Clareira Central

Degan escuta a resposta do Presa de Prata, e a confirmação dos votos do Senhor das Sombras e assente com a cabeça para ambos.

Hmm, um filho do próprio Celestino? Que curioso...


Ele então toma brevemente a palavra:


" - Vamos precisar nos organizar, tão logo terminar a Assembleia. Temos de definir nosso território, assegurar um lugar na coalizão de matilhas e então começarmos a olhar nossas missões. Há muitos assuntos espirituais que também gostaria de ver com vocês,  e concordo que nossos dois Theurges devem trocar conhecimentos. Eu iria ao zoológico hoje, faríamos uma missão la, mas infelizmente não tivemos tempo..."


E tudo começa com um som. Um grito de dor, e quando Degan olha, uma luta havia explodido na Fortaleza de Gaia... Causada por Ronaldo, o Fianna que ele havia julgado mais cedo.

O que em nome de Gaia aquele Fianna está fazendo?


Era o campo de futebol mais uma vez. Mal o Wendigo olha e outro corpo está no chão...

Tsc, droga... Na Assembleia, bem na frente do Boitatá, outra morte... E nas mãos dele!


Degan fecha os olhos por um instante e o desgosto toma conta de seu semelhante, ele lamenta internamente por aquilo ter acontecido, logo depois de um julgamento tão duro.

" - Por Gaia..."


É a única expressão que ele consegue falar.

Kiba continuava quieto na sua e só volta a assistir o torneio quando Mão do Rei é chamado para lutar. O Ex Presa de Prata nunca imaginaria aquele Garou lutando, mas seria interessante ver do que o anão era capaz de fazer.
 
A luta não dura muito, mas mostra que o Ragabash além de ser bom com palavras também sabia se virar em um momento de dificuldade.
 
Kiba já estava para voltar a descansar quando o comentário de Ronaldo sobre a cobra de Henker e o que Pantaneiro tinha feito com ela. O semblante de dúvida era nítido na cara do Roedor de Ossos e Kiba tem que controlar muito para não fazer piada com aquilo.
 
Novamente o Ahroun fecha os olhos enquanto os outros tentavam consolar Tyler por sua desclassificação.
 
Kiba estava de boa até que Ronaldo e Dereck começavam a discutir algo, fazendo o Ahroun abrir os olhos e ver o urso morto. O mesmo urso que havia aparecido para eles.
 
O Roedor de Ossos não consegue não ficar triste, mas aquilo era parte da vida de caça e caçador.
 
A discussão começa a ficar ainda mais séria e Kiba começa a ficar puto. Ronaldo parecia gostar de discutir e Dereck era muito direto e frio em suas palavras.
 
“Definitivamente não vai dar certo.”
 
Os olhos de Kiba somente reabrem quando o sangue de Dereck jorra em seu rosto. O Ahroun só tem tempo de se por de pé, mas a desgraça já estava feita. Tyler caído morto, Dereck por um fio e Padme nocauteando Ronaldo.
 
Dereck estava furioso, e com razão, mas aquilo tudo só servia para lembrar a Kiba da situação que partiu a Asas da Esperança em dois.
 
Duas vezes Kiba odiou Garous da matilha e esses mesmos dois Garous que ele havia odiado foram os causadores de mortes de companheiros.
 
“Talvez eu devesse ouvir mais o meu ódio...”
 
O Ahroun nada diz. Não tinha a ser dito. Apenas assiste a revolta de Padme e o “alerta” do Boitatá perante a quase condenação da Philodox de que a matilha não tinha condições de se manter.
 
Kiba apenas aguardava a manifestação de Pantaneiro enquanto sentia o peso do olhar de toda a Seita sobre eles.

Forma:Crinos

Emilie torcia para que não aparece outro lobo guará morto naquela assembleia, via sua matilha com bons olhos, cada membro com suas peculiaridades mas todos dispostos a se empenharem para honrar o nome de Sangue-forte-de-luna. A Ragabash começa a criar um perfil de cada um de seus irmãos, quieta em seu canto.

