu.... Bom, precisamos ver nossos próximos passos nisso... Como conduzir as coisas..."
Focar no trabalho podia ser um boa ali para continuar as coisas e mudar foco ruim e o clima pesado. Thiago preferiria uma piada mas sabia que o grupo ali não era do mais bem humorado e veria qualquer tentativa de bom humor como desrespeito.

Todos já haviam se manifestado, ou tido tempo para isso, sobre o julgamento da juíza. Gostaria de ver se o alpha iria fazer algum comentário. Mas como Tarek faz uma tentativa de retomar os trabalhos, Grace resolve lembrar a questão. 


- Sussurros da Noite precisa ser avaliado e purificado por nossa theurge.

Ouve a Beta e logo em seguida o pedido da theurge.
"-Certo..."
Como na sua memória foi apenas uma noite muito louca e boa com a travesti havia não se atentado a isso dá purificação. Pelo jeito a conversa sobre planos ficaria para depois.
De vagar se aproxima de Zvanna, andando meio torto, lhe dá um sorriso pequeno mas não a encara nos olhos, afinal gato escaldado tem medo de água fria.
E então espera a ação dela.

Ouviu a theurge e franziu um pouco a expressão. Aquela coisa de amnésia seria complicado. Ia ter que esquecer da cara da travesti, e da melhor noite que tivera e ainda os perder as informações sobre o tal vampiro assassino.
"- Faça o que tiver que fazer. Se isso for nos ajudar, faça..."
Suspira fundo.
"- Só não me responsabilizo sobre o que vai ver na minha cabeça, a noite foi bem intensa... E veja se me informa ou me lembra do que perder... Além disso, lembrem-se disso, as informações que tive com a travesti, pode ser útil depois de alguma  forma. O responsável dos assassinatos é  vampiro sem reflexo e sem sombra, atende por Ian Lincon e se refugiados no velho hospício desativado. Parece que é o bispo do Oeste, seja lá o que for isso, e enlouqueceu, está descontrolado e por isso os assassinatos."
Toma fôlego, olha todos.
"- Vão lembrar disso né?"
Dá um sorrisinho maroto ali é volta a ficar sério olhando Zvanna mas sem a encarar, enquanto ela finaliza a purificação mesmo sem aparentemente precisar daquilo. E Tarek não estar corrompido no funda o fazia sentir que suas memórias eram mais certas que o julgamento de Sarah, nada havia acontecido com vampiro, só a noite com a travesti. Mas agora era Olhos do Caos que acabaria por dar o veredicto final.
" Estou pronto... Quando quiser começar senhorita."

Grace achava válida qualquer tentativa para obter mais informações do inimigo, mas a decisão cabia à Thiago. Observa em silêncio Zvanna fazer o rito de purificação e ouve as conclusões dela. 
- Isso são boas notícias. 

Assim como Thiago, acreditava que as informaçõe que ele havia recebido poderiam ser úteis e guarda-as na memória.
- Ian Lincon, vampiro sem reflexo e sem sombra. Velho hospício desativado e bispo do Oeste. Não vou me esquecer - garante para ele. 

Vira-se novamente para Zvanna
- Falando em memórias, antes de você começar, Olhos do Caos, irei muní-la com o máximo de informações possíveis. Thiago e a travesti que estava com ele sumiram na rua diante dos nossos olhos. A sanguessuga ainda teve a audácia de olhar para nós e sorrir antes disso. Foi quando perdemos o contato com ele. O encontramos novamente deitado no chão de um prédio abandonado, nu. Não conseguia se levantar, reclamava de dor e exalava ferormôios sexuais. Acredito que a vampira travesti possa ter manipulado a mente dele de alguma forma, e que esse tal Ian Lincon seja um inimigo dela e do grupo dela, e ela está tentando nos usar para atacá-lo. 

Pergunta então para Tarek, antes que a memória dele fosse afetada. 
- Por acaso essa travesti te disse o nome dela? Será que há alguma chance de haver, em seu corpo ou suas roupas, algum resquício dela, como um fio de cabelo, por exemplo?