A assembleia caminhava, mais lutas, mais apresentações, nada que chamasse muito a atenção da Fúria Negra, até aquela barulheira estranha começar. Aquilo era música? Chamavam aquilo de música.

"Seria isso alguma dança do acasalamento brasileira? Que horror!

Os olhos de Emilie paralisaram na apresentação, já temendo que a qualquer momento surgisse diante de seus olhos uma cena de sexo explícito, era tudo muito vulgar e escandaloso.

"Eles são vulgares mas corajosos, não dá pra negar"

Garous se incomodavam com relacionamentos entre si, embora fossem cada vez mais comum, esse fato esfregado na cara de todos como algo natural em plena assembleia, não chamou tanto a atenção de Emilie. E daí se estavam quebrando as regras? E daí se eram homossexuais? A Fúria Negra acreditava que as obras eram mais importantes, o resto era problema deles, mas não pode deixar de sacudir a cabeça negativamente ao reparar os olhares ao redor.

E a assembleia continuava, algumas lutas eram muito boas, poucas arrancavam um uivo de satisfação da Ragabash. Quando o assunto do sangue da matilha que ofereceriam surgiu novamente, Emilie não estava prestando muita atenção e questionou.

_Vamos colher o sang....

Sua fala foi interrompida quando um bafafá começou em outra matilha e atraiu por completo a atenção de Emilie. A coisa parecia ficar cada vez pior até que a Ragabash dá um pulo ao ver o que se recusava a acreditar. No meio da assembleia um garou rasgando ao meio um irmão de matilha. Emilie sentiu seu coração batendo na garganta, as pernas chegaram a bambear, sua boca literalmente aberta enquanto se recusava a acreditar em seus olhos.

Não....alguém fala que enlouqueci e estou tendo visões . Isso... isso não tá acontecendo

A cabeça ainda doía, a sensação de estar fora de controle e entrar em frenesi era estranha, agir no automático levado pela fúria era algo surreal demais e Ronaldo sabia bem o que era fazer merda por causa de um excesso de fúria e descontrole.


Abrir os olhos depois de tomar uns dois tapas na cara não era uma boa forma de acordar, muito menos olhar em volta e ver um contingente enorme de crinos, você em hominídeo e acorrentado, pior se levar em conta que vc mesmo matou um colega de matilha e pior ainda se levar em conta que não faz nem 12 horas que matou 17 pessoas... leve em conta que você tem um tempo para se provar digno, está punido com voz de chacal e precisa usar uma coroa... Ai entra em frenesi no meio de uma assembléia importante e vira o centro das atenções, assasinando um colega de matilha...


A vida era complicada... Ronaldo a transformava em outro nível... 
Levantando a cabeça Ronaldo olha e se vê acorrentado, lembrando as crentes da favela ele suspira baixinho, praticamente inaudível para qualquer um:


-Faltava o Barrabás ao meu lado... 


Ronaldo ria mentalmente com a piada infame.


"Mas estou longe de ser Jesus também..."


Grito-da-Guerra olha a sua volta e vê a confusão armada, repara o quanto os garous queriam matá-lo, somente pensa:


"Era melhor ter matado só as baratas ou quebrado o playstation desses malucos... matei o ciborgue mané, bem... to fudido e mau pago, vou ter que ser muito sagaz pra me safar dessa, fugir não é uma opção... Fudeu...


Ronaldo pensava rápido e sua mente estava desconexa, apavorado demais, normal ele não era, normalmente não era um exemplo de pensamentos lineares e concisos, depois de ter feito aquela merda federal então, sua mente estava bombardeando sentimentos e sensações. Seus batimentos cardíacos acelerados demonstravam o quanto pavor estava sentindo, sabia que viria um julgamento e pelas correntes... 


"Fudeu... fudeu.. fudeu..."

Forma atual: Crinos

O Uktena estava terminando o seu juramento de lealdade quando o Totem os faz perceber um frenesi no meio da assembléia na matilha de pantaneiro, um fianna assassina o Andarilho do Asfalto com máquinas da Weaver na Cabeça e aquilo até mesmo para o lupino que odeia a Weaver é um pouco demais e o Uktena volta a seu lugar ainda em choque por terem assassinado outro garou no meio de uma assembléia. 

Enquanto se dirige de volta a sua matilha o Uktena se junta aos coros da Assembléia: 

"- Assassino!!! Vergonha!!!"


Quando chega dentre os seus o lobo olha pros seus irmãos de matilha e pensa: 

*É... Poderia sempre ser pior...*

O lobo segue então com um pouco menos de raiva por conta dos problemas da noite, afinal de contas ninguém havia morrido daquela forma...

Ronaldo dirige o olhar para a portadora, sua situação estava delicada demais e o fianna já estava com a mente em piripaque.

Resolveu abaixar a cabeça e esperar, os gritos de assassino ecoavam na sua mente... Ronaldo estava uma ebulição de sentimentos em seu peito, aquela vontade de se soltar daquelas correntes e fugir, se esconder e viver. Seu coração estava acelerado.

Forma atual: Crinos

O Lobo percebe a mudança de postura do Beta, mas nada fala. 

Os combates recomeçam e o primeiro combate é de uma Fúria Negra e um Andarilho, o lobo uiva a vitória da defensora da Wyld. 

O próximo combate é um filho de Gaia e mais um filho da barata e o filho do Unicórnio entrega a vitória e o lobo não compreende o por quê. 

Por fim mais um combate, do philodox de sua tribo contra mais um filho da Barata que tem olhos da Weaver. O Uktena olha com nojo quando ele remove os olhos e fica visivelmente contrariado com a derrota de seu irmão de tribo.

Luke se aproxima do Alpha da Seita e lhe oferece um amuleto banhado no sangue de seus novos irmãos. Skullhead observa tudo aquilo com seriedade; obviamente perdoar o antigo Alpha por abandono era algo que aconteceria muito tardiamente. Eles tinham muito tempo pela frente e Siegfried bateria bastante nele, o que poderia diminuir um pouco o ranço.

Os juramentos continuam e finalmente chega a vez da Olhos da Tempestade. O lupino se aproxima e faz um pequeno discurso para entregar o amuleto e jurar sua fidelidade. Havia escolhido bem as palavras. O Alpha auxilia o Uktena a levantar-se, mas algo impede que ele retribuia os votos em bom som. O Totem parecia enraivecido e, instintivamente, os olhos do lua crescente são guiados até a matilha de Pantaneiro, onde algo parecia acontecer.

*PUTA... QUE... ME... PARIU!*

Camilo, que se apoiava nas quatro patas para aliviar a dor de seus ferimentos, não consegue ver muita coisa de seu ângulo de visão; entretanto, ele pode perceber nitidamente o corpo de Tyler, seu possível mentor, sendo partido em duas partes e caindo morto sobre Derek, seu antigo irmão de matilha.

*FIANNA IDIOTA! EU NÃO ACREDITO QUE ELE FEZ ISSO!*

Pelo visto, Pantaneiro havia ensinado muito bem o seu novo irmãozinho de matilha a como assassinar companheiros.

'- ASSASSINO... VERGONHA!!'

As poucas forças que tinham eram usadas para se unir ao coro de escárnio da Seita. Aquele Garou precisava ser detido e assim o Juiz da Seita faz, após a Philodox da matilha desacordá-lo. Amarrado em prata o Galliard veria o resto da Assembleia em sua forma racial, esperando o seu julgamento... que provavelmente seria a morte, se tudo desse certo! Um idiota daqueles, que entra em Frenesi no meio de uma Assembleia, com certeza era um risco para todos. O Caveira acompanha a Portadora levando Tyler para o Cemitério... ele com certeza iria acompanhar o rito ao irmão tribal. 