Kiba ouvia tudo que Sarah tinha a dizer em silencio. Não tinha noção de nada que tinha acontecido durante a missão até chegar e ver o caos que havia sido instaurado naquela rua.

Até então, achou que apenas 99 centavos havia assumido sua forma de batalha de forma indevida, mas aparentemente isso foi um erro cometido por todos, com exceção da Fenris.

Talvez fosse esse o motivo de tantos cochichos, talvez não. Enfim, Kiba continuava a ouvir sem se manifestar. A unica hora que exibiu certa reação foi durante a sentença de Tomás, que achou bem pesada. Já havia visto os resultados da Voz do Chacal antes e lembra de poucas vezes ter visto um Garou sendo liberto de tal sentença.

Kiba, contudo, não questionou a decisão da juiza, pois se havia dado a autoridade a ela e aquele havia sido seu julgamento, tudo que podia fazer era tentar pensar em como ajudar Tomás a mudar seu comportamento como Garou.

Tomás, como de esperado, carregava uma expressão de um misto de raiva e indignação, algo que Kiba viu em diversos rostos com o mesmo destino.

Todos pareciam sérios, muito sérios depois do termino das palavras de Sarah e é Thiago que rompo o silencio com o lembrete de que tinham que conversar sobre o que havia sido descoberto com a travesti.

A Theurge então prepara o ritual de purificação como Kiba queria e diz que talvez conseguisse buscar respostas na mente de Thiago. Algo que Kiba achava ótimo. Por mais que já trabalhasse com a ideia de pedir a ajuda de Isack, preferiu não ter que depender tão cedo de seu ex campo.

Após a revelação das informações coletadas por Thiago Kiba coça o queixo enquanto pensava no que foi dito.

"Bispo... Velho hospício desativado... Vamos ver o que descobrimos disso depois..."

Grace acrescenta tudo que passou durante a missão para tentar ajudar Olhos do Caos a compreender tudo que talvez visse na mente de Thiago. Uma boa ideia, diga-se de passagem.

Após o termino da purificação de Thiago, Kiba aproveita e pergunta ao Peregrino:

- Como está se sentindo cara...?

Após o julgamento, Tarek é levado para ser "avaliado"por Olhos-do-Caos e como era previsível a matilha o acompanha, principalmente para ficarem situado sobre o que iria acontecer, graças a isto o local em questão fica com praticamente toda a matilha, como de costume Tomás permanece afastado, bastante afastado na verdade se sentindo um tanto quanto traído pelos colegas de matilha, ele permanecia de costas para todo o grupo que verificava a situação do Galliard dos Peregrinos e ficava olhando o céu tão profundamente mergulhado em seus pensamentos que quem o olhasse de longe pensaria que ele estava contando as estrelas.

Olha para Kiba e falaeio baixo para ele botando um sorriso na cara.
"- Estou bem... Normal... Já falei, só meio dolorido e cansado da noite, mas bem..." Diminui tom de voz para Kiba, na verdade não queria só que Sarah ouvisse aquilo "- Falei que a noite foi boa, doeu cansou mas foi bom e não tinha nada de vampiridades comigo ali..."
Olha então para Grace depois da descrição dada por ela é perguntas feiras.
"- Não lembro de ter passado por vocês... Acho que estava ocupado em manter a travesti atraída... E bom dolorido eu ainda estou, mas é que a noite ali foi intensa com ela... Rolou de tudo..." 
Sem nem notar ali naquele momento abre um sorriso satisfeito das memórias.
"- Olhos do Caos não me responsabilizo do que verá nas minhas memória... Que olha, foi intenso... Proibido para menores... E não... Eu não sei, talvez. Nome eu não sei mesmo, mas isso de ter algo na roupa, eu não sei te responder. Nem sei dizer direito como é que as peças de roupas foram saindo e tal... Só sei que a coisa foi rolando e esquentando e eu perguntava dos assassinatos é ela falava quando a gente não tava beijando ou com boca ocupada... Bem, entendeu, né? Mas talvez tenha algo nas roupas, vai querer também que eu tire a roupa agora pra você fiscalizar a roupa, e a mim?"
A parte do final do "a mim" veio para a Fianna num tom provocativo de galanteio. 
"- Só estou com um gosto esquisito na boca... Meio metálico, talvez foi de ter ficado apagado com a cara naquele chão... Aliás, acho que preciso depois de um banho e escovar os dentes... E me limpar também por fora, depois da limpeza interna... Então que fazemos agora?"
Olha então para Zvanna achando que se mais ninguém fosse adicionar algo, ou Grace pedindo que removesse as roupas, a theurge ia fazer o tal ritual de busca de memória.