Apesar disso, a Assembleia era um rito importante e não poderia parar. Com isso, eles continuam. Grito-de-Guerra é desclassificado e Requiem passa direto para a próxima fase. Mais uma luta se inicia... um Andarilho mais uma vez é derrotado em um golpe.

*Isso já está ficando previsível... porra!*

A luta seguinte também envolvia um Andarilho, Sagittarius, contra um Filho de Gaia. Essa ele tinha que ganhar, por Gaia! O começo é atarracado, mas ele acerta um golpe no oponente, que pede desistência depois de já ter sangrado. Sagittarius havia vencido, mas seria mil vezes melhor se tivesse vencido derrubando seu oponente de vez. Ele estava na dianteira, poderia ter ganhado, ou não... o próprio Camillo havia aprendido que estar na frente não era sinal de vitória certa! Entretanto, o Andarilho uiva com os seus mesmo assim. Ele sente uma ponta no ferimento, mas a pouca alegria que sentia naquela vitória era suficiente para inflar sua vontade.

A terceira luta da rodada também envolvia um Andarilho... contra um Uktena. Mais uma vez, Skullhead olha rapidamente para o Alpha, voltando sua atenção para o que ocorria. Justiça-Cega usava implantes nos olhos e eles são retirados, deixando-o completamente cego. Ele percebe mais uma vez os olhares recriminatórios vindos de todos os lados. O oponente, porém, também venda seus olhos, tentando proporcionar uma luta justa. Ele, infelizmente, não havia contado que o Philodox dos Andarilhos já estava acostumado àquela situação, o que o deixava em vantagem. Justiça-Cega vence e Skullhead mais uma vez uiva com os filhos da Barata.

*A Barata tem a casca dura, filhos da puta!*

Nesse instante, ele pousa os olhos em vários irmãos ali... todos ainda estavam agitados, um misto de felicidade pelas vitórias e de tristeza pela morte precoce do irmão. Bit-coins conversava com o Juiz e o Alpha da Seita... estariam conversando sobre o que havia acabado de ocorrer? Talvez.

- Filho de Hélios?! - Grace franze os olhos confusos na direção de Igor - como assim?
Podia imaginar que se tratava de algum tipo de ligação espiritual, mas isso ainda não era muito claro para a Galliard. Imaginando que a explicação poderia ser longa, ela coloca - bom, não precisa me responder agora...

A combinação entre os theurges pela busca de conhecimento era muito positiva a seu ver, bem como o esforço de Deganawida em organizar os vários detalhes que eles precisariam discutir, mas antes que a frutífera conversa pudesse continuar, um estardalhaço se formava em meio a Fortaleza de Gaia, e ela observa, chocada, que Ronaldo havia entrado em Frenesi e matado outro Garou. 
- Ná Bí... - o palavrão fica retido em sua boca enteaberta de estupefação. Tinha poucas expectativas boas em relação a Ronaldo, mas jamais ia imaginar que ele superaria a catástrofe que realizara no campo de futebol. 

Não se une aos gritos contra Ronaldo, compartilhando o desgosto e a frustração de Degan. Imaginava o que o juiz deveria estar pensando e coloca a mão no ombro dele, na tentativa de consolá-lo apesar de sua prórpia tristeza amarga. 
- Você fez tudo o que considerou justo e correto. Foi Grito de Guerra que escolheu o caminho da insensatez.
Apenas não entendeu porque a Coroa de Ferro não havia explodido a cabeça dele depois do Frenesi e dos ataques contra irmãos de Matilha.

Sabia que Ronaldo não ia sair vivo de um julgamento. Sabia que isso ia ser explorado como mais uma vergonha para a sua Tribo. Pelo menos não ia ser para o Uirapuru, como Helenna, com não muito tato, aponta. 
- Ainda bem... 

Estava bastante aborrecida, e com esse sentimento acompanha o andamento da Assembleia. A retirada de Ronaldo do torneio era uma grande vantagem para a Impura Presas de Prata, que enfrentaria ela ou William, desgastados pela luta um com o outro. Apesar de tudo, uiva após as lutas seguintes, não apenas protocolarmente como houvera feito. Gostara da vitória da  Fúria Negra, da rendição do Filho de Gaia, e da atitude honrada do Uktena em vendar os olhos, apesar disso ter implicado em sua derrota.

Forma Atual: Crinos

Sussurros da Weaver quase não falava, talvez para evitar problemas para a matilha e/ou para ele mesmo. Mas suas palavras eram carregadas de sabedoria. O ragabash deposita seu sangue no recipiente e a Galliard o responde:

-Faremos isso Sussurros da Weaver. Todos vocês que fazem parte da Sangue Forte mostraram que, apesar de alguns erros, poderemos ser algo grande nesse Caern.

Enquanto olhava para os Filhos de Naurú, uma movimentação estranha ocorria vinda da matilha de Pantaneiro e ela se vira naquela direção. Já imaginava o Fianna fazendo mais uma de suas merdas, como soubera que tinha feito há algum tempo. Mas não era ele e sim o garou que iria enfrentá-la no desafio Galliard. Ele ataca os membros da própria matilha em um frenesi. Era o segundo da noite, mas esse era o mais brutal. Atônita, Angelique só consegue observar a cena que é logo controlada com a intervenção de Temido Como Vulcões. A vergonha recaía sobre a Fortaleza de Gaia.

Gritos e acusações são proferidas, não sem razão, na direção do garou. O corpo desfalecido de um Andarilho segue carregado para o cemitério e Angelique sente um pesar em seu peito pela perda de mais um guerreiro de Gaia. Os Fiannas estavam cada vez mais fundo no poço em que cavaram. Sair desse poço levaria muito tempo, isso se conseguissem sair.

Era lógico que os Andarilhos da sua matilha iriam se manifestar. Mas a Garra Vermelha retruca de forma nada agradável. Réquiem, se vira para sua matilha, firme:

-Sangue Sobre a Neve e Espólio Cyberpunk, vamos manter o respeito nessa matilha. A perda de um garou, de qualquer tribo, é algo grave. Mais grave ainda por ter sido ceifada por um irmão de matilha. Gaia chora essa noite por tantas mortes. Sem desavenças dentro da Sangue Forte de Luna. Não nos entreguemos à nossa Fúria para que situações como a que aconteceu na Fortaleza de Gaia ocorra entre os nossos. Vamos manter a união.

Espera para ver a reação da Garra Vermelha e do Andarilho.

-Espólio Cyberpunk e Sussurros da Weaver, eu sinto muito pela perda de sua tribo. Conheço bem o sentimento e lidar com ele é difícil e deveras complicado. Se quiserem conversar depois da assembleia, podem me procurar. Se eu puder fazer alguma coisa por vocês...

Não sabia muito sobre o Ragabash Andarilho e então só o encara por alguns instantes. Para o Philodox, que sempre a tratava bem até o momento, ela coloca sua pata em Crinos em seu ombro, tentando passar apoio.

Por essa razão, Angelique venceu a luta contra Ronaldo. O Fianna estava desclassificado. As lutas continuavam, mas se não fosse para o honrar o totem, a Galliard não via mais razão para as lutas. Dentre as lutas que aconteceram depois do frenesi de Grito de Guerra, Angelique admira muito a ação do Filho de Gaia em respeito à morte do Andarilho do Asfalto. Tinha muito o que aprender com aquela tribo sobre união.

Voltando a atenção para a matilha:

-Por favor...depositem seu sangue no recipiente para oferecermos para a liderança da seita como sinal de lealdade.

Ela esperava ser a última a fazê-lo.