Kiba aguardava uma oportunidade de resposta de Thiago quando olha em volta e nota que Tomás havia se afastado da matilha e observava as estrelas em silencio. Lembrava bem da cara do Andarilho durante a punição da Fenris e sabia que talvez ele precisasse de ajuda para começar os primeiros passos em busca da libertação daquela voz.

O Ahroun então caminha até ele e sem cerimonias, coloca a mão sobre seu ombro direito e diz:

- Depois que amanhecer, quero conversar com você em particular.

Não tinha agressividade em sua voz, mas também mantinha uma seriedade nele para deixar claro que o assunto era importante. Não espertava que o Ragabash o respondesse, pois possivelmente ele evitaria falar pelas proximas horas até conseguir analisar o quão "irritante" sua voz havia ficado. Kiba então da dois tapinhas nas costas do Garou e retorna para perto dos demais para esperar que Olhos do Caos sondasse a mente de Thiago.

Thiago comenta então um pouco sobre a noite. Aparentemente ele havia gostado, algo que na mente de Kiba era perturbador.

Como conseguia ficar calmo com um possivel vampiro tendo feito... Coisas... Com seu corpo? O Ahroun não comenta nada, pois ao menos o Peregrino não estava entrando em um complexo de raiva e não aparentava que iria caçar o desgraçado sem pensar.

Kiba então se resume a acenar em positivo com a cabeça e até deixa um sutiu sorriso surgir em seu rosto com as piadinhas do Galliard. Ao menos ele parecia não se abalar com os problemas e aquilo ao menos era algo bom aos olhos do Presa de Prata.

A Roedor achava que Sarah a responderia de alguma forma, mas nenhuma resposta veio. Então imaginou que quem falaria alguma coisa era Kiba, que também não o faz. Quem toma a palavra, talvez para quebrar a torta de climão por causa das punições, é Tarek. O Peregrino é purificado por Zvanna que nada encontra nele, mas que vasculharia as memórias do irmão de matilha.

Para não deixar Olhos do caos viajando na maionese sobre o que aconteceu, a Beta faz as vezes de contadora de histórias. Jessica permanece em silêncio pensando que deveria ficar em lupino durante trinta dias. Esperava que isso a ajudasse a desenvolver seu instinto primitivo. O que mais a deixava triste eram as vidas perdidas pelos seus erros e como ela poderia tentar reparar pelo menos uma parcela destas vidas. Duvidava um pouco que as travestis mortas tivessem alguma família. Prostituição era um caminho solitário e difícil demais para uma família suportar. Essa opção era somente para aqueles sem nenhuma opção, como Jessica há algum tempo.

Os penamentos da Ragabash se dissipam quando Tarek continua com aquela ladainha que a noite tinha sido boa, rolou de tudo e coisas das quais ele não precisava comentar. Além de galantear de novo para cima dos outros. Ele não levava nada a sério? mas um detalhe das coisas que ele dizia lhe chamou a atenção. Como ainda estava meio para baio, conferiria isso depois. Permanecia quieta.

Tomás olha estranhamente para a mão de Kiba quando este o toca, mas cruza os braços numa nítida mensagem corporal de que não queria conversar ou ter contato físico algum no momento, o ouve e levanta a sobrancelha direita demonstrando insatisfação, de fato não fala nada e enquanto o Alfa de afasta, Brilho-dos-Sonhos volta a encarar o céu. "Brilho-dos-Sonhos, o Cria de Chacal" sussurra consigo mesmo dando as costas novamente para a matilha e se afastando mais um pouco das Asas-da-Esperança procurando um local mais escuro e longe de qualquer outro garou.

Tarek podia falar o quanto quisesse de sua "noite maravilhosa", mas Grace estava convencida que isso era uma ilusão da vampira que havia o capturado. 

A falta de um nome desaponta Grace. Isso era fundamental para acharem a vampira, e Tarek lavar sua honra. Porém, os fios de cabelo ainda poderiam ser úteis. 

Um riso contido curva as pontas dos lábios de Grace, e ela lança um olhar de cima a baixo para o Peregrino como se o avaliasse. 
"Depois de ter se esfregado numa criatura da Wyrm, nem se fosse um humano..." 

- Vamos examinar suas roupas mais tarde. Seu corpo, acho que você mesmo pode fazer. Há um alojamento no Caern para você fazer isso com privacidade, embora para alguns de nós aqui, seu corpo nu já não seja nenhum segredo - diz com uma ponta de humor, já que ele mesmo parecia brincar com a situação - vamos fazer isso antes de você tomar seu banho. Pode ser que a vampira tenha te mordido... se houver alguma marca disso ou de qualquer outra ferida, podemos passar um papel ou um pano para tentar ver se conseguimos alguns resquícios dela. 

Observa a postura reclusa de Brilho dos Sonhos. O Garou já era reservado desde que havia se juntado à Matilha e ter sido punido com a horrível Voz do Chacal com certeza o tornava mais amargo. Kiba parece tentar para ajudá-lo, e mesmo sem saber como, Grace espera sinceramente que ele consiga. 

Suspira profundamente. 
- Bom, acho que é isso. Se ninguém tiver mais nada a acrescentar acho que Olhos do Caos já pode fazer seu procedimento. 

Kiba observava em silencio todo o procedimento de Olhos do Caos para conseguir extrair as memorias de Thiago. Por um instante, olhou para ver se Tomás iria se juntar a eles, mas notou que o Andarilho havia simplesmente saído de perto da matilha.

O Ahroun novamente se irrita. Sabia que o Andarilho estava irritado com sua nova situação, mas precisava conversar com a matilha e isso incluía Tomás. Olhou então para Jess, que parecia ser quem mais tinha afinidade com o outro Ragabash e diz:

- Por favor, trás ele de volta. Preciso conversar com vocês antes de libera-los.

Fala para que toda a matilha pudesse ouvir, mas seu foco era Jess. Logo depois, voltou a observar o ritual de Olhos do Caos em silencio para não atrapalhar sua concentração.

"Acho que o julgamento de um Wendigo seria mais sensato que o de uma Fenris" completa mentalmente a Fianna ao ouvir o pedido de Sarah. De qualquer maneira, a atitude era surpreendente. Particularmente, tinha curiosidade em ver Deganawida exercendo sua função de Augúrio. e não havia, até o momento, reprovado nenhuma atitude dele, que lhe parecera um homem justo. 

O pedido de seriedade é rapidamente obedecido por Grace, que espera em um silêncio. O procedimento é meio estranho, quase desvia os olhos, mas força-se a continuar vendo. Os dois Garous haviam ficado visivelmente afetados e Grace espera que eles voltem a si. Fica olhando Zvanna com expectativa, esperando o que ela ia ter a dizer.

Desvia os olhos apenas no breve momento em que ouve Kiba pedindo a Jessica para chamar Tomás. Havia muito o que ainda iam ter que conversar, e Grace ia ter suas próprias colocações a fazer.

Ouviu o comentário de Sarah para Degan e não achou que ela realmente estava pensando aquilo. Na verdade ela, Jess, achava que Sarah tinha sido como todo juiz, direto e certo em suas considerações e punições. Cada qual tinha que aprender a lidar com elas e crescer com isso. Não importava que tipo de punição tinha sido. Kiba tinha ido conversar com Tomás que estava mais afastado da matilha, Grace sugeria verificar as roupas e corpo de tarek depois. Era uma ideia interessante, mas ela duvidava muito que a travesti vampira tinha deixado algum rastro. Se no sobrado onde ele foi atacado não encontraram nada além de fedor, nas roupas de Tarek não seria diferente. Tinham que concordar com uma coisa, tinha sido tudo planejado e a matilha caiu como um patinho.