Forma:Crinos

Aquilo havia se tornado um circo de horrores e Emilie sentia como se tivesse levado um soco no estômago, nada ali parecia fazer algum sentido, que trabalho a wyrm teria para espalhar um completo caos em um mundo onde semelhantes tiravam a vida uns dos outros por razões tão diminutas? Ao notar o estresse entre seus irmãos de matilha ficou a ponto de abrir a boca e falar algumas merdas, por sorte sua alfa muito mais sensata, se posicionou de maneira coerente lembrando a todos a importância do respeito.

"Devem estar com inveja daquela cena monstruosa e querem ser os próximos"

As lutas continuaram, mas para a Fúria Negra parecia algo estranho demais, era como se tivessem feito uma breve pausa para o xixi e agora os trabalhos continuariam, só que o xixi nesse caso era o irmão que descansava sem vida a espera de tudo acabar para receber a devida atenção. Nem mesmo a luta de sua irmã de tribo diminuiu a vontade de vomitar que Emilie sentia.

Em silêncio depositou o próprio sangue quando Réquiem pediu, voltando em seguida para seu canto.

"Será que nosso povo perdeu o sentido para o qual fomos criados?" era o seu pensamento e pensar assim causava uma tristeza profunda na Ragabash.

Forma - Crinos

Quando vê que o Galliard que causara a divisão de sua matilha tinha matado um Garou em frenesi ele fecha os olhos e respira fundo, treze vezes o hálito de Gaia o completa, e ele abre os olhos.


*Obrigado Gaia por me mostrar o caminho da Honra.*

O Lobo faz seu juramento de lealdade e..

*QUE MERDA É ESSA?!* - Um Fianna (claro), da matilha Fortaleza de Gaia entrava em frenesi em meio à Assembléia. Por um instante Victor até fica confuso. Fianna em frenesi matando irmão de matilha era coisa do Pantaneiro, mas Pantaneiro estava parado. Victor demora alguns segundos até processar e se convencer que o assassino era, de fato, outro garou.

*Vocês não se ajudam mesmo. Puta que pariu! Tô começando a acreditar que essa história de extinguir os Fiannas vai rolar. E, se duvidar, vai ser a nossa salvação.* - Era um pensamento rápido e o Philodox logo o afasta.

Victor apenas balança a cabeça em desaprovação, mas não se une ao coro de "Assassino, Vergonha". Garras do Trovão toma a palavra mais uma vez, a matilha de Pantaneiro é repreendida e o garou chamado Grito de Guerra é acorrentado em prata enquanto uma integrante que Victor desconhecia leva o corpo inerte do Andarilho para o cemitério.

*Que Gaia dê forças para o Philodox que ficar responsável por aquela matilha.*

Siegfried então se movimenta de modo a ficar entre o Alfa e os Fiannas da matilha o que faz com que Victor se movimente para ficar entre os Fiannas e Siegfried... não era uma situação ou uma posição agradável.

*Estou me sentindo o proverbial marisco.*

'- Não se preocupe, eu dou conta dos dois sozinho.' - sussurra Siegfried para Victor.

Kiba ouvia os gritos e vaias dos Garous não só sobre a Ronaldo, mas sobre a matilha que eles acabavam de ter formado. Se seu totem não fosse o urso era bem provável que até mesmo o grande espírito estaria deixando-os agora.

O Roedor de Ossos simplesmente não consegue mais acompanhar as lutas. Aquilo pouco importava agora. Ao passar a mão em seu rosto viu que ele ainda estava sujo com o sangue de Dereck.

Kiba então olha para o Andarilho e, com um semblante de pesar, diz ao Garou:

- Sinto muito cara... De verdade...

Tyler não chegou a nem ser classificado como conhecido por Kiba, mas viu que os dois Garous haviam começado uma amizade. Mesmo que ela tivesse durado horas um amigo é um amigo e a forma como tudo aquilo acabou certamente havia feito a fúria do Ragabash mudar para sempre.

Antonio Xavier fica atônito com tudo o que acontece, parecia um dejavu ou um túnel do tempo, não sabia bem.

Ele apenas se afasta um pouco, uns dois passos, fecha os olhos e ajoelha para meditar.


Off: Teste para meditação

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