O dom ou ritual, Jess não tinha como saber, que era usado em Tarek, deixa Jess um pouco chocada. Os olhos de Zvanna ficam totalmente brancos e aquilo lhe causa desconforto só de olhar, então ela vira o olhar. Mas o processo é rápido, mas não pareceu indolor. Zvanna e Tarek pareciam meio estranhos, talvez com dor. Identificou isso ao ver que os dois tinham as mãos na cabeça.

"Vocês estão bem?"

Não conseguiu deixar de se preocupar. Zvanna tinha se ferido mais cedo e isso poderia ser resultado de esforço. Tarek também estava meio debilitado e forçar sua mente daquela forma poderia piorar a situação.

Quando Kiba se aproxima de Jessica lhe pedindo para trazer Tomás de volta, ela olha para o Alpha, depois na direção de Tomás e retorna o olhar ao Alpha. Nada diz, só achava que ele mesmo poderia fazê-lo, já que tinha acabado de falar com o Ragabash. Meneia a cabeça em positivo e pega a bolsa de uma das travestis mortas na boca de novo, tinha colocado no chão para perguntar como a Theurge e o Galliard estavam.

Segue na direção de Tomás, em um primeiro momento ela nada diz. Apenas se senta a alguns centímetros de distância e ergue o focinho na direção das estrelas. Observa-as por algum tempo e deixa a bolsa no chão, dizendo:

"Não sei como você deve estar se sentindo e não vou ser hipócrita em fingir que sei. Cada um age, pensa e sente de uma forma nessa vida e temos que ter percepção para respeitar isso. Eu lhe daria mais espaço nesse momento, mas acredito que o Alpha tem algo a dizer e pediu que viesse lhe chamar para se juntar á matilha."

Ela não passava a mão na cabeça de Tomás, só era sincera. Não era de seu feitio ficar ponderando punições ou julgamentos de juízes e ela não comentaria o caso. A punição de Jessica foi muito acertada e achou que seria bem pior. Se sentia triste? Claro, falhara coma matilha, mas tinha que segurar esse peso para poder continuar defendendo Gaia.

Não disse mais nada por mais um momento e muito menos olhou para Tomás. Seus olhos estavam fixo nas estrelas.

"-Vamos? Vem comigo?"

Ainda se mantinha ao lado do irmão de matilha e augúrio.

Depois de algum tempo sozinho após Kiba ter ido falar com Tomás o garoto ficava refletindo sobre suas ações e o que os outros consideraram erros durante as poucas horas de missão, ainda considerava a punição ridícula, sabia que haviam outras mais leves e como ele não havia prejudicado o desenvolvimento da missão, se sentiu injustiçado. Ainda assim decidiu alterar seu comportamento para com os outros, por mais difícil que isto poderia ser, mesmo que contra seu Augúrio, faria mudanças. 

Conforme estava distraído, não havia percebido a mudança na formação espacial da matilha e então 99-Centavos se aproximou dele para chama-lo. Tomás se sentia um pouco irritado com a Roedora porque no fundo percebeu que nem mesmo ela parecia ter reconhecido o que ele tentou fazer, ela havia agradecido, mas não parecia de fato grata, ela havia errado e sido punida, ele tentou ajuda-la e foi punido ainda pior a seu ver. Sem nada falar Brilho-dos-Sonhos olha para Jéssica e para a bolsa, acreditava que ficar carregando aquilo com a boca seria desagradável e então pegou o objeto (Jéssica o largou para falar) já que teria que ajudar a Ragabash mais cedo ou mais tarde de qualquer maneira e então foi até a Matilha, mas não ficou muito perto, um pouco atrás, o suficiente para evitar qualquer contato físico e certamente poderia ouvir o que se passava ali dentro com perfeita clareza, como de costume não olhava para ninguém, ele estava bem pior do que quando havia entrado no Caern, seus olhos percorriam todos os pés dos membros da matilha, detalhes das roupas ou até outros garous mais distantes.

Não esperava resposta de Tomás. Com aquele tipo de punição, o Ragabash não iria iri querer falar nada. Foi pega de surpresa com ele segurando a bolsa de uma das travestis e seguir até a matilha, dando somente um olhar rápido para ela.

A Roedor ergueu seus olhos para as estrelas mais uma vez e suspirou fundo. Levantou-se, caminhou até onde a matilha estava e ao passar por Tomás, disse:

"-Obrigada por carregar a bolsa."

E se aproximou mais da matilha, aguardando o que Kiba tinha a dizer.

O Wendigo permanece quieto de braços cruzados observando a Angalkuq dos Senhores das Sombras cuidar do Peregrino. Ele tenta fazer piadas e brincadeiras, o que começam a tirar o semblante do Philodox do sério, mas logo que Zvanna o corta, pedindo seriedade, ele para, o que lhe traz certa satisfação. 

É então que a Cria de Fenris lhe dirige a palavra, mais baixo para não atrapalhar o procedimento da xamã, mas o suficiente para que fosse ouvida, ao contrário dos cochichos de antes. O Wendigo não parece concordar com o que ela diz. 

" - Vou passar a noite aqui no Caern. Vamos conversar amanhã por aqui então."


Seu tom de voz é calmo e ele não fala muito, como de costume. O lugar onde estavam parecia o ideal porque não estava no meio da passagem e a privacidade permitia até mesmo à theurge executar um procedimento sem ser interrompida. 

Degan não acha nem um pouco certo o que ela diz. Não deve importar se o juiz é macho ou fêmea. Inúmeras mulheres estão marcadas na história da Grande Paz entre as Seis Nações dos Haudenossauee, e sua mãe tinha até o nome homenageando Jigonsaseh. Se os machos achavam um problema que sua juiz fosse uma fêmea, eles deveriam ser punidos até mais gravemente pela afronta de contestar o papel dado por Luna a ela. O problema não tinha a ver com o sexo da juíza, mas na compreensão da Litania como as tradições e leis de Gaia. Até que compreendessem, ele já esperava reações como a de Tomás. 

Tsc. Não é uma questão de demonstrar força ou de machos te acharem fraca. Muitos aqui não entendem a real extensão da Litania. É vergonhoso, sim, porque isso mostra que não conhecem os antigos caminhos. Mas se não resolvermos isso, ao menos em parte, eles não vão aceitar as sentenças de ninguém e teremos mais desequilíbrio... Pelo menos, por mais que ela seja um Estrangeiro-da-Wyrm, ela está disposta a me ouvir e dialogar, o que são boas qualidades em um juiz, o Aro Sagrado que o diga. Veremos até onde isso vai...

Zvanna pede seriedade, Thiago suspira ali, não é que ele não estivesse levando a sério, mas as memórias eram fortes e ele não achava que precisava ficar naquele clima tenso, aliviar o clima era bom, mas não significa que não se importava também com o que ocorria. 
Fechou a expressão e passou a encarar a theurge. E logo sentia-se invadido e constrangido, como se Zvanna estive o invadido em áreas muito íntimas. E logo aquilo que era incômodo vira dor moral e logo vira dor física. 
Dor de cabeça e tontura. Era o que sentia, um pouco de enjoo sentindo que estaria prestes a vomitar e muita dor de cabeça. Tentado quase que sentar  pra se encontrar no mundo. 
"-Ai, aí..." 
Logo então ouve Zvanna falar e entanede que ela o estava que ele era doentio. E joga a ela um olhar irritado e confuso. Mas logo ela continua ia a falar e ele entende o que ela queria dizer, mas as palavras dela não animam nada ele é bem fazer o olhar fechado mudar. Ele continua a apenas se lembrar da noite com a travesti, nada sobre o que Zvanna fala. Aliás nunca soube nada do que ela falava mas não gostava de ouvir sobre as características do vampiro.
Rangeu os dentes um pouco falando baixo.
"- Eu não lembro de nada disso..."
Agora parecia frustrado e irritado. Afinal a memória que algo que confiava em si, não podia mais, para além da situação do abuso que ele nem lembra.
Quase lhe ocorreu de brincar e falar que não lembrava de ninguém, mas nem eles agora sentia humor para isso. 
"-Droga..." Murmurar para si mesmo.